segunda-feira, 30 de maio de 2016

Música e Maresia, de Dulce Quental, por Mariano Klatau Filho

A realização de Música e Maresia foi motivada pelo desejo de trazer à tona canções que estavam submersas na trajetória de Dulce Quental.

 A intenção primeira era apresentar uma espécie de inéditos e dispersos da obra da cantora.  No entanto, após o levantamento de seus registros aparentemente esparsos, observou-se a força de um projeto de disco, gravado em 1994, marcado pela parceria com Roberto Frejat e com a participação de músicos como Jaques Morelenbaum, Sérgio Dias, Nilo Romero, João Rebouças entre outros. 

Grande parte desse material foi recuperada e somou-se a outros três registros ocorridos na mesma década: Púrpura com Luís Carlini do Tutti Frutti, em 1990, Dia a Dia com Frejat e Música e Maresia com George Israel, gravadas em 1991.  Unidas ao repertório parcial do disco inédito, emergiu com limpidez um conjunto de composições de intensa unidade lírica.

A escrita existencial de Dulce, embalada por referências fincadas no rock, blues e folk, revelou uma vez mais a atualidade do seu trabalho. O charme de sua voz e o poema de suas canções, trazidos novamente à linha do horizonte, revelam as assimetrias e as circularidades de um percurso particular e atemporal. O título surgiu no calor de sua emersão; na medida em que a seleção final chegava à superfície para respirar e se fazer ouvir. 

O resultado é a tradução de um tempo musical que surge em ondas sempre renovadas e se mostra um curioso híbrido: entre um conjunto de registros inéditos da década de 90 e o vigor poético de um álbum atual. Música e Maresia mergulha e flutua num espaço sem âncoras no qual o mais importante é reencontrar o frescor sonoro de quem sabe tão bem – e com acento pop - filosofar em português.


Mariano Klatau Filho

Dulce Quental relança três primeiros discos em formato digital pela Cafezinho Edições

Reparação
Release por Arthur Dapieve

Não é incomum uma artista ficar marcada a ferro pelo seu primeiro sucesso, do qual não consegue se livrar. O modo como Dulce Quental se associou a Eu sou free, no entanto, é bem particular e sutil. Não propriamente pela música de 1984, estourada ainda a bordo do Sempre Livre. Mas pela mensagem subliminar anunciada a cada execução – tantas, tantas – nas rádios. Obra e autoria numa frase só: “Eu sou free, Sempre Livre” Ela se mostrou assim, livre, desde o momento em que aquele grupo só de garotas se desfez.

Dulce enveredou por uma carreira solo de fato autoral, seguindo o próprio nariz. Se isso significou que ela não mais se aproximaria dos patamares comerciais alcançados tão fugazmente pelo Sempre Livre, significou também uma solidez artística que sustenta, trinta anos depois, os três álbuns criados em rápida sequência, antes de um longo hiato: Délica (1986), Voz Azul (1987) e Dulce Quental (1988). O seu lançamento em formato digital nos permite reacessá-los com o benefício de uma perspectiva histórica, não imediatista, e empreender uma reparação que coloca Dulce no seu devido lugar.

Dulce está entre os melhores letristas surgidos no Brasil durante a explosão do rock. Esta não é uma afirmação de pouco peso, levando-se em conta que aquela geração 80 contava, entre outros, com Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes, Herbert Vianna e Humberto Gessinger (ela gravaria composições destes três últimos). A sua produção nos anos de afastamento dos estúdios, só encerrado com o CD Beleza Roubada, de 2004, apenas reconfirmou tal lugar de honra. Entre outras, Dulce assinou Cidade partida, com os membros do grupo Cidade Negra, e O poeta está vivo, com Roberto Frejat, parceiro em quase todas as faixas de seu recém-lançado CD, Música e Maresia.
           
Dulce Maria Rossi Quental, carioca de 1960, teve uma trajetória escolar-acadêmica que explica em parte a delicadeza e a densidade de suas letras: estudou saxofone e canto, estudou Ciências Sociais e Filosofia (e, mais tarde, Jornalismo). Musicalmente, uma influência decisiva foi o jazz escutado na infância, nos LPs do pai. Fundindo-o à música popular brasileira e ao rock nacional, ela produziu o que a crítica chamava de new bossa, tanto aqui quanto no exterior, com Everything but the Girl ou Sade.

A variedade interna de Délica, o primeiro álbum solo de Dulce, criou-lhe um problema na hora da gravação. Como produzi-lo? Os especialistas em MPB não entendiam de pop-rock, e vice-versa. O produtor Mayrton Bahia, por exemplo, tinha no currículo o bem-sucedido trabalho com a Legião Urbana. Dulce queria essa informação, sim, mas queria mais, queria bossa. Então, Mayrton chamou João Donato para fazer dois arranjos, os de Pra nós e Bossa do Bayard. Dulce chamou Titãs, Hojerizah, Os Ronaldos (que acompanhavam Lobão), Celso Fonseca, Cláudia e Beti Niemeyer para gravar. “É um álbum bem irregular, mas tem esse desejo de sair da repetição, essa honestidade”, avalia Dulce, autocrítica que só. “Tem um problema de voz também. Estava numa crise de identidade. Eu tinha estudado canto, mas não tinha absorvido a técnica de maneira natural.”

O ouvinte tem boas razões para acreditar que Dulce está sendo muito rigorosa. Há uma versão de Pros que estão em casa que acrescenta toda uma outra dimensão ao clássico underground do Hojerizah. Há outra versão, Natureza Humana, para Human Nature, sucesso na voz de Michael Jackson, que destaca o dom poético dos irmãos Salomão, Waly e Jorge. Há um dueto com o amigo Cazuza em Tudo é Mais, composição de Aldo Meolla. “Eu fiquei esperando o Cazuza no estúdio, e ele demorou tanto que fiquei de porre”, lembra Dulce. “A voz ficou afetada. Gravei de novo as duas primeiras partes e deixei o final como estava. Cheia de excessos, mas amorosa.” Tão anos 80 isso.

A sonoridade de Délica, naturalmente, também tem o clima daquela década, com truques de estúdio que ficaram no passado, mas nem por isso o disco ficou datado. Em grande parte, o mérito disso é da interpretação de Dulce, voz bem medida e fluente, que dá a liga a gravações tão distintas. Como faria em toda a sua carreira solo, ela opera pequenos cortes na dinâmica das palavras, pequenos cortes que paradoxalmente somam.

Outra boa parte da sobrevivência de Délica se deve à compositora Dulce. Todas de sua lavra, as três últimas faixas – Delicado Demais, Bossa do Bayard e A Bela Morte (esta com Beti Niemeyer) – apontam caminhos que ela apuraria no disco seguinte. O sax de Ricardo Rente, por exemplo, ecoa o melancólico clima bossa’n’jazz’n’blues presente em versos como “O amor é delicado demais / E a gente sente bruto demais”. Bingo.

Se a concentração de talentos e interesses tornava Délica um álbum eclético, uma palavra usada às raias da vulgarização nos anos 80, a Dulce Quental que gravou Voz Azul estava muito mais focada e senhora de si, consciente de que menos costuma ser mais. A faixa-título, que abria o álbum, tinha um arranjo singelo e forte, puxando para um blues rural nos violões e na discreta programação de bateria do coprodutor Herbert Vianna (junto com Mayrton Bahia, de novo, e Celso Fonseca) e no violoncelo de Jaques Morelenbaum. Os versos, como sempre, eram certeiros: “Quem canta o blues/ Não tem nada a perder/ De quem canta o blues/ Nada mais pode ser tirado”.

O resto de Voz Azul mantinha o clima proposto pelo título. Apesar dos três produtores, Dulce passava parte do tempo sozinha do estúdio com o então técnico de som José Celso Guida, hoje sócio de uma plataforma de distribuição de música para cinema e publicidade. Ela se beneficiou da experiência na gravação do álbum anterior e sentiu-se mais segura com as aulas de Eládio Perez Gonzales, professor de canto de Elizeth Cardoso e Nara Leão. A segurança está também na segunda faixa, a lírica e irônica Não Atire no Pianista (“Por causa da cantora”), outra composição só de Dulce, que resultou numa bela gravação, produzida por Mayrton, com destaque para o baixo de Tavinho Fialho.

Um pouco adiante em Voz Azul está uma das faixas favoritas de Dulce, Correspondence, baseada em carta que recebeu de um caso parisiense, cantada em francês. Ao seu jeito cool, ela capta bem a dramaticidade da música daquele país, com os teclados tocados por Celso Fonseca fazendo as vezes de acordeão. Escuro Amor, de autoria de Ciro Pessoa, um dos Titãs originais, fechava o antigo lado A do LP, com outro blues, este levado no piano de Nico Rezende. Outro arranjo sutil, gravados “ao vivo”, diretamente.

O antigo lado B abria com aquele que foi o maior sucesso da carreira solo de Dulce, Caleidoscópio, de Herbert Vianna, música que os próprios Paralamas só viriam a gravar três anos depois, na coletânea Arquivo. A versão de Dulce, porém, ficou mesmo com o jeitão de “a original”, tamanha a felicidade da interpretação e do arranjo. Caleidoscópio entregava o bastão para Essa Gravação se Autodestruirá em 5 Seg, de Marcelo D. Ramer, outro dos vários pontos altos de Voz Azul. É mais um blues, estilizado, tenso. Alguém à espera de um telefonema que não soará no decorrer de uma noite inteira. “O amor está por um fio, por uma ligação”, canta Dulce, interrompida por um inspirado solo de guitarra de Celso Fonseca. “Se você não atender, sabe o que sou capaz de fazer.” Bem, àquela altura, o público já sabia muito bem do que Dulce era capaz.

O terceiro álbum solo de Dulce Quental levava apenas o seu nome. Uma identidade já havia sido fixado. Longe – uau, quatro anos! – estavam os tempos do Sempre Livre. No meio do caminho havia dois discos que a tiraram da alçada do mero pop e a alçaram ao patamar de uma cantora-autora cheia de referências refinadas ao jazz, ao blues e à bossa nova. Na verdade, essa assinatura tinha ficado tão marcada em tão pouco tempo que Dulce Quental, o disco, produzido por Luiz Carlos Maluly, que trabalhara com o RPM, e arranjado por Dino Vicente, que trabalhara com Arrigo Barnabé, deu uma cambalhota e tentou voltar à posição inicial: a de ser uma obra mais comercial. A gravadora assim queria e, por conta de um projeto não aprovado, de um LP de parcerias com Celso Fonseca, Dulce topou o desafio. O resultado foi muito diferente de Délica e de Voz azul.

Se o primeiro LP era uma tentativa extremamente honesta de explorar possibilidades e achar um caminho solo, se o segundo LP era uma ensaio sobre elegância, sutileza e cosmopolitismo, Dulce Quental buscava retomar um lugar nas paradas – de uma maneira solar. Em comum com os antecessores, havia a presença de uma música de uma banda de rock da mesma geração: Délica tivera Pros que Estão em Casa, de Rômulo Portela e de Flávio Murrah, guitarrista do Hojerizah; Voz azul, Caleidoscópio, de Herbert Vianna, dos Paralamas; e Dulce Quental teria Terra de Gigantes, de Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawaii. A sugestão partira de Carmela Forsin, então empresária tanto de Dulce quanto do trio gaúcho. Mesmo ali, porém, a angústia original se transformou em algo mais pop, menos sombrio. Funcionou surpreendentemente bem.

O modo de garimpar repertório continuava sendo característico de Dulce. “Algumas coisas chegavam a mim porque as pessoas se identificavam e enviavam”, lembra. “Eu era bastante aberta. Se escutasse e gostasse, gravava.” Em Dulce Quental foi o caso, por exemplo, de Garota, composição de dois desconhecidos, Luís Dolhnikoff e João Carlos Carvalho. A letra, de fato, poderia ter sido escrita pela própria Dulce: “Você é um pronome vazio/ Você fala, eu me calo/ Você cala/ Você cola no meu colo/ Eu me encolho.” Noutros casos, os autores eram conhecidos, como Cazuza e George Israel (A inocência do prazer) e Arrigo Barnabé (Numa praia do Brasil, da qual o londrinense participou). A intérprete que ouvimos se pensa às vezes como “uma atleta da voz” porque trocou a natação – os ombros estavam ficando largos demais, segundo seus pais – pelo canto. “Tenho que respirar à força”, avalia. “E acho que esse esforço é o que me salva...” Bem, com sensibilidade, Dulce joga uma boia para náufragos emocionais.                                                   
Arthur Dapieve

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Lojas digitais - a partir de 24 de junho.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Sesc Consolação abre inscrições para processo pedagógico de criação dramatúrgica com Samir Yazbek

O dramaturgo e diretor teatral Samir Yazbek ministra Processo Pedagógico de Criação Dramatúrgica no Sesc Consolação durante os meses de junho, julho e agosto.

São 30 vagas e as inscrições devem ser feitas no período de 25 de maio a 10 de junho pelo e-mail teatro@consolacao.sescsp.org.br. Os candidatos (acima de 18 anos) devem enviar carta de interesse, breve currículo e informações pessoais (nome completo e telefone).

Segundo Samir Yazbek, “o conteúdo programático parte da análise de conceitos, com o intuito de decifrar o imaginário dramatúrgico, abarcando as mais variadas correntes estéticas e ideológicas, culminando nas possibilidades da escrita teatral contemporânea”.

O Processo Pedagógico de Criação Dramatúrgica é formado por um total de oito encontros, que serão realizados nos dias 15, 22 e 29 de junho, 6,13, 20 e 27 de julho e 3 de agosto (quartas-feiras), tendo 3 horas de duração cada um (das 19h às 22h).

Esta atividade integra o novo projeto teatral de Samir Yazbek, que será apresentado no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, de 9 de junho a 10 de julho, envolvendo duas montagens: Brasil: o Futuro que Nunca Chega – Princesa Isabel (com sessões às quintas e sábados, às 21h) e Brasil: o Futuro que Nunca Chega – Dom Pedro II (com apresentações às sextas, às 21h, e domingos, às 18h).

Samir Yazbek é autor e diretor teatral. Consolidou sua formação com o diretor Antunes Filho, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) do Sesc. Escreveu O Fingidor (Prêmio Shell 1999 de melhor autor), A Terra Prometida (entre os dez melhores espetáculos de 2002, segundo O Globo) e As Folhas do Cedro (Prêmio APCA 2010 de melhor autor), entre outras. Além de seu trabalho na Cia Teatral Arnesto nos Convidou, escreve artigos na imprensa, participa de festivais, ministra palestras, cursos e oficinas de dramaturgia em algumas cidades brasileiras. No exterior, fez conferências em Cádiz (Espanha), Londres (Inglaterra) e Minnesota (EUA). Teve alguns de seus textos publicados – e encenados – não só no Brasil, mas em Cuba, França, Inglaterra, México, Polônia e Portugal. Coordena o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Dramaturgia da Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo.

Serviço

Processo Pedagógico de Criação Dramatúrgica
Ministrante: Samir Yazbek
Inscrições: 25 de maio a 10 de junho
Forma de inscrição no processo seletivo: Enviar carta de interesse, breve currículo, nome completo e telefone para teatro@consolacao.sescsp.org.br. 30 vagas.
Público alvo: maiores de 18 anos (interessados em aprofundar o universo da escrita teatral.
Custo: R$ 40,00 (inteira) e 12,00 (credencial plena)
Realização: 15, 22 e 29/junho, 6,13, 20 e 27/julho e 3 de agosto. Quartas, das 19h às 22h.

Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque/SP
Tel: (11) 3234-3000. Site: www.sescsp.org.br

11º ABCDança acontece de 3 a 5 de junho no Centro Cultural Diadema

A Associação Projeto Brasileiro de Dança realiza, entre os dias 3 e 5 de junho (de sexta a domingo), o 11º ABCDança no Centro Cultural Diadema (Teatro Clara Nunes), com entrada franca. Esta mostra de dança contemporânea é voltada para artistas, grupos e público da região do ABCD Paulista e cidade de São Paulo. Neste ano, reúne espetáculos realizados com apoio do ProAC, além da pré-estreia do novo trabalho da Companhia de Danças de Diadema.

A companhia paulistana DUAL cena contemporânea abre a décima primeira edição do ABCDança, no dia 3/6 (sexta, às 20h), com o espetáculo Profetas da Selva. No dia 4/6 (sábado), apresentam-se o Projeto CO (de Santo André), com duas coreografias do projeto Díptico das Multidões - Cosmos e Axis; e o Gumboot Dance Brasil (de São Paulo) com o espetáculo Yebo, respectivamente às 18h e às 20h. Fechando a programação, no dia 5/6 (domingo, às 19h), a Companhia de Danças de Diadema dá uma prévia de sua nova montagem, EU por detrás de MIM, com bate-papo ao final.

Programação

3 de junho. Sexta, às 20h
Grupo: DUAL cena contemporânea (São Paulo)
Espetáculo: Profetas da Selva
Local: Teatro Clara Nunes
Duração: 50 min. Classificação etária: Livre.

Sinopse - Espetáculo inspirada na busca por ‘yvy marã ey’, a ‘terra sem mal’ da qual nos fala o mito tupi-guaran. Uma longa e contínua jornada espacial conduz os espectadores para dentro de uma atmosfera ritualística, na qual guerreiros e poderosos profetas dançam em comunhão com os deuses. (Projeto aprovado no Edital ProAC nº 04/2015 - Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Dança pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo).

Ficha técnica - Direção geral e cênica: Ivan Bernardelli. Elenco: Junior Gonçalves, Kleber Cândido ou Ivan Bernardelli, Urubatan Miranda e Wellington Campos. Coord. de pesquisa e intercâmbio nas aldeias indígenas: Roger Muniz. Iluminação: Osvaldo Gazotti. Tatuagens: Mauro Nakata (Tattoos do Mauro). Cenografia: Mauro Martorelli. Trilha sonora: Edson Tosta Matarezio. Produção: Radar Cultural Gestão e Projetos - Solange Borelli.

4 de junho. Sábado, às 18h
Grupo: Projeto CO (Santo André)
Espetáculos: Díptico das Multidões - Cosmos / Axis
Local: Praça da Moça - Rua Graciosa, s/n. Centro. Diadema.
Duração: 55 min (30 min / 25 min). Classificação etária: Livre.

Sinopse - Díptico das Multidões são duas peças criadas simultaneamente pelo Projeto Co - Cia de Dança em Espaço Urbano. Cosmos – peça para praças - e Axis – peça para esquinas - são as partes desse díptico coreográfico que olha para as paisagens da cidade e para as construções diversas dos corpos urbanos presentes nos lugares de pausa e de mudança de jornada, onde somos tantos, estamos juntos, sem que isso signifique uniformidade. Cosmos é a peça dos muitos, do corpo coletivo. Axis é a peça da esquina, do solo, é o corpo do ritual. A esquina é a grande dobra, portal para outras dimensões. O nome ‘díptico’ vem da ideia de criar dois materiais coreográficos distintos e complementares. A pesquisa surgiu de mapeamentos e observações registradas em derivas pelas ruas. Díptico das Multidões é um quadro vivo dos corpos na cidade, uma imagem panorâmica para as futuras gerações, duas peças irmãs, nascidas e criadas no fervor dos centros urbanos. (Espetáculo contemplado com o Edital N° 04/2015 - ProAC - Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Dança, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo).

Ficha técnica - Direção artística e coreográfica: Paula Petreca. Criação corporal, performance e interpretação: Juliana Adorno, Juliana Silva Gonçalves, Harrison Rodrigues, Letícia Paschoaleti, Lucas Lopes, Paula Petreca, Rodrigo Rodrigues e Stela Ramos. Direção de arte: Bruna Petreca. Figurino: Danielle Yukari e Gabriela Cherubini. Adereços: Teresa Sbardellati. Trilha sonora: Denis Duarte. Dramaturgia: Rodrigo Monteiro. Provocação na pesquisa corporal: Alexandre Magno, Marcio Greyk e Sofia Neuparth. Assistência de produção: Dafne Nascimento e Rafaela Sousa. Direção de Produção: Kelson Barros (Cazumba Produções).

4 de junho. Sábado, às 20h
Grupo: Gumboot Dance Brasil (São Paulo)
Espetáculo: Yebo
Local: Teatro Clara Nunes
Duração: 50 min. Classificação etária: Livre

Sinopse - Gumboot dance (dança com botas de borracha) é uma forma de dança popular criada pelos trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Contratados em regime praticamente de escravidão, os nativos sul-africanos trabalhavam nas minas em péssimas condições, impossibilitados sequer de falarem entre si. Yebo - segundo espetáculo do grupo Gumboot Dance Brasil - aborda a exploração (tanto das minas como dos povos sul-africanos levados para extração do minério), a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha e a espera das mulheres por seus maridos durante a temporada de exploração das minas.

Ficha técnica - Direção Geral: Rubens Oliveira. Direção musical: Lenna Bahule. Pesquisa e argumento: Rubens Oliveira. Elenco: Danilo Nonato, Diego Henrique, Fernando Ramos, Lenna Bahule, Munique Mendes, Naruna Costa, Pamela Amy, Rafael Oliveira, Samira Marana, Silvana de Jesus e Washington Gabriel. Músicos: Pedro Lobo, Mauricio Oliveira. Produtor: Kelson Barros.

5 de junho. Domingo, às 19h
Grupo: Companhia de Danças de Diadema
Espetáculo: EU por detrás de MIM (pré-estreia)
Local: Teatro Clara Nunes
Duração: 40 min + bate-papo. Classificação etária: Livre. Bate-papo

Sinopse - Desde o primeiro contato com as obras do dinamarquês Olafur Eliasson, em ocasião da exposição Seu Corpo da Obra, na Pinacoteca de São Paulo, em 2012, Ana Bottosso se sentiu motivada a criar algo que tratasse dos espelhos e seus reflexos. A exposição trazia espelhos em locais inusitados que se revelavam de forma inesperada, aguçando a sensibilidade da coreógrafa, levando-a iniciar algumas pesquisas sobre o tema. A ambiguidade do “dentro” e “fora”, provocada pela exposição, foi transportada para o corpo pela coreógrafa que, posteriormente, foi somada à influência de uma obra literária - o conto O Espelho, de Guimarães Rosa. EU por detrás de MIM transita pelo mundo dos reflexos e das reflexões, supondo a possibilidade de existir um universo por detrás dos espelhos, um mundo à parte deste que conhecemos.  A pesquisa cênica e o processo de criação da companhia foram norteados, entre outras, pela indagação “seria este mundo mais real ou menos real?”. A coreógrafa explica que “encontrar ou ao menos ter a ciência da existência de outro(s) eu(s) que possa(m) existir ou coexistir com o ‘eu’ comum é o desafio desta obra e também à descoberta pelo espectador”. Haverá bate-papo com a plateia após a apresentação.

Ficha técnica: Direção geral e concepção coreográfica: Ana Bottosso. Assistente de direção e produção administrativa: Ton Carbones. Assistente de coreografia: Carolini Piovani. Elenco: Carolini Piovani, Danielle Rodrigues, Daniele Santos, Dayana Brito, Elton de Souza, Fernando Gomes, Jean Valber, Rafael Abreu, Thaís Lima, Ton Carbones e Zezinho Alves. Trilha sonora: Fábio Cárdia. Concepção figurino: Ana Bottosso. Confecção de figurino: Cleide Aniwa. Professor de dança clássica: Eduardo Bonnis. Condicionamento físico: Carolini Piovani. Assistente de produção e assessoria de comunicação: Renato Alves.

Serviço

11º ABCDança
Local: Centro Cultural Diadema - Teatro Clara Nunes
Rua Graciosa, 300 - Centro, Diadema/SP. Tel: (11) 4056-3366
Grátis (ingressos 1h antes na bilheteria)
Informações: (11) 94024-0497 / 4024-0496 / 94024-0497 - abcdanca@apbd.org.br

Kleber Albuquerque & Carlos Careqa juntos em show no Auditório Ibirapuera no dia 12 de junho

Os cantores e compositores Kleber Albuquerque e Carlos Careqa sobem ao palco do Auditório Ibirapuera no dia 12 de junho (domingo, às 19 horas) para um espetáculo musical que mistura poesia, (anti)romantismo e humor.

No show, que tem participação especial de Daniel Groove e Vania Abreu, os artistas apresentam-se individualmente e também dividem alguns números musicais.

Acompanhados pelos multiinstrumentistas Mário Manga (guitarra e violoncelo) e Rovilson Pascoal (violão, guitarra e ukulele), Kleber e Careqa apresentam canções autorais como “Sou Um Moinho” (Carlos Careqa) e “Permitido” (Kleber Albuquerque), além de uma interpretação bastante peculiar de “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil. E para o clima especial de Dia dos Namorados, músicas especialmente escolhidas: “Ser Solteiro” (Carlos Careqa) e “Os Presentes” (Kleber Albuquerque).

Completa o roteiro de Carlos Careqa as composições “Calma Alma”, “Meu Querido Santo Antonio”, “Lingua de Babel” (parceria com Thadeu W. e Edson de Vulcanis), “Seio da Bahia”, “Time” (Tom Waits, versão C. Careqa), “Ser Igual é Legal” (com Adriano Sátiro) e “O Que é Que Cê Tem na Cabeça” (parceria com Marcelo Quintanilha). 

No set list de Kléber Albuquerque tem ainda “Logradouro” (parceria com Rafael Altério), “A Banca”, “Canto do Povo do Mar de Minas”, “Isopor” (parceria com Élio Camalle), “Barriga de Fora” e “Parede Meia”.

Ficha técnica - Músicos: Kleber Albuquerque (violão e voz), Carlos Careqa (violão e voz), Mário Manga (guitarra, violão e violoncelo) e Rovilson Pascoal (guitarra, violão e ukulele). Direção de produção: Flávio Alves Costa. Produção Executiva: Rogério Cavalcante. Produtora: Sete Sóis.

Músicas / Calos Careqa: http://opcoa.st/0xSXW
Músicas / Kleber Albuquerque: “Besouro” https://goo.gl/YOzSDn / “Permitido” https://goo.gl/NadEIw

Serviço

Show: Kleber Albuquerque e Carlos Careqa
Dia 12 de junho. Domingo, às 19 horas
Local: Auditório do Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Portão 2 - Parque Ibirapuera/SP
Tel: (11) 3629-1075. Site: www.auditorioibirapuera.com.br.
Ingressos: R$ 20,00 (meia: R$ 10,00). Ingressos: www.ingressorapido.com.br (4003-1212) ou na bilheteria sexta e sábado (13h às 22h) e domingo (13h às 20h).
Duração: 75 min. Classificação: Livre. Capacidade: 806 lugares.
Ar condicionado. Acesso universal.
Não possui estacionamento. Entrada de carros: Portão 3

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Cinema chinês e filmes de bang bang são atrações no Cineclube Araucária em junho

Em junho, o projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão reverencia a estética do cinema asiático e também um dos estilos mais apreciados no século XX, o western, com duas mostras que têm ingressos grátis em todas as sessões.

O Panorama do Cinema Chinês, que acontece entre os dias 2 e 5 de junho, busca evidenciar a qualidade e a diversidade de temas tratados por esse cinema recém-descoberto mundialmente. As obras selecionadas são Em Busca da Vida (de Jia Zhang-Ke), Flores do Amanhã (de Yang Zhang), Separados pelo Destino (de Xiaogang Feng) e O Sacrifício (de Kaige Chen).

E os adoráveis filmes de cowboys serão exibidos entre os dias 16 e 19 de junho. A mostra No Mundo do Bang Bang é formada pelos clássicos Butch Cassidy (de George Roy Hill), El Topo (de Alejandro Judorowsky), Por Um Punhado de Dólares (de Sergio Leone) e A Proposta (de John Hillcoat).

O Cineclube Araucária também promove matinês, aos domingos, com lindas obras para a garotada. Em junho, a programação segue as temáticas das mostras acima. No dia 5/6, excepcionalmente às 10 horas da manhã, será exibida a animação americana Mulan, de Barry Cook e Tony Bancroft, baseada em uma emocionante lenda chinesa, e no dia 19/6, no horário normal das 15 horas, é a vez de Nem que a Vaca Tussa, de Will Finn e John Sanford. Outro destaque são as sessões especiais para escolas municipais, neste mês com o tema “Meio Ambiente”: Os Sem-Floresta, de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick, e Procurando Nemo, de Andrew Stanton, respectivamente, nos dias 1 e 2/6, às 09h e às 14h.

O projeto Cineclube Araucária - O Cinema de Volta a Campos do Jordão acontece com o apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e parcerias com a Secretaria Municipal de Cultura e AMECampos (Associação dos Amigos de Campos do Jordão). Iniciado em fevereiro, prevê, até novembro, a realização de 20 mostras de cinema. A cada mês, até novembro, além das tradicionais mostras temáticas, um país terá a sua filmografia exibida para o público jordanense, entre eles: Turquia, Brasil, França, Canadá, China, continente africano e, os já contemplados, Polônia, Irã, Índia e Argentina.

A programação de 2016 inclui também uma série de Palestras e Seminários, visando à formação profissional de novos cineastas, com produção de curtas-metragens que serão o foco da segunda edição do Festival Curta Campos do Jordão, previsto para ocorrer em dezembro no antigo Cine Glória (atual Espaço Cultural Dr. Além). Outros destaques são a realização do 6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão e da exposição Cinema Ilustrado: A Oitava Arte, ambos em julho, na sede da AMECampos.

Formação Profissional

O Programa de Formação Profissional 2016 do Cineclube Araucária começa com a primeira etapa da Oficina de Cinema, sob a coordenação do cineasta Jeferson De, da roteirista e produtora Cristiane Arenas e do animador e designer gráfico Rafael Ervolino, no período de 6 a 10 de junho, das 19h às 22h, no Complexo Cultural Edmundo Ferreira da Rocha, localizado no piso superior do Espaço Cultural Dr. Além.

Panorama Contemporâneo do Cinema Chinês

Os filmes dos irmãos Lumière chegaram à China em 1896, mas só em 1913 foi produzido o primeiro longa-metragem no país: O Romance de um Vendedor de Frutas, de Sichuan Zhang. Os dramas realistas são os temas preferidos nos filmes dessa época. A partir de 1946, após a ocupação dos japoneses na II guerra Mundial, surgiram os grandes filmes clássicos chineses: Primavera Numa Pequena Cidade, de Mu Fei (1948), classificado, recentemente, como o melhor filme chinês de todos os tempos, e Corvos e Pardais, de Junli Zheng (1949). A partir de 1949, após a subida de Mao-Tsé-Tung ao poder, o cinema passou a ser visto apenas como um veículo de propaganda política. Com a revolução cultural nos anos 60 e o crescimento do cinema no Japão e na Índia, o cinema chinês se tornou cada vez mais inexpressivo, até que a Academia de Cinema de Pequim foi reaberta nos anos 80, criando espaço para o surgimento de realizadores que promoveram o seu renascimento para o mundo, com filmes de grande impacto como: Terra Amarela, de Chen Kaige (1984), O Sorgo Vermelho, de Yimou Zhang (Urso de Ouro em Berlim, 1987), e Adeus Minha Concubina, de Chen Kaige (Palma de Ouro em Cannes, 1993). Hoje, no entanto, apesar do cinema chinês concorrer em pé de igualdade no mercado interno, com os grandes da indústria cinematográfica mundial, só se consegue realizar filmes no país mediante aprovação do roteiro, e posterior verificação de fidelidade ao projeto aprovado, pelo Escritório do Cinema, órgão governamental de controle da produção nacional. Assim, os cineastas “chapa branca” têm total respaldo técnico, financeiro e material para a realização de grandes produções, enquanto os que não se submetem à censura oficial são obrigados a usar material contrabandeado, com o risco de não poderem exibir o resultado do seu trabalho em território nacional. “A nossa escolha buscou bons filmes nas duas vertentes”, comenta o curador Cervantes Souto Sobrinho.

No Mundo do Bang Bang

Com seus primeiros filmes lançados na virada do século XIX para o século XX, o western, rebatizado no Brasil como bang-bang, tem vital importância na evolução do cinema como arte. Além de ser um dos primeiros gêneros narrativos da história, os índios, bandidos e mocinhos do oeste americano deram uma imensa contribuição para a popularização do cinema entre o público mundial. Quem, com mais de 30 anos, no Brasil, por exemplo, nas tardes de domingo, não vibrou com as investidas de John Wayne, John Ford, Randolph Scott, Glenn Ford, William Holden, Ben Johnson, e mais recentemente, Paul Newman, Robert Redford, Clint Eastwood e Javier Bardem fazendo justiça com o rifle em punho, ou com as próprias mãos, contra todo tipo de bandidagem no velho e no novo oeste? Mas, a escola criada pelos americanos especializados no gênero, foi muito além das fronteiras. Tamanho sucesso não se limitou apenas ao público: sua influência sobre a cinematografia de outros países pode ser observada em filmes de samurais japoneses, cangaceiros brasileiros, produções indianas, russas, mexicanas e australianas, além das imitações em países como a Alemanha e a Itália, que desenvolveu a mais popular e bem sucedida de todas as versões, o western spaghetti. “A nossa homenagem ao mais puro estilo faroeste de cinema procurou contemplar justamente essa diversidade de linguagem, indo buscar o melhor da produção bang-bang no México, na Itália, na Austrália e, evidentemente, na sua terra de origem”, finaliza o curador.

PROGRAMAÇÃO – JUNHO/2016

Infantil para Escolas Municipais (mês do Meio Ambiente)

01/06 (quarta, às 9h e às 14h) - Os Sem-Floresta (Over the Hedge). De Tim Johnson e Karey Kirkpatrick. EUA. 2006. 83’. Livre.
Sinopse – Um dia os habitantes de uma floresta descobrem que estão cercados por uma cidade que se formou ao redor. Alguns deles percebem que na cidade dos humanos existem muitas guloseimas que eles não conheciam. Mas, outros não concordam em mudar os seus hábitos alimentares e uma grande confusão se forma.

02/06 (quinta, às 9h e às 14h) - Procurando Nemo (Finding Nemo). De Andrew Stanton. EUA. 2003. 96’. Livre.
Sinopse – Nas profundezas de um recife, Marlin embarca em uma ousada missão, quando descobre que seu filho Nemo foi capturado por um mergulhador. Com a ajuda de Dori, Marlin enfrenta um oceano cheio de personagens engraçados na tentativa de reencontrar Nemo.

Panorama do Cinema Chinês

02/06 (quinta, às 19h30) - Em Busca da Vida (Sanxia Haoren). De Jia Zhang-Ke. China. 2006. 100’. 12 anos.
Sinopse – A antiga cidade de Fengjie ficou submersa para a construção de uma represa no rio Yangtze. Han Sanming é um trabalhador de minas de carvão que viaja até o local para reencontrar sua ex-mulher, a qual não vê há 16 anos. Simultaneamente Shen Hong, uma enfermeira, também retorna ao local, na intenção de procurar seu marido. Os reencontros terão consequências diferentes para os dois personagens.
           
03/06 (sexta, às 19h30) - Flores do Amanhã (Xiang ri kui). De Yang Zhang. China / Holanda. 2005. 123’. 14 anos.
Sinopse – Em 1976, a morte de Mao Tsé-Tung põe fim à tirania na China. Após ser libertado de um campo de trabalho, o pintor Gengnian retorna para sua esposa e o filho de 9 anos. Porém o filho não aceita a presença do pai, se recusando a reconhecê-lo, e até mesmo rejeitando o próprio talento para a pintura. A situação familiar só se agrava até que o garoto se torne adulto.
           
04/06 (sábado, às 19h30) - Separados pelo Destino (Tang shan da di zhen). De Xiaogang Feng. China. 2010. 129’. 12 anos.
Sinopse – Em 1976, a cidade de Tangshan sofreu um terremoto que durou apenas 23 segundos, mas sua violência devastadora resultou na morte de centenas de milhares de pessoas. Neste cenário de horror, uma mulher precisará escolher, no meio dos escombros, qual dos dois filhos deve salvar.

MATINÊ - 05/06 (domingo, às 10h) - Mulan (Mulan). De Barry Cook e Tony Bancroft. EUA. 1998. 88’. Livre.
Sinopse – Quando os mongóis invadem a China, o imperador decreta que cada família ceda um homem para o exército imperial. Mulan rouba a armadura e a espada de seu pai velho e doente e, disfarçada de homem, se apresenta em seu lugar. Os espíritos dos ancestrais decidem protegê-la e ordenam a um dragão que a convença a abandonar seu plano. Quando ele a conhece descobre que não pode dissuadi-la e decide ajudá-la na missão de ir para a guerra e voltar viva.
           
05/06 (domingo, às 18h) - O Sacrifício (Zhao shi gu er). De Kaige Chen. China. 2010. 116’. 14 anos.
Sinopse – A família Zhao domina a China há muitas gerações. Por cobiça, Tu’an Gu lidera o massacre de todo o clã. No entanto, pouco antes de morrer, a filha do imperador dá à luz um menino que é salvo pelo médico da família e adotado pelo próprio Tu’an Go, que nem desconfia se tratar do herdeiro de seu inimigo. Ao crescer, o órfão planeja uma terrível vingança

No Mundo do Bang Bang

16/06 (quinta, às 19h30) - Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid). De George Roy Hill. EUA. 1969. 106’. 12 anos.
Sinopse – Dois amigos inseparáveis: Butch Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todos os lados, resolvem sair do país e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranquila.

17/06 (sexta, às 19h30) - El Topo (El Topo). De Alejandro Judorowsky. México. 1970. 120’. 14 anos.
Sinopse – El Topo, um pistoleiro que veste negro, inicia uma transformadora jornada pelo deserto. Lá ele desafia quatro mestres guerreiros, testemunha a violência brutal de um mundo sádico e cruel e se declara Deus. Topo é acompanhado pelo filho, que deve enterrar sua infância para tornar-se um homem.

18/06 (sábado, às 19h30) - Por Um Punhado de Dólares (Per Un Pugno di Dollari). De Sergio Leone. Itália / Espanha / Alemanha. 1964. 99’. 14 anos.
Sinopse – Um pistoleiro sem nome chega à San Miguel, uma cidade no México que faz fronteira com os Estados Unidos. O lugar está em guerra, dividido entre duas facções poderosas, os Baxters e os Rojos, e ambas querem o apoio do pistoleiro. Para ganhar dinheiro, ele aceita as duas propostas e passa a trabalhar para as gangues rivais.

MATINÊ - 19/06 (domingo, às 15h) - Nem que a Vaca Tussa (Home on the Range). De Will Finn e John Sanford. EUA . 2004. 76’. Livre.
Sinopse – Uma ação de despejo ameaça acabar com a fazenda Caminho do Paraíso. Temendo ir para o matadouro, os animais decidem ajudar a dona da fazenda a pagar a hipoteca. O alvo escolhido é o perigoso bandido Alameda Slim, que tem uma grande recompensa reservada para quem capturá-lo.

19/06 (domingo, às 18h) - A Proposta (The Proposition). De John Hillcoat. Austrália / UK. 2005. 102’. 18 anos.
Sinopse – Século XIX. Austrália rural. Uma quadrilha ataca uma fazenda e mata toda a família que mora ali. Após um intenso tiroteio, Charlie Burns e seu irmão mais novo Mike acabam presos pelo Capitão Stanley. Porém, o mentor do crime escapa em direção às montanhas. Então, o capitão faz uma proposta para Charlie: se ele capturar o mandante em nove dias, o preso ganha o perdão. Se ele não conseguir, seu irmão mais novo será morto.

Serviço

Projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão
2 a 5 de junho: Panorama do Cinema Chinês
16 a 19 de junho: No Mundo do Bang Bang
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Dr. Januário Miráglia, 1582, na Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Horários: quinta a sábado (às 19h30) e domingo (às 18h)
Matinê: domingo, às 15h
Grátis. Informações: (12) 3664-2300
Infantil para Escolas Municipais - 1º e 2 de junho (9h e 14h)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

10ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS – CIRCUITO DIFUSÃO em CAMPOS DO JORDÃO


A Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo é uma iniciativa de promoção da cultura e da educação em direitos humanos que, há exatamente uma década, celebra o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948. O Circuito Difusão em Campos do Jordão (SP) acontece entre os dias 30 de maio a 1º de junho, de segunda a quarta, no Espaço Cultural Dr. Além, com entrada franca.

A Mostra apresenta obras audiovisuais que discutem temas atuais de Direitos Humanos. Realizada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, com produção do Instituto Cultura em Movimento, em parceria com o Ministério da Cultura e Empresa Brasil de Comunicação, e patrocínio da Petrobras, do BNDES e da Caixa Econômica Federal, o circuito principal da 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo aconteceu entre os meses de novembro e dezembro de 2015 em todas as capitais do país.

No entanto, para ampliar o alcance da Mostra e levar cultura e debate sobre Direitos Humanos para locais em que a oferta de bens culturais é escassa, a Mostra também se produz em até 1.000 (mil) espaços culturais pelo Brasil e exterior, assumindo um caráter descentralizador e democrático por meio do Circuito Difusão. A programação do Circuito Difusão é montada com os filmes premiados que tiveram destaque na imprensa brasileira durante a realização da Mostra.

Desde o ano passado, o Cineclube Araucária de Campos do Jordão faz parte do Circuito, colocando o tema dos Direitos Humanos em discussão na Cidade. Para essa sequência de exibições que reúne seis filmes, entre curtas e longas metragens, todos da mais alta importância para a nossa formação como cidadãos, e que acontecerá no período de 30 de maio a 01 de junho, sempre com entrada franca, todos estão convidados, com ênfase para os estudantes das nossas escolas de ensino médio, pela contribuição que certamente trarão para o desempenho das suas funções acadêmicas a curtíssimo prazo.

Programação

30 de maio. Segunda, às 19h30

Abraço de Maré, de Victor Ciriaco | Brasil | 2013 | 16min | Documentário – Livre

O dia a dia de quem mora em um centro urbano é sempre atribulado. Porém, bem no meio disso tudo, cinco pessoas vivem na mais pura sintonia entre a natureza e a cidade. Do asfalto ao mangue, o curta-metragem traz para a tela a história de vida de uma família ribeirinha, que mora em uma casa de taipa às margens do rio Potengi. Esse filme nos leva a refletir sobre essa dualidade e sobre o quanto a realidade que nos parece tão distinta nos é, na verdade, tão próxima.

Félix, o Herói da Barra, de Edson Fogaça | Brasil | 2015 | 72min | Documentário – Livre

Félix, herói fundador da comunidade de Barra de Aroeira, Santa Tereza (TO), foi um escravo que lutou na Guerra do Paraguai e teria recebido de D. Pedro II uma grande extensão de terras, no norte de Goiás, por sua atuação no conflito. A perda do documento real, após sua morte, gerou um conflito entre seus descendentes e fazendeiros, que já dura mais de 50 anos. A comunidade atual então se auto reconheceu como quilombola para, em uma derradeira ação, garantir o direito à terra onde vivem.

31 de maio. Terça, às 19h30

O Muro é o Meio, de Eudaldo Monção Jr. | Brasil | 2014 | 15min | Documentário – 10 anos

O documentário aborda pichações de protesto gravadas nos muros da Universidade Federal de Sergipe. São gritos de revolta pela falta de segurança no campus, estrutura e qualidade de ensino. As pichações são mostradas como formas de indignação, reivindicação e também de comunicação contra a apatia das paredes brancas que abafam os conflitos socioculturais.

Porque Temos Esperança, de Susanna Lira | Brasil | 2014 | 71min | Documentário – 10 anos

A jornada de uma mulher pernambucana e sua rejeição a tudo aquilo que parece não ter jeito. Vivendo profundos dilemas na vida pessoal e na tentativa de reconstruir outras vidas, ela inicia uma trajetória pelos presídios de Recife, na intenção de que pais reconheçam seus filhos. Experimentando na própria pele a solidão, ela nos mostra que o afeto pode ser redentor e que a falta de esperança é o mal mais intolerável para o ser humano.

1º de junho. Quarta, às 19h30

Do Meu Lado, de Tarcísio Lara Puiati | Brasil | 2014 | 14min | Ficção - Livre

As vidas de duas vizinhas, uma umbandista e a outra protestante, começam a se cruzar quando uma infiltração abre um buraco na parede que divide suas casas.

500 – Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina, de Alexandre Valenti | Argentina / Brasil | 2013 | 100min | Documentário – 12 anos

Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de ditadura militar. Neste período, famílias inteiras foram destruídas por um estado terrorista que ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Dentre as práticas mais aterradoras desse regime estava o sequestro sistemático de bebês e crianças, filhos de desaparecidos, que eram apropriados por seus algozes como espólio de guerra. A partir da iniciativa das Avós da Praça de Maio criou-se o Banco dos 500, com amostras de seu próprio sangue, o que possibilitou, até agora, a descoberta de 114 das 500 crianças sequestradas. O filme narra a luta das Avós da Praça de Maio, que teve início na Argentina em 1976 e está relacionada à história do Grupo Clamor sediado no Brasil.

Serviço

10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos – Circuito Difusão
De 30 de maio a 1º de junho
Segunda a quarta, às 19h30
Espaço Cultural Dr. Além
Av. Dr. Januário Miráglia, 1582, na Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Grátis. Informações: (12) 3664-2300