sábado, 31 de outubro de 2015

Grupos de teatro e circo realizam ocupação artística em Cidade Tiradentes.

         Trupe Palombar (divulgação)                                              Filhos da Dita (por Tarcio Gama)


Em novembro, o Núcleo Teatral Filhos da Dita e o Circo Teatro Palombar, grupos teatrais fundados na Zona Leste de São Paulo, em Cidade Tiradentes, pelo Instituto Pombas Urbanas, participam do projeto Território Maravilha!, que tem apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, da Coordenação da Juventude e  do Plano Juventude Viva. As apresentações são grátis e acontecem no Jardim Maravilha, em Cidade Tiradentes.

No dia 1º de novembro, domingo, às 15h, o Núcleo Teatral Filhos da Dita apresenta a peça A Guerra na Rua Naylon de Oliveira, nº 168. E no dia 15 de novembro, domingo, às 15h, o Circo Teatro Palombar leva o espetáculo Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto à Rua Apostolo Simão Pedro, nº 236.

Em dezembro a programação continua com a Cia Teatral Aos Quatro Ventos (A Gata Ingênua) e Filhos da Dita (A Guerra), respectivamente nos dias 12 e 13, sábado e domingo, às 15h. Os grupos também ministram Oficinas de Multilinguagem para as crianças e jovens da comunidade, no Salão da Comunidade São Francisco Xavier (Rua Naylon de Oliveira, nº 168), aos sábados, das 15h às 17h, até o dia 12 de dezembro. Inscrições grátis no local.  

O projeto tem como lema a “cultura como direito” e busca, por meio da arte, dizer ‘não’ à violência contra a juventude. Esta é mais uma iniciativa do Instituto Pombas Urbanas que faz de Cidade Tiradentes o bairro protagonista do desenvolvimento humano, através do afeto, do diálogo e da solidariedade. O Território Maravilha! contribui para a prevenção e o combate à violência num dos locais mais vulneráveis da cidade de São Paulo, criando espaços de  acesso às artes, tendo jovens e crianças do bairro como público alvo. Para tanto, vem promovendo a autonomia do Núcleo Teatral Filhos da Dita, da Cia Teatral Aos Quatro Ventos e do Circo Teatro Palombar, grupos compostos por jovens moradores do bairro, além da realização de uma oficina multilinguagem para crianças e de programação cultural, ambas promovidas e executadas por esses coletivos em favela da região.

O projeto tem como respaldo a experiência Instituto Pombas Urbanas no desenvolvimento social por meio da arte, em 10 anos de atuação, sempre valorizando a produção cultural local e periférica, contribuindo para a diminuição de um quadro perverso de exclusão social. Um dos resultados de seu trabalho é a fundação do Centro Cultural Arte em Construção, espaço cultural comunitário que se tornou referência para a cidade na formação de jovens artistas e no acesso a bens culturais para a comunidade. O projeto Território Maravilha! vem de encontro à sua missão de promover o desenvolvimento do bairro Cidade Tiradentes usando a capacidade transformadora do jovem com suas raízes culturais.

Os grupos
 
Cia Teatral Aos Quatro ventos
Ao lado da Cia Teatral Aos Quatro Ventos, o grupo Filhos da Dita e a trupe Palombar, fundaram, no início de 2015, a Cooperativa de Artistas, que efetivou a profissionalização de seus integrantes, que também atuam como arte-educadores em atividades com crianças, jovens e adolescentes de Cidade Tiradentes. Os três coletivos são formados por moradores locais com idade entre 15 aos 29 anos, que se aprimoraram nas linguagens de circo e teatro no Centro Cultural Arte em Construção. A cooperativa faz parte das ações do projeto Cooperativa de Artistas - Produzindo Caminhos Sustentáveis para a Vida, realizado pelo Instituto Pombas Urbanas, desde 2014, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Programação

Espetáculo: A Guerra
Com Núcleo Teatral Filhos da Dita
Dia 1º de novembro. Domingo, às 15h
Rua Naylon de Oliveira, nº 168. Jardim Maravilha, Cidade Tiradentes/SP.
Grátis. Informações: (11) 2285-5962.

O texto A Guerra, do dramaturgo chileno Oscar Castro Ramirez, ganhou montagem do Núcleo Teatral Filhos da Dita, em outubro de 2013. A peça – com direção conjunta de Paulo Carvalho e Marcelo Palmares, atores do grupo Pombas Urbanas - conta a história de três soldados que partem para a guerra e esquecem, durante o caminho, quem é o inimigo. A partir dessa constatação, são apresentadas cenas que revelam os absurdos das guerras invisíveis, vividas cotidianamente. Num campo de batalha que constantemente se transforma, o elenco de A Guerra encarna personagens que vivem diversas situações inter-relacionadas, trazendo à tona um mundo onde a espetacularização da violência - impulsionada pelo desejo de poder, ganância e interesses privados – pode alienar e desumanizar as pessoas, separando-as dos reais valores da vida.

Ficha técnica - Espetáculo: A Guerra. Autor: Oscar Castro Ramirez. Direção: Paulo Carvalho e Marcelo Palmares. Co-direção de sonoplastia: Giovanni Di Ganzá e Toni. Trilha sonora: Filhos da Dita. Concepção de luz: Núcleo Teatral Filhos da Dita e Aurea Karpor. Cenário, figurino e produção: Núcleo Teatral Filhos da Dita. Realização: Instituto Pombas Urbanas. Elenco - Claudio Pavão, Ellen Rio Branco, Guilherme Sousa, Luara Sanches, Rafael Pantoja e Thábata Leticia. Duração: 60 min. Classificação: 13 anos. Gênero: drama.

Espetáculo: Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto
Com Circo Teatro Palombar
Dia 15 de novembro. Domingo, às 15h
Rua Apostolo Simão Pedro, nº 236. Jardim Maravilha, Cidade Tiradentes/SP
Grátis. Informações: (11) 2285-7758

O enredo de Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto narra a saga de Dimbo, um vendedor de pipocas que tinha o sonho de ser artista de circo. Um belo dia ele se depara com uma trupe circense que o convida para acompanhá-los. A partir daí, Dimbo mergulha no universo da lona e do picadeiro e, por meio de uma narrativa divertida e envolvente, conta um pouco da história desta fantástica arte milenar. A encenação permeia várias fases do circo, desde seus primórdios, passando pelo circo moderno, pela chegada dele ao Brasil até o circo contemporâneo. As cenas de mesclam técnicas de teatro, acrobacias, pirofagia, malabarismo e números aéreos, entre outras, para contar as aventuras dessa trupe.

Ficha técnica - Espetáculo: Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto. Direção: Adriano Mauriz. Assistente de direção: Ricardo Big. Cenário e figurino: Circo Teatro Palombar. Trilha sonora: Circo Teatro Palombar, Adriano Mauriz, Juliana Flory e Cinthia Arruda. Produção geral: Circo Teatro Palombar. Realização: Instituto Pombas Urbanas. Elenco - Eder Farina, Esmael Ferreira, Guilherme Torres, Henrique Nobre. Jaqueline Lobato, Larissa Evelyn, Leonardo Galdino, Marcelo Nobre, Paulo Wesley e Rafael Garcia. Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Gênero: circense.

Espetáculo: A Gata Ingênua
Com Cia Teatral Aos Quatro ventos
Dia 12 de dezembro. Sábado, às 15h
Rua (a ser definida). Jardim Maravilha, Cidade Tiradentes/SP.
Grátis. Informações: (11) 2285-7758

Sinopse: Em uma fazenda do interior, vive um casal de velhinhos que tem como animal de estimação uma gata pra lá de preguiçosa. Mas um casal de ratos surge na casa e passa a devorar os alimentos da dispensa. Diante do terrível problema, os velhinhos ordenam que a gata capture os invasores; caso contrário, ela irá morar na rua. A gata, assustada com a situação, vê-se obrigada e caçar os roedores, mas como sempre foi preguiçosa e ingênua, nunca aprendeu a ler e escrever, portanto nem sabe o que é um rato. A partir daí, a gata ingênua se mete em grandes confusões tentando caçar os “astutos” roedores.

Ficha técnica - Texto e concepção: Cia. Teatral Aos Quatro Ventos. Direção: Marcos Kaju. Cenografia: Alexandre Souza. Cenário: Anderson Hope. Figurino: Ariana Viana. Direção musical: Juca Grajaú. Compositor: Samuka. Técnico de som:  Iris Guimarães. Produção e realização: Cia. Teatral Aos Quatro Ventos. Elenco: Emily Meirelles (Avó, Galinha e Rã), Luana Gonçalves (Gata Ingênua), Mattheus Adepoju (Cachorro e Avô) e Daniel Oliveira (Rato) e Taina Lua (Rata). Classificação: livre. Gênero: infantil. Duração: 50 minutos.

Espetáculo: A Guerra
Com Núcleo Teatral Filhos da Dita
Dia 13 de dezembro. Domingo, às 15h
Rua Naylon de Oliveira, nº 168. Jardim Maravilha, Cidade Tiradentes/SP.
Grátis. Informações: (11) 2285-7758


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Cia. Teatro do Incêndio mergulha no mito para ritualizar a dor em nova encenação

Foto de Don Salvador
Encenação inspirada no livro De Dionísio para Koré, de Marcelo Marcus Fonseca, é um ritual poético sobre o corpo.

No dia 14 de novembro, sábado, a Cia. Teatro do Incêndio estreia o espetáculo De Dionísio para Koré, às 21 horas. Com direção de Marcelo Marcus Fonseca e Gabriela Morato, a montagem é baseada no livro homônimo de autoria de Fonseca.

Do encontro com a obra Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão, de Hilda Hilst, o diretor Marcelo Marcus Fonseca criou 42 poemas sintéticos que contam a trajetória de Koré (Perséfone jovem), seduzida por Dionísio e transformada nele próprio para devolver-lhe a dor. Escrito em três dias, o livro busca o ponto de vista do Deus grego despedaçado e renascido, em diálogo constante com a obra de Hilst.

O espetáculo é uma aventura pela dança e pelo ritual, estabelecendo uma relação mística com a plateia em busca da celebração dos mistérios de Elêusis e Delfos.  Fruto de encontros de núcleos de pesquisa de performance, teatro multimídia e cenografia, promovidos pelo grupo, a peça estabelece uma relação entre público e espaço cênico, levando o espectador a um mergulho sensitivo.

“Não se trata exatamente de teatro, ou só de teatro. É um encontro-ritual, onde o tempo é dilatado em busca do divino no presente”, diz Gabriela Morato, diretora do espetáculo ao lado do autor.

O espetáculo foi confeccionado por muitas visões do elenco, não exatamente uma criação coletiva, mas de colaboração total entre todos os envolvidos na empreitada. “Deixei o ambiente totalmente livre para ideias, evitando uma visão definitiva de autor que poderia empobrecer leituras diversas saídas do livro”, comenta Fonseca, diretor artístico do grupo.

Segundo o poeta, tradutor e ensaísta Claudio Willer, que assina o prefácio do livro em questão, o autor “é atemporal, ao expressar-se através de imagens que tanto poderiam estar em clássicos quanto em inovadores contemporâneos”. Outro expoente da geração Beat brasileira, Roberto Bicelli, escreve ainda sobre o livro: “Marcelo nos conduz pela senda nada fácil da poesia: leva-nos com ele por Eros e Thanatos, aproximando-nos da beleza convulsiva, a única em que Breton acreditava.”.

O ritual poético De Dionísio para Koré faz uma curta temporada de cinco semanas, até dia 13 de dezembro, dando, então, lugar aos ensaios de O Santo Dialético, espetáculo inédito que estreia em 2016, integrando o projeto A Teoria do Brasil, contemplado pela 26° edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Sinopse

De Dionísio Para Koré fala do amor descontrolado de um deus por uma mortal, gerando a morte e o renascimento por meio da constante troca de papéis entre os dois amantes.

Ficha técnica

Espetáculo: De Dionísio para koré
Com: Cia. Teatro do Incêndio
Autor: Marcelo Marcus Fonseca
Direção: Marcelo Marcus Fonseca e Gabriela Morato
Direção musical e música ao vivo: Bisdré Santos
Preparação corporal: Rebeca Ristoff
Adereços: confecção do grupo
Iluminação: Rodrigo Alves
Figurinos: Gabriela Morato
Confecção de figurino: Cia Teatro do Incêndio
Assistente de iluminação e operação de luz: Victor Dallmann
Colaborador e debatedor de ensaios: Helder Parra
Fotografia: Don Fernando
Núcleo de pesquisa cenográfica: Helder Parra, Matheus Campos, Bruna Marconato, Silvia Maciel e Felipe Samorano.
Orientação - pesquisa cenográfica: Ana Beatriz Pereira e Victor Dallmann
Núcleo de pesquisa coro e performance: Matheus Campos, Guilherme Ciccotelli, Anna Alvez, Victoria Cavalcante, Thais Telles, Mateus Bruza, João Costal, Silvia Maciel e Felipe Samorano.
Orientação - pesquisa coro e performance: Rebeca Ristoff e Francisco Silva
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação

Elenco: Francisco Silva, Elena Vago, Vinicius Árabe, Gabriela Morato, Marcelo Marcus Fonseca, Luciana Fernandes, Matheus Campos, Guilherme Ciccotelli,Valcrez Siqueira, Anna Alvez, Victoria Cavalcante, Thais Telles, Mateus Bruza, João Costal, Silvia Maciel e Felipe Samorano. 

Serviço

Estreia dia 14 de novembro, às 21 horas
Local: Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 53 – Bela Vista/SP.
Tel: (11) 2609-3730 e 2609-8561
Temporada: Sábados às 21h e domingos às 20h. Até 13/12.
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00). Bilheteria 2h antes da sessão
Duração: 45 min. Gênero: Drama poético. Classificação etária: 16 anos.
Capacidade: 60 lugares. Aceita dinheiro e cartão de débito. Café/Bar. WiFi.
Estacionamento ao lado. Não Possi acessibilidade. 

Grupo Pombas Urbanas estreia espetáculo inspirado nas memórias de Cidade Tiradentes

Cidade Desterrada, com texto e direção do grupo, é fruto da pesquisa com moradores da maior Cohab da América Latina.

No dia 14 de novembro, sábado, às 20 horas, o Grupo Pombas Urbanas estreia o espetáculo teatral Cidade Desterrada no Centro Cultural Arte em Construção. A montagem é fruto da vivência no bairro paulistano Cidade Tiradentes, onde o grupo tem sua sede, há 10 anos.

O espetáculo tem início com a chegada dos Encantados, seres cósmicos e imaginários que representam a força ancestral da comunidade que ali vai existir. Um grande bairro popular cresce nesse lugar repleto de histórias de vida e de lutas por trabalho, comida, saúde, transporte. Logo chega uma trupe de teatro que interpreta as histórias dessa população desterrada. Juntos, artistas e comunidade descobrem que para criar o futuro é preciso cultivar a memória e celebrar a vida.

Após a estreia, o Grupo realiza temporada gratuita do dia 17 de novembro ao dia 4 de dezembro, de terça a sexta, às 15h e às 20h, e aos sábado, às 20h.

Sobre a pesquisa de Cidade Desterrada
  
A pesquisa para a montagem de Cidade Desterrada parte da vivência do grupo Pombas Urbanas junto à comunidade do bairro Cidade Tiradentes.  Como dizia o diretor teatral Lino Rojas (1942-2005), “o ator é aquele que cria e transforma o espaço em que vive”. Há 11 anos, os atores do Pombas Urbanas fundaram um espaço para criar, viver e transformar: o Centro Cultural Arte em Construção. Nele, o grupo ensaia, cria suas peças e convive diariamente com a comunidade do bairro. O prédio que abriga este centro cultural comunitário é um galpão que foi o primeiro supermercado de toda região e, posteriormente, ficou abandonado por quase 10 anos.  A partir da pesquisa sobre memória, território e identidade, o espetáculo representa as histórias dos moradores de Cidade Tiradentes, as vivências do grupo na região e a memória do galpão (o supermercado que virou espaço cultural). Com base em estudos de direção e dramaturgia feitos por todo grupo, entre 2012 e 2014, Cidade Desterrada tem criação e direção assinadas de forma coletiva.

De grande importância para a pesquisa foram os encontros comunitários “Café Memória”, dezenas deles realizados pelo Pombas Urbanas, entre 2012 e 2013, nos quais os moradores contavam histórias de vida e sobre a região, fatos tiveram grande relevância para a formação da identidade local. Assim, as cenas apresentam a nova e a velha realidade, que no lugar de embrutecer, podem anunciar um tempo mais humano e libertário. “Aqui tem história! Aqui tem memória!”

Sobre o grupo

O Grupo Pombas Urbanas nasceu a partir de uma experiência prática de fazer artístico que teve seu início em 1989, quando o diretor teatral Lino Rojas (1942-2005) iniciou o projeto Semear Asas com adolescentes e jovens de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Desde então, este processo resultou na criação de um repertório de espetáculos com temas presentes da periferia ao centro da cidade, sempre sob a ótica de populações mais marginalizadas que poucas vezes têm voz nos espaços de comunicação de massa. O repertório de grupo conta com 13 espetáculos, entre eles Era Uma Vez um Rei, espetáculo de rua que estreou em 2014, e Todo Mundo tem um Sonho, infantil que, desde 2002, circula por mostras e festivais do Brasil e da América Latina

Ficha técnica

Espetáculo: Cidade Desterrada
Com: Grupo Pombas Urbanas
Texto: Grupo Pombas Urbanas
Direção: Adriano Mauriz, Marcelo Palmares e Paulo Carvalho
Direção musical: Giovani di Ganzá e Grupo Pombas Urbanas
Figurinista: Carlos Alberto Gardin
Cenografia: Marcelo Larrea
Iluminação: Edgard Duprat
Elenco: Adriano Mauriz (Tchan, Carteiro), Cinthia Arruda (Evangélica, Yolanda, Enfermeira), Juliana Flory (Santa Etelvina, Galinha, Vera, Repórter, Enfermeira), Marcelo Palmares (Evangélico, Inácio, Zé), Marcos Kaju (Malcon Jesus, Fiscal, Enfermeiro), Natali Santos (Maria, Zefa, Dona Conceição), Paulo Carvalho (Pacheco, Montador, Enfermeiro), Ricardo Big (Domingos, Radialista, Enfermeiro) e todos (Grupo de Teatro e Encantados).

Serviço

Estreia: 14 de novembro às 20h
Temporada: de 17 de novembro a 4 de dezembro.
Dias e horários: de terça a sexta, às 15h e às 20h; sábado, às 20h
Local: Centro Cultural Arte em Construção
Avenida dos Metalúrgicos, n° 2100. Cidade Tiradentes. São Paulo/SP
Informações e reservas: (11) 2285-7758
Ingressos: Grátis. Bilheteria: 1h antes das sessões.
Duração: 70min. Classificação: 12 anos. Gênero: Drama

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Cia Aos Quatro Ventos participa de encontro internacional de teatro comunitário na Colômbia

A Cia Teatral Aos Quatro Ventos, grupo fundado na Zona Leste de São Paulo, em Cidade Tiradentes, pelo Instituto Pombas Urbanas, participa do XX Encontro Nacional Comunitário de Teatro Jovem que acontece entre os dias 1º e 8 de novembro, na cidade de Medellín, na Colômbia, reunindo 20 grupos de teatro da Argentina, Brasil e Cuba.

Esta é a primeira vez que a Cia se apresenta fora do Brasil, e vai representar sua comunidade com o espetáculo A Gata Ingênua, primeira montagem da companhia que já foi apresentada no Museu da Língua Portuguesa, Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e Centro Cultural Arte em Construção, entre outros.

A Cia Teatral Aos Quatro, ao lado dos coletivos Núcleo Teatral Filhos da Dita e Circo Teatro Palombar, fundou, no início de 2015, a Cooperativa de Artistas, que efetivou a profissionalização de jovens artistas que também atuam como arte-educadores em atividades com crianças, jovens e adolescentes de Cidade Tiradentes. A participação do grupo neste encontro internacional marca um importante momento na carreira desses profissionais e abre novas possibilidades de crescimento artístico.

Os três coletivos são formados por 15 integrantes, moradores locais, com idade entre 15 aos 29 anos, que se aprimoraram nas linguagens do circo e teatro, no Centro Cultural Arte em Construção, ao longo de 10 anos de atuação do Instituto Pombas Urbanas na região. A cooperativa faz parte das ações do projeto Cooperativa de Artistas - Produzindo Caminhos Sustentáveis para a Vida, realizado pelo Instituto, desde 2014, com o patrocínio Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Encontro Nacional Comunitário de Teatro Jovem
Vídeo promocional: https://youtu.be/n65ztWzlqKo.

O Encontro Nacional Comunitário de Teatro Jovem, que nasceu em 1996, permite estreitar fronteiras por meio de troca de experiências e pelo diálogo com outros grupos comunitários jovens da América Latina. Favorece o contato com novas linguagens, técnicas e com a preparação psicofísica do ator, além de alimentar os laços de fraternidade. O Encontro tem sua origem em um projeto de treinamento com grupos de teatro juvenil no nordeste de Medellín, procurando, inicialmente, mostrar os trabalhos artísticos em seus próprios bairros. Hoje tem como referência, o intercâmbio comunitário entre jovens - da cidade, região, país e continente - que descobriram a possibilidade de transformar a realidade social das comunidades com a arte teatral. O compartilhamento de experiências contribui para a formação profissional e para a construção da cidadania com arte e pedagogia. Um dos pontos fortes do Encontro é a reflexão sobre essa atuação nas comunidades e sobre esse trabalho contribui para fortalecer a identidade e estimular a participação da comunidade nesses processos.

Cia. Teatral Aos Quatro Ventos

A Cia Teatral Aos Quatro Ventos foi formada, em 2010, por jovens participantes dos cursos livres de iniciação teatral, ministrados pelo Grupo Pombas Urbanas no Centro Cultural Arte em Construção. Em 2014, estreou seu espetáculo, intitulado A Gata Ingênua, sob a direção de Marcos Kaju, cujo processo de montagem teve início, em 2011, com o estudo do texto El Gato Simple, do dramaturgo cubano Fidel Galbán Ramirez. Além de atores, os jovens que integram a companhia são também artistas-educadores do Centro Cultural Arte em Construção e multiplicam sua experiência com crianças e jovens. 

A Gata Ingênua

Em uma fazenda do interior, vive um casal de velhinhos que tem como animal de estimação uma gata pra lá de preguiçosa. Mas um casal de ratos surge na casa e passa a devorar os alimentos da dispensa. Diante do terrível problema, os velhinhos ordenam que a gata capture os invasores; caso contrário, ela irá morar na rua. A gata, assustada com a situação, vê-se obrigada e caçar os roedores, mas como sempre foi preguiçosa e ingênua, nunca aprendeu a ler e escrever, portanto nem sabe o que é um rato. A partir daí, a gata ingênua se mete em grandes confusões tentando caçar os “astutos” roedores.


Ficha técnica - Texto e concepção: Cia. Teatral Aos Quatro Ventos. Direção: Marcos Kaju. Elenco: Emily Meirelles (Avó, Galinha e Rã), Luana Gonçalves (Gata Ingênua), Mattheus Adepoju (Cachorro e Avô) e Daniel Oliveira (Rato) e Taina Lua (Rata). Cenografia: Alexandre Souza. Cenário: Anderson Hope. Figurino: Ariana Viana. Direção musical: Juca Grajaú. Compositor: Samuka. Técnico de som:  Iris Guimarães. Produção e realização: Cia. Teatral Aos Quatro Ventos. Classificação: livre. Duração: 50 minutos.

Leitura de texto de Samir Yazbek integra o projeto “Brasil: o Futuro que Nunca Chega”

Acontece no dia 23 de novembro, segunda-feira, às 20 horas, a leitura dramática do texto “A volta da Redentora”, do dramaturgo Samir Yazbek, no Auditório da Folha de São Paulo, com entrada franca. Com direção do próprio autor, o evento conta com participação de Lígia Cortez, Edson Montenegro e Leopoldo Pacheco.

Por meio da relação entre a Princesa Isabel, seu marido (o Conde D’Eu) e José (filho de uma escrava alforriada), a peça, em forma de parábola, propõe um mergulho na questão racial brasileira, recriando os dias que antecederam a assinatura da Lei Áurea, em 1888.

A leitura integra o projeto “Brasil: o Futuro que Nunca Chega” que consiste na montagem de dois textos teatrais do autor e diretor, inspirados em um mesmo período da história do Brasil: a passagem do Império à República. As estréias estão previstas para o primeiro semestre de 2016 (com equipes ainda em fase de definição).

O outro texto, “As boas vindas do Imperador”, cuja leitura foi realizada em setembro no Teatro do SESI Paulista, integrou a comemoração dos 135 anos da imigração libanesa no Brasil, organizada pela Associação Cultural Brasil-Líbano. Também com direção do autor, a leitura (realizada pela Companhia Teatral Arnesto nos Convidou) teve participação de Helio Cicero, Gabriela Flores, Eduardo Mossri, Henrique Zanoni e Michel Nader. No enredo, um repórter investigativo, de ascendência libanesa, narra a visita do Imperador D. Pedro II ao Líbano, em 1876, que originou a primeira grande onda imigratória de libaneses ao Brasil. Essa narrativa relaciona-se aos dias atuais, em que setores da sociedade têm manifestado xenofobia e racismo preocupantes.

Segundo Samir Yazbek, “o principal objetivo do projeto ‘Brasil: o Futuro que Nunca Chega’, ao apresentar duas obras que abordam episódios emblemáticos de nossa história, é sondar um passado que nunca passou, procurando iluminar o presente e orientar o futuro”.

Samir Yazbek 

Samir Yazbek é dramaturgo e diretor teatral. Consolidou sua formação com o diretor Antunes Filho, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) do SESC (Serviço Social do Comércio). Escreveu O Fingidor (Prêmio Shell 1999 de melhor autor), A Terra Prometida (entre os dez melhores espetáculos de 2002, segundo O Globo) e As Folhas do Cedro (Prêmio APCA 2010 de melhor autor), entre outras. Além de seu trabalho na Cia Arnesto nos Convidou, escreve artigos na imprensa, participa de festivais, ministra palestras, cursos e oficinas de dramaturgia. No exterior, fez conferências em Cádiz (Espanha) e Minnesota (EUA), e teve alguns de seus textos publicados – e encenados – não somente no Brasil, mas em Cuba, França, Inglaterra, México, Polônia e Portugal. Coordena o curso de pós-graduação Lato Sensu em Dramaturgia da ESCH (Escola Superior de Artes Célia Helena), em São Paulo.

Serviço

Texto / leitura: “A volta da Redentora”
Autor e diretor: Samir Yazbek
Elenco: Lígia Cortez, Edson Montenegro e Leopoldo Pacheco
Data: 23 de novembro. Segunda, às 20 horas
Local: Auditório da Folha de São Paulo
Alameda Barão de Limeira, 425.
Entrada franca.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cineclube Araucária apresenta mostra com produções do cinema asiático

Flor da Neve e o Leque Secreto
O projeto Cineclube Araucária - O Poder do Cinema em Campos do Jordão apresenta, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, a Mostra de Cinema Asiático, com entrada franca. As produções vêm do Japão, China, Hong Kong e Coréia do Sul.

Com o intuito de proporcionar aos cinéfilos a oportunidade de ver e refletir sobre algumas das mais criativas produções asiáticas, o Cineclube Araucária optou por encerrar a programação temática de cinema deste ano com uma mostra inteiramente dedicada às produções da Ásia.

Abrindo a mostra, no dia 30 de outubro, tem o coreano Mother - A Busca Pela Verdade, de Joon-ho Bong, e no dia 31, será exibido o chinês Flor da Neve e o Leque Secreto, de Wayne Wang. Em 1º de novembro serão apresentadas duas produções, respectivamente do Japão e da China: o infantil Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar, de Hayao Miyazaki, e Lanternas Vermelhas, de Yimou Zhang. Outro filme japonês, O Que Eu Mais Desejo, de Hirokazu Kore-Eda, fecha a mostra e a programação de 2015, no dia 2 de novembro.

Apesar da qualidade técnica e artística observada em grande parte do que se produz em matéria de cinema nos países asiáticos, ainda hoje é muito tímida a visibilidade dada a esses filmes nas salas de cinema do mundo ocidental. Segundo o curador Cervantes Souto Sobrinho, “se excluirmos esses filmes dos festivais, mostras e encontros de promoção da sétima arte em todo o mundo, de fato parece pequena a difusão das obras produzidas nos países que compõem o continente asiático. Salvo raras exceções, essa produção passa quase despercebida até mesmo do público cinéfilo em países como o Brasil, cedendo espaço a um cinema de qualidade muitas vezes inferior, mas com incontestável apelo comercial, atendendo a interesses de grandes estúdios e distribuidores internacionais”.

O projeto Cineclube Araucária – O Poder do Cinema em Campos do Jordão é uma realização do Cineclube Araucária com o apoio do ProAC - Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, AMECampos, Oficina de Artes Rosina Pagan, Escola Estadual de Vila Albertina e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Campos do Jordão.

Programação

30 de outubro. Sexta, às 19h30
Filme: Mother - A Busca Pela Verdade
Dir.: Joon-ho Bong. Coréia do Sul. 2009. 128 min. 16 anos.

Uma mulher viúva cuida sozinha de seu filho único, Do-joon. Este homem de 28 anos, ingênuo e infantil, costuma se comportar de maneira inconsequente, dependendo com frequência da atenção materna. Um dia, ele é acusado do assassinato de uma adolescente, mas parece sequer compreender a acusação que enfrenta. Diante da incompetência do advogado encarregado de defendê-lo, a mãe parte em busca do verdadeiro assassino, para provar a inocência de seu filho.

31 de outubro. Sábado, às 19h30
Filme: Flor da Neve e o Leque Secreto
Dir.: Wayne Wang. China. 2011. 104 min. 12 anos.

China, século XIX. Flor da Neve (Gianna Jun) e Lily (Bingbing Li) são garotas que vivem isoladas de suas famílias. Elas se comunicam através de uma linguagem secreta, com mensagens sendo transmitidas através de leques de seda. Já nos dias atuais, Nina (Bingbing Li) e Sophia (Gianna Jun) tentam manter a amizade de infância em meio às dificuldades da vida adulta, incluindo complicadas histórias de amor e as necessidades da carreira.

1º de novembro. Domingo, às 15h (matinê)
Filme: Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar
Dir.: Hayao Miyazaki. Japão. 2008. 101 min. Livre

Sosuke é um garoto de cinco anos que mora em um penhasco, com vista para o Mar Interior. Um dia, ao brincar na praia, encontra Ponyo, um peixinho dourado cuja cabeça está presa em um pote de geleia. Ele salva a peixinho e a coloca em um balde verde. Trata-se de amor à primeira vista, já que Sosuke promete que irá cuidar dela. Só que Fujimoto, que um dia foi humano e hoje é feiticeiro no fundo do mar, exige que Ponyo retorne às profundezas do oceano. Para ficar ao lado de Sosuke, Ponyo toma a decisão de tornar-se humana.

1º de novembro. Domingo, às 18h
Filme: Lanternas Vermelhas
Dir.: Yimou Zhang. Hong-Kong. China. 1991. 119 min. 14 anos.

Na China de 1920, Songlian (Li Gong) é uma universitária de 20 anos que é forçada a se casar com um homem bem mais velho depois que sua mãe morre e sua tia não tem mais dinheiro para custear seus estudos. Seu marido é um homem de 50 anos que já tem mais três esposas, todas morando em casas diferentes. Cada noite ele decide com quem vai dormir, e a escolhida ganha massagem, lanternas vermelhas acesas e o direito de escolher o cardápio do dia seguinte. Tal costume gera rivalidade entre as esposas, e logo Songlian se vê envolvida em um mundo de intrigas femininas e conspiração de serviçais.

2 de novembro. Segunda, às 19h30
Filme: O Que Eu Mais Desejo
Hirokazu Kore-Eda. Japão. 2011. 124 min. Livre

Na ilha japonesa de Kyushu, dois irmãos são separados após o divórcio dos pais. O mais velho, Koichi, foi morar com sua mãe na casa dos avós, localizada no sul da ilha, numa área campestre perto do preocupante vulcão Sakurajima. O irmão mais novo, Ryunosuke, manteve-se com o pai, guitarrista, no norte da ilha, região moderna e industrializada. Durante uma aula, Koichi descobre com os amigos que a chegada do trem bala à ilha poderá mudar o destino dos habitantes locais, já que a crença popular diz que milagres acontecem quando dois trens se cruzam. Assim, o garoto decide orquestrar um plano para ver o cruzamento dos trens e concretizar seu desejo mais profundo: ver o vulcão entrar em erupção e destruir sua parte da ilha, para que ele, a mãe e os avós sejam obrigados a morar com o pai - reunindo novamente sua família.

Serviço

Mostra de Cinema Asiático
Projeto Cineclube Araucária – O Poder do Cinema em Campos do Jordão
De 30/10 a 02/11. De sexta a segunda
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Dr. Januário Miráglia, 1582, na Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Informações: (12) 3664-2300 – Grátis

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sesc Campo Limpo apresenta Núcleos Urbanos com a peça Minha Cidade Pode Não Ser a Sua

Fechando a programação teatral do mês de outubro no Sesc Campo Limpo, o grupo Núcleos Urbanos apresenta Minha Cidade Pode Não Ser a Sua, nos dias 23, 24 e 25 (de sexta e domingo, às 20h, e sábado, às 19h). Dirigida por Paulo Fab iano, a peça é inspirada em vivências que Walmir Pavam como artista orientador de teatro. Todas as apresentações são grátis e os ingressos devem ser retirados 1 hora antes das sessões.

O texto Minha Cidade Pode Não Ser a Sua foi inspirado em diferentes vivências que Walmir Pavam teve como artista orientador de teatro em São Paulo, principalmente de uma experiência no CEU Três Lagos, bairro do Grajaú, em 2004, como artista orientador no Programa Vocacional da SMC-SP. O texto não se limita a reproduzir uma experiência local, mas busca, a partir da situação específica, universalizar uma questão recorrente em outras grandes cidades do Brasil e do mundo. A peça mostra diversas possibilidades de relações entre centros e periferias, e como são mais contraditórias do que normalmente se pensa – exemplos são: a jovem pobre de periferia que persiste com seu desejo de ser escritora e o menino rico que quer conhecer um bairro de periferia. Histórias da cidade que se sucedem. Diferentes lugares da cidade, diferentes classes sociais, diferentes narradores. Diferentes pontos de vista: o que é real? o que é imaginação?

O grupo Núcleos Urbanos surgiu em 2013, a partir do interesse de artista em pesquisar as possibilidades de abordagem da questão urbana no teatro. Segundo a concepção do diretor Paulo Fabiano, a cenografia, o figurino, a iluminação e a sonoplastia têm como objetivo captar os aspectos de transitoriedade, do excesso, das “fronteiras” e da destruição presentes na metrópole. O processo de construção da fisicalidade nas cenas tem como fonte de inspiração o universo dos quadrinhos.

Ficha Técnica - Direção: Paulo Fabiano. Dramaturgia: Walmir Pavam. Elenco: Clayton Campos, Lígia Botelho, Lilian Domingos, Walmir Pavam. Com: Núcleos Urbanos.

Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.  Duração: 80 minutos.
Grátis. Não recomendado para menores de 14.
23, 24 e 25/10. Sexta e domingo, às 20h. Sábado, às 19h.


SERVIÇO

Sesc Campo Limpo
Horário/Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo. São Paulo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo