terça-feira, 29 de março de 2016

Histórias reais de Heliópolis são retratadas em UTOPIA pelo Grupo Arte Simples de Teatro

Fotos: Cacá Bernardes
O Grupo Arte Simples de Teatro estreia o espetáculo itinerante Utopia no dia 16 de abril (sábado, às 16 horas), tendo ruas, becos, vielas e lajes da comunidade de Heliópolis como palco para a encenação.

As personagens foram extraídas de relatos de moradoras do bairro e tem como suporte dramatúrgico a imersão em obras de Ítalo Calvino (As Cidades Invisíveis) e Bertolt Brecht (Mãe Coragem e Ópera dos Três Vinténs). O fio temático que interliga as histórias é a busca pela vida ideal, pelo lugar ideal - uma cidade, um bairro, uma casa.  

O espetáculo é dirigido por Tatiana Rehder e Tatiana Eivazian, integrantes do grupo formado só por mulheres, com 10 anos de fundação e sete de atuação em Heliópolis. A dramaturgia é assinada conjuntamente por Verônica Gentilin e pelo Arte Simples. O elenco é formado pelas atrizes Andrea Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce e Marília Miyazawa.

Desde 2013, a companhia vem percorrendo ruas, frequentando casas e movimentos sociais locais em busca de uma realidade pouco dramatizada, traçada entre a arquitetura local e a vida real dessas pessoas. “Não queremos dar uma conotação poética e romântica para a comunidade, mas mostrar o abandono dessas mulheres, sua força e independência para, diante das dificuldades e tragédias, dar a volta por cima, tocar a vida e cuidar dos filhos”, comenta Tatiana Rehder.

Utopia traz relatos de ficção documental, tendo a personagem Paulo Luz (Marcela Arce) permeando todo o trajeto com sua escada e seus equipamentos. Os fios que ele carrega são simbólicos nesse entrelaçado de histórias. “Histórias que até parecem teatro”. O técnico da companhia de luz vai interligando uma história à outra, como os “gatos” que ligam as casas do bairro.

As histórias vão surgindo pelo caminho. Ruth (Eugenia Cecchini) não gosta de morar em Heliópolis, quer ir embora. Drica (Isadora Petrin) é uma menina que sonha em ser jogadora de futebol. Salete (Andrea Serrano) é analfabeta e quer ser cantora. Mãe Coragem (Andréa Serrano) ouviu da polícia que tinha duas escolhas: atirar ela mesma no filho infrator ou deixá-lo morrer cruelmente nas mãos deles (esta história surgiu no momento em que o Grupo Arte Simples estudava o texto Mãe Coragem, de Brecht).

Rita (Marília Miyazawa) conta como levou uma facada do marido durante a final da Copa do Mundo de 1994. Claudinha (Marcela Arce) vende crianças e Artificial (Isadora Petrin) vende fama: personagens inspirados na Ópera dos Três Vinténs, na qual o personagem esmolava e vendia coisas para sobreviver. Maria do Socorro (Isadora Petrin) pariu nove filhos, somente três “vingaram”; ela conta que falava para Deus: “se for seu, leva; se for meu, dê condição de eu criar”. Nise (Marília Miyazawa), que se casou pela primeira vez aos 13 anos, tem a vida marcada por sofrimentos, mas ela sempre se levanta e segue em frente. Com exceção de Claudinha e Artificial, todas as outras personagens são histórias reais de mulheres de Heliópolis.

Segundo Tatiana Eivazian, “o livro de Ítalo Calvino tem grande identificação com Heliópolis, comunidade que transcende a definição de cidade, seja na geografia, na arquitetura ou na forma de se organizar”. Ela explica que Utopia não deixa de lado o olhar ingênuo e simples da comunidade ao mostrar que a busca pelo ideal é de todos, que cair é fácil, mas é preciso se levantar. “Para ser leve, é preciso ser forte. Como diz Calvino, o inferno vai estar sempre aqui, temos que encontrar os respiros”. Reflete a diretora.

Esta montagem é mais um encontro entre o Grupo Arte Simples de Teatro e a comunidade de Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo com cerca de 225 mil habitantes, aonde faz residência artística há sete anos. Utopia permitiu - a partir dos diferentes olhares dos integrantes do grupo - a imersão na biografia da comunidade por meio das histórias de vida, dos relatos de memórias, da oralidade, da improvisação da arquitetura, das relações dos moradores com o poder público, a polícia e os problemas locais e para onde eles iriam se pudessem sair dali.

O espetáculo Utopia faz parte do projeto Teatro na Laje, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.

