sexta-feira, 30 de junho de 2023

Festival ALLEGRIA reúne atrações gratuitas de circo, teatro e música no Teatro Paulo Eiró e Centros Culturais da capital

 

Nos dias 05, 08, 09, 15 e 16 julho, o Festival Allegria, Festival Infantojuvenil de Artes Cênicas e Música promove arte, cultura e diversão para toda a família no período das férias escolares, com acesso gratuito.

Os eventos ocorrem em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo: Teatro Paulo Eiró (Zona Sul - na Praça e no Teatro), Centro Cultural Vila Itororó (Centro) e Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Centro Cultural da Penha e Centro Cultural da Vila Formosa (Zona Leste).

Mais de 30 apresentações, em diversos horários, compõem o Festival. A programação busca proporcionar ao público o desfrutar de uma grade de atrações especialmente planejada, com eventos circenses múltiplos, espetáculos de teatro em vários formatos e shows musicais, que prometem embalar crianças e adultos, reforçando a importância do acesso à cultura na primeira infância, bem como em todas as idades.

O Festival Allegria foi elaborado com o propósito de evidenciar criações artísticas que dialogam com o universo infantojuvenil, aquelas que são pautadas pelo aspecto lúdico e pela criatividade, contribuindo para a reflexão acerca da arte feita para crianças e jovens.

Serviço

Festival Allegria, Festival Infantojuvenil de Artes Cênicas e Música
Dias 05, 08, 09, 15 e 16 julho de 2023

Onde: Teatro Paulo Eiró, Centro Cultural Vila Itororó, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Centro Cultural da Penha e Centro Cultural da Vila Formosa.
Classificação: Livre.

Teatro Paulo Eiró

Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. SP/SP. Tel: (11) 5546-0449.

05 de julho - Quarta
20hEranko – Circo de Ébanos - (circo)

15 de julho – Sábado
11hVerDe Perto, O Musical Ecológico – Renata Pizi (teatro musicado)
15hOs Três Porquinhos – Grupo Furunfunfum (teatro)
17hLudophonia – Grupo Furunfunfum (teatro musicado) 

16 de julho – Domingo
11h VerDe Perto, O Musical Ecológico – Renata Pizi (teatro musicado)
15hLudophonia – Grupo Furunfunfum (teatro musicado)
17hModinha de Rock – Ricardo Vignini e Zé Helder (música)

Praça do Teatro Paulo Eiró
Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. SP/SP. Tel: (11) 5546-0449.

16 de julho – Domingo
10h – Unidos do Swingue (música)
10h30 às 14h30Camarim – Cia Caju Azul (teatro)
10h30Titânia – Cia Circo Rebote (circo)
11h30Mapulu Na Cia das Marionetes (circo)
12h – Adriano Gringerg (música)
12h30Titânia – Cia Circo Rebote (circo)
13h30Mapulu Na Cia das Marionetes (circo)
14h30 Le One Hombre Banda Trio Flamini (circo)
15h Adriano Gringerg (música)
16h Se Vira na Lona – Troupe Guezá (circo)
16h30Retirantes – Troupe Baião de 2 (circo)
17h30 Se Vira na Lona Troupe Guezá (circo) 

Centro de Formação Cultural  Cidade Tiradentes
R. Inácio Monteiro, 6900 - Jardim São Paulo. SP/SP. Tel: (11) 2392-2010. 

8 de julho – Sábado
15hRaiow Rainhas! Rainhas do Radiador (circo)
15h15Construtores – Coletivo Vertigem (circo)
17hRaiow Rainhas! Rainhas do Radiador (circo)
17h15Construtores – Coletivo Vertigem (circo) 

Centro Cultural Vila Formosa
Av. Renata, 163 - Vila Formosa. SP/SP. Tel: (11) 2216-1520. 

09 de julho – domingo
14h O Macaco Simão, Outras Histórias e Outras Canções – Grupo Furunfunfum (teatro) 

Centro Cultural Vila Itororó
R. Maestro Cardim, 60 - Bela Vista. SP/SP. Tel: (11) 98397-4800. 

09 de julho – Domingo
16hRaiow Rainhas! Rainhas do Radiador (circo)
16h15Construtores – Coletivo Vertigem (circo)
18hRaiow Rainhas! Rainhas do Radiador (circo)
18h15Construtores – Coletivo Vertigem (circo) 

16 de julho – Domingo
15h - VerDe Perto, O Musical Ecológico – Renata Pizi (teatro) 

Centro Cultural da Penha
Largo do Rosário, 20 - Penha de França. SP/SP. Tel: (11) 2095-6480. 

15 de julho – Sábado
14hModinha de Rock - Ricardo Vignini e Zé Helder (música) 

16 de julho – Domingo

15h Eranko – Circo de Ébanos (circo) 

SINOPSES | ESPETÁCULOS

Eranko – Circo de Ébanosé inspirado pela potência humana enquanto ser animal. Nessa obra circense, o instinto, a visceralidade e a simplicidade do homem contemporâneo resgatam a essência da natureza selvagem que existe em nós. De forma lúdica, a troupe interage com as crianças e transmite valores e conceitos que ampliam a visão de mundo. O elenco é composto por artistas negros periféricos, jovens construindo um caminho artístico por meio de referências do circo clássico, contemporâneo e da cultura afro-brasileira. A companhia existe há mais de 15 anos e já realizou mais de 150 apresentações. Representou o Brasil no evento Brasil/Portugal e, em 2023, foi selecionada para o Festival Internacional Sesc de Circo. Nas apresentações realizam performances inovadores em aparelhos diferenciados.

