terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Circulação - Residência do Buraco d’Oráculo promove Café Teatral e convida Vera Dantas


O grupo O Buraco d’Oráculo apresenta, no dia 25 de fevereiro (segunda-feira), mais uma edição do Café Teatral, que acontece no Centro Cultural Arte em Construção, no bairro Cidade Tiradentes (ZL), às 15 horas, com entrada franca.

O encontro tem participação da médica e educadora Vera Dantas, que conversa com o público sobre o tema Cenopoesia e Relações de Cuidado. O bate-papo é realizado em torno de uma mesa, onde é servido com um café da tarde, tornando o ambiente descontraído e participativo.

Esse evento integra a programação da Circulação - Residência que o Buraco d’Oráculo vem realizando, desde outubro de 2018, como parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. O objetivo é promover a circulação de teatro de rua, a partir de seu próprio repertório, em territórios de companhias parceiras para um mês de programação local.

Café Teatral é um encontro criado para debater assuntos relacionados ao fazer artístico. No referido projeto, o grupo faz uma pesquisa sobre a cenopoesia, relacionando essa linguagem à sua estética teatral própria.

Em fevereiro, o anfitrião da Circulação - Residência é o Circo Teatro Palombar e as apresentações ocorrem no Centro Cultural Arte em Construção e na Praça do 65, espaços onde o Palombar frequentemente atua e se apresenta. A programação (grátis) é formada por três espetáculos do O Buraco d’Oráculo - O Encantamento da Rabeca, O Cuscuz Fedegoso e Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! – e por uma montagem do Circo Teatro Palombar - A Fabulosa Charanga dos Excêntricos.

Vera Dantas – Vera é médica e educadora popular atuante na Estratégia Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (CE), doutora em educação, reikiana, consteladora familiar e cenopoeta. Participante e cocriadora do Ekobe, do Movimento Escambo Popular Livre de Rua, da Aneps, e do GT de educação popular em saúde da Abrasco.

Programação / Circulação - Residência

16 de Fevereiro. Sábado, às 19h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Espetáculo: O Encantamento da Rabeca
Com: O Buraco d’Oráculo.
Duração: 50 min. Classificação: Livre.

17 de Fevereiro. Domingo, às 11h
Local: Praça do 65
Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso
Com: O Buraco d’Oráculo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

23 de Fevereiro. Sábado, às 16h
Local: Centro Cultural Arte em Construção – Av. Dos Metalúrgicos 2100
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

23 de Fevereiro. Sábado, às 18h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Espetáculo: A Fabulosa Charanga dos Excêntricos
Com: Circo Teatro Palombar.
Duração: 120 min. Classificação: Livre.

25 de Fevereiro. Segunda-feira, às 15h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Encontro: Café Teatral
Tema: Cenopoesia e Relações de Cuidado
Com: Vera Dantas.
Duração: 2h. Classificação: Livre.

Locais:
Centro Cultural Arte em Construção
Avenida dos Metalúrgicos, 2100. Cidade Tiradentes. SP/SP

Praça do 65
Cidade Tiradentes. SP/SP. Localizada na altura do número 2.100 da Av. dos Metalúrgicos, próxima ao antigo terminal de ônibus.

Informações / Circulação - Residência:
Tele: (11) 98152-4483

O Buraco d’Oráculo

O grupo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Zé Guilherme lança videoclipe com faixa do álbum ALUMIA


O cantor e compositor Zé Guilherme lança hoje um novo videoclipe com uma das faixas de seu disco ALUMIA, lançado recentemente. A Voz do Rio é uma linda canção em homenagem a Oxum, composta por Marcelo Quintanilha, que ganhou leitura emocionante de Zé Guilherme. O videoclipe tem direção Alessandra Fratus e foi gravado no Estúdio Dançapé.




O CD ALUMIA

Após lançar, em 2015, um disco em homenagem ao “cantor das multidões”, o artista deixa de lado o viés confortável de ser somente intérprete e lança o quarto disco Alumia, que traz repertório de músicas autorais em sua maioria.