Ficha técnica

Espetáculo: Utopia
Com: Grupo Arte Simples de Teatro
Direção: Tatiana Rehder e Tatiana Eivazian
Elenco: Andrea Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce e Marília Miyazawa
Dramaturgia: Grupo Arte Simples de Teatro e Verônica Gentilin
Figurino: Kleber Montanheiro
Preparação corporal: Antonio Salvador
Supervisão musical: Adilson Rodrigues
Músicas originais: Adilson Rodrigues e Grupo Arte Simples de Teatro
Produtor articulador: Daniel Gaggini / MUK
Produção executiva: Andrea Serrano e Tatiana Rehder
Contrarregra / assistência de produção: Larissa Souza
Fotografias: Cacá Bernardes
Teaser divulgação: Bruta Flor - direção: Bruna Lessa; câmera: Cacá Bernardes
Design gráfico: Eugenia Cecchini
Redes sociais: Luh Moreira
Carro de som: Ary da Costa / A&A Musical
Casas / cenários: Tony Cabelereiro, Casa do Divino, Loja da Lúcia, Casa da Quitéria, Laje da Ana, Bar Mandacaru, Casa da Tereza, Casa da Francisca e Laje da Fran
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Produção geral / realização: Grupo Arte Simples de Teatro
Apoio: Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz

Serviço

Estreia: dia 16 de abril - Sábado, às 16 horas
Local: saída do CEU Heliópolis (pátio) - Itinerante
Av. Estrada das Lágrimas, 2385. Heliópolis/SP
Temporada: 16/04 a 12/06. Sábados e domingos, às 16 horas
Grátis. Duração: 100 min. Classificação: Adulto (livre). Gênero: Drama
Informações: (11) 96848-6554. Capacidade: 20 pessoas
Transporte grátis: Van disponível na Estação Sacomã do Metrô (R. Silva Bueno) - até o local da apresentação. Reservas pelo (11) 96848-6554 ou reserva@artesimples.com.br.
Recomendação: usar sapatos confortáveis. Em caso de chuva não haverá apresentação.
Não haverá espetáculo, excepcionalmente, nos dias 24/04 e 05/06

Stanley Kubrick é destaque na programação de cinema do Sesc Campo Limpo

Durante o mês de abril, a programação de cinema do Sesc Campo Limpo homenageia o cineasta americano Stanley Kubrick. A mostra integra o projeto Grandes Diretores que tem o objetivo de contar um pouco da história de grandes criadores da sétima arte por meio de suas principais obras. 

O filmes selecionados pela curadoria foram: O Grande Golpe (5/4), 2001: Uma Odisseia no Espaço (12/4), Laranja Mecânica (19/4) e O Iluminado (26/4). As sessões são sempre às terças-feiras, às 20 horas, com ingressos grátis. A programação do mês ainda traz atrações para a garotada no projeto Baguncine: Hotel Tansilvânia (6/4), Bambi (13/4), O Jardim Secreto (20/4) e Divertida Mente (27/4).

GRANDES DIRETORES - A história do cinema contada pelos seus maiores criadores.

O Grande Golpe
Quando o ex-presidiário Johnny Clay diz que tem um grande plano, todos querem participar. Especialmente quando o plano é roubar dois milhões de dólares do jóquei em um esquema "ninguém vai se machucar". Mas, apesar do planejamento cuidadoso, Clay e seus homens se esqueceram de uma coisa: Sherry Peatty, uma garota ambiciosa e traiçoeira que está planejando um grande golpe só seu, mesmo que para isso ela precise acabar com toda a gangue de Clay. O relato de Kubrick sobre um ambicioso assalto ao jóquei é um dos mais tensos e intrincados noirs de Hollywood. Com a ajuda de uma narrativa radicalmente não linear, um diálogo afiado como navalha do romancista pulp Jim Thompson e um elenco de atores fenomenais, incluindo Sterling Hayden, Coleen Gray, Timothy Carey, Elisha Cook Jr. e Marie Windsor, O Grande Golpe é um thriller desenvolto e um soco a sangue frio no estômago. E com suas precisas cenas de corrida e um gratificante senso de ironia. É Kubrick até a alma.
(The Killing. Dir.: Stanley Kubrick. USA, 1956, 85’)
Não recomendado para menores de 12. Grátis
05/04. Terça, às 20h