Verde Perto, O Musical Ecologico Renata Pizi Espetáculo cênico-musical infantil com uma linguagem simples e poética que se comunica diretamente com a natureza imaginária das crianças, contribuindo para o desenvolvimento cultural de futuros espectadores. O espetáculo aborda temas como ecologia, reciclagem e preservação do meio ambiente. Com arranjos executados ao vivo, passa por diversos ritmos como o baião, maracatu, pop e o rock.  Renata Pizi, vencedora do Prêmio Musique em 2011 com um dos mais belos timbres da nova MPB, tem uma carreira que acumula premiações em renomados festivais.

Adriano Grineberg – O artista, junto com sua banda, apresenta espetáculo com total interação com o público, transcendendo o blues como uma expressão universal. O show faz uma viagem sonora lúdica que vai além do blues, aliado à alegria e intensidade da música africana, proposta de seu álbum Blues for Africa.  De forma lúdica, Adriano mostra ao público infantojuvenil esse gênero nascido nas periferias dos EUA, incluindo no repertório clássicos de referências como Ray Charles, B.B. King, Jerry Lee Lewis, Bob Marley e também faz citações aos mestres brasileiros Pixinguinha e Luiz Gonzaga.

O Macaco Simão, Outras Histórias e Outras Canções Grupo Furunfunfum A peça apresenta os conflitos entre natureza e cultura, o velho e o novo, verdade e mentira, discórdia e conciliação, em linguagem simples e acessível, privilegiando sempre a improvisação e a participação da plateia. Essa versatilidade não aparece apenas no Brasil. Em 1999, foi escolhido pelo júri infantil como um dos três melhores espetáculos do Festival Internacional de Títeres de Tolosa (Espanha). O Grupo Furunfunfum é formado pelos atores e músicos Marcelo e Paula Zurawski. Possui mais de 30 anos de atuação e 16 espetáculos no repertório que mesclam teatro, circo, música ao vivo e teatro de marionetes. Com Rapunzel, em 2004, ganhou o Prêmio APCA de melhor autor, e Paula Zurawski foi indicada como melhor atriz ao Prêmio Coca-Cola Femsa. Já representou o Brasil em festivais internacionais (Bolívia, Venezuela, Irlanda, Escócia, Espanha e Colômbia). Atualmente, tem em seu repertório: O Macaco Simão, Outras Histórias e Outras Canções, Rapunzel, Os Três Porquinhos, A Terra dos Meninos, O Flautista de Hamelin e O Grivo.

Os três Porquinhos
Grupo Furunfunfum O espetáculo é dividido em duas partes. Na primeira são apresentadas canções e histórias musicais tradicionais com acompanhamento instrumental ao vivo (flauta transversal e violão). Na segunda parte, a história é representada com bonecos. O espetáculo se mantém fiel ao conhecido enredo dessa história, cheia de significados, dialogando de modo lúdico com o público infantil, convidando a plateia a interagir com os personagens.

Ludophonia Grupo Furunfunfum Ludofonia foi criado a partir da ideia de que a música é uma experiência fundamental para o desenvolvimento, sendo antes de tudo uma atividade lúdica. O espetáculo tem formato inteiramente musical, fugindo ao rótulo de “música para crianças”. Apresenta um repertório nada simplificado que vai desde poesia brasileira musicada até clássicos dos Beatles, Secos & Molhados e Simon & Garfunkel, passando por pilares do cancioneiro popular e por músicas compostas para as peças da companhia.

Modinha de Rock Ricardo Vignini e Zé HelderModinha de Rock mostra standarts do rock executados com violas caipiras. Nasceu quase como uma brincadeira quando os artistas, professores de viola, resolveram mostrar o potencial do instrumento para os alunos e ao mesmo tempo reviver a trilha sonora da sua adolescência. A proposta de adaptar versões instrumentais de clássicos do rock para a viola caipira foi bem recebida desde o início pelo público infanto-juvenil. O espetáculo traz diversidade e ineditismo: violeiros mostrando as versatilidades dos gêneros.

Camarim – Cia Caju Azul – A atriz e produtora Juliana Ferreira, que sempre realiza vivências criativas voltadas ao desenvolvimento, acolhimento, liberdade e ao estímulo à autonomia dos pequenos, apresenta o projeto Camarim. Na Praça do Teatro Paulo Eiró ela convida as crianças a criarem suas próprias fantasias artísticas, com o objetivo de desenvolver criatividade, arte e imaginação.

Titânia Cia Circo Rebote Titânia é a mulher mais forte do mundo, a rainha das fadas, mulher ciborgue, a filha do céu e da terra, uma artista, uma mulher. Há muitas versões para essa história. Essa é uma delas. Sozinha em cena, a atriz circense Erika Mesquita apresenta a mulher mais forte do mundo. Esta narrativa traz uma história que pode ser mito ou verdade. Inspirada em mulheres reais, histórias de força e reinvenção, a artista usa habilidades circenses como manipulação de bambolês, equilibrismos, acrobacia aérea em trapézio e demonstrações de força para nos revelar este mistério: quem será esta mulher? Contemplado com o Prêmio Funarte de Circo 2019, o espetáculo celebra a força feminina explícita na figura da Mulher Forte (Strong Women). Com mais de 20 anos de carreira, Erika Mesquita é triz circense, palhaça, aerialista e produtora.