Zé Guilherme assina letra e melodia das composições “Alumia”, “Teus Passos” e “Canção de Você”. As letras são frutos de seus poemas. E “as melodias nasceram intuitivamente, pois não sou instrumentista”, afirma. Ele ainda divide a autoria de “Espelho” com Luis Felipe Gama, de “Ave Solitária” e “Teu Cheiro” com Cris Aflalo, de “Laço” com Marcelo Quintanilha e de “Oferendas” com Cezinha Oliveira, que é o produtor musical e arranjador do álbum. Completando o repertório, Luis Felipe, Quintanilha e Cezinha aparecem novamente como autores de “Franqueza”, “A Voz do Rio” e “Cesta Básica”, respectivamente, ao lado do baiano Péri, compositor de “Clarão” e “Paixão Elétrica”.

Alumia registra o momento de amadurecimento artístico de Zé Guilherme. Não só pelo fato de ele se mostrar também como compositor, mas pela própria trajetória musical. O primeiro CD, Recipiente (Lua Discos, 2000), com arranjos de Swami Jr., apresentava sua origem nordestina e sua música universal brasileira em um trabalho com a força da raiz e do pop brasileiro. Seis anos depois, o disco Tempo ao Tempo chega com uma linguagem pop mais contemporânea nos arranjos de Serginho R. O terceiro CD viaja no tempo e o artista faz um pouso na época mais romântica da música brasileira com Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, trabalho que também tem produção musical e arranjos de Cezinha Oliveira.

O novo CD faz um sobrevoo por todos esses caminhos para apresentar a MPB de Zé Guilherme, agora mais romântica, que envereda por uma sonoridade acústica mais jazzística. “Os arranjos trazem como unidade estética a sonoridade característica do piano, executado de forma primorosa por Jonas Dantas (também no acordeon), e do baixo acústico, tocado por Johnny Frateschi”, justifica o produtor musical. É possível perceber que todas as músicas se harmonizam como células sonoras dentro da estrutura musical do disco. Os demais instrumentos que aparecem são: bateria e percussão (por Adriano Busko), violão e guitarra (por Cezinha Oliveira) e sopros (por Walter Pinheiro). “Esse trabalho pode ser considerado uma declaração de amor, amor a outras pessoas e à minha própria vida”, confessa o intérprete.

Lançamento/CD: Alumia
Artista: Zé Guilherme
Selo: Independente / Distribuição: Tratore
Preço sugerido: R$ 25,00

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Companhia de Teatro Heliópolis coloca em cena as duas faces da justiça em nova montagem


A Companhia de Teatro Heliópolis estreia sua nova montagem, (IN)JUSTIÇA, no dia 25 de janeiro, sexta, na Casa de Teatro Maria José de Carvalho (sede do grupo), às 20 horas. A encenação é dirigida por Miguel Rocha, fundador e diretor do grupo; e Evill Rebouças assina o texto que foi criado em processo colaborativo com a Companhia.

(IN)JUSTIÇA é um ensaio cênico, guiado pela indagação ‘o que os veredictos não revelam?’, que reflete sobre aspectos do sistema jurídico brasileiro. Para tanto, conta a história do jovem Cerol que, involuntariamente, pratica um crime. A partir daí, surgem diversas concepções sobre o que é justiça, seja a praticada pelo judiciário ou aquela sentenciada pela sociedade.

Permeado por imagens-sínteses (característica da Companhia de Teatro Heliópolis) e explorando a performance corporal, o espetáculo coloca em cena a complexidade da justiça no país, deixando a plateia na posição de júri em um tribunal. O embate entre os dois lados da justiça - da vítima e do criminoso - se estabelece em um jogo contundente que expõe com originalidade a crua realidade dos jovens pobres e negros. A música ao vivo confere ainda mais densidade poética ao ‘relato’, que foge de qualquer abordagem clichê.