2001: Uma Odisseia no Espaço
2001: Uma Odisseia no Espaço é uma história de evolução. Em algum momento no passado distante, alguém ou algo cutucou a evolução colocando um monólito na Terra que parece emitir sinais de outra civilização interferindo em nosso planeta. Quatro milhões de anos depois a evolução permitiu à humanidade alcançar a superfície da lua, onde outro monólito é encontrado. Tem início uma corrida entre computadores e humanos para localizar os criadores dos monólitos. O vencedor dará o próximo passo na evolução, seja ele qual for. Uma contagem regressiva para o futuro, o mapa para o destino da humanidade, uma indagação para o infinito. Fascinante, 2001 mostra o drama entre a máquina e o homem envolto em música e movimento, um trabalho tão influente que Steven Spielberg o comparou com o Big Bang dos produtores de sua geração. Talvez seja o maior trabalho do diretor Stanley Kubrick, que ainda inspira e fascina inúmeras gerações. Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais.
(2001: A Space Odyssey. Dir.: Stanley Kubrick. USA/GBR, 1968, 149’)
Livre. Grátis.
12/04. Terça, às 20h

Laranja Mecânica
Alex DeLarge é um jovem "ultraviolento" em uma Grã-Bretanha futurista que tem sua própria forma de se divertir, sempre à custa da tragédia dos outros. Tal como acontece com toda a sorte, a de Alex um dia acaba e ele é preso e condenado por assassinato e estupro. Na prisão, Alex ouve falar de um programa experimental em que os condenados são programados para detestar a violência. Se ele passar pelo programa, sua pena será reduzida e estará de volta às ruas mais cedo que o esperado. Mas as provações de Alex estão longe de acabar quando ele atinge as ruas da Grã-Bretanha que ele ajudou a criar. Violento, bombástico, arrebatador, sonoro, dançante e assustador. A transformação de Alex - de um punk sem moral em um cidadão exemplar doutrinado e sua volta ao estado rebelde - compõe a chocante visão do futuro que Stanley Kubrick elaborou a partir do livro homônimo de Anthony Burgess. As imagens inesquecíveis, a música arrebatadora, e a linguagem fascinante utilizada por Alex e sua gangue, foram moldadas por Kubrick neste conto sobre os caminhos da moralidade. Extremamente controvertido na época de seu lançamento, Laranja Mecânica ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York, e recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme.
(A Clockwork Orange. Dir.: Stanley Kubrick. GBR/USA, 1971, 136’)
Não recomendado para menores de 16. Grátis.
19/04. Terça, às 20h

O Iluminado
Jack Torrance, um escritor comum e ex-professor, concorda em trabalhar como zelador de um elegante e isolado hotel durante o inverno, e leva sua família consigo. Enquanto uma presença maligna influencia o pai ao ódio e à violência, o filho sensitivo tem premonições aterrorizantes e tenta usar um talento especial para informar as pessoas de fora sobre o que está acontecendo no hotel. Jack jamais havia estado naquele lugar antes. Ou será que havia? Pensemos no mais inconcebível terror. Um monstro de outro planeta? Uma epidemia mortífera? Ou, como nesta obra-prima do diretor Stanley Kubrick, o medo de ser assassinado por alguém que sempre o amou e protegeu, um membro da própria família? Do roteiro coadaptado do livro de Stephen King, Kubrick mistura grandes interpretações, cenários ameaçadores, cenas extraídas de um sonho, com sustos constantes em uma jornada de assassinato e loucura. O Iluminado é um marco do cinema.
(The Shining. Dir.: Stanley Kubrick. USA/GBR, 1980, 146’).
Livre. Grátis.
26/04. Terça, às 20h

BAGUNCINE - Filmes infantis para divertir as crianças e toda a família.

Hotel Transilvânia

Em 1895, Drácula cria um resort na Transilvânia, escondido dos humanos, para criar a sua amada filha Mavis em um ambiente seguro. Atualmente o local se tornou o Hotel Transilvânia, onde monstros podem trazer suas famílias para relaxar longe dos humanos. Dracula convida seus amigos - Frankenstein e sua esposa Eunice; Wayne e Wanda, os lobisomens; Griffin, o homem invisível; Murray, a múmia, entre outros - para comemorar o aniversário de 118 anos de Mavis. Quando a festa está prestes a começar, um rapaz de 21 anos chamado Jonathan está andando pela floresta e se depara com o hotel. Drácula vê Jonathan e o disfarça como um monstro para escondê-lo dos convidados. Mas Mavis também vê Jonathan e Dracula obriga-o a se fingir de monstro. Logo Mavis acredita que Jonathan é o "zing" de sua vida, apesar dos conselhos de seu pai sobre os humanos. Do diretor de As Meninas Super Poderosas, O Laboratório de Dexter e Star Wars: Guerras Clônicas. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Animação.
(Hotel Transylvania. Dir.: Genndy Tartakovsky. USA , 2012, 91’)
Livre. Grátis.
06/04. Quarta, às 19h