Mapulu – Na Cia das Marionetes – O espetáculo circense conta a história de uma mulher pássaro que nasce de um sonho de liberdade. Ela procura alcançar o voo, mas suas asas foram perdidas. Para voltar a voar com o seu bando de pássaros precisará da memória de sua identidade. A sua casa é seu ninho, com minhocas que cantam e outros bichos.

Le One Hombre Banda Trio Flamini – No enredo, o Trio Flamini é convocado para sua próxima apresentação, mas… apenas um artista aparece. Na constante espera por seus companheiros, Valentín Flamini tenta de tudo para sustentar o espetáculo, de malabarismo a danças insensatas, passando por múltiplos instrumentos musicais até, por fim, se descobrir como homem banda.

Se Vira na Lona – Troupe Guezá – O espetáculo circense Se Vira na Lona é cheio de energia, regado por habilidades extraordinárias, que levam o público a uma jornada emocionante por meio das incríveis acrobacias realizadas por quatro talentosos artistas de solo. Esses acrobatas, mestres do equilíbrio e da força, surpreendem e encantam a todos com suas performances únicas e espetaculares.

Retirantes Troupe Baião de 2 O espetáculo conta a história da chegada de um casal de retirantes nordestinos a uma nova terra que, agora, será chamada de lar. Da arrumação do solo para firmar a casa até a organização dos objetos que são cheios de histórias, o espetáculo se presta a mostrar a felicidade e a esperança dos retirantes com a nova terra. Retirantes é um espetáculo de circo que também traz à cena elementos de dança e música, tendo o retirante como tema principal.

Raiow Rainhas! – Rainhas do Radiador Raiow Rainhas! O circo chegou trazendo as atrações mais espetaculares do momento. Você não pode perder as finais do campeonato de Luta Livre, as composições da banda, as mágicas e ilusionismos das trigêmeas SimSalaBim e muito mais! Ocupando o centro do picadeiro, essas figuras prometem abalar as estruturas com toda sua potência e irradiação.

Construtores – Coletivo Vertigem Com direção de Angelo Brandini, direção musical de Rodrigo Zanettini e figurino de Nego Lazuli, Contadores representa construtores em seu dia a dia de trabalho, em uma cidade em obras. O elenco é composto por artistas especialistas que trabalham de forma específica as modalidades de roda cyr, acrobacia aérea com tecido em gota, acrobacias de solo, comicidade e a utilização do trampoline wall (técnica na qual a cama elástica fica próxima a uma parede ou estrutura similar, e os movimentos acrobáticos são executados tendo a estrutura como base para escalada e para saltos e acrobacias; é uma das mais recentes modalidade circenses, que ganhou notoriedade dentro de um espetáculo produzido pelo Cirque de Soleil, em 1998). O Coletivo Vertigem foi selecionado para o Festival Internacional Sesc de Circo.

Unidos do Swing Unidos do Swing é uma fanfarra de rua e um bloco de carnaval da cidade de São Paulo que une as linguagens da música, dança e circo numa proposta estética acústica, performática e interativa. Com arranjos que vão do swing jazz ao maracatu, do blues ao baião e da música brasileira de carnaval até o ritmo das brass bands de Nola, Unidos do Swing apresenta sua pesquisa sobre as conexões reais e imaginadas entre o carnaval brasileiro e o Mardi Gras de New Orleans, nos EUA, atuando nas ruas e espaços culturais de São Paulo e do mundo, utilizando a arquitetura da cidade como palco para as suas apresentações.

 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

 

SESI São José do Rio Preto apresenta a exposição J. BORGES - O Mestre da Xilogravura

Mostra reúne suas xilogravuras mais importantes e oito inéditas com matrizes, além de abrigar literatura de cordel, uma cinebiografia e obras de seus filhos aprendizes.

Viagem a Trabalho e Negócios (divulgação)

O SESI São José do Rio Preto apresenta a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura, no período de 30 de junho a 9 de setembro, com acesso gratuito. O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas pelo artista, atualmente, com 87 anos.

Com curadoria de Ângelo Filizola, a exposição traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas inéditas (com suas respectivas matrizes), junto às 28 obras mais importantes da carreira de J. Borges. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”.

Os visitantes vão apreciar obras de diversas fases de sua história, identificadas pelos temas:  Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição: um espaço dedicado especialmente à literatura de cordel. Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos, de fatos lendários, de folclóricos e pitorescos da vida.

"Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. E eu ainda quero viver bastante, e o que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. Minha obra é aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto", comenta J. Borges, que é patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Estado. Borges já expôs na França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba, deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times.

A exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura traz ainda duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra de Borges, assinada pelo jornalista Eduardo Homem.

J. Borges desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel têm espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Os temas mais recorrentes em seu repertório são o cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos, a religiosidade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.

