terça-feira, 30 de julho de 2013

José Roberto Domingues lança o romance "Viver a 2 é Difícil, dia 16/9, na Livraria da Vila

Autor e ator paulista, José Roberto Domingues lança seu primeiro romance, Viver a 2 é Difícil, trabalho independente que chega ao mercado numa parceria com a Todas Filmes. O livro relata situações nas quais os personagens mostram como são nas relações, ajudando o leitor a refletir melhor sobre a convivência com a pessoa amada. É uma provocação sobre “como somos” e “como desejamos ser” em relação ao amor e a nós mesmos. O lançamento acontece na Livraria da Vila, no dia 16 de setembro, segunda-feira, às 18h30s. O evento tem participação especial do ator André Rangel, bem como do próprio autor, fazendo leituras dramáticas de textos do livro. A ambientação musical tem o tom blues com o Southern Pride, trio formado por Luciano Lazzarini (gaita e voz), Ricardo Lima (guitarra e voz) e Denny Caldeira (violão e voz).
 
O autor explica que a constante questão da incompatibilidade foi o que o motivou a escrever o livro. Sempre muito atraído pela literatura, José Roberto leu desde a infância muitos livros relacionados à psicologia, sempre estimulado pelo pai, Jose Raymundo Domingues, um amante dos livros. Ele também reconhece que a profissão de ator lhe deu melhor condição de analisar as atitudes humanas ao ter que mergulhar nas questões mais diversas para compor os personagens.
 
Viver a 2 é Difícil relata nove histórias que transitam pelas diferentes formas das pessoas se relacionarem no amor. Algumas delas são fictícias e outras (ele não revela quais) foram inspiradas em relacionamentos verídicos. Ao final de cada capítulo, o autor tece um comentário buscando aprofundar a reflexão proposta.
 
José Roberto Domingues diz em seu prefácio: “Cansei de ouvir pessoas dizendo que estavam se separando por incompatibilidade. (...) A palavra ‘incompatível’ é só uma forma de expressão para desculpar ou esconder o verdadeiro motivo da separação. (...) O que pode acontecer entre duas pessoas é a singularidade de atitudes, de desejos recíprocos em condições e situações muito adversas. Cada um tem suas experiências de sentimento, de sensações e de expressões, diferentemente do outro”. Ele argumenta que a partir do momento em que encontrarmos o nosso próprio eixo, descobriremos “o outro”, a pessoa amada. Ele ainda escreve: “uma relação não é sinônimo de submissão (...), cada um tem o seu caráter, a sua personalidade e a sua maturidade para juntos viverem o que for de melhor”.
 
Temas inerentes às relações afetivas são abordados no romance de José Roberto Domingues. Entre eles, relações mal resolvidas, cumplicidade, homossexualidade camuflada no casamento, sedução, agressão e consumo de álcool, fim abrupto de relação, traição, intensidade de desejo e desinteresse, segundas intenções, amor não correspondido, romance extraconjugal, ciúmes, diferença de idade, vício em drogas e desarmonia, culturas diferentes, sexo e paixão, descoberta das emoções e muitos outros.
 
Em seu texto de apresentação para o livro, Luiz Domingues (Irmão do Autor) coloca que “viver a dois pode ser difícil porque é sempre um embate de forças. Às vezes, harmoniosas, às vezes, antagônicas”. E, refletindo sobre Viver a 2 é Difícil, ele conclui: “em relação ao amor estamos sempre aprendendo. Mesmo que achemos que sabemos todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas. (...) Como não temos manual para consulta em relação ao amor, acabamos primeiro vivendo uma situação e depois aprendendo com ela”. Para ele, José Roberto, “com seu aguçado senso de observação dos tipos humanos, soube transcrever e descrever várias personalidades femininas e de uma forma tão sensível que cada episódio se apresenta como um filme em nossa mente”.
 
Joice Risnic assina o segundo texto de apresentação. “Em Viver a 2 é Difícil (José Roberto Domingues) mostrou todo esse cuidado ao narrar episódios saborosos e verdadeiros que se encaixam perfeitamente na intimidade de todos nós e nos faz refletir com carinho e honestidade sobre o amor. (...) A reflexão me colocou num lugar bem mais confortável sobre nosso desejo de amar e ser amado, lugar de compaixäo e aceitação, tempo e espaço onde existir vale a pena, onde a vida só é plena ao nos arriscarmos e nos acolhermos em todos nossos acertos e erros. (...) As cenas narradas são cristalinas e intensas, em algumas passagens senti-me intima delas, a boa escrita causa esse estado, a ficçäo se confunde com a realidade, somos transportados para outra realidade através das palavras.”
 