Bambi
A história animada de Bambi, um pequeno cervo saudado como o “príncipe da floresta” em seu nascimento. Enquanto cresce, Bambi faz amizade com os outros animais, aprende as habilidades necessárias para sobreviver e até encontra o amor. Um dia, porém, caçadores aparecem e Bambi precisa aprender a ser tão corajoso como seu pai para conduzir os outros de sua espécie à segurança. Do mesmo diretor de Branca de Neve e os 7 Anões. Indicado a três Oscar.
(Bambi. Dir.: David Hand. EUA, 1942, 88’)
Livre. Grátis.
13/04. Quarta, às 19h

O Jardim Secreto
Em uma grande casa de campo, três crianças encontram-se sob os cuidados de uma severa governanta. Mary é uma menina órfã e rebelde. Seu primo Colin é um garoto mimado e cheio de manias, e Dickon um menino gentil e atencioso. Juntos eles desafiam as regras da casa e descobrem um jardim abandonado que se transforma em esconderijo particular. Através do carinho desses três amigos, o velho jardim transforma-se em um lugar mágico, cheio de flores, surpresas e alegria.
(The Secret Garden. Dir.: Agnieszka Holland. USA, 1993, 101’)
Livre. Grátis.
20/04. Quarta, às 19h

Divertida Mente
Você já olhou para uma pessoa e imaginou o que se passa na cabeça dela? O universo de emoções é o principal foco dessa animação, que mostra como seriam nossos sentimentos, caso cada um deles tivesse vida própria. De uma forma engraçada, cativante e alto-astral, Divertida Mente mostra como as emoções convivem em nossa cabeça. Do mesmo diretor de Monstros S.A” e Up: Altas Aventuras. Vencedor do Oscar e Globo de Ouro de Melhor Animação.
(Inside Out. Dir.: Pete Docter, Ronnie del Carmen. USA, 2015, 95’)
Livre. Grátis.
27/04. Quarta, às 19h

SERVIÇO

Sesc Campo Limpo
Horário da Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP
Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo


quinta-feira, 24 de março de 2016

“Tudo no Seu Tempo” encerra temporada no Teatro Jaraguá

A temporada do espetáculo Tudo no Seu Tempo, do inglês Alan Ayckbourn, prevista para terminar no dia 1º maio, termina no dia 27 de março (domingo, às 19h), no Teatro Jaraguá. Com direção de Eduardo Muniz, a montagem - que mistura suspense, humor e trama policial - tem elenco formado por Cynthia Falabella, Joca Andreazza, Fernanda Couto, Gustavo Trestini, Bete Correia e Edu Guimarães.

A trama se passa em um futuro próximo, mais precisamente em 2036, quando uma jovem - garota de programa - tenta salvar sua vida, fugindo de um psicopata pela porta de uma dispensa que, surpreendentemente, a leva ao mesmo local, porém 20 anos no passado, em 2016. Perseguida no passado e no presente, ela tem a chance de salvar sua vida, bem como a de duas outras mulheres envolvidas na história. Inédito no Brasil, o texto, inspirado em filmes como De Volta Para o Futuro (de Robert Zemeckis) e Psicose (de Alfred Hitchcock), é um dos maiores sucessos de Ayckbourn, sendo premiado em diversas partes do mundo.

Segundo o diretor Eduardo Muniz, “Tudo no Seu Tempo não é comédia, não é drama, é como um thriller policial, uma mistura de gêneros, uma homenagem à ficção científica que promete sobressaltos, risos e muita emoção”. Tendo a história policial como fio condutor, a peça aborda, sobretudo, a força da mulher, o feminino. Fala da mulher que tem a sensibilidade necessária para colocar as coisas no eixo, para mudar o mundo. “Na peça, as mulheres representam o encontro da razão com o coração: diante da trama de assassinato e da possibilidade de mudar o desfecho da história, elas ganham força e coragem, e o resultado aparece de forma potente”, reflete o diretor.

Tudo acontece em um quarto de hotel: os fatos se sucedem, o tempo oscila entre futuro, passado e presente. Os atores vivem personagens na faixa dos 70 e 40 anos. Nessa trama de assassinato, Kelly (interpretada por Cynthia Falabella) vira testemunha de uma história macabra e vê sua vida ameaçada, mas ao entrar no “túnel do tempo”, ela encontra cumplicidade em Wanda (Fernanda Couto), mulher muito correta, ética, casada com o mau caráter Rubens (Joca Andreazza) que ordenou a Juliano (Gustavo Trestini) que matasse  a primeira esposa Jéssica (Bete Correia) e também planeja matar Wanda para que suas falcatruas não sejam reveladas. Juntas, e com a ajuda do segurança Haroldo (Edu Guimarães), elas tentam mudar o rumo das coisas e salvar a própria pele.

A encenação de Tudo no Seu Tempo tem uma estrutura ágil e dinâmica com mudanças de cenários e épocas. “Em alguns momentos é quase um vaudeville”, diz o diretor. O futuro apresentado por Eduardo Muniz é caótico, carrega as marcas das catástrofes naturais e as consequências do caos social. O diretor conta que a iluminação (Domingos Quintiliano) explora efeitos inéditos de luz para mostrar esse túnel do tempo. Tanto a luz, os figurinos (de Alice Alves) e o cenário (de Chris Aizner) ganham tons distintos nas diferentes épocas: mais claros e leves no tempo passado; mais escuros e sóbrios, no presente, marcado por símbolos cênicos que denotam esse caos do futuro. E a trilha sonora (Daniel Maia) tempera as cenas.

A relação de Eduardo Muniz com o autor vai bem além da direção de Tudo no Seu Tempo. Muniz é um aficionado por Alan Ayckbourn, há 10 anos, desde que viu uma montagem de Pessoas Absurdas em Nova York, em 2005. Três anos depois, comprou os direitos, traduziu e produziu Tempo de Comédia, que estreou em 2010, na qual também atuou. Logo depois, conheceu Ayckbourn, e foi estagiar com ele por dois meses, na Inglaterra. Hospedado em sua casa, acompanhou todo o seu processo criativo, da leitura do texto à montagem do espetáculo. “Alan Ayckbourn é um artista que ‘respira’ teatro há mais de meio século. Ele é um gênio do teatro. Foi fascinante ver de perto a sua forma de pensar a arte, observar como ele concebe a obra”. Revela Muniz, que ainda produziu e atuou em Isso é o que ela pensa (2012) e dirigiu Afogando em Terra Firme (2013) ambas de Ayckbourn. 

Ficha técnica

Espetáculo: Tudo no Seu Tempo
Texto: Alan Ayckbourn
Tradução: Rduardo Muniz e Alexandre Tenório
Direção: Eduardo Muniz
Elenco: Cynthia Falabella, Joca Andreazza, Fernanda Couto, Gustavo Trestini, Bete Correia e Edu Guimarães.
Iluminação: Domingos Quintiliano
Cenário: Chris Aizner
Figurino: Alice Alves
Música original e trilha sonora: Daniel Maia
Assistente de direção: Mateus Monteiro
Programação visual: Alexandre Ormond
Direção de produção: Carlos Mamberti
Produção executiva: Daniel Palmeira
Realização: Mamberti Produções e Geradora Teatral

Serviço

Teatro Jaraguá – Novotel Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista/SP – Telefone: (11) 3255-4380
Temporada: até 27 de março - sexta (21h30), sábado (21h) e domingo (19h)
Ingressos: R$ 50,00 (meia R$ 25,00)Mulheres pagam meia entrada em março
Bilheteria: terça a quinta (16h às 19h), sexta e sábado (após 16h) e domingo (após 15h)
Aceita todos os cartões de crédito e débito.
Duração: 105 min. Gênero: comédia dramática. Classificação: 14 anos.
Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212).
Acesso universal - Ar condicionado – Estacionamento c/ manobrista: R$ 30,00.
Capacidade: 265 lugares. Site: http://www.mamberti.com.br/jaragua/
Estreou em 23/01/2016.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Luque Barros lança CD autoral em show grátis no Teatro Cacilda Becker

“O resultado do trabalho soa agressivo apesar de romântico, e moderno apesar do clima dor de cotovelo” (Luiz Chagas).


Gaúcho radicado em São Paulo, Luque Barros apresenta show (grátis) de lançamento de seu primeiro CD solo, Muito Pouco Menos Mais (selo Sete Sóis), no dia 25 de março, sexta-feira, no Teatro Cacilda Becker, às 21 horas.

Além de canções autorais registradas no disco, como “Jogo de Vaidade”, “História Sem Fim”, “Ando Bem Ligado”, “Muito Pouco Menos Mais” e “Nada Passa”, o artista interpreta outros compositores, que considera referências para seu trabalho. Entre eles estão o gaúcho Vitor Ramil e o “rei” Roberto Carlos. A apresentação integra a programação do Circuito Municipal de Cultura.

O show tem participação especial dos guitarristas Daniel Brita (produtor musical do CD ao lado de Luque) e da cantora Ela Solo Amore. Para acompanhá-lo, Luque Barros (voz e contrabaixo) reuniu uma banda de amigos - Amilcar Rodrigues (trompete), Allan Abbadia (trombone), Caio Lopes (bateria), Allen Alencar (guitarra), Ricardo Prado (teclados), Jorge Cirilo (sax tenor) e Simone Julian (flauta) - com quem vem trabalhando ao longo de mais de 15 anos em São Paulo, inclusive tocando com artistas como Vanessa Da Mata, Banda Glória, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci e Elza Soares.

