terça-feira, 29 de agosto de 2017

Residência artística do diretor Darson Ribeiro leva O Orgulho da Rua Parnell à SP Escola de Teatro

Fotos de Eliana Souza
A violência contra a mulher é o mote do projeto idealizado por Darson Ribeiro, que realiza residência artística na SP Escola de Teatro, em setembro, com temporada do espetáculo e uma série de encontros com convidados especiais para discutir o tema. São eles: Henrique Fogaça, Sérgio Roveri, Paulo Betti, Eloisa Vitz, Aimar Labaki, Malcolm Montgomer, Kátia Boulos, Luana Piovani e Carla Boin.

Depois da primeira temporada, em janeiro, quando foi realizado dentro do Antiquário Verniz, O Orgulho da Rua Parnell, de Sebastian Barry, reestreia no dia 2 de setembro (sábado, às 21h) na SP Escola de Teatro. Esta primeira montagem brasileira tem tradução e direção assinadas por Darson Ribeiro.

A peça é uma compilação de monólogos interconectados – interpretados por Alexandre Tigano e Claudiane Carvalho - onde um casal relata minuciosamente o resultado caótico de uma relação de amor que foi ceifada por um ato medonho de violência por parte do marido. A encenação tem ainda participação especial do garoto Enrico Bezerra - de 10 anos – que abre a peça interpretando uma canção.

O Orgulho da Rua Parnell narra 10 anos dessa complicada e também bela história de amor. Em movimentos delicados – quase paralisados – as personagens descrevem entre lágrimas, risos, tesão e orgulho tudo o que os levou à situação atual. São lembranças pesadas e até insanas, mas permeadas de um amor sem igual. A peça revela o grau de perigo, quase sempre perniciosamente velado, que existe na paixão e o estrago que isso pode provocar, caso esse sentimento seja sublimado ou potencializado em substituição às vontades próprias, fazendo do egoísmo uma arma fatal.


Na obra de Barry as limitações e o controle das emoções vêm no formato de prosa, ao mesmo tempo áspera e macia. Joe Brady é um ladrãozinho insignificante que tem o apelido de “homem-meio-dia”. Ele e sua esposa Janet vivem na periferia de Dublin, na Irlanda, e apesar da vida marginalizada mantêm orgulho de seu lifestyle, como ocorre com a maioria das personagens de Sebastian Barry.

No enredo, a derrota que marcou a desmoralizante desclassificação da Irlanda na Copa do Mundo de 1990, na Itália, cobrou seu preço. E parece que para o casal Joe e Janet a cobrança veio com juros altíssimos. O déficit desses dois foi maior do que o da seleção naquela noite. Alguns anos se passaram e agora eles revelam a intimidade de um amor eterno, mas também a ruptura desastrosa do casamento.

É um início de relação pobre, mas feliz. Ela, mãe aos 16 anos, sofre para criar os três filhos. Ele, apelidado de “midday man”, vive à sombra e água fresca, roubando carros. Eles vão se aturando até que o primogênito Billy morre atropelado por um caminhão de cerveja. Este é talvez o início do fim, não só da relação, mas até mesmo do amor pela Irlanda. Será? Ao voltar para casa, após a quarta de final dos jogos, Joe quase mata a esposa, espancando-a. Desfacelada, ela foge para um abrigo de mulheres, levando as crianças. Apesar da ausência do marido - e pai - ela vai reconstruindo sua vida, enquanto ele se afunda na heroína, nas prisões e sofre com a AIDS.

Segundo o diretor Darson Ribeiro, “O Orgulho Da Rua Parnell se encaixa perfeitamente no contexto teórico e estético de montagens realizadas por ele, como a recente Os Guarda-Chuvas, que discutia a degradação da família culminada com a morte da esposa e mãe, interpretada por Maria Fernanda Cândido”. Ele argumenta que a peça de Barry traz a simplicidade como aliada, respeitando o não naturalismo indicado pelo autor, principalmente na relação interpretativa dos atores. E a direção, então, se apropria da precisão para contar essa trágica história de amor, brincando com o imagético e criando camadas no arquétipo das personagens. “A história é narrada como se ‘esfregássemos’ as situações na cara do espectador”, comenta.


Sobre o tema “violência contra a mulher”, o diretor ressalta os altos índices e o número de prisões e de mortes que vêm aumentando em vários países, incluindo o Brasil, culminando no dilaceramento familiar. “A sociedade dá pouca atenção para o fato. O teatro tem a função de alertá-la. Desta forma, o Conselho Estadual de Defesa da Mulher, por meio de sua Presidente Rosmary Correa foi o primeiro a credenciar esse projeto”, comenta Darson.

“Vivemos numa época em que cada vez mais o homem, ainda que inconscientemente, vem tentando contar com seus sentidos. É nesse estado que ele, paradoxalmente, provoca em si atitudes que ultrapassam limites da consciência. Só depois, já com o ato consumado, é que busca a qualquer custo se livrar das armadilhas de seu próprio desejo. Assim, empenha-se desmedidamente em valorizar o que era simples, belo e eficaz: o viver... Quase numa espécie de sublimação”, finaliza o diretor.

Sebastian Barry e O Orgulho da Rua Parnell

Sebastian Barry é dramaturgo inglês, radicado na Irlanda. Depois de ter sido interrogado sobre a razão pela qual ainda não tinha escrito uma peça tendo como tema a violência contra a mulher, Barry alegou que vinha insatisfeito com textos sem embocadura para os atores. Mas, no final de 2004, atendendo ao pedido do diretor artístico do Dublin Fishamble Theatre Company, Jim Culleton, trouxe ao papel as lembranças da Copa de 1990, quando vivia em Dublin, na Irlanda, mais particularmente na Rua Parnell. Segundo a pesquisa do autor, após as partidas de futebol, principalmente as derrotadas, os maridos ainda sob uma espécie de “euforia futebolística” chegavam às suas casas e espancavam violentamente suas esposas. Estas mulheres superlotavam os abrigos femininos.