A Gerente de Cultura do Sesi-SP, Debora Viana, reforça a importância desta exposição integrar o circuito das mostras itinerantes nos Espaços Galerias. “Com a iniciativa, que começa em Campinas, reforçamos o compromisso que a instituição possui de fomentar o cenário cultural e artístico por meio do acesso do público a obras, ao processo criativo de artistas nacionais e internacionais, à reflexão e à experimentação. Para o Sesi-SP, é de extrema importância a formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita. É por isso que desenvolvemos e realizamos projetos das mais diversas áreas e convidamos o público a entrar de cabeça no universo do conhecimento e da arte”, declarou. 

Com produção e idealização da Cactus Promoções e Produções, a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura seguirá para as unidades do SESI em São José do Rio Preto e Itapetininga, ainda em 2023.

Serviço:
Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura
Temporada: 30 junho a 9 de setembro de 2023
Horário: terça a sábado - das 9h às 20h, exceto feriados.
Visitação gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamento escolar e de grupos: carla.carvalho@sesisp.org.br - terça a sexta (9h às 11h e 15h às 17h). 

SESI São José do Rio Preto
Centro de Atividades Jorge Duprat Figueiredo
Av. Duque de Caxias, 4656 - Vila Elvira. São José do Rio Preto/SP.
Tel: (17) 3224-6611 | riopreto.sesisp.org.br | @sesiriopreto 

Fotos da exposição e do artista (acesse o link) - J. Borges – O Mestre da Xilogravura AQUI !

J. Borges (biografia)

J. Borges (José Francisco Borges, 1935, em Bezerros/PE) é um dos mestres do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. Criou figuras a partir das histórias e lendas populares, que impregnam o espírito do mestiço nordestino. Começou aos 20 anos na escrita do cordel com O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina. Mestre Dila, de Caruaru, ilustrou. Vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses e decidiu produzir as próprias gravuras para o segundo cordel: O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Na capa, uma igrejinha (talhou em um pedaço de madeira a primeira gravura). Amigos passaram a encomendar ilustrações e matrizes. Autodidata, Borges ilustrou mais de 200 cordéis ao longo da vida. Vendia as gravuras na feira de Caruaru, quando um grupo de turistas comentou que ‘adorava xilogravuras’, foi investigar o termo e descobriu-se um xilogravurista. Foi descoberto por colecionadores e marchands, que proporcionaram seu encontro com Ariano Suassuna que afirmava ser Borges o melhor do mundo. Ganhou notoriedade e foi levado aos meios acadêmicos. O artista aumentou o tamanho das gravuras, e o que inicialmente produzia apenas em preto, passou a colorir com uma técnica que ele próprio inventou. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).

Participou de exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Desembarcou em mais de 10 países, deu aulas na França e nos EUA. Ilustrou livros no Brasil, na França, em Portugal, na Suíça e nos Estados Unidos. Tem várias obras publicadas, muitos prêmios e distinções: Fundação Pró-Memória (Brasília, 1984), Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 1990), V Bienal Internacional Salvador Valero (Trujilo/Venezuela, 1995), Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura, 1999) e Prêmio Unesco - Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos 13 artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura A Vida na Floresta. Em 1992, expôs na Galeria Stähli, em Zurique, Suíça, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, que garante apoio vitalício para salvaguardar e transmitir sua arte. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).

 

Assessoria de imprensa – VERBENA Comunicação
Eliane Verbena
verbena@verbena.com.br | (11)  99373-0181

Programa EntreMeios de Zé Guilherme anuncia nomes dos entrevistados de julho

Zé Guilherme, Nicole, Gigi, Selma e Gabriel - foto de Bruno Fragma

O EntreMeios - programa apresentado pelo cantor e compositor Zé Guilherme, veiculado pelo YouTube - @entremeioszg - divulga os nomes dos próximos convidados que estarão no canal no mês de julho.

Trata-se de Nicole Borger (cantora, compositora), de Gigi Trujillo (cantora, compositora e performer), de Selma Fernands (cantora) e de Gabriel Cândido (dramaturgo e diretor teatral). Os episódios serão veiculados semanalmente, respectivamente nos dias 05, 12, 19 e 26 de julho, sempre às quartas-feiras, às 19 horas.

EntreMeios estreou em março de 2023, tendo como atrações, desde então, o ator Eucir de Souza, cantora Ana Luiza, o artista plástico Fábio Benetti, a curadora, parecerista e gestora cultural Adriana Belic e a atriz e diretora Creuza Borges, as cantoras e compositoras Marianna Ferrari e Thayana Barbosa, a atriz e produtora Michele Araújo e os cantores e compositores Daniel Conti e Fernando Grecco. O programa originou-se de um projeto de lives no Instagram, realizadas por Zé Guilherme, nos anos de 2020 e 2021, durante a pandemia; um encontro virtual que recebeu mais de 40 personalidades das mais diversas áreas de atuação.

Zé Guilherme - Cearense radicado em São Paulo, Zé Guilherme lançou o primeiro CD, Recipiente (Lua Discos), em 2000, com produção musical e arranjos de Swami Jr., apresentado no Teatro Crowne Plaza, Sesc’s Ipiranga, Vila Mariana e Pompeia (Prata da Casa), Centro Cultural São Paulo e outros. Em 2002, sua interpretação para Mosquito Elétrico, de Carlos Careqa, foi incluída na coletânea Brazil Lounge: New Electro-ambient Rhythms from Brazil, lançada pela gravadora portuguesa Música Alternativa. Em 2003, participou do disco homônimo do mineiro Cezinha Oliveira (faixa “Seca”). No ano seguinte, estreou o show Canto Geral, com canções de Recipiente e inéditas de compositores contemporâneos. Lançou, em 2006, o segundo CD, Tempo ao Tempo, com produção e arranjos de Serginho R., direção artística do próprio Zé Guilherme, que assina também a coprodução com Marcelo Quintanilha. Em 2007, cantou no CD ao vivo Com os Dentes - Poesias Musicadas, de Reynaldo Bessa. Em 2015, lançou o seu disco Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, releitura da obra do cantor Orlando Silva, em comemoração ao centenário de nascimento do Cantor das Multidões. O CD Alumia veio em 2018, mostrando também seu lado autoral, no qual assina a maioria das canções. A faixa “Alumia” foi lançada em singles: o primeiro, antes do CD, e o segundo, um remix com produção de Waldo Squash. Em 2021, lançou as faixas autorais Meu Querer e Ao Vento (com letra de Edson Penha) que, junto a outras canções próprias, foram compilados em , seu primeiro EP. Em 2023, lançou Clandestino (Zeca Baleiro) e (Cezinha Oliveira). Em julho, seu novo EP Marca, chega às plataformas.

Entrevistas / Julho de 2023: EntreMeios
Apresentador: Zé Guilherme
05/07 – Entrevistada: Nicole Borger
12/07 – Entrevistada: Gigi Trujillo
19/07 – Entrevistada: Selma Fernands
26/07 – Entrevistado: Gabriel Cândido
Quartas-feiras, às 19 horas.
Onde assistir: https://youtube.com/@entremeioszg
Duração: 30 minutos. Classificação: Livre. Na rede: @entremeios.zg

Site: zeguilherme.com.br | YouTube: Zé Guilherme Oficial | Twitter: @zeguilhermeofic
Facebook: @oficialzeguilherme | Instagram: @zeguilhermeoficial |


Informações à imprensa: VERBENA Assessoria

Eliane Verbena
(11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Wagner Molina entra em cena com o solo Apesar de Tudo dirigido por Helio Cicero

 

© Ivan Berger
O espetáculo Apesar de Tudo, estrelado e concebido por Wagner Molina e dirigido por Helio Cicero, estreia no dia 8 de julho, sábado, no Teatro Giostri, às 21h. No enredo, um homem desperta em um lugar que não reconhece, e sua única lembrança é que precisa esperar.

A dramaturgia de Apesar de Tudo foi elaborada por Wagner Molina enquanto estudava autores teatrais em busca de criar um texto para um espetáculo solo. Com as restrições impostas pela pandemia, o projeto (contemplado pelo Edital ProAC Expresso Direto) foi interrompido. Wagner mudou-se para Portugal e somente em 2023 a produção ganhou forma. O texto que chega ao palco conta com as preciosas contribuições de Helio Cicero, que acompanhou todo o processo e delineou o roteiro para Molina, e de Cesar Ribeiro, cujo olhar foi fundamental para a dramaturgia final.

A personagem mistura pensamentos e histórias de pessoas, sem a certeza de que talvez elas sejam ele mesmo, enquanto aguarda. Com a desolação e a solidão, característica do teatro do absurdo, esse vivido homem tem como companhia suas memórias e seus conflitos, trazendo à cena histórias próprias ou inventadas - talvez não, tudo é incerteza -, adornadas pelo seu humor sinistro. Ora citando poemas ora devaneando, o homem imerge em reflexões existenciais.

Ator e diretor citam como referências na elaboração da dramaturgia os autores Albert Camus, Nelson Rodrigues, Jean-Paul Sartre, Friedrich Nietzsche e Samuel Beckett (este último, segundo Molina, seria o gatilho para toda a criação). O texto, poético, coloca a personagem em um lugar indefinido, em um outro plano, numa situação de enfrentamento, inclusive da morte. “Esse homem em questão está enclausurado interna, emocional e espiritualmente. Em um jogo com a plateia, ele expõe o seu estado de alma durante esse questionamento existencial”, argumenta Helio Cicero.

Wagner Molina comenta que o espetáculo traz um pouco de muitas coisas; que soma a vivência com a criação. “Posso dizer que esse texto reflete muito do que eu já vivenciei como protagonista ou observador atento. Essas marcas são evidenciadas ao conjugar meus poemas com inspirações provocadas pelas palavras de mestres da dramaturgia mundial, sem deixar de citar Fernando Pessoa, mestre primeiro, inspirador e companheiro de longa data”, declara. “Assim como é comum em Beckett, em Apesar de Tudo observa-se e reflete-se sobre o quase nada da vida, como se fosse um acúmulo de banalidades fúteis tão presentes nos dias atuais, do qual pouco sobra na memória dos narradores beckettianos”, comenta o ator e autor.

O cenário intimista traz elementos essenciais, como um praticável e um varal de retalhos que remete aos fragmentos de memórias, de onde a personagem surge para as cenas. Wagner Molina conta com Bianca Malheiro, atriz que tem participação lhe dando suporte em algumas cenas, e Mariana Franzin, violoncelista que executa temas da trilha sonora ao vivo.