Muito Pouco Menos Mais – por Luiz Chagas

Um cantor romântico a esta altura do campeonato? É algo a se pensar. Luque Barros, em seu primeiro disco individual, investe no gênero com propriedade. O Brasil tem uma tradição de cantores nessa área que a partir da jovem guarda criou majestades e o artista gaúcho representa essa ponte, que une a natureza passional do intérprete com a capacidade de um grande músico contemporâneo. Para tanto se dedicou a maior parte do disco a apenas cantar suas composições à frente de uma banda reunida em torno de Gustavo Ruiz (baixo), Caio Lopes (bateria), ambos da banda de Tulipa Ruiz, e Estevan Sinkovitz (guitarra), figura conhecida pela diversidade de trabalhos e como acompanhante de Marcelo Jeneci.

Para que não houvesse dúvidas quanto à natureza do trabalho, Luque chamou Evandro Camperom para a pré-produção, e Daniel Brita, a guitarra mais rápida do oeste, para gravar, mixar e masterizar o trabalho no Estúdio Lamparina em São Paulo. E aqui estamos nós. A decisão de entregar o contrabaixo a Gustavo Ruiz, um guitarrista, o deixou mais livre pra realizar o antigo sonho – tocou apenas em “Desacelerar” e em “Ando Bem Ligado”, enquanto Estevan e Gustavo inverteram as posições em “Você e Eu”.

A trinca Gustavo, Caio e Estevan, reunida por Luque, recebeu ainda as colaborações de Jeneci e Giovanni Barbieri, nos teclados, e de Allen Alencar e Caio Andrade nas guitarras, além de Amílcar Rodrigues, Allan Abadia, Jorge Cirilo e Simone Julian que tocaram os arranjos de sopros criados pelo cantor. Ricardo Herz e Fernando Catatau aparecem também (em “Você e Eu” e “Falta de Educação”), completando um elo afetivo na escalação do disco. O resultado é um trabalho que soa agressivo apesar de romântico e moderno apesar do clima dor de cotovelo.

Luque canta, mais uma vez com propriedade, versos como “Nosso amor foi um grande jogo de vaidade, Que durou só a eternidade, Que pensava despertar a cidade, E depois?” (“Jogo de Vaidade”) ou “Meu coração é imenso mesmo ferido e indisciplinado” (“História Sem Fim”). “Nada Passa” é linda, “Entendo”, um funk, “Muito Pouco Menos Mais”, um vira, “De Fato” tem uma coda instrumental à Beatles. Dá para se entender porque Luque canta em “Ando Bem Ligado”, “Eu olho vejo tudo presto muita atenção... Ando eletrocutado, 220 volts !!”

Serviço

Show: Luque Barros
Lançamento/CD: Muito Pouco Menos Mais
Dia 25 de março. Sexta-feira, às 21 horas
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295. Lapa/SP.  Tel: (11) 3864-4513
Grátis. Duração: 60 min. Classificação: Livre
Ar condicionado. Acessibilidade. Capacidade: 622 lugares.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Sesc Campo Limpo realiza oficina grátis de finger food com o chef Paulo Machado

O Sesc Campo Limpo promove nos dias 15 e 22 de março, terças-feiras, a oficina Finger Food Brasileiro com o chef sul-mato-grossense Paulo Machado, às 14h30 e 16h30. O evento (grátis) integra o projeto Sabores Brasileiros que contempla temas sobre técnicas e culinária que valorizam os ingredientes do nosso país e da nossa cultura.

Novo conceito em gastronomia, o finger food desenvolve receitas que dispensam o uso de talheres. O termo significa “comida para comer com os dedos”. Esta atividade no Sesc Campo Limpo apresenta o preparo de alimentos como canapés e miniaturas de receitas mais elaboradas e sofisticadas, que devem ser saboreados sem o uso de talheres.

No dia 15/3, o chef prepara Barquetes de Tapioca com Carne de Sol, ensinado como deve ser preparada a carne para este canapé. No dia 22/3, mostra o preparo do doce de goiaba e do requeijão para a Verrine de Romeu e Julieta. Paulo Machado promete ainda explicar a origem dos alimentos utilizados nas receitas, falar sobre a história do finger food e orientar os participantes sobre como receber em casa com requinte usando receitas simples e com produtos brasileiros.

Mestre em hospitalidade e apresentador do programa de TV Comitiva de Sabores da TV MS Record, o chef estudou e trabalhou em restaurantes da Europa e Brasil. É professor de gastronomia e já promoveu festivais de Cozinha Brasileira em mais de 15 países. Em 2015 recebeu o Prêmio Dólmã de melhor chef de cozinha na categoria nacional. Profundo conhecedor da cozinha pantaneira, Paulo Machado é formado em direito e gastronomia e passou uma temporada no programa de cozinha francesa do Institut Paul Bocuse, em Lyon, na França. O chef de cozinha é fundador e proprietário do Instituto de Pesquisas em Alimentação Paulo Machado, em Campo Grande, MS, onde ministra palestras e cursos, realiza consultorias e eventos nacionais e internacionais na área de cozinha brasileira, desde 2010. Paulo é membro do projeto Slow Food e participou da iniciativa social Gastromotiva, em São Paulo, que capacita alunos de baixa renda para o mercado de restaurantes.

SERVIÇO

Oficina: Finger Food Brasileiro
Com chef Paulo Machado
15 e 22/03. Terças, às 14h30 às 16h30
Inscrições abertas na Central de Atendimento. Vagas limitadas.
Grátis. Não recomendado para menores de 14.

Sesc Campo Limpo
Horário/Unidade: Terça a sábado - 13h às 22h. Domingos - 11h às 20h.
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120. Campo Limpo/SP
Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo


sexta-feira, 11 de março de 2016

Sesc Campo Limpo apresenta Que Susto! com dupla de palhaços Gibiló e Gibileu

A Cia. Estripulias Fractons estreia no Sesc Campo Limpo o espetáculo Que Susto!, estrelado pelos palhaços Gibiló e Gibeleu, respectivamente Gilberto Caetano e Marcelo Castro.

Dirigida por Téofanes Silveira, um mestre da palhaçaria brasileira (o palhaço Biribinha), a peça é uma engraçada história de arrepiar que será apresentada nos dias 12, 13, 19 e 20 de março, sábados, às 17h, e domingos, às 16h, com ingressos grátis.

No enredo, Gibiló e Gibeleu estão ensaiando seus novos números musicais e, de repente, são surpreendidos pela chegada de uma carta misteriosa, um convite para apresentarem um show musical. O que parecia a solução financeira para os palhaços continha uma condição de arrepiar: tocar em um cemitério à meia noite, justo no lugar que lhes metia medo só de se pensar.

Mesmo assim eles decidem aceitar o desafio. Chegando lá, o silêncio assustador, o som do vento e até o desenho de um gato fazem da procura pelo local da apresentação uma aventura. Depois de muitos arrepios, Gibiló e Gibileu descobrem que o convite era para tocar na festa da filha do coveiro, cuja casa fica dentro do cemitério. Eles, então, descobrem que o medo faz as coisas parecerem o que não são. Que Susto! é uma homenagem às clássicas duplas de palhaços: o cômico e o branco juntos para alegrar e divertir o público. É uma história emocionante, onde a amizade e a união estão representadas nas figuras irreverentes dos palhaços.

A parceria entre Gilberto Caetano e Marcelo Castro teve início em 2011. Os dois atores e palhaços, cada um com mais de 30 anos de experiência nos palcos e picadeiros, resolvem trabalhar juntos na pesquisa de esquetes clássicos do circo brasileiro. O primeiro espetáculo, As Aventuras Atrapalhadas de Gibiló e Gibileu, foi contemplado com o 1˚ Fomento de Circo da Cidade de São Paulo, em 2014, e selecionado para o Circuito Sesc de Artes, em 2015. Dando continuidade à pesquisa do palhaço buscaram o medo como inspiração para Que susto! Com Gibiló e Gibileu.

Ficha técnica

Concepção: Gilberto Caetano e Marcelo Castro
Roteiro: Marcelo castro
Direção: Teófanes Silveira
Trilha sonora: Denise Menturini
Cenário: Atêlie Mariposas
Figurino: Inês Sakai
Operador de som: Cacá Toledo
Elenco: Gilberto Caetano e Marcelo castro
Produção: Psiu Produção
Idealização: Cia. Estripulias Fractons

Serviço

Espetáculo: Que Susto!
Grátis. Classificação: livre. Duração: 50 minutos. Capacidade: indeterminada.
12 e 13, 19 e 20 de março
Sábados, às 17h. Domingos, às 16h.

Sesc Campo Limpo
Horário da Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP
Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo

quinta-feira, 10 de março de 2016

Neverland ou as (In)existentes Faixas de Gaza: performance teatral da Artehúmus estreia na Rua Augusta

A Cia. Artehúmus de Teatro – grupo que já fez de um banheiro público e de um prédio abandonado, em São Paulo, cenários para seus espetáculos – estreia Neverland ou As (In)existentes Faixas de Gaza no dia 21 de abril, quinta-feira, às 19h30.

Dessa vez, o palco escolhido para a performance teatral é a agitada Rua Augusta, a mais plural via da capital paulista. Evill Rebouças assina a concepção e direção do espetáculo.