Assim, com o texto, Barry tenta encontrar a razão de tamanha violência, que ainda impera nos dias de hoje, valendo citar os altos índices do Brasil. Com ou sem futebol. Em 2006, numa de suas aulas de teatro, a inspiração para aprimorar o texto veio com veemência. E, assim, iniciou uma série de trocas de e-mails com Culleton, o primeiro diretor da peça, retomando “o quão verdadeiro e preciso, ao mesmo tempo misterioso, o teatro pode ser”. Ele completa: “quando você vai ao teatro e vê uma peça qualquer, ainda que simples sobre pais e filhos, ela vai te fazer avaliar o que a vida é de fato, e o quão curta ela é”. Em 2007, com a resposta positiva do público e da crítica no Festival de Teatro de Dublin, Barry teve a certeza de que The Pride Of Parnell Street o havia reconectado definitivamente com o palco.

Ficha técnica

Texto: Sebastian Barry
Direção, tradução, Trilha, cenografia e figurino: Darson Ribeiro
Elenco: Alexandre Tigano (Joe) e Claudiane Carvalho como (Janet) e participação especial de Enrico Bezerra
Iluminação: Rodrigo Souza
Assistência de direção: Arnaldo D’Avila
Iluminotécnica: LPL Lighting Designer
Edição/trilha: Lalá Moreira DJ
Fotografia: Eliana Souza
Design gráfico: Iago Sartini
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena

Serviço

Espetáculo: O Orgulho da Rua Parnell
Reestreia: 2 de setembro. Sábado, às 21h
Local: SP Escola de Teatro | Sala R8 - http://spescoladeteatro.org.br
Endereço: Praça Franklin Roosevelt, 210. Consolação. SP/SP – Tel: (11) 3775-8600
Temporada: de 2 a 25 de setembro
Horários: sábados (21h), domingos (às 19h) e segundas (20h)
Ingressos: R$ 40,00 (meia: 20,00).
Bilheteria: 1h antes das sessões (aceita somente dinheiro).
Venda online: Sampa Ingressos - www.sampaingressos.com.br.
Classificação: 12 anos. Duração: 75 minutos. Gênero: drama. Capacidade: 60 lugares.
Reservas: 3775-8600 ramal 19 (c/ Paulo) e 98921-4158 (c/ Giovana).

Encontros: Série de encontros com convidados especiais, mediados pelo diretor Darson Ribeiro e pela advogada especialista em Justiça Restaurativa Dra. Carla Boin. São quatro encontros que ocorrem logo após as sessões das segundas-feiras:
4/9 – Henrique Fogaça e Sérgio Roveri
11/9 – Paulo Betti e Eloisa Vitz
18/9 – Aimar Labaki e Malcolm Montgomery
25/9 – Kátia Boulos e Luana Piovani

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel (11) 3079-4915 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Teatro do Incêndio inaugura sede com espetáculo que evoca a sabedoria popular

O Teatro do Incêndio inaugura sua nova sede, no Bixiga, no dia 16 de setembro (sábado, às 20h) com a estreia do espetáculo A Gente Submersa, que tem texto e direção assinados por Marcelo Marcus Fonseca.

Esta é a primeira parte do trabalho de pesquisa do grupo sobre heranças e descaracterização da cultura e da sabedoria popular, pelo esquecimento das raízes que moldaram o ser brasileiro.

A montagem explora o que resta no cotidiano das pessoas dos ensinamentos populares, bem como da função social da dança e das festas tradicionais. Segundo o diretor, “em cena está a comida típica, o encontro, a música, a fé, o sincretismo. São elementos de celebração que se perdem no íntimo de pessoas que se ‘afogam’ nas cidades, imersas no conflito de viver ou cumprir a existência de forma burocrática”.

No enredo, vagando por um mundo apático, Lourdes (Gabriela Morato), Benedito Messias (Anderson Negreiro) e Fulozina (Elena Vago) são espíritos do interior do Brasil atrás de pessoas que os enxergue, enquanto distribuem afeto como trabalho. No caminho encontram uma comunidade formada por pessoas expulsas do convívio social, que resolvem levar a vida em festa. Aos poucos o sonho sucumbe à realidade.

A Gente Submersa reúne 23 artistas, entre atores e músicos que transitam pelo teatro, pela dança e por outras linguagens, amparados por composições originais e canções de domínio público. O figurino traz elementos de técnicas artesanais como renda filé, bordados, crochê e tricô, construindo memórias também nos corpos que ocupam o Teatro do Incêndio: um espaço em formato de arena triangular, mantendo as características arquitetônicas originais do local que tem sua própria história.

Marcelo Fonseca explica que, após realizar O Santo Dialético, peça sobre a perda da essência da formação do brasileiro, teve o desejo de trabalhar outro viés da nossa origem: como se deu a formação do brasileiro. “Fui buscar os saberes populares, as danças e as festas que vêm sendo esquecidas. A hereditariedade não nos é ensinada, está na genética. A necessidade de sobrevivência esconde o desejo de felicidade, tendo à frente o poder institucionalizado”. O dramaturgo ainda afirma que a peça ressalta que o importante são as pessoas, a observação do outro. “Não é o governo que transforma o mundo. São as pessoas! O espetáculo é uma celebração da vida, onde o profano e o sagrado estão em comunhão, pois a vida não é o cotidiano, não é o trabalho”, finaliza.

O enredo

O enredo de A Gente Submersa é conduzido três personagens, figuras alegóricas da sabedoria popular (Lourdes, Benedito Messias e Fulozina), que vivem uma fábula que se concretiza na cidade. São pessoas centenárias, velhos de espírito juvenil que atravessaram os tempos. Eles seguem pelo mundo, mas os lugares por onde passam e tudo o que vivem vai sendo apagado. Quando chegam à cidade se tornam invisíveis, ocupam um espaço, mas são expulsos pela polícia. Conduzidos por um velho vendedor de relógios, eles chegam a um lugar (quilombo), povoado por pessoas que fugiram da metrópole, onde são vistos e aceitos. O velho representa o tempo, a sabedoria e os ensinamentos dos mais velhos, dos nossos antepassados. Sem dinheiro, as pessoas do quilombo trocam conhecimentos, como aprender a ler e escrever desenhando letras com tintas nas mãos. Lourdes, Benedito e Fulozina ensinam cultura popular para os integrantes da comunidade que passa a viver em um calendário de festas (congada, maculelê, jongo). Mas o desmatamento chega e destrói o quilombo mostrando o ciclo sem fim da destruição.

O novo teatro

A esquina da Rua 13 de Maio com Rua Santo Antônio é a porta de entrada para o Bixiga. O famoso casarão, que tem sua fachada tombada como patrimônio histórico do município, abrigou a antiga Boate Igrejinha, frequentada por nomes como Dalva de Oliveira, onde a cantora Maysa fez sua última temporada e Grande Otelo realizou o show em comemoração aos seus 50 anos de carreira. Mais tarde, se tornou o Café Soçaite, um dos principais redutos da boemia paulistana dos anos 80.

A parede externa de entrada do Teatro do Incêndio tornou-se um grande painel com a inscrição de 376 nomes de artistas de real importância na história cultural. Entre os homenageados, Tom Jobim, Cacilda Becker, Plínio Marcos, Flávio Império, Mário de Andrade, Carolina de Jesus, Maysa, Geraldo Filme, Roberto Piva, José Celso Martinez Corrêa, Batatinha, Ariano Suassuna, Darcy Ribeiro, Antônio Cândido, Ruth Rachou, José do Patrocínio e Lygia Clark.

A sede própria é uma conquista de 21 anos de estrada do grupo. O espaço foi comprado por Marcelo Marcus Fonseca, em março de 2017, e consolida-se, definitivamente, como um teatro para a cidade de São Paulo.

Antes mesmo da inauguração, período de reformas internas e obras de adequação, o no Teatro do incêndio já recebeu eventos de cultura popular com Dona Anicide Toledo e o Samba de Umbigada, o Bale Folclórico de São Paulo, a Comunidade Jongueira de Tamandaré e o toré da Aldeia Wassu Cocal em Rodas de Conversa promovidas pela companhia. Também aconteceram aulas abertas com a bailarina Vera Passos e o espaço ainda recebe, atualmente, dois coletivos teatrais em residência artística, além dos projetos permanentes e gratuitos do grupo: Sol-Te, oficina livre de teatro para crianças e adolescentes, e Iluminar, oficina criativa de cenografia, figurinos e iluminação, coordenada pelo diretor convidado Kleber Montanheiro.

Ficha técnica

Texto e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca
Figurinos: Gabriela Morato
Iluminação: Kleber Montanheiro
Direção musical e composições originais: Bisdré Santos e Marcelo Marcus Fonseca
Cenografia: Gabriela Morato e Marcelo Marcus Fonseca
Coreografias e preparação corporal: Gabriela Morato
Piso de cena: Jorge e Denis Produções Cenográficas
Coordenação: Jorge Ferreira Silva
Equipe técnica: Alicio Silva, Cleiton Willy, Deoclecio Alexandre, Vitor Caires e Murilo Manino
Criação e coordenação de adereços: Gabriela Morato
Assistência de figurinos e produção: Bianca Brandino
Confecção/adereços: Victor Castro, André Souza e jovens do projeto de Vivência Artística
Música ao vivo: Bisdré Santos e Vinibatucada Pinto
Música “Movimento dos Sem Chuva”: Cristóvão Gonçalves
Design gráfico: Gustavo Oliveira
Fotos: Giulia Martins
Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação
Produção e realização: Teatro do Incêndio

Elenco: Gabriela Morato, Elena Vago, Anderson Negreiro, Valcrez Siqueira, André Souza, Victor Castro e Marcelo Marcus Fonseca.

Jovens do projeto de Vivência Artística: Lia Benacon dos Santos, Bianca Brandino de Castro Assis, Lucas Galhardo Dantas, João Lucas dos Reis Gonçalves, Ellen da Costa Marins, Pedro Henrique Rocha Vieira, Hisadora Benevides de Oliveira, Thalía Melo Macedo, Julieta Guimarães, Antônio Carlos Soares Augusto, Mariana Cortez Lima Ribeiro, Raquel de Lacerda e Vinicius Santos Julião.

Serviço

Espetáculo: A Gente Submersa
Com: Cia Teatro do Incêndio
Estreia: 16 de setembro. Sábado, às 20h

Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 48 – Bela Vista/SP. Tel: (11) 2609 3730 / 2609 8561
Temporada: 16/9 a 10/12. Sábados (às 20h) e domingos (às 19h)
Duração: 120 min. Gênero: Tragicomédia musical. Classificação: 14 anos.
Ingressos: Pague quanto puder.
Capacidade: 95 lugares. Acessibilidade. Ar condicionado.


Cia. Teatro do Incêndio - História

O Teatro do Incêndio nasceu, em 1996, com a estreia de Baal – O Mito da Carne, de Bertolt Brecht, em uma antiga fundição de ferro no bairro de Pinheiros em São Paulo. A peça cumpriu uma história de 2 anos, com temporadas no Teatro Oficina, Oficina Cultural Oswald de Andrade e apresentações em 10 unidades do Sesc pelo interior e Sesc Vila Mariana. Em sua primeira formação, foi batizado de Teatroaostragos (como Canto do Bode) e mudou o nome para a encenação de Beatriz Cenci (Les Cenci), de Antonin Artaud, em 2000, na Funarte, em homenagem a trilogia de Roger Vitrac, companheiro de Artaud no Teatro Alfred Jarry.

O grupo tem como característica o mergulho em linguagens diversificadas e vanguardas históricas, construída ao longo de 21 anos de experimentações, sempre tendo como objetivo um estudo do ser humano encarcerado na engrenagem de uma civilização castradora, mantendo seu enfoque no cidadão afetado por valores artificiais criados pela sociedade.

Em sua trajetória, procurou dar voz a autores como Jean Genet (O Balcão – TBC, 1997), Bertolt Brecht, (A Boa Alma de Setsuan – Teatro Sérgio Cardoso, 2005, Na Selva das Cidades – Funarte, 2009, e Baal – O Mito da Carne), Antonin Artaud (Beatriz Cenci - Funarte, 2000), Marquês de Sade (A Filosofia na Alcova – Funarte, 1999), Friedrich Von Schiller (Joana D’Arc – A Virgem de Orleans – Bibi Ferreira, 2011), Zeno Wilde (Anjos de Guarde – TBC, 2001), além de peças de autoria própria, buscando sempre uma filosofia social capaz de estimular o pensamento divergente e despertar a atitude no espectador. Suas peças buscam a síntese do momento social, numa espécie de criação nômade, abrangendo mais de uma linguagem ao mesmo tempo e tendo a música ao vivo composta especialmente ou emprestada e relida como aliada importante nessa composição de ideias.

A atual fase do grupo teve início em 2011, após ser contemplado pela primeira vez pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, com o projeto São Paulo: Cidade Surrealista. O projeto contou com parceria do Museu da Língua Portuguesa para promover um curso sobre surrealismo, que culminou em dois espetáculos no ano de 2012, reabrindo a casa noturna Madame Satã e permanecendo em cartaz com São Paulo Surrealista e São Paulo Surrealista 2 – A Poesia Feita Espuma. Os espetáculos tiveram 3 temporadas e apresentações no interior, Sesc Piracicaba e outras cidades, além de ter tido em seu elenco 27 jovens oriundos de oficinas de treinamento do grupo na Oficina Oswald de Andrade por meio de ocupação artística do espaço. Ainda dentro do projeto realizou um ciclo de leituras de textos surrealistas na Funarte de onde surgiram duas montagens dos textos de Rene de Obaldia, A Baby Sitter (Sesc Pinheiros, 2013) e Fim de Curso (Teatro do Incêndio, 2013, e Sesc Piracicaba, 2014), traduzidas por Clara Carvalho e Claudio Willer.

Em 2013 inaugurou a sua primeira sede na Rua Santo Antônio, no Bixiga, mudando-se para a Rua da Consolação e, mais tarde, para a Rua 13 de Maio, 53. Em 2014, realizou o espetáculo O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica, (Teatro do Incêndio), experimento dedicado a memória da música brasileira, mesclando linguagens teatrais como expressionismo, realismo e dadaísmo. O espetáculo produzido com o apoio da sociedade civil por meio de plataforma online de financiamento coletivo, terminava na calçada da Rua da Consolação, 1219, antiga sede da Cia. à qual deixaria por uma desapropriação movida pela Linha 6 - Laranja do Metrô.

Em 2015, já na Rua 13 de Maio, estreia a peça Pano de Boca, de Fauzi Arap, recriando cenários e figurinos idealizados por Flávio Império para a montagem dirigida pelo autor, em 1976. O Espetáculo contemplado pelo PROAC Editais e pela 26ª edição do Programa de Fomento ao Teatro, inaugurou a nova sede da Cia, no Bixiga. Tal espetáculo integrou o evento Panorama: Teatro do Incêndio promovido pelo Sesc Bom Retiro.

Desde 2009, o Teatro do Incêndio passou a investir na formação e no exercício da vocação de jovens artistas, formando atores, iluminadores e técnicos em várias funções, tornando-se autossuficiente desde a área de produção até a sonoplastia. Hoje, em sua sede no Bixiga, realiza treinamento permanente de onde saem os espetáculos criados unicamente em sala de ensaio, estudando novas aplicações a técnicas conhecidas e procurando novas formas de expressão para seu repertório.

Ainda em 2014, a Cia., procurando intensificar seus laços com a cidade e o entorno do espaço, criou projetos permanentes, com duas turmas anuais: SOL-TE, projeto para integração de crianças e adolescentes da comunidade com as artes cênicas e outras artes e Iluminar, curso de formação de iluminadores e técnicos de luz.

Em uma oportunidade única, o grupo comprou o histórico casarão na Rua 13 de Maio, 48, esquina com a rua Santo Antônio, transferindo definitivamente suas atividades para uma sede própria. O Santo Dialético, em 2016, comemorou duas décadas de atividades ininterruptas em uma obra que apontava os caminhos do coletivo para um estudo da ancestralidade brasileira e um questionamento profundo da identidade e formação de nossa gente presente no cotidiano e questionando o que sobrou de nós diante do massacre de nossa essência.

Atualmente o grupo realiza em sua sede Rodas de Conversa com mestres da Cultura Tradicional Popular, oficinas de iluminação, cenografia e figurinos, oficinas para crianças e adolescentes e apresenta seu novo espetáculo, A Gente Subrmesa, primeira parte de dois espetáculos sobre a memória da cultura popular e expressões perdidas no tempo e na cidade. A segunda parte, Rebelião – Um Povo Oprimido, estreia em fevereiro de 2018.

O Teatro do Incêndio é um coletivo reconhecido pelo Conpresp, tombado como Patrimônio Cultural e Bem Imaterial da Cidade de São Paulo, e busca uma maneira de pensar a diversidade: o outro como meta. Mais que um grupo que faz teatro, considera uma ideia a ser mantida, dialogando com o nosso tempo enquanto ele acontece.


Assessoria de imprensa – Verbena Comunicação
Eliane Verbena e João Pedro
Tel.: (11) 2738-3209 / 99373-0181 – verbena@verbena.com.br


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Circuito de Teatro em Português (grátis) termina dia 27 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso

Iniciado em 18 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, a 11ª edição do Circuito de Teatro em Português segue até 27 de agosto. O festival internacional de países lusófonos tem entrada franca e patrocínio da CAIXA e Governo Federal.

A programação reuniu nove companhias, onze espetáculos, oito oficinas e dois seminários, incluindo o Circuitinho que foi a novidade desta edição, trazendo espetáculos para a garotada.

No último fim de semana, as apresentações são: Nos Tempos de Gungunhana com Klemente Tsamba (de Moçambique), na sexta (às 20h30) e sábado (às 19h30); Pés na Estrada, Circuitinho com o grupo paulistano Dragão7 de Teatro, no sábado (às 16h); e Por Revelar com Isabel Mões (de Portugal), no domingo (20h30).

Após realização na capital, o Circuito segue para sete cidades paulistas e Teresina, no Piauí, sempre com espetáculos e atividades gratuitas. A programação completa do Circuito, incluindo todas as cidades contempladas e inscrições para oficinas e seminários, está disponível no site do evento: www.circuitodeteatroportugues.com.br.

PROGRAMACAO – 25 a 27/8

25 e 26 de agosto. Sexta (às 20h30) e sábado (às 19h30)
Espetáculo: Nos Tempos de Gungunhana
Com: Klemente Tsamba
Origem: Moçambique / Maputo
Ficha técnica: Textos originai: Ungulani Ba ka Khosa. Dramaturgia e interpretação: Klemente Tsamba. Apoio e assistência criativa: Filipa Figueiredo, Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis. Adereços e figurino: Klemente Tsamba. Fotografia: Margareth Leite
Classificação indicativa: 16 anos. Gênero: Drama. Duração: 60 min.
Local: Sala Paschoal Carlos Magno

O texto foi construído a partir do livro Ualalapi, do premiado autor moçambicano Ungulani Ba ka Khosa. Na história, era uma vez um guerreiro da tribo Tsonga, chamado Umbangananamani, que fora em algum tempo casado com uma linda mulher da tribo Macua, de nome Malice. Não tiveram filhos, embora tentassem muito. Este é o mote que dá início ao grande karingana ou conto tradicional sobre a vida de um simples guerreiro. Porém o enredo, rapidamente, se transforma em uma sequência de outros pequenos karinganas que relatam aspectos curiosos ligados à vida na corte do Rei Gungunhana. O texto mostra a crueldade e as mortes que, por vezes, se misturam com o humor em cada karingana contado e cantado com a graça dos ritmos tradicionais de Moçambique.

26 de agosto. Sábado, às 16h - Circuitinho
Espetáculo/infantil: Pés na Estrada
Com: Grupo Dragão7 de Teatro
Origem: Brasil / São Paulo
Ficha técnica: Texto: Criação coletiva Dragão7. Direção: Creuza F. Borges. Atores: Ailton Rosa, Daniel Dhemes e Leticia Bortoletto. Percussão: Daniel Dhemes. Figurino: Marli Bortoletto. Trilha original: Ricardo Herz. Treinamento de teatro de objetos: Ailton Rosa. Preparação corporal: Leticia Bortoletto.Fotos: Vanessa Dutra.
Classificação indicativa: livre. Duração: 50 min.
Local: Sala Paschoal Carlos Magno

Três palhaços estão com os pés na estrada: Casimira, Bob e Bu. Por onde passam eles levam alegria e diversão. No meio da viagem param para descansar. A partir daí, acontecem confusões e peripécias, pois cada um tem sua personalidade, seu próprio jeito de fazer as coisas, mas no final da aventura descobrem que fazer as coisas juntos é muito mais gostoso e proveitoso. Usando objetos inusitados e muitas brincadeiras para promover um jogo interessante e instigar a imaginação do espectador, Pés na Estrada viaja pelo mundo da imaginação.

27 de agosto. Domingo, às 19h30
Espetáculo: Por Revelar
Com: Isabel Mões
Origem: Portugal / Lisboa
Ficha técnica: Texto, concepção e interpretação: Isabel Mões. Apoio dramatúrgico e de produção: Ana Lídia Santos e João Carracedo. Luzes e sonoplastia: Sandro Esperança. Cenário e figurino: Isabel Mões. Fotografia: Mária Lázaro e João Portela.
Classificação indicativa: 12 anos. Gênero: Drama. Duração: 60 min.
Local: Sala Paschoal Carlos Magno

A partir da coleção de fotografias antigas da avó a atriz Isabel Môes constrói o espetáculo Por Revelar. Por esse caminho inicia uma reconstrução do objeto fotográfico, criando uma espécie de memória da fotográfica, um exercício que vai além da descrição, atingindo o que Roland Barthes denomina como “esforço de silêncio”, o ato de fechar os olhos e deixar a imagem falar. Um estado que pode ser um paradoxo com a natureza da própria fotografia, que carrega a contingência desse ato de mostrar, mas que, em última análise, permite juntar a consciência afetiva à imagem. Consciência afetiva, esta, criada a partir da recordação narrada pelo relator principal e da sua descrição mais ou menos efabulada dos acontecimentos, mas que, no percurso, agrega novos sujeitos e novas camadas da memória. Há ainda uma dezena de rolos por revelar, esquecidos numa caixa por mais de 20 anos, que são vistos pela primeira vez pelos retratados. Serão eles indiferentes a estas imagens? São as novas imagens importantes para construir mais memórias?

SERVIÇO

XI Circuito de Teatro em Português
Local: Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo/SP. Tel: (11) 5061-1132
Espetáculos: 19 a 27 de agosto de 2017
Classificação indicativa: Consultar a sinopse dos espetáculos
Entrada franca – Ingressos disponíveis 1h antes de cada sessão.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Produção: Dragão7 Produções Artísticas

Informações e programação: 


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

2º Festival Cine Inclusão dá voz e espaço ao idoso

Evento, que tem a terceira idade como tema, acontece nas comunidades de Heliópolis e Paraisópolis - que somam juntas mais de 200 mil habitantes - e na Unibes Cultural.

Entre os dias 2 e 23 de setembro acontece o 2º Festival Cine Inclusão que difunde filmes realizados e/ou protagonizados por pessoas com mais de 60 anos e realiza oficina que possibilita a idosos, moradores de regiões periféricas, conhecimentos sobre o fazer cinematográfico.

Assim, o projeto – realizado com o apoio do ProAC – cria um espaço único de exibição e de debate sobre a importância da sétima arte na inclusão sociocultural de uma camada crescente da população.

Foram selecionados 24 obras, oriundas de diversos estados brasileiros, divididos em Mostra Competitiva (filmes cuja temática e/ou seus protagonista são idosos) e Mostra Idosos em Ação (filmes realizados para pessoas com mais de 60 anos). As exibições (grátis) ocorrem no CEU Heliópolis, no CEU Paraisópolis e na Unibes Cultural, espaço que recebe também o evento de abertura oficial (9/9, às 19h30) e de encerramento (23/9, às 15h).

Os destaques da abertura são a exibições do documentário (longa-metragem) franco-português António, Lindo António, de Ana Maria Gomes, e dos curtas-metragens Quitéria e Mais Uma Dona Maria, ambos realizados por alunos do projeto Cine Inclusão.

No encerramento, tem exibição dos filmes convidados Epílogo, de Daniel Seidl Moreira, Tomou Café e Esperou, de Emiliano Cunha, e Walter do 402, de Breno Ferreira, além dos curtas produzidos nas oficinas deste ano. Após a sessão, acontece um debate sobre o papel do cinema na inserção social e cultural do idoso com participação de convidados. Neste dia serão entregues os troféus aos filmes vencedores, escolhidos por votação popular. Haverá também prêmio de melhor ator e melhor atriz, eleitos pela comissão do Festival.

Visando a inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva, os eventos de abertura e encerramento contam com sistema de audiodescrição e tradução em Libras.

As oficinas de capacitação cinematográfica, ministradas pela cineasta Bruna Lessa e pela pedagoga Tati Rehder, acontecem entre os dias 2 e 17 de setembro, sempre nos finais de semana. Nelas, 60 idosos, 30 de cada comunidade (já selecionados), aprendem técnicas e realizam dois curtas que serão exibidos no encerramento do evento.

Segundo o criador do Festival Cine Inclusão, Daniel Gaggini, os objetivos desta segunda edição é  “dar espaço a filmes que dificilmente seriam exibidos em outros festivais, cujos protagonistas ou realizadores sejam idosos; propor, por meio da arte, a interação e o intercâmbio de experiências e conhecimento; capacitar 60 moradores de Heliópolis e Paraisópolis no fazer cinematográfico; produzir obras audiovisuais e debater a importância da arte para a inclusão sociocultural do idoso”.

A curadoria desta edição é de responsabilidade do cineasta Victor Fisch e da pesquisadora e curadora Luciana Rossi, tendo participação da produtora portuguesa Elsa Barão.

O Cine Inclusão

A iniciativa do projeto Cine Inclusão é de Daniel Gaggini, artista e produtor que vem se destacando na realização de projetos dedicados à difusão de iniciativas culturais produzidas em regiões periféricas do Brasil. Em seu currículo, consta a realização da Mostra de Teatro de Heliópolis, o projeto/espetáculo Vira-Latas de Aluguel, o Festival Popular de Cinema de Itapeva, o projeto de capacitação cinematográfica Cine Inclusão, e a direção, por quatro anos, do Festival Cine Favela de Cinema.

A primeira edição do Festival Cine Inclusão foi realizada em 2015 e contemplou as comunidades de Capão Redondo e Cidade Tiradentes, além do Memorial da América Latina. O evento - que reuniu mais de 400 espectadores, exibiu 26 filmes em 14 sessões gratuitas - capacitou 46 jovens em oficinas de cinema e produziu duas obras audiovisuais. Promoveu ainda um debate com participação dos institutos Criar e Querô e dos projetos É Nóis na Fita e Kaminu Filmes (Colômbia).

Serviço

2º Festival Cine Inclusão
Abertura: 9 de setembro (sábado, às 19h30) – Unibes Cultural
Encerramento: 23 de setembro (sábado, às 15h) – Unibes Cultural
Exibição/mostras: 11 a 17/9 – Unibes Cultural, CEU Heliópolis e CEU Paraisópolis
Programação completa: http://cineinclusao.com.br/
Informações: cineinclusao@muk.nu / (11) 2649-8508
Ingressos: Grátis. Classificação: livre. Duração das sessões: 90 min.

Idealização e direção geral: Daniel Gaggini
Direção de produção: Luh Moreira
Realização e produção: MUK
Apoio: ProAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de SP

PROGRAMAÇÃO - 2º Festival Cine Inclusão

Abertura

9 de setembro. Sábado, às 19h30

Local: Unibes Cultural
Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré. SP/SP. Tel.: 11 3065-4333.
Teatro (350 lugares). Classificação: livre. Duração: 90 min.
Confirmar presença por email: cineinclusao@muk.nu.
Sessão com audiodescrição e tradução em Libras.


Filme: António, Lindo António (43’. Doc. 2015. PT/FR)
Direção: Ana Maria Gomes. Roteiro: Ana Maria Gomes. Empresa / Produtora: Le Grec. Elenco: Colin Idier.
Sinopse: A realizadora de documentário procura saber as razões pelas quais seu tio, que partiu há 50 anos para o Brasil, nunca mais voltou à sua aldeia, para indignação da sua mãe e dos irmãos: “A casa não saiu do sítio, só tem que pegar num GPS se já não encontrar o caminho.” Entre um Portugal tradicional e o Rio de Janeiro onde se instalou o tio António, um oceano de incompreensões e de omissões.

Filme: Quitéria (5’52”. Doc. 2015. São Paulo/SP)
Direção: Skarleth Mendes. Roteiro: Criação Coletiva de jovens moradores de Cidade Tiradentes. Empresa / Produtora: MUK Produções – Cine Inclusão. Elenco: Quitéria Fernandes da Costa Silva e Eduardo Maciel.
Sinopse: Um dia na vida de Dona Quitéria, idosa moradora de Cidade Tiradentes e catadora de materiais recicláveis.

Filme: Mais Uma Dona Maria (6’03”. Doc-Fic, 2016, São Paulo – SP)
Direção: João V. Guimarães. Roteiro: Criação Coletiva. Empresa / Produtora: MUK Produções – Cine Inclusão. Elenco: Quitéria Joana de Melo
Sinopse: Uma entrevista termina de forma inesperada.



Mostras – Exibições

11/9 – Segunda-feira
15h - Mostra Idosos em Ação
Local: Unibes Cultural – Auditório. 1h30. Livre.

12/9 – Terça-feira
17h - Mostra Idosos em Ação
Local: CEU Paraisópolis Hebe Camargo - Teatro. 1h30. Livre.
18h - Mostra Competitiva
Local: CEU Heliópolis Prof.ª Arlete Persoli - Auditório. 1h30. Livre.

13/9 – Quarta-feira
15h - Mostra Competitiva
Local: Unibes Cultural - Auditório. 1h30. Livre.
20h - Mostra Competitiva
Local: CEU Paraisópolis Hebe Camargo. Teatro. 1h30. Livre.

14/9 – Quinta-feira
17h - Mostra Competitiva
Local: CEU Paraisópolis Hebe Camargo - Teatro. 1h30. Livre.
18h - Mostra Competitiva
Local: CEU Heliópolis Prof.ª Arlete Persoli - Auditório. 1h30. Livre.

15/9 – Sexta-feira
15h - Mostra Competitiva
Local: Unibes Cultural - Auditório. 1h30. Livre.

17/9 – Domingo
16h - Mostra Idosos em Ação
Local: CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli - Auditório. 1h30. Livre.

Endereços

CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli
Estr. das Lágrimas, 2385 - São João Climaco. SP/SP.
Tel: (11) 2353-4300. Auditório: 100 lugares.

CEU Paraisópolis Hebe Camargo
R. Dr. José Augusto de Souza e Silva, S/N - Jardim Parque Morumbi. SP/SP
Tel.: 11 3747-1950. Teatro: 200 lugares

Unibes Cultural
Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré. SP/SP
Tel.: 11 3065-4333. Auditório: 100 lugares.

Encerramento

23 de setembro. Sábado, às 15h
Local: Unibes Cultural
Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré. SP/SP. Tel: (11) 3065-4333.
Teatro (350 lugares). Classificação: livre. Duração: 90 min.
Sessão com audiodescrição e tradução em Libras.

Filme: Epílogo (16’28”. Doc. 2012. São Paulo/SP)
Direção: Daniel Seidl Moreira. Roteiro: Daniel Seidl Moreira. Empresa / Produtora: Bellatrix Produções. Elenco: José Mirage Justo, Clotilde Ferreira, Severino da Silva, Geralda Bodog, Nemésio Alvarez, Yonne Martins.
Sinopse: A população brasileira envelhece em ritmo acelerado. A maioria dos idosos recebe cuidados e atenção de seus familiares, mas muitos são abandonados e acabam dependendo do Estado.

Filme: Tomou Café e Esperou (12’33”. Drama. 2013. Porto Alegre/RS)
Direção: Emiliano Cunha. Roteiro: Emiliano Cunha. Empresa / Produtora: Tokyo Filmes, Gogó Conteúdo Sonoro, Avante Filmes, Sofá Verde Filmes. Elenco: Milton Mattos, Vilma Loner, Marcos Verza e Ana Maria Mainieri
Sinopse: Carlos vai até a cozinha e prepara um café. O tempo que separa o ontem do agora. 

Filme: Walter do 402 (16’33”. Comédia-Drama. 2016. Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Breno Ferreira. Roteiro: Breno Ferreira e Bruno Saboia. Empresa / Produtora: Dom 21 Filmes. Elenco: Antônio Petrin, Alcione Mazzeo, Gustavo Arthiddoro, Aracy Cardoso, Daniela Fontan, Cinara Leal, Pritty Borges.
Sinopse: Walter é um idoso rabugento que sofre com sua solidão e vê no suicídio a única saída. Já sua vizinha, a solitária Vera, tem esperança que Walter seja a companhia que precisa. Ela tenta conquistar Walter usando o talento que tem na cozinha. Entre os dois, há o porteiro Zezinho, jovem Don Juan que não enxerga problema algum em viver sozinho.

 


Os filmes - Mostra Idosos em Ação

A Construção da Arte por Reynaldo Calles (9’37”. Doc. 2016. Campos do Jordão/SP)
Direção: Cervantes Sobrinho e Lucíola Figueiredo. Roteiro: Cervantes Sobrinho. Empresa / Produtora: Cineclube Araucária. Elenco: Reynaldo Calles.
Sinopse: Um breve apanhado da obra construída pelo artista plástico Reynaldo Calles com o objetivo de integrar a arte na paisagem urbana.

A Maldição de Clarice (20’. Ficção. 2017. Campina Grande/PB)
Direção: Irene Ponciano. Roteiro: Irene Ponciano. Empresa /Produtora: Stairs Graphics & Games. Elenco: Gedeão Ferreira e Cynthia Anjos.
Sinopse: A trama conta a história dos jovens Sampaio e Clarice que se conhecem na faculdade de direito e se envolvem afetivamente. Após perder Sampaio prematuramente, Clarice passa a enfrentar uma terrível maldição.

Jennifer & Norival (10’. Ficção. 2015. Rio de Janeiro/ RJ)
Direção: Cristiano Requião. Roteiro: Cristiano Requião. Empresa / Produtora: Cavideo Produções. Elenco: Jorge Leite.
Sinopse: O filme mostra um casal que discute a relação durante o café da manhã.

Leveza (7’50”. Vídeo dança. 2010. Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Paola Luna. Roteiro: Paola Luna. Empresa / Produtora: Studioline Filmes - Rio de Janeiro. Elenco: Paola Luna e Antônio Grosso.
Sinopse: “Leveza como reação ao peso da vida”. Uma mulher e seus passos à procura de novos sentidos e novos olhares para a construção de novos saberes na renovação do próprio percurso de crescimento e empoderamento como mulher.

Quero Ir pra Casa (18’. Ficção experimental. 2014. São João do Meriti/ RJ)
Direção: J. Ulivan. Roteiro: J. Ulivan. Empresa / Produtora: CGB filmes. Elenco: J. Ulivan, Dentinho (Vitor Gracciano), RR Santos (Ricardo Rodrigues), SOL, Rato (filho), Carlos Jacinto, Wanusa Silva (filha) Cabeludo (genro) Kauan e Pedro Henrique (netos).
Sinopse: As aventuras de um bêbado nas tentativas de chegar em casa, após o carnaval.

Théo & Tobias (1’42”. Animação. 2017. Campos do Jordão/SP)
Direção: Lucíola Nejar e Cervantes Sobrinho. Roteiro: Lucíola Nejar. Empresa / Produtora: Cineclube Araucária. Elenco: Théo e Tobias (concebidos por Mônica Belda).
Sinopse: Como a música pode servir como elo de aproximação entre gerações.

Um Pai Triste (7’18”. Drama. 2014. Suzano/SP)
Direção: Peter Gomes. Roteiro: Peter Gomes – A partir de ideias dos idosos participantes do projeto Cultura Comunitária. Empresa / Produtora: Associação Rede Cinema e Associação Amigos do Parque Alvorada, Umuarama e Jardim Pompéia. Elenco: Jurandir de Souza, Juliana Bueno dos Santos e Brenda Caroline de Lima.
Sinopse: Um pai viúvo mora com suas duas filhas. Com idade avançada, ele utiliza sua aposentadoria para manter não só as necessidades da casa, mas também os caprichos de suas filhas. Porém elas nunca estão satisfeitas e sempre exigem dele mais dinheiro. Quando os recursos acabam ele é agredido pela própria filha mais velha. O argumento do filme é baseado em vivências observadas pelos participantes em sua comunidade.

Os filmes – Mostra Competitiva

A Feira de São Miguel Arcanjo (3’15”. Doc. Experimental. 2015, São Miguel Arcanjo/ SP)
Direção: Yudji Oliveira. Roteiro: Yudji Oliveira. Empresa / Produtora: Noite Produções Audiovisuais. Elenco: Dona Jandira e Seu Francisco.
Sinopse: As lembranças das conversas com meus avós, sempre silenciosas, mas cheia de olhares afetuosos... Um dia decidi reencontrar.

A Navalha do Avô (23’. Ficção. 2013. São Paulo/SP)
Direção: Pedro Jorge. Roteiro: Francine Barbosa e Pedro Jorge. Empresa / Produtora: Massa Real e Confeitaria de Cinema. Elenco: Kauê Telloli, Jean-Claude Bernardet, Sônia Guedes, Luiz Serra, Ester Laccava, Carlos Baldim, Thaís Medeiros, Eliana Bolanho e Fernão Lacerda.
Sinopse: A vida de José está mudando. Bruno, seu neto, começa a perceber.

Aquela Rua Tão Triumpho (15’. Ficção. 2016. São Paulo/SP)
Direção: Gabriel Carneiro. Roteiro: Gabriel Carneiro. Empresa / Produtora: Enquadramento Produções. Elenco: Walter Portella, Júlio Calasso, Alfredo Sternheim, Clery Cunha, Nicole Puzzi, Virgílio Roveda, Gabriel Carneiro e Vanessa Alves.
Sinopse: Os fantasmas da Boca do Lixo. Ido Oliveira ainda caminha pela Rua do Triumpho.

Herói Sem Memória (16’50”. Ficção-drama. 2016. São Paulo/SP)
Direção: Fernanda Galetti. Roteiro: Fernanda Galetti. Empresa / Produtora: Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. Elenco: Live action - Celso Carlucci, Francisco Haddad Aguerre e Ester Lacava; Animation voices - Vinícius Calamari; Tadeu Pinheiro, Hugo Picchi, Fabiana Carlucci e Mariana Blanski.
Sinopse: Filme mostra como o luto faz um ex-combatente da FEB reviver suas lembranças da Segunda Guerra Mundial e das suas perdas, construindo uma nova relação com o neto.

Iracema (16’20”. Ficção. 2016. Fortaleza/CE)
Direção: Francisco Carneiro. Roteiro: Leandro Alves. Empresa / Produtora: Produção independente (N/A). Elenco: Jane Azeredo.
Sinopse: Em seu apartamento, Iracema vive um solitário cotidiano.

Memorabilia (3’23”. Ficção. 2015. Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Emy Lobo. Roteiro: Natália Francis. Empresa / Produtora: Produção independente (N/A). Elenco: Beatriz Loise, David Arap e Dulce Nunes.
Sinopse: Curta de ficção que discute as rupturas de tempo e espaço causadas pelas doenças degenerativas, como o Alzheimer.

Memórias de Cláudio Fulco (17’35”. Doc. 2016. São Paulo/SP)
Direção: Aline Ferreira. Roteiro: Aline Ferreira e Aksa Lima. Empresa / Produtora: Lampião Filmes e Universidade Anhembi Morumbi. Elenco: Claudio Fulco, Danilo Paes e Van Oliveira.
Sinopse: Claudio Fulco trabalhou durante 20 anos em diversos cinemas de São Paulo como operador cinematográfico e possui vasta coleção de projetores e filmes em Super 8 e 16mm. Amante da sétima arte e dos filmes em película, Fulco acredita na magia da projeção e no poder do cinema na arte de preservar memórias.

O Dia que Ele Decidiu Sair (17’. Doc. 2015. Salvador/BA)
Direção: Thamires Vieira. Roteiro: Thamires Vieira. Empresa / Produtora: 451 filmes. Elenco: Tuiu, Zinha, Joel , Elisângela, Jailda e Henrique.
Sinopse: Meu avô Tuiu decide, pela segunda vez, sair de sua casa e começar uma vida em outro lugar e convive com as dificuldades da rua. O fato de sair está ligado à depredação desse lugar.

O Jogo da Velha (15’. Ficção. 2017. Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Lucas Vasconcelos. Roteiro: Lucas Vasconcelos. Empresa / Produtora: Ikebana Filmes. Elenco: Maria Angélica Marins, Marcello Gonçalves e Mauro Aragão.
Sinopse: Quem conhece Dona Rosa diria que ela não mataria uma mosca sequer, mas há quem diga o contrário. Dona Rosa vinha enfrentando problemas com a sua seguradora até que um dia ela resolveu botar um fim na história. Ela só não esperava que fosse a única a querer isso.

Rosinha (14’. Romance. 2016. Brasília/DF)
Direção: Gui Campos. Roteiro: Gui Campos. Empresa / Produtora: Lumiô Filmes e Pavirada Filmes. Elenco: Maria Alice Vergueiro, Andrade Junior, João Antonio e André Deca.
Sinopse: No alvorecer da existência, uma rosa desabrocha ao receber as carícias dos últimos raios do sol. Um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade, e a luta para sobrepujar as convenções sociais.

Três Vezes por Semana (15’. Ficção. 2011. Porto Alegre/RS)
Direção: Cris Reque. Roteiro: Cris Reque. Empresa / Produtora: Modus Produtora, Ph7 filmes e Contrafilmes. Elenco: Irene Brietzke, Marley Danckwardt, Ida Celina, Áurea Baptista, Darlene Glória, Patricia Soso, Fábio Rangel, Lúcia Panitz e Thiago Feldmann. Sinopse: Sílvia é uma senhora solitária que acumulou frustrações e mágoas durante a vida. A aula de hidroginástica é sua única diversão: as colegas, as conversas, os passeios. A mesmice do cotidiano parece eterna, até que ela se transforma.


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