José Roberto Domingues
 
José Roberto Domingues iniciou a carreira de ator aos 11 anos, em Itapetininga, em sua cidade natal. Aos 14, estreou profissionalmente em São Paulo, no musical adulto The Fame. Foi agraciado com o Prêmio APCA de Melhor Ator por Este Planeta é Meu, em 1979, e Prêmio Mambembe A Praça dos Sonhos (onde contracenou com Tatyana Dantas premiada como melhor autora). Na extinta TV S, hoje SBT, participou do humorístico Hotel Pinel, ao lado de Renato Corte Real, Consuelo Leandro, Ankito, Geraldo Alves, Maria Tereza comediante, mas foi no teatro, ao lado de Dercy Gonçalves, que seu talento foi reconhecido e a carreira consolidada. Ainda na televisão, participou como ator de minisséries como Avenida Paulista (TV Globo) e Casa de Pensão (TV Cultura); ainda apresentou programa infantil Catavento, também na Cultura.
 
José Roberto foi também assistente de direção de Walter Avancini e Hugo Barreto (na TV Globo) e de Antônio Abujamra e Mário Mazzeti (no teatro). No final dos anos 80 começou a produzir seus próprios espetáculos: Sonho e Magia (com os personagens do programa Catavento) e F... De Freud (também autor e ator).
 
Em 1989, ele embarcou para a Itália para estudar cinema, direção e roteiro com Leo Benvenutti, onde desenvolveu trabalhos de produção e direção de comerciais para TV. Foi diretor artístico da Telelazio, em Roma, onde residiu por 15 anos. Em 2001, ainda na Itália, participou da cerimônia de santificação de Padre Pio, recitando a Oração do Pai Nosso. De volta ao Brasil, escreveu a peça infanto juvenil A Boneca Azul, encenada nos teatros Arthur de Azevedo e Maria Della Costa e, em 2013, lança seu primeiro livro, Viver a 2 é Difícil, um trabalho independente em parceria com Todas Filmes.

Lançamento / livro: Viver a 2 é Difícil
Autor: José Roberto Domingues
Participação especial: André Rangel
Músicos (Southern Pride): Luciano Lazzarini (gaita e voz), Ricardo Lima (guitarra e voz) e Denny Caldeira (violão e voz).
Produção geral do livro/evento: Bcreatives produções
Edição independente: Todas Filmes
Dia 16 de setembro – segunda – às 18h30
Livraria da Vila - www.livrariadavila.com.br
Rua Fradique Coutinho, 915 – Pinheiros/SP – Tel: (11) 3814-9954
Entrada franca – Classificação: livre
Preço sugerido (livro Impresso): R$ 25,00 reais
https://www.facebook.com/vivera2edificil

segunda-feira, 29 de julho de 2013

"A Cigarra e as Formigas" leva o encanto da fábula para o palco do Bibi Ferreira

Infantil marca a volta de Patrícia de Sabrit ao palco no papel da Cigarra que queria ser estrela de musicais.
 
O espetáculo A Cigarra e as Formigas, sob direção de Alex Moreno, estreia no dia 3 de agosto, sábado, no Teatro Bibi Ferreira, às 11 horas. A clássica fábula da literatura infantil ganhou livre adaptação e dramaturgia, que foram feitas pelo próprio diretor em parceria com André Grecco (também ator e produtor da montagem).
 
No enredo, as formigas Arlindo, o Formigão (vivido por André Grecco), e Lisbela (Maju Martins) estão preocupadas em trabalhar e armazenar alimentos para quando o inverno chegar. Já a Cigarra (Patrícia de Sabrit) só está preocupada com os ensaios de seu novo espetáculo musical e, para isso, ela conta com a ajuda da talentosa borboleta Dalva (Carla Martelli). O inverno chega e a Cigarra procura desesperadamente ajuda, sendo rejeitada pelas formigas que não reconhecem o real valor de seu trabalho, artístico.
 