Simultaneamente, os atores-performers de Neverland (Daniel Ortega, Solange Moreno, Cristiano Sales, Natália Guimarães, Santiago Sabella e Dai Rodrigues, além do coro de acorrentados) ocupam vários espaços com suas figuras e performances. Saindo da Augusta (esquina com Rua Peixoto Gomide), a encenação passa por vários pontos até chegar à ciclovia da Avenida Paulista.

Durante o percurso, os espectadores se encontram com figuras que vivenciam suas “faixas de Gaza” pessoais, ou seja, suas cisões com determinadas realidades da vida. Segundo o diretor Evill Rebouças (ganhador de dois Prêmios APCA, com indicação ao Prêmio Shell, Prêmio Femsa e Prêmio São Paulo para Infância e Juventude), a “intenção é fazer com que o espectador passe pela experiência de se sentir separado da cidade ao se unir a esta performance”.

A concepção da Cia Artehúmus explora intensamente a materialidade nessa mistura de performance, teatro e intervenção urbana. A palavra é pouco usada; o belo logo se apresenta, mas é o feiume que, no contraponto, se revela ao longo do percurso interno de cada performer, para os quais a presença do público, na maioria das vezes, é totalmente abstraída.

As pessoas interessadas em acompanhar integralmente o espetáculo devem fazer reservas, pois “receberão um kit viagem rumo a Neverland”, garante o diretor.

As figuras que estão na “faixa de Gaza”


Durante um ano, a Artehúmus investigou, via Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, as possíveis “faixas de Gaza” (reais e subjetivas) em Heliópolis/Ipiranga e Augusta (centro e bairro). Dessa imersão surgiram criações e criaturas em patética cisão com o mundo: uma Noiva ridiculamente feliz; um Higienizador que tenta apagar figuras à margem; a Mulher sem identidade que não consegue se reconhecer; um Enfermo que passeia com uma imensidão de tubos de soro; a Mulher Tempo, que pateticamente espera alguém com tempo para tomar um chopp; uma Mulher Manga que entrega a fruta e é consumida pelos espectadores e pelo coro de Homens Acorrentados.

Enquanto suporte poético, Evill Rebouças se utiliza de expedientes da performance e do teatro, sem pretensão de se encaixar nessa ou naquela arte. No entanto, o processo de criação de Neverland priorizou inúmeras maneiras dos atores-performers serem afetados pelas suas escolhas: a rua e as pessoas são tão protagonistas quanto suas ações, e o modo como os materiais são utilizados nas cenas (manteiga, talco, manga, chá, soro, chopp) alteram tanto a performance como o existir dos artistas. Isto é tão forte nessa intervenção que o clássico camarim foi substituído por imóvel alugado onde eles tomam banho, pois ao final estão completamente decompostos física e emocionalmente. Eis aí uma afetação real e outra faixa de Gaza que surge!


Ficha técnica

Ideia original, dramaturgia e direção: Evill Rebouças
Atores-performers: Daniel Ortega, Solange Moreno, Cristiano Sales, Natália Guimarães, Santiago Sabella, Dai Rodrigues e coro de performers
Orientação em intervenção urbana e visualidades: Marcelo Denny
Orientação em performance: Eduardo Bruno
Figurinos: o grupo
Sonoridades: o grupo
Adereços: Evill Rebouças
Assistente de direção: Eduardo Bruno
Provocadores teóricos: Carminda Mendes André, Letícia Andrade, Bob Souza, André Rosa, Roberta Ninin, Dodi Leal, Bia Szvat e Miguel Rocha.
Fotógrafos: Bob Souza, Carlos Valle, Ana Luiza Secco Peres, Danilo Barbosa
Fotos de instalação de o Higienizador: Thiago Fogolin

Serviço

Espetáculo: Neverland ou As (In)existentes Faixas de Gaza

Sinopse: Arrastando sobre a Rua Augusta uma grinalda de dez metros, a Noiva caminha pateticamente rumo à Neverland em busca da felicidade. No caminho ela se encontra com figuras que agem em descompasso com a cidade: criaturas que vivenciam suas faixas de Gazas pessoais e em cisão com a realidade da rua. Realidade e ficção?

Estreia: 21 de abril. Quinta-feira, às 19h30
Temporada: 21 de abril a 13 de maio. Quinta e sexta, às 19h30
Local: Rua Augusta x Peixoto Gomide (início). Cerqueira César/SP
Ingressos: grátis. Reservas – e-mail para artehumus@gmail.com com nome completo, RG e telefone.
Duração: aproximadamente 1h30. Capacidade: 30 pessoas
Informações: (11) 94126.7714