A história de Cerol é contada de forma não linear. Exímio empinador de pipas, ele vive com sua avó, pois a mãe morreu no parto e o pai, assassinado. Depois de uma briga por conta do alto volume da música na vizinhança, Cerol foge e acaba disparando involuntariamente um tiro em uma mulher, que morre em seguida. Ele acaba preso e é submetido ao julgamento da lei e da sociedade.

Com base nesse argumento, a Companhia de Teatro Heliópolis discute direitos humanos à luz da Constituição Nacional. A encenação recupera também a ancestralidade brasileira em passagens ritualísticas. “Queremos pensar o homem negro e a justiça, desde a nossa origem até os dias de hoje”, afirma o diretor Miguel Rocha.

Cenas impactantes e desconcertantes surpreendem todo o tempo. A encenação de Miguel Rocha, alinhavada pela dramaturgia de Evill Rebouças, mostra como a democracia pode ser manipulada. O crime versus a vítima ou o criminoso versus a justiça aparecem de forma não superficial nem previsível. A abordagem de (IN)JUSTIÇA parte do ponto de vista mais íntimo para aquele mais coletivo: da comunidade para a sociedade, da moral pessoal às convenções sociais. Isso permite, igualmente, as leituras de um mesmo caso jurídico, como no julgamento - defesa e promotoria -, onde ambos os discursos são tão contundentes quanto convincentes. “Para falar de justiça, temos que falar das relações humanas contraditórias, pois a justiça se apresenta pelas contradições”, reflete o diretor.

Permeado por emoções e sensações que fogem da obviedade, o espetáculo tem quadros coreografados que trazem o respiro necessário à dinâmica da encenação: cidadãos urbanos, policiais, advogados com suas togas desfilam pela área cênica e hipnotizam o espectador. Os depoimentos inseridos nas cenas humanizam e tornam crível a proposta da montagem, sejam eles densos, desconcertantes, ou mesmo lúdicos. Segundo o diretor, os três pontos de vista sobre justiça – “o pessoal, o divina e o do homem” – são considerados na concepção de (IN)JUSTIÇA, bem como a máxima que diz “só quem passou por uma injustiça sabe o que é justiça”.

O cenário (Marcelo Denny) situa a força da ancestralidade, presente na terra e no terreiro, na força fria do zinco, na estética religiosa que foge dos estereótipos. Traz também o símbolo da lentidão da justiça com toda sua burocracia em pilhas e pilhas de papéis e processos. Elementos como areia, terra, projéteis de bala e pipas compõem a área de encenação, onde predomina a cor cinza. A trilha (de Meno Del Picchia) e os efeitos sonoros são executados em sincronismo com as cenas. Os atores interpretam cantos de tradição que reforçam a busca pela humanização e pela ancestralidade propostas pelo espetáculo.

(IN)JUSTIÇA nasceu de um longo processo criativo, iniciado em fevereiro de 2018, disparado por encontros dos integrantes da Companhia de Teatro Heliópolis com pensadores ativistas que falaram sobre os vários aspectos da Justiça. Os convidados foram Viviane Mosé (filósofa), Gustavo Roberto Costa (promotor de justiça), Ana Lúcia Pastore (antropóloga) e Cristiano Burlan (cineasta), tendo Maria Fernanda Vomero (provocadora cênica, jornalista e pesquisadora teatral) como mediadora.

O espetáculo integra o projeto Justiça - O que os Vereditos Não Revelam, contemplado pela 31ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.