Desabrigada, a Cigarra não sabe o que fazer. Dalva, que também sonha em ser artista, sai em busca de ajuda para a amiga, mas o trabalho é em vão. A Cigarra, então, sente-se mal e desmaia. Dalva vem em seu socorro e ao vê-la caída não resiste e passa mal; o mesmo acontece com Lisbela; e ao Formigão só resta socorrê-las. O momento difícil leva as personagens a se entenderem e a estrela desta história fica famosa, sendo premiada no cinema. Então, Arlindo e Lisbela também resolvem ser artistas de musical e com a ajuda da Cigarra tudo termina num grande espetáculo com todos os insetos da floresta.
 
Fotos de CarlosTorres 

André Grecco e Alex Moreno afirmam que esta nova versão para a fábula de Esopo é carregada de diversão e humor, além de muito dinamismo nas cenas recheadas de músicas e coreografias. “O texto é simples e direto e as personagens, bem como suas relações em cena, são marcadas pelo viés cômico”, comenta André.
 
Tendo por base o conceito de fábula (narrativa simbólica centrada em animais que se comportam como seres humanos), a concepção de A Cigarra e as Formigas parte das diferenças ideológicas entre os insetos para criar um espetáculo que brinca com a linguagem do teatro e do cinema musical. No olhar de Grecco e Moreno, a história coloca a Cigarra como um artista aspirante que vê a vida com toda a sua poesia. E as Formigas mantêm a eterna preocupação com a sobrevivência, da história original, fazendo do trabalho apenas uma forma de obter o sustento.
 
As diferenças entre as duas maneiras de ver o mundo colocam em foco as reais necessidades de cada ser e suas respectivas visões de trabalho. No desenrolar da trama, os personagens passam a buscar harmonia e respeito na vida em sociedade, sem desrespeitar as diferenças.
 
Alex Moreno conta que a concepção de A Cigarra e as Formigas foi inspirada nos anos 60. “Tanto figurino, trilha sonora e coreografias trazem muitas referências da cultura pop dos anos 60”, afirma. Outra curiosidade está no nome da borboleta Dalva, uma homenagem à cantora Dalva de Oliveira.
 
 
Espetáculo: A Cigarra e as Formigas
Livre adaptação da fábula de Esopo
Dramaturgia e concepção: Alex Moreno e André Grecco
Direção: Alex Moreno
Elenco: Patrícia de Sabrit, André Grecco, Carla Martelli e Maju Martins
Elenco stand by: Henrique Rizzo e Tatiana Toyota
Sonoplastia, figurinos e maquiagens: Alex Moreno
Adereços: Márcio Merigui
Iluminação e cenografia: André Grecco e Sílvia Andrade
Responsável técnico: Fábio Galvão
Direção de produção: André Grecco
Produção executiva: Sílvia Andrade
Realização: Cão Bravo Produções Artísticas
 
Estreia: Dia 3 de agosto – sábado – às 11 horas
Teatro Bibi Ferreira - www.teatrobibiferreira.com.br
Av. Brg. Luís Antônio, 931 - Bela Vista/SP - (11) 3105-3129
Temporada: sábados e domingos – às 11 horas – Até 29/9
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00).
Duração 60 min. Indicação de idade: 3 anos.
Bilheteria: 3ª a 5ª (15h-21h), 6ª (16h-0h), sáb. (14h-0h) e dom. (14h-21h)
Ingressos antecipados: www.ingresso.com (tel: 4003-1212)
Estacionamento (Av. Brigadeiro Luis Antônio, 759): R$ 15,00

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cabarezinho recebe Zimbher, Daniel Conti, Márcio Araújo e Namakaca, dia 26/7


Firmando-se na cena cultural paulistana, o projeto totalmente acústico Cabarezinho dá prosseguimento à sua programação no Centro Internacional de Teatro - ECUM. O terceiro encontro acontece no dia 26 de julho (sexta, às 22h30) com participação dos compositores Zimbher e Daniel Conti, o circense Cesar Lopes (grupo Namakaca) e Márcio Araújo com teatro de boneco.
 
Inspirado no pequeno cabaré francês Lapin Agile, o Cabarezinho (que estreou em 28 de junho) tem direção geral e musical de Luiz Gayotto (também idealizador do projeto). Com formato inusitado e totalmente acústico, o cabaré tem uma atração fixa, o Coro Cabarezinho (formação que varia entre 6 e 10 cantores) e o pianista Rogério Rochlitz (que toca para acompanhar o coro e também faz números solos). Estes artistas são os mestres de cerimônia, os anfitriões. Eles recebem os convidados e, entre uma e outra apresentação, mostram breves números musicais que conduzem o espetáculo.
 
Zimbher é cantor, compositor e produtor cultural. No Cabarezinho, ele mostra seu trabalho mais recente, o álbum zimbher e o z’unido (Selo Cooperativa, 2008), que traz uma característica mais rock’and’roll do artista. Zimbher lançou também Diverso (Elo Music, 1998), com participação de nomes como Itamar Assumpção, Maurício Pereira, Paulo Lepetit, Vange Milliet, Gigante Brasyl, Toninho Ferragutti e Simone Sou, e Coração Contemporâneo (Elo Music, 2004), com produção de Alfredo Bello (DJ Tudo) e participação de Rubi, Gero Camilo e Ceumar. Atualmente, prepara o quarto disco com produção de Guilherme Kastrup, Paulo Lepetit, Gustavo Souza e dele próprio. Além disso, integra a banda Projeto Guarará.
 
O paulista Daniel Conti apresenta seu trabalho autoral. Como ele próprio afirma, não tem raízes musicais firmadas em nenhum gênero musical específico. É cantor, violonista, arranjador e compositor formado em Música Popular (violão) pela Universidade Estadual de Campinas, em Canto Popular pela ULM e pós-graduado em Canção Popular pela Faculdade Santa Marcelina. Daniel cresceu ouvindo de modas de viola até The Beatles, já passou por grupos de rock pesado e por fanfarras de marchinhas. Atualmente, prepara a gravação de seu segundo disco.

Cesar Lopes, do grupo circense Namakaca apresenta trechos do espetáculo Afeitado, que coloca a platéia como espectadora das “causas precisas do afeto”, permitindo reconhecê-las, compreendê-las e valorizá-las. O espectador é também convidado a participar de alguns momentos da cena. Segundo Cesar, o grande objetivo do espetáculo é perpetuar afetos, e ainda explica que “a linguagem circense é escolhida por acreditar que ela influencia as pessoas a serem sempre seres transformadores, reinventando-se a cada encontro e a cada instante”.

O ator e diretor Márcio Araújo mostra um pouquinho do seu espetáculo O Mergulho da Serpente. Na encenação, o boneco Irineu, um preto velho, conta suas aventuras. Ele foi seduzido por uma serpente que o levou para o fundo do rio. Ele venceu as águas, sobreviveu e voltou para contar a história. Além de ser o manipulador, Márcio Araújo é autor do texto. A confecção do boneco é de Jésus Sêda.

O Cabarezinho

A cada noite quatro atrações convidadas (de diversas áreas culturais) se revezam, intercaladas pelo grupo fixo (coro e pianista). As atrações são sempre artistas com carreiras consolidadas, seja na música, no teatro, na literatura, poesia ou circo. Segundo o idealizador e diretor Luiz Gayotto, o Cabarezinho tem o Lapin Agile apenas como inspiração. “Se de um lado, assim como o pequeno cabaré de Paris, não pretendemos reproduzir o Moulin Rouge ou o Lido; de outro lado, o Cabarezinho tem um perfil brasileiro”. Ele explica que repertório do coro anfitrião é predominantemente de música brasileira. Paola Musatti e Fausto Franco são os diretores cênicos do Cabarezinho. A ambientação sugere intimismo e proximidade entre artistas e público. E a ausência de qualquer sonorização (tecnológica) favorece o clima para um pequeno cabaré. Ao lado da arena, público dispõe de um bar, mas o consumo é liberado em momentos específicos para que não interfira nos shows.
 
Espetáculo: Cabarezinho
Dia 26 de julho – sexta-feira – às 22h30 horas
Convidados: Zimbher, Daniel Conti, Márcio Araújo e Cesar Lopes/Namakaka
Idealização, direção geral e direção musical: Luiz Gayotto
Direção cênica: Paola Musatti e Fausto Franco
Cantores: Henrique Benvenutti, Laya Lopes, Luciane Valle, Luiz Gayotto, Maria Rosa, Paola Musatti, Tatiane Klein, Yoyo
Iluminação: Carine Spuri
Produção: Ademir Dema
Piano: Rogério Rochlitz
Arte Gráfica: Élcio Miazaki
Centro Internacional de Teatro - ECUM - Porão
Rua da Consolação, 1623 – SP - Tel: (11) 3255 5922 / 3129 9132
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$20). Bilheteria: 1h antes das sessões.
Duração: 100 min. Classificação: 18 anos. 80 lugares.
Estacionamento conveniado ao lado do teatro: 15 reais.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

8º Festival Cine Favela abre inscrições para a Mostra Competitiva

Considerado o maior evento dedicado ao cinema periférico no mundo, Festival terá a coletividade como tema central e dará ênfase a produções realizadas em comunidades populares.

Estão abertas as inscrições para o 8º Festival Cine Favela de Cinema. Os interessados em participar da Mostra Competitiva, cujo tema é livre, devem se inscrever até o dia 10 de setembro. No site do Festival - www.festivalcinefavela.com.br – estão disponíveis todas as informações necessárias para realizar as inscrições.

Podem participar filmes de todos os gêneros e formatos, com duração de até 90 minutos (incluindo tempo dos créditos), que tenham sido realizados a partir de 2010. O melhor filme será eleito pelo público e receberá prêmio em dinheiro.

Em seu oitavo ano de realização, o Festival, que se dedica exclusivamente à difusão de filmes realizados por ONGs, Associações, Coletivos, Universitários, Periferias e Produtores Independentes e Periféricos, traçará um panorama do cinema periférico produzido no mundo e chegará a sete Comunidades Populares de São Paulo, entre outras novidades.

 
Abertura do 7º Cine Favela (em Heliópolis) e cerimônia
de encerramento (no Sesc Ipiranga). Fotos de Sulia Folli
Em 2013, o Festival, idealizado pela Associação Cultural Artística Cine Favela e realizado pela MUK, acontecerá de 1o a 10 de novembro e terá como tema central a “Coletividade”. “Queremos trazer para o primeiro plano o cinema produzido de forma artesanal e dar ênfase aos realizadores de comunidades populares” explica Daniel Gaggini, diretor do Festival. 
Uma oficina, ministrada pela Confraria de Colagem para mais de 60 jovens na Comunidade de Heliópolis, resultou na criação coletiva da arte que estampará todo o material gráfico da 8o edição.

Nesta edição, o Festival ampliará seu alcance, levando suas atividades às Comunidades de Heliópolis, Paraisópolis, Cidade Tiradentes, Grajaú, Brasilândia, Jardim Ângela e Capão Redondo que, juntas, somam mais de 1,5 milhões de pessoas, e também a Estações do Metrô, Escolas Públicas, Entidades de Reabilitação e unidades da rede SESC-SP. 

O projeto CINE FAVELA foi fundado em 2003 por um grupo de moradores da Comunidade de Heliópolis/SP com a missão de capacitar e promover a inclusão sociocultural de jovens por meio do cinema. Mais informações sobre o projeto em www.cinefavela.org.br

Informações - tel: (11) 3141 –1595 ou contato@festivalcinefavela.com.br.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

São José dos Campos recebe ‘Homens no Divã’, com Darson Ribeiro, Olivetti Herrera e Rafael Calomeni

Darson, Calomeni e Herrera
Foto de Eliana Souza

Texto de Miriam Palma ganhou adaptação e direção Darson Ribeiro.
 
Imagine a antessala de um consultório de psicanálise frequentada por três homens desesperados por suas respectivas mulheres! É isto que o que o público vê Homens no Divã, que tem sessões nos dias 5, 6 e 7 no Teatro Colinas, em São José dos Campos. O espectador vai testemunhar o encontro inesperado das personagens Renato Paes de Barros Seabra (Rafael Calomeni), Carlos Eduardo Carrara-Travertino (Olivetti Herrera) e Frederico Freitas Fernandes (Darson Ribeiro). Se é que Freud realmente explica...
 
Foi com o objetivo de entreter as mulheres e, por tabela, elucidar os machões de plantão, que Darson Ribeiro decidiu adaptar o original - Desesperados - de Miriam Palma e dar mão à palmatória, expondo as mais diversas fraquezas masculinas. E, ainda por cima, num divã freudiano.
 
O texto explicita, sem moralismos, e traz à tona inúmeras facetas do relacionamento entre homens e mulheres ao discutir traição e sexo, assim como o verdadeiro amor, levando inclusive à possibilidade do perdão. Deles, dos homens, é claro.
 
Os três machões em personalidades bem distintas vão mesclando suas idiossincrasias e, tornam-se amigos. A terapia ao invés de reduzida entre as quatro paredes da Dra. Maczka, acaba acontecendo espontaneamente nos ambientes frequentados por eles, como academia, balada, e uma palestra onde realmente o turning-point acontece. Tudo isso numa linguagem altamente digerível - gostosa de ouvir, e pra lá de engraçada.
Foto de WilianPonciano
 
Brincando com o fetiche feminino, os tipos são ainda sublinhados por profissões bem reconhecidas, como o Oficial do Corpo de Bombeiros vivido por Calomeni, juntamente com um Executivo da Eletropaulo, e um Obstetra. E, de quebra Marília Gabriela participará vocalmente interpretando a disputada Dra. Maczka.
 
Cenário e figurinos, assinados pelo próprio diretor, fazem um contraponto com o classicismo freudiano e o órgão genital feminino – isso em cores e formas. A Luz - com supervisão de Guilherme Bonfanti - foi criada e executada por Leandra Demarchi.
 
Espetáculo: Homens no Divã
Texto: Miriam Palma
Coautoria e direção geral: Darson Ribeiro
Elenco: Darson Ribeiro, Olivetti Herrera e Rafael Calomeni
Cenografia, Trilha e Figurinos: Darson Ribeiro
Iluminação: Guilherme Bonfanti/Leandra Demarchi
Preparação corporal: Gustavo Torres
Assistência de direção: Cecília Arienti
Assistência de Cenografia e Figurinos: Clau do Carmo
Assistência de Produção: Priscila Pinto Soares
 
Dias 5, 6 e 7 de julho – sexta e sábado (21 horas); domingo (19 horas)
Teatro Colinas
Av. São João, 2200 - São José dos Campos/SP - Tel: (12) 3204 - 5235
Ingressos: R$ 60,00 (meia entrada: R$ 30,00)
Duração: 1h40. Indicação etária: 16 anos. Lotação: 324 lugares

Cabarezinho recebe Paulo Padilha, Luis Felipe Gama & Ana Luiza e Paola Musatti & Vera Abuud, dia 12/7

Projeto tem grupo fixo, atrações convidadas e som totalmente acústico em palco de arena, no Cit-ECUM.


Novidade na cena paulistana, projeto Cabarezinho – que estreou em 28 de junho, no Centro Internacional de Teatro - ECUM - dá prosseguimento à sua programação. No segundo encontro, que acontece no dia 12 de julho (sexta, às 22h30), apresentam-se o cantor e compositor Paulo Padilha, o duo Luis Felipe Gama & Ana Luiza e a dupla de palhaças Paola Musatti & Vera Abbud.
 
Inspirado no pequeno cabaré francês Lapin Agile, o Cabarezinho tem direção geral e musical de Luiz Gayotto (também idealizador do projeto). Com formato inusitado e totalmente acústico, o cabaré tem como atração fixa o Coro Cabarezinho (formação que varia entre 6 e 10 cantores) e o pianista Rogério Rochlitz (que toca para acompanhar o coro e também faz números solos). Estes artistas são os mestres de cerimônia, os anfitriões. Eles recebem os convidados e, entre uma e outra apresentação, mostram breves números musicais que conduz o espetáculo.
 
Paulo Padilha tem músicas gravadas por Simone (“Love”, trilha da novela Insensato Coração), Suzana Salles, Palavra Cantada, Marcos Sacramento e outros. A canção “Áio no Ôio” foi 2ª colocada no Concurso Nacional de Marchinhas 2013 (Rede Globo); convidado pelo Arts Midwest, tem turnê agendada para 2014 e 2015 em 10 cidades dos EUA. Acompanhado por seu violão, o “Sancho Pança”, Padilha apresenta o CD/Livro Na Lojinha de Um Real Eu me Sinto Milionário, cujo tema é a cidade e o compositor, revelados por textos que conduzem o ouvinte e amplia a ideia de crônica urbana. Predominantemente acústico, o trabalho flerta com o samba, a MPB e o pop. Ele toca: “Lojinha de Um Real”, “Pré- Pago Pai de Santo” (tem Mart’nália no CD) e “Só Me Trai” (versão para “Summertime”, de G. Gershwin). 
 
Parceiros há quase 20 anos, o pianista, compositor e arranjador Luis Felipe Gama e cantora e compositora Ana Luiza constroem uma obra autoral ancorada na música brasileira e aberta especialmente à canção popular das Américas. Da profunda afinidade musical e da admiração mútua, vem o norte de todo o trabalho da dupla: a busca por uma expressão artística rigorosa. Já participaram de concertos e gravações com Chico Buarque, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Guinga e Haydée Milanês. Entre outras canções de discos anteriores, o duo mostra músicas do mais recente CD, Vermelho (2013). Compõem ainda o repertório da apresentação músicas da parceria artística que desenvolvem com artistas cubanos e que inclui parceria de Luis Felipe com Pablo Milanés e outra composta com a cantora chilena Maria Paz.
 
Paola Musatti & Vera Abbud trabalham com a linguagem do palhaço há mais de 20 anos. Já dividiram o palco com a Nau de Ícaros e os Parlapatões; são palhaças no Jogando no Quintal e parceiras dos Doutores da Alegria. Desde 2004, quando iniciaram pesquisa na linguagem do palhaço, explorando possibilidades de dupla, atuar em um número, espetáculo ou intervenção cênica, a partir do ponto de vista do palhaço, tornou-se prioridade na arte de Paola e Vera. Elas apresentam Pelo Cano, primeiro fruto da pesquisa: uma releitura da palhaçaria clássica (palhaços homens) onde as palhaças revelam sua forma de ver o mundo. Objetos como dinheiro, fita crepe, sifão de pia, televisão, revelam a inaptidão do palhaço com a realidade. A música, quando aparece, é tocada ao vivo (violão, violino, flauta) e serve como suporte para gags musicais. É um espetáculo silencioso.
 
Quinzenalmente as atrações convidadas (de diversas áreas culturais) se revezam nesse cabaré, intercaladas pelo grupo fixo (coro e pianista). O contraste entre as diferentes apresentações e performances garante dinamismo às noites culturais. Segundo o idealizador e diretor Luiz Gayotto, o Cabarezinho tem o Lapin Agile apenas como inspiração. “Se de um lado, assim como o pequeno cabaré de Paris, não pretendemos reproduzir o Moulin Rouge ou o Lido; de outro lado, o Cabarezinho será mesmo brasileiro”. Ele explica que repertório do coro anfitrião é predominantemente de música brasileira. Paola Musatti e Fausto Franco são os diretores cênicos do Cabarezinho. A ambientação da arena sugere intimismo, propiciado pela proximidade dos artistas com o público. E a ausência de qualquer sonorização (tecnológica) favorece o clima para um pequeno cabaré. Ao lado da arena, público dispõe de um bar, mas o consumo é liberado somente em momentos específicos para que não interfira nos shows.

Espetáculo: Cabarezinho
Idealização, direção geral e direção musical: Luiz Gayotto
Direção cênica: Paola Musatti e Fausto Franco
Cantores: Henrique Benvenutti, Laya  Lopes, Luciane Valle, Luiz Gayotto, Maria Rosa, Paola Musatti, Tatiane Klein, Yoyo
Iluminação: Carine Spuri
Produção: Ademir Dema
Piano: Rogério Rochlitz
Arte Gráfica: Élcio Miazaki

Dia 12 de julho – sexta-feira – às 22h30
Convidados: Paulo Padilha, Luis Felipe Gama & Ana Luiza, Paola Musatti & Vera Abbud
Centro Internacional de Teatro - ECUM - Porão
Rua da Consolação, 1623 – Consolação/SP. Tel: (11) 3255 5922 e 3129 9132
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00). Bilheteria: 1h antes das sessões.
Duração: 100 min. Classificação etária: 18 anos. Capacidade: 80 lugares.
Estacionamento conveniado ao lado do teatro: 15 reais. Possui bar