Ficha técnica

Texto e interpretação: Wagner Molina.
Direção geral: Helio Cicero.
Colaboração artística: Cesar Ribeiro.
Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi.
Trilha sonora original: Tony Berchmans.
Cenário e figurino: Marisa Rebollo.
Iluminação: Rodrigo Sawl.
Assistência de direção e participação/cena: Bianca Malheiro.
Violoncelista: Mariana Franzin.
Operação de luz: Igor Yabuta.
Contrarregragem: Guilherme Maia.
Cenotécnica: Armazém Cenográfico.
Montagem: Gabriel Rodrigues.
Assessoria contábil: Contabilizi - Gestão Contábil.
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena.
Design gráfico: Felipe Barros.
Fotografia artística: Ivan Berger.
Produção executiva: Fernanda Lorenzoni.
Projeto realizado com recursos do Edital ProAC Expresso Direto - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. 

Serviço

Espetáculo: Apesar de Tudo
Estreia: 8 de julho de 2023 – sábado, às 21h
Temporada: 8 de julho a 20 de agosto de 2023
Dias / horários: Sextas (às 20h30), sábados (às 21h) e domingos (às 18h)
Sessões com intérprete de Libras: 15 e 16 de julho (sábado e domingo).
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada).
Vendas online: Sympla - https://bileto.sympla.com.br/event/84580
Duração: 50 min. Gênero: Drama. Classificação: 14 anos.
Acessibilidade gratuita para portadores de necessidades especiais - Agendamento pelo telefone da bilheteria do teatro.

Giostri Teatro
Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista, São Paulo/SP.
Tel.: (11) 2309-4102. Capacidade: 100 lugares.
https://www.giostricultural.com.br/teatro 

Perfis

Wagner Molina (texto e interpretação) - Nascido em 1962 na cidade de São Paulo, Wagner Molina cursou teatro no TUCA - Teatro da Universidade Católica de São Paulo e, desde então, não parou. Atuou em peças como: O Fingidor, texto e direção de Samir Yasbek; Os Justos, de Albert Camus, com direção de Roberto Lage; O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues e direção de Sergio Ferrara; Mesa pra Dois, comédia de Alessandro Marson, com direção de Helio Cícero e Fabíola Peña. Seu primeiro contato com a TV foi em Marisol (SBT), seguida por Canavial de Paixões e outras na mesma emissora. Na Rede Globo, participou das novelas O Profeta (como Jaya Raj), Cama de Gato (como Fiasco), Cordel Encantado, Malhação e A Favorita. Atuou nas séries Vade Retro (Rede Globo), Unidade Básica de Saúde (Universal), Psi e O Negócio (ambas na HBO), DesEncontros (Sony) e Milagres de Jesus (Rede Record). No cinema, atuou em Bingo - O Rei das Manhãs, de Daniel Rezende (selecionado para representar o Brasil no Oscar 2018), Real, de Rodrigo Bittencourt, Magal e os Formigas, de Newton Cannito, A Primeira Missa ou Tristes Tropeços, Enganos e Urucum, de Ana Carolina Soares, e Caju com Pizza, de Francisco Ramalho.

Helio Cicero (direção) – Dirigido no teatro por Antunes Filho, Ulysses Cruz, Cibele Forjaz, Eduardo Tolentino, Gabriel Villela, Bob Wilson, Domingos Nunez, Cesar Ribeiro entre outros. Participou das novelas Rei do Gado, Imigrantes, Serras Azuis, Amor e Ódio, Canavial de Paixões e Cristal, e das minisséries JK e O Rei da TV. Trabalhou nos longas-metragens Stand Up ou Morra, Águas Selvagens, Tapete Vermelho, Boleiros Dois, Cara ou Coroa, Cidade Imaginária e Anita e Garibaldi. Recebeu os prêmios Inacen em 1985, Mambembe em 1989, e Apetesp em 1992 como melhor ator; em 2005 foi indicado ao prêmio Shell de melhor diretor e 2015 de melhor ator. Em 2023 segue em cartaz com o espetáculo O Arquiteto e o Imperador da Assíria, e conta com três estreias.

 

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena
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terça-feira, 27 de junho de 2023

Coletivo de Galochas apresenta Coluna Prestes no Centro Cultural Olido e Teatro de Contêiner

Foto de Lucas Salazar

Em julho, o grupo de teatro Coletivo de Galochas apresenta o espetáculo Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança no Centro Cultural Olido, de 07 a 16/07, sexta e sábado, às 19h, e domingo, às 17h, e no Teatro de Contêiner Mungunzá, de 21 a 30/07, de sexta a domingo, às 19h, com ingressos gratuitos.

Todas as sessões de sextas-feiras contam com intérpretes de Libras e as de domingo com recursos de audiodescrição. Em agosto, a montagem histórico-poética segue para os teatros Flávio Império e Cacilda Becker.

Dirigida por Rafael Presto, que também assina a dramaturgia junto de Antonio Herci, a montagem busca reconstruir cenicamente uma das passagens mais icônicas e importantes da história do Brasil do século XX, a marcha da Coluna Prestes, que tinha por objetivo libertar o povo da exploração e da ignorância, evento que marca o fim da Primeira República.

O enredo se passa no década de 1920, quando a Coluna Prestes rasga o país. Durante a marcha, um grupo de oito pessoas, dos mais diferentes lugares, formam uma inusitada família, entrelaçando e mudando suas vidas. É com essa gente simples que Luiz Carlos Prestes aprende, forjando seu espírito revolucionário.

Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança faz uma imersão na cultura brasileira pelo ponto de vista das pessoas simples, da base do movimento, que fizeram a Coluna caminhar. As personagens da peça foram extraídas dos registros oficiais, com a devida licença teatral. “Não se trata da história de grandes autoridades, mas de figuras singulares com as quais Prestes se relaciona. São mulheres, pessoas pretas e oficiais de baixa graduação que protagonizam a jornada”, comenta o diretor Rafael Presto.

Na montagem, o primeiro plano não pertence ao Comandante Prestes (Kleber Palmeira), líder da revolução, mas sim aos diversos núcleos que combatem ao seu lado durante a Marcha. Isabel Pisca-Pisca (Benedita Maria de Jesus Bueno Dias) e Onça (Silvia Lys) são artistas de Cabaré que seguem com os revolucionários. Onça desenvolve uma relação com Cabo Firmino (Eder dos Anjos), um aguerrido revolucionário saído dos cortiços paulistanos. Santa Rosa (Wendy Villalobos) carrega o fuzil que herdou do marido morto e um filho na barriga, que nasce durante a marcha. O Soldado Ângelo (Daniel Lopes), rapaz sensível e analfabeto, aprende a ler e escrever com Sargento Garcia (Diego Henrique), numa relação que pode ocultar um amor não permitido. Todas essas relações são amarradas por Tia Maria (Mona Rikumbi), com suas ervas, conselhos, rituais e giras, que também representa a Majestade Encruzilhada, abrindo os caminhos e marcando essa saga.

A encenação do Coletivo de Galochas tem como pilares duas linguagens: os núcleos dentro da Coluna Prestes e o coro cênico. Os núcleos trazem as histórias das personagens, a humanização dentro da precariedade do ambiente da revolução e também vislumbram 100 anos à frente, questionando e fazendo o elo com o presente. A trilha das personagens negras, apoiada em uma perspectiva afro-centrada de religiosidade e filosofia, é central na narrativa. Já o coro representa a própria revolução. Coreografado e musicado, ele interage com as cenas e faz atravessamentos poéticos enfatizando os grandes acontecimentos, mas também participando como personagem coletivo da trama. Os atores e atrizes que formam o coro são oriundos das oficinas profissionalizantes, realizadas pelo Galochas, durante o processo criativo.

A música está presente o tempo todo no espetáculo; uma ferramenta cênica recorrente nas montagens do Coletivo de Galochas. A trilha sonora é original e executada ao vivo, sob direção de Antonio Herci, com arranjos contemporâneos e cinco músicos em cena (piano, contrabaixo acústico, sanfona, violão de 7 cordas e percussão). Nove canções integram a dramaturgia em formatos de solos e coros, compostas durante o processo, a partir de poemas criados pelos próprios atores. Apenas uma, o samba “Ai, Seu Mé” (Freire Júnior e Careca), foi garimpada do referido período histórico.

Kleber Montanheiro assina o figurino não naturalista de Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança. As referências da década de 1920 estão presentes, de forma estilizada, em elementos como couro e peças de indumentária militar. O cenário, também de Montanheiro, busca inserir as personagens e os espectadores nas paisagens desse Brasil profundo que a Coluna Prestes atravessa. A poética do movimento está em elementos que se movem em um palco misterioso, diante das incertezas dos passos a seguir.

O Coletivo de Galochas parte da sua experiência em teatro historicista para abordar esse fato do nosso passado recente, negligenciado na narrativa histórica hegemônica, investigando seus vestígios e narrativas durante seis meses de pesquisas e experimentos. A estética da montagem foi trilhada a partir de músicas, trajes, comportamentos e notícias. O grupo imergiu na pesquisa de fotos, vídeos, textos e documentos históricos em diálogo com as tradições culturais e artísticas do período, deglutindo de maneira crítica os traços culturais e desdobramentos políticos da década.

“Em uma montagem teatral historicista, o que se persegue são rastros, restos ou retalhos dessa história, que possam ser a gênese de dramas pessoais, de acontecimentos marcantes: situações colocadas em contexto. Outro compromisso é o de jogar luz em acontecimentos que sofrem um processo de apagamento e, mesmo aonde se conta a história da Coluna, são deixados em segundo plano”, comenta o dramaturgo Antonio Herci. O coletivo optou por articular historicamente o passado, na perspectiva da construção de uma dramaturgia que não significa conhecer esse passado como “de fato foi”, mas apropriando-se das reminiscências. “Pensamos o passado a partir de onde pisamos, o tempo e o espaço que habitamos: aqui e agora. Desse modo, toda experiência da dramaturgia historicista é tingida pelo tempo do agora”, finaliza Rafael Presto, diretor e dramaturgo do espetáculo. Nesse sentido, tanto o elenco quanto o coro cênico equilibram pessoas pretas e brancas na sua composição, conta com uma atriz trans, além de integrar pessoas com deficiência, carregando a encenação com a poética desses corpos e corpas dissidentes, fazendo um diálogo com as lutas de agora.

Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança é resultado do projeto de mesmo nome contemplado na 39ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. No processo de criação, o Coletivo de Galochas realizou oficinas profissionalizantes, ciclos temáticos de palestras sobre a prática e a fundamentação teórica do teatro historicista e intervenções artísticas em locais que foram bombardeados ou que têm relação com a Revolução Paulista de 1924.

Nascida durante Tenentismo, a Coluna Prestes iniciou, em abril de 1925, a marcha pelo interior do Brasil que atravessou mais de 25 mil quilômetros, passando por 17 estados e atingindo cerca de 3 mil membros. Tendo como bandeira derrubar o mandato de Arthur Bernardes, exigia voto secreto universal, educação para todos, moralização da política, fim da miséria e direto à terra.

FICHA TÉCNICA – Dramaturgia: Antonio Herci e Rafael Presto. Direção: Rafael Presto. Codireção: Eder dos Anjos. Direção musical, arranjos, regência e sonoplastia: Antonio Herci. Assistência de direção: Daniel Lopes. Elenco / personagens: Benedita Maria de Jesus Bueno Dias (Isabel Pisca-Pisca), Daniel Lopes (Soldado Ângelo), Diego Henrique (Sargento Garcia), Eder dos Anjos (Cabo Firmino), Kleber Palmeira (Comandante Prestes), Mona Rikumbi (Tia Maria), Silvia Lys (Onça) e Wendy Villalobos (Santa Rosa). Coro Cênico: Luísa Borsari, Maria Kowales Aguirre, Matheus Kawa, Giovana Carneiro, Jota Silva, Leandro Duarte, Mateus Vicente, Nayra Priscila, Priscila Ribeiro, Tércio Moura e Victor Carriel. Musicistas/músicos: Antonio Herci (piano), Jéssica Nunes e Camila Borges (sanfona), Lula Gama (violão de 7 cordas), Miguel D’Antar (contrabaixo acústico) e Maicon de Moura (percussão). Cenografia: Kleber Montanheiro. Figurino: Kleber Montanheiro e Thaís Boneville. Adereços: Jéssica Freitas. Iluminação: Robson Lima. Coreografiae direção de movimento: Letícia Doretto. Cenotécnica: Nilton Araújo. Técnica de som: Gustavo Trivela e Jotape Hecht. Operação de som:  Jotape Hecht. Provocação cênica: Júlio Silvério. Colaboração na criação: Ivone Dias Gomes, Nicolle Puzzi e Verônica Valentino. Audiovisual: Diogo Gomes. Direção de produção: Gabriela Morato. Produção: Maura Cardoso. Gestão de redes sociais: Dora Scobar. Fotos: Camila Rios, Diogo Gomes e Lucas Salazar. Designer Gráfico: Gustavo Oliveira. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Idealização e realização: Coletivo de Galochas.

Serviço

Espetáculo: Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança
Ingressos: Gratuitos – Retirar na bilheteria 1h antes das sessões.
Duração: 90 minutos. Gênero: Drama musicado. Classificação: 14 anos.
Intérpretes de Libras: sessões de sextas-feiras
Audiodescrição: sessões de domingos

Sinopse: Brasil, década de 1920. A Coluna Prestes rasga o país. Durante a marcha, um grupo de oito pessoas, dos mais diferentes lugares, formam uma inusitada família, entrelaçando e mudando suas vidas. É com essa gente que Luiz Carlos Prestes aprende, forjando seu espírito revolucionário.

Dias 07, 08, 09, 14, 15 e 16 de julho
Sexta e sábado, às 19h, e domingo, às 17h.
Local: Centro Cultural Olido
Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo.
Tel.: (11) 2899-7370. 139 lugares. 

Dias 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de julho
Sexta, sábado e domingo, às 19h.
Local: Teatro de Contêiner Mungunzá
Rua dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia. SP/SP.
Tel.: (11) 97632-7852. 99 lugares. 

Dias 04, 05, 06, 11, 12, 13 de agosto
Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h.
Local: Teatro Flávio Império
Rua Prof. Alves Pedroso, 600 - Cangaíba. SP/SP.
Tel.: (11) 2621-2719. 206 lugares.

Dias 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de agosto
Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h.
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 - Lapa. SP/SP.
Tel.: 3864-4513. 350 lugares. 

Coletivo de Galochas

O Coletivo de Galochas é um grupo de teatro da cidade de São Paulo criado, em 2010, para pesquisar formas de atuação político-poéticas. Em sua pesquisa continuada optou por temas críticos, realizando espetáculos e processos criativos ao lado de movimentos sociais, grupos parceiros, ocupações e comunidades, fazendo da experiência do teatro um gesto de vida e luta, ocupando os mais diferentes espaços: escolas, museus, ocupações, teatros, ruas, universidades e vielas. Todas as pessoas do elenco são compreendidas como artistas-criadores, equilibrando de maneira paritária artistas brancos e negros, homens e mulheres, com a participação de pessoas com deficiência. Essa multiplicidade de perspectivas se realiza no desenvolvimento da encenação, trazendo elementos que se pautam por olhares de corpos não-normativos na releitura teatral. O Coletivo foi contemplado em duas edições do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo: em 2016 - com o projeto Cantos de Refúgio; e em 2022 – com Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança. Em sua trajetória constam também vários trabalhos incentivados pelo ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, além de indicações e premiações teatrais. Espetáculos montados: Piratas de Galochas (2011, remontagem em 2017, 2021), Revolução das Galochas (2014, remontagem em 2017), Cantos de Refúgio (2017, infantil - selecionado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem), Mau Lugar (2017, remontagem em 2020 [em Libras] e 2022) e Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança (2023).

Coletivo de Galochas: www.coletivodegalochas.com.br
@coletivodegalochas | Site/projeto: https://colunaprestes.com.br/