Uma reflexão sobre o espetáculo

Durante o processo de pesquisa do projeto anterior da Companhia de Teatro Heliópolis, Microviolências e Suas Naturalizações, contemplado pela 28ª edição do Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, o grupo se debruçou sobre as pequenas violências do dia a dia, naturalizadas pelo hábito e mantenedoras de uma opressão quase sempre silenciosa. Constataram que as lideranças do tráfico em Heliópolis exercem sua autoridade, entre outros métodos, por meio dessas pequenas violências e as perpetuam em prol de um ‘bem-estar’ local. Constataram então que o poder paralelo na favela, de certa forma, reproduz a lógica punitivista do Estado e sua carga repressiva. O crime organizado classifica os ‘limpos’, em relação aos ‘infratores’, tal como acontece na sociedade brasileira, ao aderir à divisão entre ‘cidadãos de bem’ e ‘bandidos’. Miguel Rocha explica que no tribunal do crime, o lema é: ‘aqui ninguém te julga, quem te julga são seus atos’. “E assim, como moradores de Heliópolis, acostumamo-nos a viver sob o domínio desta ‘justiça’ que nunca falha. Não falha?”, reflete o encenador.

Fora dos limites da favela, a seletividade da justiça oficial recai sobre esses mesmos moradores. O diretor completa: “A maioria da população de Heliópolis é jovem, negra, pobre e migrante; justamente o segmento mais criminalizado pelo sistema penal brasileiro. Costuma-se dizer que essa justiça também não falha, será que não falha?”.

Instigados pelo fenômeno da judicialização da vida social e política, em consonância com a crescente criminalização de indivíduos ou movimentos outrora tidos como opositores ou transgressores, a Companhia busca, por meio do espetáculo (IN)JUSTIÇA, compreender a fundo o que significa justiça e examinar, na cena, suas representações, seus mecanismos e seus rituais. “Temos constatado a gradual desmoralização da ideia de justiça em contraposição ao veloz recrudescimento das posições em favor de um senso de justiça, refletido na sede por ‘justiçamento’, ou seja, por vingança ou punição”, declara Miguel. Ele diz que, no Brasil, justiça parece ser um valor que serve apenas a uma pequena parcela da população e lhe assegura privilégios e blindagem, minando totalmente a viabilidade de um Estado que garanta equidade de direitos e do estabelecimento de uma sociedade em que todos usufruam de possibilidades iguais.

Ficha técnica

Encenação: Miguel Rocha
Texto: Evill Rebouças (criação em processo colaborativo com a Cia de Teatro Heliópolis)
Elenco: Alex Mendes, Cícero Junior, Dalma Régia, Danyel Freitas, David Guimarães, Gustavo Rocha, Karlla Queiroz e Walmir Bess.
Cenografia/instalação: Marcelo Denny
Assistência de cenografia: Denise Fujimoto
Figurino: Samara Costa
Iluminação: Fagner Lourenço e Miguel Rocha
Provocação teórica e prática: Maria Fernanda Vomero
Provocação / teatro épico: Alexandre Mate
Provocação / teatro performático: Marcelo Denny
Direção de movimento: Lúcia Kakazu e Miguel Rocha
Preparação corporal: Lúcia Kakazu
Coreografia: Camila Bronizeski, Lucia Kakazu e Miguel Rocha
Oficina de dança: Camila Bronizeski
Oficina de mímica: Thiago Cuimar
Direção musical: Meno Del Picchia
Oficina de voz: Bel Borges
Oficina de canto: Luciano Mendes de Jesus
Músicos: Amanda Abá (violoncelo e violino), Bel Borges (violão e percussão) e Fernanda Broggi (percussão).
Operação de luz: Fagner Lourenço e Viviane Santos
Operação de som e sonoplastia: Giovani Bressanin
Mesas de debates: Viviane Mosé, Gustavo Roberto Costa, Ana Lúcia Pastore e Cristiano Burlan
Mediadora/debates: Maria Fernanda Vomero
Comentador convidado: Bruno Paes Manso
Organização de textos do programa: Maria Fernanda Vomero
Direção de produção: Dalma Régia
Produção executiva: Elaine Vital Marciano
Fotos: Caroline Ferreira e Donizete Bomfim
Design gráfico: Camila Teixeira
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena
Realização: Companhia de Teatro Heliópolis
Apoio: 31ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Serviço

Espetáculo: (IN)JUSTIÇA
Estreia: 25 de janeiro, sexta, às 20 horas
Temporada: 25 de janeiro a 19 de maio
Horários: sextas e sábados (às 20h) e domingos (às 19 horas)
Ingressos: Pague quanto puder (bilheteria: 1h antes das sessões)
Duração: 90 minutos. Gênero: Experimental / Ensaio cênico. Classificação: 14 anos

Casa de Teatro Maria José de Carvalho
Rua Silva Bueno, 1533. Ipiranga/SP. Tel: (11) 2060-0318
Capacidade: 60 lugares. Não possui acessibilidade. Não possui estacionamento.

Buraco d’Oráculo leva projeto de residência a Cidade Tiradentes com o Circo Teatro Palombar

O Cuscuz Fedegoso - foto por Carlos Goff
Iniciada em outubro do ano passado, a Circulação - Residência, do grupo O Buraco d’Oráculo, chega à Cidade Tiradentes (ZL), bairro que fica no extremo da zona leste paulistana.

O objetivo desta iniciativa é promover a circulação de teatro de rua, a partir de seu próprio repertório, em territórios de companhias parceiras. Juntos, os grupos comandam um mês de programação local.

O anfitrião do Circulação – Residência, no mês de fevereiro (dias 16. 17 e 23), é o Circo Teatro Palombar. O ‘palco’ escolhido para as apresentações é o Centro Cultural Arte em Construção e a Praça do 65, locais onde o Palombar frequentemente atua e se apresenta.

A programação (grátis) é formada por três espetáculos do O Buraco d’Oráculo - O Encantamento da Rabeca (16/2), O Cuscuz Fedegoso (17/2) e Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! (23/2) – e por uma montagem do Circo Teatro Palombar - A Fabulosa Charanga dos Excêntricos (23/2).

Esta Circulação - Residência é parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo.

Programação / Fevereiro - 2019
  
16 de Fevereiro. Sábado, às 19h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Espetáculo: O Encantamento da Rabeca
Com: O Buraco d’Oráculo

Foto por Sheila Signatario
Sinopse: O Encantamento da rabeca conta histórias de transformações vividas por mulheres brincantes - que cantam, tocam, dançam, “botam” bonecos e mascaras, com intuito de revelar o protagonismo, a fragilidade, a força e a resistência dessas mulheres em terreno originalmente masculino.

Ficha técnica - Direção: Lu Coelho.Texto: Lu Coelho com colaboração de Pablo Dantas e Cleydson Catarina. Elenco: Lu Coelho e Nataly Oliveira.
Duração: 50 min. Classificação: Livre.


Foto por Carlos Goff
17 de Fevereiro. Domingo, às 11h
Local: Praça do 65
Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso
Com: O Buraco d’Oráculo

Sinopse: Entre os quitutes vendidos por Dona Maria está um cuscuz feito com fedegoso, um matinho cheiroso, mas que não faz lá muito sucesso. Um belo dia, ela oferece a iguaria a um pedinte que, para não pagar pelo alimento, finge passar mal.

Ficha técnica - Direção: Elizete Gomes. Texto: Edson Paulo. Elenco: Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.


 23 de Fevereiro. Sábado, às 16h
Local: Centro Cultural Arte em Construção – Av. Dos Metalúrgicos 2100
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo

Foto por Carlos Goff
Sinopse: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! é uma intervenção teatral que utiliza a poesia como forma dramatúrgica. Baseando nos princípios da “cenopoesia”, em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam para completar um todo. O Buraco d’Oráculo leva à cena um recorte de poemas por meio de cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética, mas também de forma contundente, tocando em temas do nosso cotidiano e de nossa sociedade.

Ficha técnica - Texto: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Luiza Galavotti,  Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.


23 de Fevereiro. Sábado, às 18h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Espetáculo: A Fabulosa Charanga dos Excêntricos
Com: Circo Teatro Palombar

Foto-divulgação
Sinopse: A Fabulosa Charanga dos Excêntricos é uma banda composta por palhaços e palhaças bem excêntricos, responsáveis pela trilha musical e sonoplastia de um grande espetáculo. Os cômicos tocam trombone, trompete, saxofone, surdo e repiques e também instrumentos inusitados. E tem ainda a performance do sensacional homem-banda.

Ficha técnica – Criação coletiva. Coordenação: Adriano Mauriz. Elenco: Barbara Maria, Davis William, Giuseppe Farina, Henrique Nobre, Guilherme Torres, Larissa Evelyn, Leonardo Galdino, Marcelo Nobre, Paulo Santos, Rafael Garcia e Vinicius Mauricio. Assistência de coordenação: Ricardo Muniz. Cenário/figurino: Barbara Maria e Dinho Prince. Trilha sonora: Joilson dos Santos e Giuseppe Farina. Produção: Larissa Evelyn e Vinicius Mauricio.
Duração: 120 min. Classificação: Livre.


Serviço

Teatro de rua: Circulação - Residência
16/2. Sábado, às 19h
17/2. Domingo, às 11h
23/2. Sábado, às 16h e 18h
Grátis. Livre.

Locais:
Centro Cultural Arte em Construção
Avenida dos Metalúrgicos, 2100. Cidade Tiradentes. SP/SP

Praça do 65
Cidade Tiradentes. SP/SP. Localizada na altura do número 2.100 da Av. dos Metalúrgicos, próxima ao antigo terminal de ônibus.

Informações / Circulação - Residência: (11) 98152-4483
  
Os grupos

O Buraco d’Oráculo - O grupo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.

Circo Teatro Palombar - O grupo nasceu, em 2012, no bairro de Cidade Tiradentes, a partir do processo formativo do Instituto Pombas Urbanas, onde recebeu orientação para a criação de seu primeiro espetáculo, Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto.  Com esse trabalho participou de importantes eventos da cena cultural paulista como Virada Cultural, 8ª Palhaçaria Paulista, Circuito Cultural e IX Festival de Circo de Piracicaba, entre outros festivais.  A partir da pesquisa do grupo, calcada no circo, no teatro e na música, surgiram outros dois espetáculos: A Novidade é Milenar (melodrama no qual o Palombar integra a técnica da báscula em seu repertório) e A Fabulosa Charanga dos Excêntricos (uma banda composta por palhaças e palhaços musicais). Atualmente, o Circo Teatro Palombar é um coletivo que integra uma geração de grupos circenses formados em escolas de Circo Social e que buscam, fora do espaço consagrado da lona, um lugar para exercer seu trabalho artístico e viver de sua própria arte.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Cinema no Sesc Belenzinho, em janeiro, tem exibições ao ar livre com o Cine Praia


Entre os dias 17 e 31 de janeiro, o Sesc Belenzinho apresenta o Cine Praia. São exibições são ao ar livre, na área externa da unidade, para pais e filhos curtirem bons filmes em clima de verão.

A programação começa com Lilo & Stich (dia 17), segue com Teen Beach Movie (dia 18), Tá Dando Onda (dia 19), A Pequena Sereia (dia 24), As Férias do Pequeno Nicolau (dia 26) e, fechando o Cine Praia, tem Procurando Nemo (dia 31). Todas as seções têm início às 19h30.

FILMES

Exibição: Lilo & Stich
(Dir. Dean DeBlois, Chris Sanders, 2002, 1h25 min)

Lilo é uma pequena garota havaiana de 5 anos que adora cuidar de animais menos favorecidos e vive com sua irmã Nani. Lilo tem o costume de coletar lixo reciclável nas praias para, com o dinheiro recebido, comprar comida para peixes e nadar até o alto-mar para alimentá-los. Até que, num belo dia, ela encontra um cachorro e decide adotá-lo. Entretanto, este cachorro na verdade é Stitch, um ser alienígena que é um dos criminosos mais perigosos da galáxia. Stitch foi preso em um planeta distante pela polícia interplanetária, mas ao ser encaminhado para um planeta-prisão consegue escapar, caindo acidentalmente na Terra. Agora, para escapar da polícia que ainda o persegue, Stitch esconde quatro de suas seis pernas e decide se fazer passar por um cachorro comum, desenvolvendo com o tempo um laço de amizade com Lilo.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis.
17/01. Quinta, às 19h30

Exibição: Teen Beach Movie
(Dir. Jeffrey Hornaday, 2013, 1h50min)

Brady e Mack são dois jovens surfistas que, após serem encobertos por uma onda, vão parar em uma praia distante, cenário do musical favorito de Brady: "Onda, Sublime Onda" (1960). Agora o casal terá que descobrir como voltar ao seu tempo, mas não sem antes modificar o curso original da história.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis.
18/01. Sexta, às 19h30


Exibição: Tá Dando Onda
(Dir. Ash Brannon, Chris Buck, 2007, 1h28min)

Cadu Maverick é um jovem pinguim, que tem o lendário surfista Big Z como ídolo. Um dia ele decide deixar sua família e sua cidade, Shiverpool, na Antártida, para participar do Big Z Memorial Surf Off, um torneio de surf realizado na ilha Pen-Gu. Cadu acredita que caso vença o torneio ganhará respeito e admiração, seu grande sonho. Mas lá ele conhece um veterano surfista chamado Grego, com quem aprende que o campeão nem sempre é aquele que chega em 1º lugar nas competições.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis
19/01. Sábado, às 19h30

Exibição: A Pequena Sereia
(Dir. John Musker, Ron Clements, 1989, 1h23min)

Ariel é a filha caçula do Rei Tritão, comandante dos sete mares, que está insatisfeita com sua vida. Ela deseja caminhar entre os humanos para conhecê-los melhor, mas sempre é proibida por seu pai, que considera os humanos como sendo "bárbaros comedores de peixe". Até que ela se apaixona por um jovem príncipe e, no intuito de conhecê-lo, resolve firmar um pacto com Úrsula, a bruxa do reino, que faz com que ela ganhe pernas e se torne uma verdadeira humana. Porém, Úrsula também tem seus planos e eles incluem a conquista do reino de Tritão.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis.
24/01. Quinta, às 19h30

Exibição: As Férias do Pequeno Nicolau
(Dir. Laurent Tirard, 2014, 1h37min)


Termina o ano letivo. O garoto Nicolau, seus pais e a avó viajam para o litoral com o objetivo de aproveitar ao máximo as férias de verão. Na praia o menino faz novos amigos e conhece uma garota, Isabelle, que ele acredita ser sua futura esposa.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis.
26/01. Sábado, às 19h30






Exibição: Procurando Nemo
(Dir. Andrew Stanton, Lee Unkrich, 2003, 1h41 min)

O passado reserva tristes memórias para Marlin nos recifes de coral, onde perdeu sua esposa e toda a ninhada. Agora, ele cria seu único filho Nemo com todo o cuidado do mundo, mas o pequeno e simpático peixe-palhaço acaba exagerando durante uma simples discussão e acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai super protetor precisa entrar em ação e parte numa busca incansável pelo mar aberto, na esperança de encontrar seu amado filhote. No meio do caminho, ele acaba conhecendo Dory e, juntos, a dupla vai viver uma incrível aventura. Enquanto isso, Nemo também vive uma intensa experiência ao lado de seus novos amigos habitantes de um aquário, pois eles precisam ajudá-lo a escapar do destino que lhe foi reservado: ir parar nas mãos da terrível Darla, sobrinha do dentista que o capturou.
Local: Área externa - Uriel Gaspar. Livre. Grátis.
31/01. Quinta, às 19h30

SERVIÇO

Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP). Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho