terça-feira, 31 de março de 2015

'Olhos D’água' de Cláudio Lacerda tem apresentações grátis em maio

O cantor e compositor Cláudio Lacerda apresenta, em maio, o show Olhos D'água, integrando a programação do Circuito São Paulo de Cultura. As apresentações (grátis) acontecem no dia 16 (sábado, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, às 20 horas), dia 23 (sábado, no Teatro Décio de Almeida Prado, às 21 horas) e dia 30 de maio (sábado, na Sala Olido, às 18 horas).

Artista cantador, por excelência, Cláudio Lacerda se apresenta tocando violão e viola caipira, acompanhado por André Rass na percussão, Thadeu Romano no acordeom e Sérgio Turcão no baixo e charango.

O show Olhos D’água nasceu em 2014 como uma homenagem, uma reverência ao bem natural mais precioso do planeta. A semente desse trabalho foi plantada em 2008, quando ele, junto com o compositor Paulo Simões, realizou em uma viagem de barco por toda a extensão da hidrovia Tietê-Paraná. Além de inspirar neles a composição "Mar Caipira" (feita em dupla), Claudio trouxe consigo o desejo de produzir um trabalho falando da água, muito antes do alarde da crise do abastecimento no país.

“Acho importante sensibilizar os ouvintes, não só para a poesia e para a música que a água pode nos inspirar, mas também para a importância de respeitar os nossos mananciais. Sabemos que somente pelo consumo responsável poderemos nutrir a vida dos rios e impactar menos seus cursos e nascentes”. Comenta o artista. Para isto, usa como ferramenta música regional, voz legítima de artistas que defendem a preservação da natureza por meio da arte.

Em arranjos personalizados, o repertório de Olhos D’água tem autores reconhecidos, como Luiz Gonzaga, Renato Teixeira, Guilherme Arantes e Sá & Guarabira, além de Paulo Simões, Fernando Guimarães, Luiz Salgado, Rodrigo Delage e o próprio Cláudio Lacerda, também atentos aos nossos recursos naturais.

Entre as canções que integram o roteiro de Olhos D’água, destaque para “Mar Caipira” (Cláudio Lacerda e Paulo Simões), “Guardiões da Floresta” (Renato Teixeira), “Águas” (Luiz Salgado), “Porto das Águas” (Rodrigo Delage), “Planeta Água” (versão de Lacerda para a música de Guilherme Arantes) e “Sobradinho” (também versão para esse clássico da dupla Sá & Guarabira).

Serviço

Show: Cláudio Lacerda
Músicos: Cláudio Lacerda (voz, violão e viola caipira), André Rass (percussão), Sérgio Turcão (baixo, charango e vocal) e Thadeu Romano (acordeom).

16 de maio - sábado - às 20 horas
Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso
Av. Dep. Emílio Carlos, 3641. Limão/SP. Te: (11) 3984-2466
Grátis (ingressos 1h antes do show). 75 min. Classificação: livre

23 de maio - sábado - às 21 horas
Teatro Décio de Almeida Prado
Rua Cojuba, 45 - B. Itaim Bibi/SP. Tel: (11) 3079-3438
Grátis (ingressos 1h antes do show). Duração: 75 min. Classificação: livre

30 de maio – sábado – às 18 horas
Sala Olido (Galeria Olido)
Av. São João, 473. República/SP. Tel: (11) 3331-8399
Grátis (ingressos 1h antes do show). Duração: 75 min. Classificação: livre

Cláudio Lacerda – perfil

O paulistano Cláudio Lacerda é artista que se destaca no cenário musical brasileiro como intérprete e compositor. Ganhou por três vezes o Prêmio de Excelência da Viola Caipira, de Melhor Intérprete. Foi contemplado pelos editais SESI Música 2009 - Série Brasileira e Pauta Funarte de Música Brasileira, em 2008.  Participou do projeto Prata da Casa e Amostra Prata da Casa, do SESC Pompéia, além de ter sido pré-selecionado para o Prêmio da Música Brasileira em 2007 e 2010.

Seu trabalho lhe rendeu elogios de críticos musicais dos jornais O Estado de S.Paulo, Diário de São Paulo, Estado de Minas (Belo Horizonte), Correio Popular (Campinas), Correio Braziliense, O Popular (Goiânia) e da revista Rolling Stones. Na TV, participou, entre outros, dos programas de Rolando Boldrin (Sr. Brasil), Inezita Barroso (Viola Minha viola), Hebe Camargo e Ana Maria Braga. Já cantou ao lado de Dominguinhos, Renato Teixeira, Miriam Mirah, Pena Branca, Tinoco, Paulo Simões, Alzira E., Tetê Espíndola, Lula Barbosa, Cris Aflalo, Levi Ramiro e Paulo Freire, entre outros.

Cláudio Lacerda é um ambientalista. Graduado em Zootecnia pela UNESP, em Botucatu, trabalhou por 10 anos no campo como consultor de fazendas, antes de iniciar sua carreira musical; tempo fundamental para que se tornasse íntimo do meio ambiente rural. Em 2006, ao assistir ao documentário Uma Verdade Inconveniente (Al Gore) ele passou a estudar sobre matrizes energéticas, acompanhar políticas públicas e ações individuais que tratam do uso racional de recursos naturais. Com o compositor Paulo Simões, realizou em 2008 uma viagem de barco por toda a extensão da hidrovia Tietê-Paraná. O fruto musical dessa viagem foi uma canção, "Mar Caipira", e a vontade de produzir um trabalho com o tema.

CDs de Cláudio Lacerda

Seu primeiro CD, Alma Lavada (2003), mistura diversos ritmos regionais, mostrando sua rica influência, que vai de Renato Teixeira, Almir Sater e Sá & Guarabira aos mineiros do Clube da Esquina. E vai mais longe com a música caipira de Tião Carreiro, João Pacífico e Tonico e Tinoco, entre outros. Renato Teixeira e Miriam Mirah são convidados especiais desse disco.

Alma Caipira, lançado em 2007, faz homenagem aos maiores compositores da história do gênero. Além de escolher uma canção de cada compositor, com preferência para as menos conhecidas, Cláudio se preocupou em apresentar seus diferentes ritmos (cateretê, cururu, toada, guarânia) e temáticas (religiosidade, romance, vida no campo, humor). O CD tem participação especial de Tinoco, Pena Branca, Tetê e Alzira Espindola, Lula Barbosa e outros.

O CD Cantador (2010) é o mais autoral da carreira de Cláudio Lacerda, que assina 11 das 14 canções. Como nos trabalhos anteriores, o repertório traz grande variedade rítmica e arranjos acústicos muito bem cuidados. Nesse disco as influências musicais nacionais são mescladas às sonoridades do blues, do folk e do country. Dominguinhos participa desse disco, cantando e em um belo solo de sanfona.

quinta-feira, 26 de março de 2015

A cultura Hip Hop invade o Sesc Campo Limpo, em abril

 O projeto Sou Hip Hop do Sesc Campo Limpo engloba uma programação especial dedicada a esta expressão cultural que, desde a década de 1980, vem construindo seu espaço no Brasil. Durante o mês de abril, a unidade apresenta trabalhos de artistas, que são referências do hip hop nacional, e importantes produções da cena contemporânea nesse universo. São vivências, intervenções, espetáculos de teatro e dança, além de filme e bate-papos, entre outras atividades que irão abordar as quatro vertentes: break, grafitte, DJ e rap.

Música

Discotecagem Triunfo e Sabotage
Com KLJ (Racionais MCs) e participação  de Rappin Hood e Sandrão RZO.
Baile com DJs homenageando dois personagens do Hip Hop nacional: Nelson Triunfo e Sabotage. Discotecagem de KLJ (Racionais MCs) com as participações especiais de Rappin Hood e Sandrão RZO. KL Jay - Kleber Simões começou sua carreira em 1987, e juntamente com Edi Rock, Mano Brown e Ice Blue, fundou o Racionais MC’s em 1989. Com o rapper Xis criou a gravadora que depois se tornou produtora de eventos e confecção conhecida como 4P, lançando seu álbum solo: Na Batida volume 3 – Equilíbrio, a busca – que conta com a participação de vários artistas do meio HipHop. KL Jay também é sócio da gravadora Cosa Nostra juntamente com o Racionais MCs e possui seu selo individual, com o mesmo nome de seu álbum solo – Equilíbrio –, que já lançou os álbuns de Sistema Negro, Cagêbe e Relatos Da Invasão.
Grátis. Livre
10/04. Sexta, às 20h

Bate-Papo Triunfo e Sabotage
O bate-papo discute o processo de produção das biografias e sua abordagem em diferentes linguagens (livro e cinema), além de contar sobre as trajetórias de Triunfo e Sabotage. Mediado por Paulo Brown (rádio 105 fm) com a participação dos escritores Gilberto Yoshinaga (autor da biografia de Triunfo – Do Sertão ao Hip Hop), Toni C (autor da biografia de Sabotage “Um bom lugar”), Ivan 13P, cineasta responsável pelo filme “Sabotage – Maestro do Canão” e os protagonistas Nelson Triunfo e Wanderson "Sabotinha" (filho de Sabotage).
Livre. Grátis.
10/04. Sexta, às 19h

Show: Versão Popular e Poesia Samba Soul
Neste encontro teremos os dois grupos no mesmo palco dividindo seus versos e poesias musicais. A união tem como proposta trazer um show composto por samba soul, groove, samba-rock e hip hop. A Banda Poesia Samba Soul iniciou no ano de 1989 em São Paulo, e está lançando seu novo álbum intitulado ”Favela da Paz”. O Versão Popular começou seu trabalho em 1999, tendo um álbum gravado, “Quem viu viu” (2010), e participando de diversos projetos como Encontros Rap, Sarau da Cooperifa, Projeto Antiduto, Reis da Rua, entre outros. 
Grátis. Livre.
11/04. Sábado, às 20h30

Show: MC Ralph e Coletivo
O rapper, jornalista, pesquisador musical, e compositor junto com o Coletivo, busca ampliar o conceito e os desdobramentos do rap brasileiro, apresentando neste show uma sonoridade composta por banda e DJ. Ralph é MC desde 1999, já lançou cinco álbuns e é conhecido pela arte do freestyle, tendo sido campeão da batalha de MCs do prêmio Hutuz. Militante do movimento Hip Hop no Vale do Paraíba-SP, busca preservar esta cultura quebrando preconceitos e mostrando um trabalho inovador.
Grátis. Livre.
12/04. Domingo, às 19h

Show: Nelson Triunfo - participação de Mano Brown e Flora Matos
Neste espetáculo, Nelson Trinfo, umas das referências do Hip Hop nacional mostra composições de seu novo álbum, “Do Soul ao Hip Hop”, que foi produzido pelos irmãos Renato e Ronaldo Gama (Nhocuné Soul). Acompanhado pela banda Sertão Black, conta com as participações de Mano Brown (Racionais MCs) e Flora Matos.
Grátis. Livre.
25/04. Sábado, às 20h

Vivência: Discotecagem
A vivência apresenta as técnicas e efeitos dos toca discos no vinil, assim como as técnicas atuais com softwares específicos para DJs.  Com o Dj Slick que é disk jokey desde 1990, quando fundou o grupo de rap DMN, cuja discografia soma cinco discos. Tem experiência como educador, desde 1996. Além de tocar em festas e eventos, participa de projetos como o Quilombo Axé e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, fazendo apresentações para os Quilombos Paraty, Eldorado, Pernambuco, Porto Alegre e Bahia. 
Livre. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
08 e 09/04. Quarta e quinta, às 19h

Vivência: Versos e Rimas
A partir da discussão de repertório de letras de rap, a vivência aborda técnicas da construção de estilos, levadas, rimas e versos. Com  EllyPretoriginal - rimador, produtor e compositor. Possui um álbum solo gravado, Acerto de Contas, tendo feito parcerias com Xis, Dentinho, Diogo Poças, entre outros, além de desenvolver trabalhos sociais, palestras e oficinas pelas periferias do Brasil.
Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.
Livre. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
15 e 16/04. Quarta e quinta, às 19h

Teatro

Espetáculo: Barraco de Pedra
O espetáculo teatral do Coletivo Favela em Cena, narra a história de um jovem que relembra acontecimentos de sua vida e experiências na periferia. Com apenas um ator em cena, um DJ e uma lona como cenário, o espetáculo fala sobre crime, amor e família com narrativas duras e singelas de um universo periférico da cidade de São Paulo.
Ficha Técnica
Texto e atuação: William Felix Gutierre
Discotecagem ao vivo: DJ Pow
Direção: André Persant
Concepção geral: Coletivo Favela em Cena
Produção: Coletivo Favela em Cena
Duração: 65 minutos. Não recomendado para menores de 14.
Grátis.
11/04. Sábado, às 19h
17/04. Sexta, às 20h30

Dança

Espetáculo: Urbanóides 2.0
Os grandes centros urbanos exercem poder sobre as pessoas, capturando-as e seduzindo-as em busca de seus sonhos, em uma vida entregue ao trabalho no tempo implacável que envelhece a cidade. Com o quê ou com quem se importa? O que faz a diferença ou que diferença faz? Meio homem, meio andróide. Uma identidade que tão fácil se corrompe, permitindo que seus desejos ajam sobre si sufocando sua pulsão de vida e sua libido. Reduzindo os corpos vazios perambulando pela cidade, controlados pelo desejo que os conduzem ao caminho de uma civilização “ideal”. O que os transformam em Urbanoides?
Com Discípulos do Ritmo.
Grátis. Livre
21/04. Terça, às 19h

Intervenção: Nos Tempos da São Bento
Intervenção que conta um pouco da história de lutas e resistências de dançarinos que marcaram época, criando bases para a cultura urbana contemporânea. Com Marcelinho Back Spin que, com outros dançarinos, transformou a Estação São Bento no berço do hip hop nacional. 
Grátis. Livre. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
25/04. Sábado, às 18h30h

Vivência: Nos Tempos da São Bento
Vivência na qual Marcelinho Back Spin, dançarino de hip hop, irá abordar uma breve história do movimento cultural na Estação São Bento, que transformou-se no berço do hip hop nacional por meio das intervenções dele e de outros dançarinos. Além de tratar sobre os fundamentos e técnicas das danças Poppin, Roboting e Locking. 
Grátis. Livre. Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.
25/04. Sábado, às 15h

Vivência: Break Dance
Discussão sobre a história e o efeito do break na dança atual, e apresentação de seus movimentos básicos. B-boying, Popping e Locking são denominações dadas às danças de Break Dance, que apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e apresentam influências variadas. Com o B.boy Aranha (Michael Nunes de Oliveira) - iniciou na dança aos 15 anos, participou de diversas competições e ministrou aulas no Brasil, na Polônia, em Portugal, na Itália e na Bolívia.
Livre. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
22 a 23/04. Quarta e quinta, às 19h

Artes Visuais

Oficina: Customização de Tênis
Utilizando um tênis (novo ou usado) o participante aprenderá técnicas de aplicação para recriar ou reutilizar o calçado. A partir de imagens de inspiração, poderá elaborar um projeto desenvolvendo a pesquisa de formas, volumes, cores e materiais para aplicar no desenvolvimento de produtos. Com Ateliê ModaImagem, que oferece cursos das várias áreas de moda. O participante deve levar um calçado. Inscrições a partir de 1º de abril na Central de Atendimento.  
Grátis. Livre.
10 e 24/04. Sextas, às 18h30

Ateliê aberto: Grafittando
Introdução ao universo do grafite por meio de técnicas como o stencil e estilo livre, apresentando bases de letras e de personagens. Com Ricardo Anão - nascido em Santo André, foi influenciado por alguns artistas do ABC e iniciou no graffiti com os desenhos denominados cartoons. A partir de 2010, com a técnica já desenvolvida, estabeleceu para seus trabalhos o estilo “realismo”, no qual a arte imita, da forma mais próxima possível, a realidade. Passou a ministrar oficinas de graffiti em escolas públicas e workshops. Participou da campanha Tinta Contra o Câncer, do Hospital A.C. Camargo, além de ministrar palestras sobre a importância do grafitti no desenvolvimento dos jovens.
Livre. Grátis. Retirada de ingressos 1 hora antes.
01 e 02/04. Quarta e quinta, às 19h.

Ateliê aberto: Encontro de grafite
Criação e experimentação das técnicas de grafite com mediação de instrutores. Com Ricardo Anão - nascido em Santo André, foi influenciado por alguns artistas do ABC e iniciou no graffiti com os desenhos denominados cartoons. A partir de 2010, com a técnica já desenvolvida, estabeleceu para seus trabalhos o estilo “realismo”, no qual a arte imita a realidade, da forma mais próxima possível. Passou a ministrar oficinas de graffiti em escolas públicas e workshops. Teve participação como a campanha Tinta Contra o Câncer, do Hospital A.C. Camargo, além de ministrar palestras sobre a importância do grafitti no desenvolvimento dos jovens.
Livre. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
04/04. Sábado, às 15h

Literatura

Leitura literária: Marcello Gugu
Integrante do coletivo Afrika Kidz Crew e responsável pela Batalha do Santa Cruz, autor do disco solo “Até Que Enfim GuGu”, o rapper Marcello Gugu irá recriar "Quarto de Despejo", de Carolina Maria de Jesus. O clássico trata da dura rotina da vida da mulher, que era catadora de papel, na comunidade do Canindé, local em que viveu na década de 60. A releitura foi musicada por Marcello Gugu em parceria com Diamantee, produtor musical e Dj que o acompanha. As trilhas compostas por chorinhos, seguem um padrão denso e triste a fim de transferir para o emocional do espectador o estado de desespero e abandono em que a autora vivia.
Grátis. Livre.
18/04. Sábado, às 18h30

Cinema
EM CARTAZ: Lançamentos e filmes recentes em exibição no Sesc Campo Limpo todas as terças feiras.

Exibição: Branco Sai, Preto Fica
O filme cria suas imagens e sons a partir de uma história trágica: dois homens negros, moradores da maior periferia de Brasília, ficam marcados para sempre graças a uma ação criminosa de uma polícia racista e territorialista da Capital Federal. Essa polícia invade um baile black. Tiros, correria e a consumação da tragédia: um homem fica para sempre na cadeira de rodas, o outro perde a perna após um cavalo da polícia montada cair sobre ele. Mas esses homens não se sentem confortados em contar a história de maneira direta e jornalística. Eles querem fabular, querem outras possibilidades de narrar o passado, abrindo para um presente cheio de aventuras e ressignificações, propondo um futuro. Filme recebeu menção honrosa na Mostra de Cinema de Tiradentes e foi vencedor de 11 prêmios, inclusive Melhor filme, no 47º Festival de Brasília do Cinema.
Direção: Adirley Queirós
Brasil, 2014. Documentário. 93 minutos. Livre. Classificação indicativa: 12 anos.
Grátis. Exibição ao ar livre.
Programação sujeita a alteração ou cancelamento em caso de chuva.
07 e 28 de abril. Terças, às 20h

Serviço

Sesc Campo Limpo
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP
Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo

quarta-feira, 25 de março de 2015

NUO faz apresentação extra da semi-ópera O Burguês Nobre


Devido ao sucesso da temporada de O Burguês Nobre, de Molière, no Espaço Núcleo, uma apresentação extra acontece neste domingo, dia 29 de março, às 18 horas. A montagem, do NUO (Núcleo Universitário de Ópera), tem direção do maestro Paulo Maron.

Com música composta por Jean-Baptiste Lully, a montagem é uma semi-ópera, peça de teatro cujos diálogos são intercalados por música erudita barroca e dança. No enredo, um burguês rico, cujo pai ganhou dinheiro como comerciante, busca sem medidas ascender socialmente e ser aceito como um nobre. Em suas tentativas para se tornar um cavalheiro acaba sempre fazendo papel de ridículo.

O Burguês Nobre satiriza as tentativas de ascendência social da classe burguesa, ridicularizando tanto a classe média vulgar e pretensiosa quanto a esnobe e vaidosa aristocracia. O título já é uma contradição, pois na França de Molière, um cavalheiro era, por definição, um nascido nobre, sendo improvável existir um burguês de caráter nobre.

Na versão do NUO, tanto os atores-cantores como os instrumentistas fazem parte da cena. A música é cantada em francês (legendada) com os diálogos em português. Na concepção de Paulo Maron, a encenação se aproxima da movimentação cênica da época em que o texto foi escrito (século XVII). “Buscamos inspiração na commedia dell’arte para elucidar essa estética. Os figurinos também foram concebidos como esboços das roupas da época e a iluminação foi condicionada a alguns espaços, procurando reproduzir o clima da luz de velas”. Comenta o diretor.

Pioneiro no trabalho operístico com jovens, oriundos das mais diversas faculdades e escolas de música, o NUO é reconhecido pela interpretação e pelo forte trabalho corporal. O trabalho de formação artística vai além da música. Os jovens estudam interpretação e passam por preparação corporal para formar um grupo atuante com performance totalmente particular. Anualmente, duas montagens operísticas são realizadas com sucesso pela companhia.

Sinopse

A peça se passa inteiramente na casa de Jourdain, um burguês de meia idade cujo pai enriqueceu como comerciante de tecidos. Sua única meta é ascender socialmente e ser aceito como um cavalheiro aristocrata. Para isso encomenda roupas espalhafatosas, acreditando ser assim que um nobre se veste, e se empenha para aprender tudo que um nobre supostamente saberia, contratando professores de dança, música, filosofia e esgrima, apesar de sua idade avançada. Em suas tentativas, ele acaba sempre por fazer um papel ridículo, para desgosto de seus professores.

A Sra. Jourdain, sua esposa, vê a situação constrangedora do marido e lhe pede, sem obter sucesso, que retorne à vida despretensiosa de classe média. Um nobre aproveitador e sem dinheiro, chamado Dorante, associa-se a Jourdain, a quem odeia secretamente e adula em público, estimulando seus sonhos aristocráticos para conseguir que ele pague suas dívidas. Os sonhos de ascensão do protagonista ficam cada vez maiores e ele deseja casar sua filha Lucille com um nobre, mas ela está apaixonada por Cléonte, um rapaz de classe média. Proibido de se casar com sua amada, Cléonte, com a ajuda de seu criado Covielle, disfarça-se de filho do sultão da Turquia, apresenta-se a Jourdain e lhe promete um título de nobreza. Envaidecido, consente o casamento da filha com esse “monarca estrangeiro”.

Personagens / intérpretes

Monsieur Jourdain: Pedro Ometto (barítono). Madame Jourdain: Angélica Menezes (mezzo). Cleonte: Caio Oliveira (tenor). Covielle: Luis Fidelis (barítono). Lucille: Andrezza Reis (soprano). Dorimene: Isis Cunha (soprano). Conde Dorante: Ricardo Moraes (tenor). Professor de esgrima: Rodrigo Theodoro (baixo). Professor de dança: André Estevez (tenor). Professor de Filosofia: Paulo Bezzule (tenor). E participação de Eliane Gama (Nicole), Wesley Fernandez (Alfaiate), Paulo Maron (Professor de música) e Renata Matsuo (bailarina).

Espetáculo: O Burguês Nobre
Autor: Molière e Lully
Direção geral: Paulo Maron
Com: NUO - Núcleo Universitário de Ópera
Fugurinos, cenário e luz: Paulo Maron
Preparação corporal: Marília Velardi
Coreografia: Wesley Fernandez
Músicos: Camerata do Núcleo Universitário de Ópera
Solistas e coro: Núcleo Universitário de Ópera
Realização: NUO - http://nucleodeopera.blogspot.com
Dia 29 de março - Domingo às 18 horas
Espaço Núcleo
Rua Belas Artes, 135. Ipiranga/SP (Metrô Alto do Ipiranga). Tel: (11) 99571-2947
Ingresso (preço único): R$ 25,00. Bilheteria: 1h antes da sessão (dinheiro e cheque).
Duração: 90 min. Classificação etária: 12 anos. Capacidade: 100 lugares
Acesso universal. Ar condicionado. www.facebook.com/nucleodeopera

terça-feira, 24 de março de 2015

Sesc Campo Limpo tem música e literatura em homenagem à escritora Carolina de Jesus

O projeto Em Canto e Prosa do Sesc Campo Limpo apresenta, no dia 27 de março, sexta, às 19h30, o duo Joana e Jean Garfunkel em Histórias - Homenagem à Carolina de Jesus, espetáculo permeado por músicas, livros, prosas e poesias.

Joana e Jean Garfunkel contam e cantam histórias de mulheres e fazem uma homenagem à escritora mineira Carolina de Jesus (1914 - 1977). Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Marina Colasanti, Chico Buarque, Joyce, entre outros autores e compositores, formam esse caleidoscópio de facetas femininas.

A apresentação faz parte do projeto Em Canto e Prosa do Sesc Campo Limpo que busca apresentar o trabalho de artistas em que a narrativa de textos literários é atravessada por canções em consonância com a temática abordada pelo autor apresentado. A música e a narração de textos, entrelaçados em um roteiro, possibilitam que o livro saia da estante, fazendo da leitura uma experiência viva, emocionante e interativa.

Canto Livro, criado pela dupla, é um projeto de sensibilização e incentivo à leitura, que consiste na apresentação de shows temáticos com principal enfoque em autores brasileiros ou de língua portuguesa, onde a narrativa dos textos é permeada por canções. O objetivo é atingir os amantes da literatura, estudantes, educadores e leitores em geral.

SERVIÇO

Show: Joana e Jean Garfunkel
Em: Histórias – Homenagem à Carolina de Jesus (música e literatura)
Livre. Grátis.
27/03. Sexta, às 19h30.

Sesc Campo Limpo
Horário da Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos e feriados, das 11h às 20h.
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP
Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo

EM CANTO E PROSA - Programação dos próximos meses (até junho)

Um Postal a Rubem Braga – De Cafés, Amor e Elefantes
Canto Livro - com Janaina Sant´Ana, Érica Negreiros e Ricardo Barros.
Apresentação lítero-musical que fala da relação de amizade entre Vinicius de Moraes e Rubem Braga através de músicas, poemas e crônicas. Entremeando as crônicas de Rubem Braga, os poemas e músicas de seus parceiros, a apresentação traz para o público as recordações de infância, os difíceis tempos da guerra, os saborosos encontros no Café Vermelhinho, as complicadas relações com a política e os militares, a beleza e melancolia do amor e as relações mais prezadas por ambos: as amizades.
17/04. Sexta, às 19h30.

Guimarães Rosa - O Sertão Na Canção
Canto Livro - com Joana e Jean Garfunkel.
Joana e Jean Garfunkel apresentam canções inspiradas no romance Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa, permeadas por trechos da narração da obra. O Sertão na Canção é uma viagem pelo sertão “roseano” através dos atalhos da oralidade e da canção brasileira, traços essenciais de nossa identidade cultural. Para uns, um convite e um estímulo para conhecer um mundo novo; para outros, a possibilidade e o privilégio de revisitá-lo.
15/05. 19h30.

Olhos da Cara – Com Elisa Lucinda
Neste trabalho, Elisa passeia entre canções e poemas, extraindo um do outro. A sua voz é o instrumento único na cena que faz revelar a musicalidade da literatura, poemas e crônicas que compõem o repertório, e poder de contar histórias que as canções têm. As palavras dos poemas e as palavras das canções são expressões das impressões da vida, seus olhares sobre ela, os olhos que tudo veem, pela música da palavra.
12/06. 19h30.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Jovens artistas do bairro Cidade Tiradentes lançam cooperativa cultural para estruturar seus projetos

No dia 11 de abril (sábado, às 19 horas) acontece o lançamento da primeira Cooperativa de Artistas, fundada por coletivos do bairro Cidade Tiradentes: Núcleo Teatral Filhos da Dita, Cia Teatral aos Quatro Ventos e Circo Teatro Palombar. O evento acontece no Centro Cultural Arte em Construção (Avenida dos Metalúrgicos, n° 2.100). A cerimônia conta com apresentações artísticas dos grupos que compõem o projeto, e um coquetel será oferecido aos convidados.

A criação da cooperativa integra o projeto Cooperativa de Artistas - Produzindo Caminhos Sustentáveis para a Vida, patrocinado pela Petrobras. Este é um importante passo para a emancipação destes coletivos artísticos, formados ao longo dos 10 anos de atuação do Instituto Pombas Urbanas em Cidade Tiradentes.

Os três grupos em questão são formados por moradores da região, com idade entre 15 aos 29 anos. São, aproximadamente, 15 integrantes que há muitos anos vêm se profissionalizando nas linguagens do circo e teatro, no Centro Cultural Arte em Construção. Segundo Cinthia Arruda, integrante do Grupo Pombas Urbanas, “a ação representa um fato inédito e de grande potencial transformador numa comunidade periférica de São Paulo”.

O projeto Cooperativa de Artistas teve início em 2014 com o objetivo de contribuir para a profissionalização destes jovens (já obtiveram seus registros profissionais de atores junto a Delegacia Regional do Ministério do Trabalho), além de estimular neles o aprimoramento na função de arte educadores, junto às crianças, jovens e adolescentes do bairro. A criação dessa personalidade jurídica própria possibilita, além da sustentação dos grupos por meio da arte, a reversão de um quadro de estigmatização social que é exercida, constantemente, sobre a população jovem periférica.

Os artistas em questão, chegaram ao Instituto para participar de oficinas de iniciação artística nas linguagens de circo e teatro, ministradas pelos atores do Pombas Urbanas. Com o passar do tempo, por identificação, estes jovens começaram a se organizar coletivamente e a aprofundar seus conhecimentos, tendo a arte como um projeto de vida. Nos últimos anos, além da dedicação às suas produções artística, eles também se envolveram diretamente na gestão do Centro Cultural Arte em Construção, contribuindo para a democratização do acesso à produção cultural da comunidade. Agora, acreditam que este é o momento certo para seguirem um caminho que garanta a autonomia e sustentação das companhias.

Serviço - Lançamento

Lançamento da Cooperativa de Artistas – coquetel e apresentações
Dia 11 de abril, Sábado, às 19 horas
Local: Centro Cultural Arte em Construção 
 Av. dos Metalúrgicos, 2.100 - Cidade Tiradentes/SP
Grátis. Informações: (11) 2285-7758
Patrocínio: Petrobras

Perfis

Núcleo Teatral Filhos da Dita

Filhos da Dita é o primeiro núcleo jovem de teatro nascido no Centro Cultural Arte em Construção, resultado das oficinas de iniciação ao teatro, ministradas pelo Pombas Urbanas desde 2004. São jovens artistas que homenageiam todas as ‘ditas’, mulheres guerreiras do bairro, mães e chefes de família. Atualmente, estão em temporada com seu 2° espetáculo, A Guerra, do chileno Oscar Castro, em parceria com escolas públicas da região. Em 2012, realizaram experimentações do texto A Guerra, de Oscar Castro, sob a orientação do diretor cubano Rolando Hernandez e do grupo Pombas Urbanas. Em 2009, recebeu o Prêmio Histórias de Ponto, pelo Ministério da Cultura. Seu 1° espetáculo, Os Tronconenses, de Lino Rojas, estreou em 2008, teve temporada em 2009 e, em 2010, foi apresentado no VII Congresso Mundial do Drama, Teatro e Educação, em Belém do Pará, e no XV Encuentro Nacional Comunitário de Teatro Joven, de Medellín-Colômbia. Nos anos de 2005 e 2006, realizou as intervenções teatrais A Macaca Tá Certa e Ponto de Ônibus, apresentadas em praças, espaços culturais, escolas e hospitais, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do VAI – Programa de Valorização de Iniciativas Culturais.

Cia. Teatral aos Quatro Ventos

A Cia. Teatral Aos Quatro Ventos começou sua formação, em 2010, no Centro Cultural Arte em Construção. Durante esse processo, tiveram um intenso trabalho corporal onde exploraram movimentos e possibilidades de atuação, resultando na construção de cenas que partiram de pequenos improvisos até começarem a trabalhar com o texto cubano El Ratón y La Gata, de Fidel Galvan, sob a orientação de Rolando Hernandez, dramaturgo e diretor cubano, e do Grupo Pombas Urbanas, que contribuíram para a montagem de seu primeiro espetáculo teatral A Gata Ingênua. Atualmente, o espetáculo, que é destinado para crianças, trata da importância da leitura e da escrita. Para essa montagem o grupo pesquisa sua linguagem pelo viés do lúdico, com manipulação de bonecos (mamulengo), jogos teatrais e grande interatividade com as crianças. O grupo está em temporada no Centro Cultural Arte em Construção, em parceria com escolas da rede pública da região.

Circo Teatro Palombar

Palombar era o ato de arrematar com cordas as costuras dos panos que cobriam o circo para reforçá-las e impermeabilizá-las. Muitas vezes essa tarefa era feita de forma coletiva, por todos os familiares e artistas que viviam no circo. O grupo nasceu em 2012 com jovens artistas formados a partir de um processo continuo iniciado, há 7 anos, com crianças e adolescentes do bairro. Crescendo juntos, cultivam com alegria o desejo de se aperfeiçoar, criar e difundir sua arte. Atualmente, se apresentam em praças e parques da cidade, por meio do seu projeto Nós na Lona, apoiado pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), da Secretaria Municipal de Cultura. Colocam suas roupas coloridas, maquiagens e equipamentos de circo e saem às ruas para encontrar o público em um cortejo de imagens fantásticas pela bairro. Na pesquisa coletiva para a construção da peça, o grupo estudou o circo na antiguidade, circo moderno, circo no Brasil e circo contemporâneo, além de ouvir histórias de personagens do bairro ligadas ao circo, entrevistados durante o processo e a própria criação livre sobre o tema.

Instituto Pombas Urbanas

O Instituto Pombas Urbanas tem por missão promover o desenvolvimento de Cidade Tiradentes (Zona Leste de São Paulo) por meio da arte, suas raízes culturais e da capacidade transformadora do jovem. Tem por visão que todo ser humano é capaz de criar, fazer arte, semear asas e voar. Criada em setembro de 2002 pelo Grupo Pombas Urbanas, a organização é fruto do desenvolvimento do projeto Semear Asas, a partir do ano de 1989. Idealizado pelo ator, diretor e dramaturgo peruano Lino Rojas (1942 – 2005), o projeto tinha como objetivo, formar jovens atores da periferia de São Paulo, valorizando seus conhecimentos e fortalecendo suas raízes étnicas e culturais para que sua dramaturgia dialogasse profundamente com seu contexto social. Lino, até então professor da Universidade de São Paulo, decide desenvolvê-lo no bairro de São Miguel Paulista, com forte tradição nordestina e um dos bairros mais antigos da cidade. Da aproximação com jovens moradores da região e do desenvolvimento do referido projeto, nasce o Grupo Pombas Urbanas. De lá pra cá, o Grupo consolidou o conceito do Ator Orgânico, aquele que além de atuar é capaz de produzir, administrar e comunicar sua Arte. Possue um repertório de 13 espetáculos das mais variadas linguagens, palco, rua, adulto, infantil e uma dramaturgia, que expressa a realidade de centros urbanos, onde transitam loucos, prostitutas, velhos, crianças, artistas, profetas, jovens, entre outras figuras. Também se tornou referência no trabalho de Teatro em Comunidade.  Trabalho este, iniciado em 2004, quando o grupo Pombas Urbanas, tendo viajado a América Latina, recebido diversos prêmios e já se consolidado como um grupo atuante da cidade de São Paulo, decide deixar o centro da metrópole e retornar a sua origem, a Zona Leste. Através de contato com a COHAB – Companhia Metropolitana de Habitação, surgiu um galpão de 1.600m², abandonado há anos, totalmente degradado, cujas paredes podiam desabar, localizado na principal avenida do bairro Cidade Tiradentes, o maior complexo habitacional da América Latina. Esse espaço ganhou o nome de Centro Cultural Arte em Construção e o grupo, já com uma personalidade jurídica própria, iniciou projetos que contribuíssem com o desenvolvimento local. O Instituto Pombas Urbanas tem seu principal foco de atuação na Cultura, mas também desenvolve projetos nas áreas da educação, saúde, direitos humanos e formação artística. A gerência do Instituto Pombas Urbanas é constituída por integrantes do Grupo Pombas Urbanas que se especializou- na área de gestão organizacional e, atualmente, a gestão desse espaço é compartilhada com jovens de outros coletivos artísticos, formados desde 2004 no Instituto. Esse é o maior resultado da ação do Instituto Pombas Urbanas no bairro, são mais 03 coletivos artísticos, envolvidos com a gestão e os projetos desenvolvidos. O primeiro coletivo formado, Núcleo Teatral Filhos da Dita, profissionalizou-se nesse processo, seus integrantes possuem DRT de ator e estão trilhando seu próprio caminho. Outras grandes realizações do Instituto são a cofundação da Rede Latino Americana de Teatro em Comunidade (2009), a realização do Encontro Comunitário de Teatro Jovem da cidade de São Paulo (desde 2008, anualmente), o trabalho em rede com outros grupos de teatro e organizações do Brasil e América Latina, como a Rede Brasileira de Teatro de Rua, Movimento Escambo, Rede Circo no Mundo, Corporacion Cultural Nuestra Gente, Pontos de Cultura, Movimento de Teatro de Rua de São Paulo, entre outros. Recebem apoio da comunidade para a realização dos projetos e grande parte da equipe é composta por moradores do bairro. O Instituto dialoga com os poderes municipal, estadual e federal e iniciativa privada, para obtenção de recursos financeiros que viabilizem os projetos, porém, uma grande parte desse recurso também é captada através da venda de serviços e produtos, como espetáculos, palestras, oficinas, cortejos e outros, elaborados pelos grupos que nasceram nesse espaço e pelo próprio Grupo Pombas Urbanas. Outro dado relevante é que, desde outubro de 2011, recebem assessoria especializada do CEOS (Centro de Estratégias para Organizações Sociais), tendo a possibilidade de rever sua missão, visão e seus valores, além de refletir e criar um planejamento estratégico institucional.


Povo da Rua, grupo gaúcho mostra seu teatro em SP

O grupo Povo da Rua - teatrodegrupo, de Porto Alegre, apresenta, em São Paulo o espetáculo Os Dez Mandamentos da Capital. As apresentações (ao ar livre) acontecem no dia 18 de abril (sábado, às 12 horas), na Praça do Patriarca, Centro, e 19 de abril (domingo, às 11 horas), na Praça do 65, em Cidade Tiradentes.

A montagem - criação coletiva do Povo da Rua - tem direção cênica assinada por Evelise Mendes e o elenco é formado por Alessandra Carvalho, Denis Cruz, Evelise Mendes, Felipe Fiorenza, Rochelle Luiza e Kdoo Guerreiro.

Os Dez Mandamentos da Capital retrata a saga de um grupo de pessoas descontentes com o modelo de cidade que aprisiona, angustia e “coisifica” sentimentos e afetos. Insatisfeito, e movido por uma utopia, o grupo decide partir em busca da “terra prometida”, onde pretendem construir uma cidade ideal. No entanto, as coisas não saem como foram planejadas. As brigas pelo poder e a burocratização são os maiores obstáculos que encontram para a realização desse sonho.

A dramaturgia do espetáculo foi construída a partir de pesquisa em diversas fontes, entre elas, a Bíblia Sagrada - especialmente as passagens referentes a Moisés (considerado o primeiro legislador da história). Estudos relacionados a urbanismo e sociologia (mais precisamente sobre o processo de construção de Brasília, exemplo de cidade pré-programada e burocratizada) também foram realizados. Segundo a diretora Evelise Mendes, “todas estas questões levantadas passam pelas histórias das personagens, cujas sagas carregam um pouco das nossas angústias e desejos em relação à vida urbana”.

A apresentação em Cidade Tiradentes (19/4) integra a programação do mês de abril do Centro Cultural Arte em Construção.

Histórico

As apresentações em São Paulo foram viabilizadas pelo Prêmio Funarte Artes Cênicas de Rua 2013 para o projeto Os 10 Mandamentos da Capital pelas Cidades do Brasil. O espetáculo foi contemplado também pelo Fundo de Apoio à Cultura, FAC - Pró-Cultura/RS, e estreou em novembro 2013, tendo realizado apresentações em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Guaíba e outras cidades gaúchas. Foi também indicado ao Prêmio Açorianos 2013 de Melhor Dramaturgia e, recentemente, participou do 6º Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre e 9º Festival Palco Giratório.

Serviço

Espetáculo: Os Dez Mandamentos da Capital
Com: Povo da Rua - teatrodegrupo (RS)
Direção cênica: Evelise Mendes
Elenco: Alessandra Carvalho, Denis Cruz, Evelise Mendes, Felipe Fiorenza, Rochelle Luiza e Kdoo Guerreiro.

Datas e locais
18 de abril (às 12h) - Praça do  Patriarca – Centro/SP
19 de abril (às 11h) - Praça do 65 - Cidade Tiradentes/SP (próx. ao “Terminal Velho”)
Informações: (11) 2285-5962
Grátis. Livre. Duração: 60 min.

Povo da Rua - teatrodegrupo

Atuante em Porto Alegre, RS, o Povo da Rua - teatrodegrupo, que completa 17 anos em 2015, tem origem nos movimentos sociais, apresentando intervenções em espaços públicos e na rua, juntamente com a pesquisa para sua primeira montagem. A trupe já participou de mais de 20 festivais de teatro e realizou sete espetáculos (sendo um deles, teatro de sala convencional), são eles: Os 7 Pecados do Capital; O Mistério das 4 Chaves; Pedro Malazartes da Silva; A Ciranda dos Orixás; A Caravana da Ilusão; Os Dez Mandamentos da Capital; e Zona Paraíso, que estreou em março de 2014.

A Caravana da Ilusão recebeu o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2008 para montagem e apresentação em cidades gaúchas e o 1º Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua 2009 para circulação em cidades de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Financiamento Responsabilidade Social Corag 2012. Já Os 10 Mandamentos da Capital foi contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura, FAC - Pró-Cultura/RS. O espetáculo estreou em novembro 2013, com apresentações em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Esteio, Taquara, Viamão, Alvorada, Campo Bom, Osório e Guaíba. Recebeu também o Prêmio Funarte Artes Cênicas de Rua 2013 para circular nas capitais do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

O Povo da Rua mantém intensas atividades em oficinas em diversas áreas de manifestação artística e cultural, sendo atuante também na área da inclusão social. Nestes 17 anos, desenvolveu atividades de pesquisa de linguagem, treinamento de atores, estudo de pensamentos e temáticas contemporâneas, oficinas artísticas livres, além de montagem e apresentação de espetáculos. O grupo representou o Brasil, em 2000, no 7º Encontro Latino-Americano de Teatro Popular em Santa Fé/Argentina, e integra a Rede Brasileira de Teatro de Rua - RBTR e a Rede Moinho Organizações de Artes Cênicas.