segunda-feira, 24 de junho de 2019

Blue Note SP recebe Zé Guilherme com show em homenagem ao Cantor das Multidões

Foto por Alessandra Fratus
No dia 25 de julho (quinta, às 20h), o cantor e compositor Zé Guilherme é atração no Blue Note São Paulo. O cearense, radicado em São Paulo, apresenta músicas de seu terceiro disco, Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, que foi lançado em 2015.

O álbum é uma homenagem a um dos mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que completaria 100 anos na época do lançamento. O trabalho é norteado por uma releitura delicada e pessoal de 18 canções gravadas pelo Cantor das Multidões, selecionadas por Zé Guilherme em um longo processo de pesquisa sobre sua trajetória.

O repertório de Abre a Janela é formado por: “A Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto), “Dama do Cabaré” (Noel Rosa), “A Primeira Vez” (Armando Marçal e Bide), “Abre a Janela” (Marques Júnior e Roberto Roberti), “Aos Pés da Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), “Faixa de Cetim” (Ary Barroso), “Lábios Que Beijei” (J. Cascata e Leonel Azevedo), “Lealdade” (Wilson Batista e Jorge de Castro), “Malmequer” (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar), “O Homem Sem Mulher Não Vale Nada” (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti), “Pela Primeira Vez” (Noel Rosa e Cristovão de Alencar), “Preconceito” (Marino Pinto e Wilson Batista) e “Alegria” (Assis Valente e Durval Maia), entre outras.

A banda que acompanha Zé Guilherme no Blue Note SP é formada por Adriano Busko (percussão), Cezinha Oliveira (direção musical, violão e vocal), Luque Barros (baixo), Maik Oliveira (cavaquinho) e Pratinha Saraiva (flauta).

Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva

A trajetória de Orlando Silva foi marcada por apurado critério na escolha das canções. Ele só cantava o que lhe tocava a alma. O colorido, o swing e a brasilidade da sua obra foi o mote principal das escolhas de Zé Guilherme. A seleção levou em consideração, além da afinidade artística, a época de seu apogeu - de 1935, quando gravou o primeiro disco, até 1942. O roteiro contempla um perfil mais leve e alegre do cantor como na maioria dos sambas que trazem sempre um toque de humor nas letras.

A produção musical é assinada por Cezinha Oliveira que utilizou elementos clássicos nos arranjos como piano, baixo acústico, acordeon, trombone e violão de sete cordas, entre outros, valorizando a sonoridade do disco sem cair no mero saudosismo. Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva foi concebido com base na interpretação, nos arranjos e nas composições, mostrando que a chamada “música antiga” do Brasil pode se manter clássica em sua origem, popular em sua apresentação e sofisticada em sua concepção.

Sobre a concepção dos arranjos, Cezinha explica que, para todos os sambas, inspirou-se nos conjuntos regionais e nas orquestras que acompanhavam os artistas nas rádios. O instrumental era, geralmente, formado por acordeom, violão, percussão e instrumento solo de sopro. Apenas as marchinhas “A Jardineira” e “Malmequer” seguem outro caminho. A primeira tem introdução influenciada pela música barroca e a segunda ganhou um andamento mais jazzístico.

Serviço

Show: Zé Guilherme
Em: Abre a Janela - Zé Guilherme Canta Orlando Silva
Dia 25 de julho. Quinta, às 20 horas
Ingressos: R$ 80,00 (meia-entrada: R$ 40,00)
Abertura da casa: 19h. Bilheteria: terça a sábado (11h às 20h)
Não recomendado para menores de 18. Duração: 1h30.

Blue Note São Paulo
Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073, 2º andar - Consolação. SP/SP.
Tel: (11) 3179-0050

Facebook: @oficialzeguilherme. Twitter: @zeguilhermeofic. Instagram: @zeguilhermeoficial. Youtube: Zé Guilherme Oficial.

Zé Guilherme

Cearense de Juazeiro do Norte, Zé Guilherme cresceu ouvindo grandes nomes do cenário brasileiro como Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, entre outros, além de cantadores, repentistas, violeiros, banda cabaçal, maracatu, frevo e boi-bumbá, influências fundamentais para a realização do sonho de ser cantor. Em São Paulo, desde 1982, cantou no circuito de casas noturnas, participando de shows ao lado de nomes musicais como Maurício Pereira, Cris Aflalo, Madan, Cezinha Oliveira, Marcelo Quintanilha, Péri e outros.

Em 1998, estreou o show Clandestino, no Anexo Domus, com direção musical de Swami Jr. e direção geral de Luiz Furlanetto. Mais tarde, apresentou o show Zé Guilherme e Convidados no Teatro Crowne Plaza com a participação especial de Carlos Careqa, Maurício Pereira, Vânia Abreu, Zé Terra e René de França. Cantou nos projetos Arte nas Ruas, Clima do Som no Parque da Aclimação e MPB nas Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura; Quinta Mariana, do SESC Vila Mariana; e Quatro Vozes, do Centro Experimental de Música do Sesc Consolação.

Em 2000, Zé Guilherme lançou o primeiro CD Recipiente (Lua Discos), com produção musical e arranjos de Swami Jr., que foi apresentado no Teatro Crowne Plaza, Sesc’s Ipiranga, Vila Mariana e Pompeia (Prata da Casa), Supremo Musical, Centro Cultural São Paulo e outros. Em 2002, sua interpretação para Mosquito Elétrico, de Carlos Careqa, foi incluída na coletânea Brazil Lounge: New Electro-ambient Rhythms from Brazil, lançada pela gravadora portuguesa Música Alternativa. Em 2003 participou do CD homônimo do mineiro Cezinha Oliveira (faixa “Seca”).

Em 2004, estreou o show Canto Geral com canções de seu CD de estreia e músicas inéditas de Marcelo Quintanilha, Carlos Careqa, Péri e Alexandre Leão. Lançou, em 2006, o segundo CD, Tempo ao Tempo, com produção e arranjos de Serginho R., direção artística do próprio Zé Guilherme, que assina também a coprodução em parceria com Marcelo Quintanilha. Em 2007, cantou no CD ao vivo Com os Dentes - Poesias Musicadas, de Reynaldo Bessa. Em 2015, lançou Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva - releitura da obra do Cantor das Multidões em comemoração ao centenário de seu nascimento. Em 2018, o artista lançou Alumia, que mostra também seu lado autoral na maioria das canções.

Till, de Luis Alberto de Abreu, estreia com direção de Kiko Marques com alunos da Escola Wolf Maya


Comédia épica de Luís Alberto de Abreu, Till, ganha encenação pelas mãos do diretor Kiko Marques com apresentações nos dias 1º, 2 e 3 de julho, de segunda a quarta, no Teatro Nair Bello, às 21 horas. O elenco é formado por alunos do 5º Módulo (Turma M5C) da Escola de Atores Wolf Maya.

O espetáculo é um estudo sobre a obra Till Eulenspiegel, escrita em 1999, que narra as aventuras de um personagem popular da tradição oral européia: Till, herói embusteiro, trapaceiro e irreverente, uma espécie de Macunaíma peregrinando pela Alemanha medieval.

Sobre a escolha do texto para esta montagem, o diretor Kiko Marques diz: “Queríamos rir e fazer rir. Quando chegamos a essa conclusão, depois daquele tempo salutar de buscas e aproximações, ficou fácil a escolha de Till e de Luis Alberto de Abreu. Abreu é um criador inquieto, dono de uma das obras mais sólidas e diversificadas da nossa dramaturgia”.

O texto foi escrito para a companhia em que o autor atuava, dando continuidade à série de trabalhos que realizavam em torno da recriação de manifestações da arte tradicional popular como os autos e as narrativas cômicas, além da mescla entre os gêneros, principalmente o épico e o dramático. A personagem Till é uma figura lendária do folclore europeu, que surgiu no início do século XIV, na atual Alemanha. Suas histórias foram reunidas em livro no século XVI. Baseado nesses escritos, Abreu escreveu a peça, situando-a nesse contexto, mas trazendo os personagens e as resoluções para a nossa tradição cômica popular.

"Ao recontarmos essas histórias do nosso jeito, fazemos nossas as palavras do autor, ao qual celebramos pela maestria com que reuniu as histórias de cinco séculos atrás para nos presentear as estripulias de Till e sua genialidade na arte de enganar”, finaliza o diretor.

Autor: Luís Alberto de Abreu. Direção: Kiko Marques. Assistência de direção: Fernanda Bessa e Henrique Meneses. Preparação vocal: Alessandra Zalaf. Preparação Corporal: André Capuano. Figurino: O elenco. Cenário e trilha sonora: Kiko Marques. Criação de luz: Beto Martins. Observadores: Vinicius Fontana, Marina Guimarães, Julia Ferrari e Pedro Dorigon. Operação de som: Henrique Meneses. Produção executiva: Maristela Bueno. Produção: Rodrigo Trevisan e Renato Campagnoli. Design gráfico: Felipe Barros. Coordenação pedagógica: Josemir Kowalick. Coordenação geral: Hudson Glauber. Realização: Escola de Atores Wolf Maya.

Elenco (Turma M5C): Amanda Dryzun, Ana Júlia Barcelos, Camile Pezzin, Diego Navarro, Eduardo Carrilho, Esther Tinman, Fabiana Caruso, Flávia Becker, Gustavo Carvalho, Isadora Lara, Jennifer Santos, Josean Nunes, Juliana Andrade, Kellen Aguiar, Leonardo Gandolphi Lucas Muniz, Marcos Galante, Paloma Oliveira, Ricardo Targino, Thiago Ferreira e Victor Gradella.

Serviço

Espetáculo: Till
Dias 1º, 2 e 3 de julho
Segunda, terça e quarta, às 21 horas
Ingressos: R$ 20,00 (vendas na bilheteria do teatro)
Gênero: Comédia. Duração: 1h40. Classificação: 12 anos.
Bilheteria: quarta a sábado (15h às 21h) e domingo (15h às 19h).

Teatro Nair Bello
Rua Frei Caneca, 569 - Shopping Frei Caneca, 3º Piso. Centro - SP/SP.
Tel: (11) 3472-2442.
Ar condicionado. Acessibilidade. Capacidade: 201 lugares.

Facebook / Twitter: @escolawolfmaya



terça-feira, 18 de junho de 2019

O Buraco d’Oráculo leva projeto de residência ao Campo Limpo junto ao coletivo Bando Trapos


             (Pelas Ordens do Rei que Pede Socorro e O Encantamento da Rabeca - por Marcus Badoo)

Em julho será a vez de o bairro Campo Limpo receber a Circulação - Residência do grupo O Buraco d’Oráculo, numa parceria com o coletivo teatral Bando TraposOs espetáculos - com entrada franca - acontecem entre os dias 13 e 28/7, no Espaço Cultural CITA (Cantinho de Integração de Todas as Artes) e no Largo do Campo Limpo, local de atuação do Bando Trapos.

A programação é formada por quatros espetáculos: O Buraco d’Oráculo apresenta O Encantamento da Rabeca (dia 13/07), O Cuscuz Fedegoso (dia 14/07) e Pelas Ordens do Rei que Pede Socorro! (dia 28/07); já o Coletivo Teatral Bando Trapos encena sua recente montagem Voz do Campo Limpo (dia 26/07).

A Circulação - Residência é parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. Teve início em outubro de 2018, no Parque São Rafael, junto ao Grupo Rosas Periféricas; e neste ano de 2019, aportou em Cidade Tiradentes com o Circo Teatro Palombar, e em Perus, com o Teatro Pandora. O objetivo do Buraco d’Oráculo é promover uma circulação de teatro de rua, a partir do próprio repertório, em territórios de companhias parceiras e, juntos, comandarem um período de programação local.

Espetáculos

 
(Vozes do Campo Limpo, divulgação e  O Cuscuz Fedegoso, de Carlos Goff)

Espetáculo: O Encantamento da Rabeca
Com: O Buraco d’Oráculo

Sinopse: O Encantamento da rabeca conta histórias de transformações vividas por mulheres brincantes - que cantam, tocam, dançam e usam bonecos e máscaras com intuito de revelar o protagonismo, a fragilidade, a força e a resistência dessas mulheres em terreno originalmente masculino.
Ficha técnica - Direção: Lu Coelho. Texto: Lu Coelho com colaboração de Pablo Dantas e Cleydson Catarina. Elenco: Lu Coelho e Nataly Oliveira. Duração: 50 min. Classificação: Livre.

Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso
Com: O Buraco d’Oráculo

Sinopse: Entre os quitutes vendidos por Dona Maria está um cuscuz feito com fedegoso, um matinho cheiroso, mas que não faz lá muito sucesso. Um belo dia, ela oferece a iguaria a um pedinte que, para não pagar pelo alimento, finge passar mal. Ficha técnica - Direção: Elizete Gomes. Texto: Edson Paulo. Elenco: Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

Espetáculo: Vozes do Campo Limpo
Com: Coletivo Teatral Bando Trapos

Sinopse: O experimento cênico Vozes do Campo Limpo foi inspirado em histórias ouvidas de moradores do bairro Campo Limpo, durante o projeto Teatro na Periferia Ocupação de Territórios e Imaginários, realizado pelo grupo com o apoio da 2ª Edição do Fomento à Periferia da Cidade de São Paulo. O Bando Trapos realizou o Caldos e Causos, uma série de rodas de conversa, em torno da fogueira, com caldo quente e violão, quando as pessoas contavam suas histórias. Os encontros contaram também com apresentações de grupos teatrais, seguidas por bate-papo. O experimento é permeado por manifestações afro-brasileiras, poesia e música. Ficha técnica – Texto: Daniel Trevo. Direção: Welton Silva. Elenco: Daniel Trevo, Deco Morais, Joka Andrade, Ton Moura e Welton Silva. Cenário e máscaras de cabaça: Deco Morais. Figurino e adereços: Cleydson Catarina. Participação especial: Geraldo Magela. Produção executiva: Dêssa Souza. Assistência de produção: Nicoly Soares, Davi Damasceno e Júnior Matos. Duração: 60 min. Classificação: 12 anos.

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo

Sinopse: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! é uma intervenção teatral que utiliza a poesia como forma dramatúrgica. Baseando nos princípios da “cenopoesia” em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam para completar um todo. O Buraco d’Oráculo leva à cena um recorte de poemas por meio de cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética, mas também de forma contundente, tocando em temas do nosso cotidiano e de nossa sociedade. Ficha técnica - Texto: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Luiza Galavotti, Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

Serviço

Teatro de rua: Circulação - Residência
Apresentações / julho:

13 de julho. Sábado, às 19h - Espaço Cutural CITA
Espetáculo: O Encantamento da Rabeca - com O Buraco d’Oráculo

14 de julho. Domingo, às 16h - Largo do Campo Limpo
Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso - com O Buraco d’Oráculo

26 de julho. Sexta, às 19h - Espaço Cutural CITA
Espetáculo: Vozes do Campo Limpo - com Coletivo Teatral Bando Trapos

28 de julho. Domingo, às 16h - Largo do Campo Limpo
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! - com O Buraco d’Oráculo

Espaço Cultural CITA – Rua Aroldo de Azevedo, 20 - Campo Limpo. SP/SP.
Largo do Campo Limpo - Campo Limpo. SP/SP
Informações / Circulação - Residência: (11) 98152-4483

Os grupos

O Buraco d’Oráculo - O grupo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.

Bando Trapos - Bando Trapos é um coletivo composto por atores, dançarinos e músicos. O grupo mescla a pesquisa em torno do universo da máscara em frequentes trabalhos de arte-educação com a linguagem do teatro de rua, do bufão e da cultura popular, em especial as manifestações vivenciadas no bairro Campo Limpo (zona sul de São Paulo). Essas influências aparecem como forma de diálogo e reflexão sobre as diversas questões sociais, artísticas e políticas em forma de música, poesia e teatro. O Bando Traposse formou, em 2013, a partir de projetos da Trupe Artemanha de Investigação Teatral, grupo que deu início às atividades do Espaço Cultural CITA, localizado no Campo. Seu repertório é formado pelos espetáculos: Foi o que Ficou... do Bagaço (2014), Mephisto Injustiçado (2013), criado especialmente para o CITA e já circulou por mais de 15 espaços, O Pequeno Circo de Trapos e As Desaventuras de Uma Sopa Zé Lequinesca (2017) e No Vozes do Campo Limpo (2019), experimento cênico com base histórias ouvidas ao longo de 10 meses sobre o bairro.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br

CONECTADOS o Musical mostra a paixão pela música e os conflitos juvenis


A montagem dirigida por Hudson Glauber tem direção musical de Thiago Gimenes,
texto de Alexandra Garnier e elenco formado por Luckas Moura, Gabriel Moura,
Vicky Valentim, Giulia Ayumi, Carol Amaral, Dorgival Júnior e Madu Araújo.

Estreia no dia 6 de julho, sábado, o espetáculo CONECTADOS o Musical no Teatro das Artes, às 18 horas, em São Paulo. Sete jovens atores Luckas Moura, Gabriel Moura, Vicky Valentim, Giulia Ayumi, Carol Amaral, Dorgival Júnior e Madu Araújo – protagonizam uma eletrizante, divertida e também dramática aventura musical em busca do sucesso, na qual a conexão entre eles precisa ir bem além da tecnologia.

A dramaturgia foi criada por Alexandra Garnier, a partir de ideias do próprio elenco. Hudson Glauber assina a direção geral e Thiago Gimenes é responsável pela direção musical, assinando também as canções do espetáculo, que são interpretadas ao vivo nessa ‘pop broadway’. Na ficha técnica tem ainda André Capuano na direção de movimento e Chico Spinoza na cenografia. A idealização é do próprio elenco que resolveu levar à diante um projeto de gente grande, que os artistas tinham em comum.

No enredo, sete jovens apaixonados pela música participam das audições de um grande concurso de talentos. Eles são Bia, July Mie, Angel, Tuco, Duda, Helena e JP, adolescentes de realidades e características muito diferentes, que se veem conectados pela música, em busca de um mesmo sonho.

Os ingredientes dessa trajetória passam pelo cotidiano das personagens e suas particularidades: diferenças sócio-culturais, relações familiares, romances, intrigas, amizade e dúvidas sobre o futuro. No decorrer da trama, os artistas descobrem que precisam transpor os obstáculos, enfrentar os percalços, tirar as máscaras e efetivar uma conexão real humana, fora do aplicativo do celular, para potencializar a possibilidade de sucesso pessoal e profissional.

O diretor Hudson Glauber comenta que há uma boa carga dramática na encenação que, somada à irreverência juvenil, explora também a intensidade das questões familiares, o distanciamento dos pais, a carência, a busca desses jovens por um lugar no mundo. “CONECTADOS o Musical reflete sobre as consequências da falta de tempo na sociedade contemporânea para cultivar os laços. A encenação passa pelas fragilidades de cada personagem com suas diferentes atitudes, personalidades e individualidades”, afirma o diretor.

A música assume também um papel dramatúrgico no espetáculo. O texto de CONECTADOS o Musical está nas letras das canções e, segundo o diretor musical Thiago Gimenes, traz fundos morais que aprofundam os conflitos desses jovens. “A trilha sonora acompanha a identidade de cada personagem e conta cada história em linguagem ‘broadway’, misturando ritmos como pop, rock, rap, reaggae e balada”, revela Gimenes .

CONECTADOS o Musical promete divertir e emocionar, não só pela aventura dos jovens em busca da realização, mas também pela descoberta de suas próprias identidades”, finaliza Hudson Glauber.

As personagens

Bia (Carol Amaral) - Bia tem 16 anos, é estudiosa e aplicada em tudo que faz. Sua mãe é costureira e seu pai, contador, perde o emprego ao longo da trama, deixando Bia na iminência de ter que abandonar o concurso. Parece passiva, mas sua paciência temina diante do desrespeito. Sensível e romântica, ela logo se apaixona por um dos garotos.

July Mie (Giulia Ayumi) - July tem 16 anos, filha de pai brasileiro e mãe japonesa. Descolada, simpática e alegre, vive rodeada de amigos com seu estilo ‘skatista’. Tem déficit de atenção e odeia estudar, mas é muito focada quando assunto é cantar e dançar. É alvo da implicância dos colegas por ser a última a entender os fatos, a rir das piadas; é meio ‘perdidinha’. Tem pavio curto, sai em defesa dos mais fracos e, na hora da briga, mistura português com japonês.

Angel (Vicky Valentim) – Angel, 16 anos, é bonita e antenada. O pai é profissional bem sucedido que tem aversão à carreira artística. A mãe os abandonou quando ela era pequena e foi em busca do sonho de ser cantora. Como lembrança, tem um retrato e uma carta. Mimada pelo pai, que atende todos os seus desejos, é impaciente com as fraquezas alheias; usa a arrogância como uma forma de proteção. Elal ainda tem dúvidas sobre sua orientação sexual.

Helena (Madu Araújo) – Helena, 17 anos, é a irmã mais velha do personagem Duda. Não tem intenção de ser cantora profissional, mas é louca por famosos. É dona de mais de 70 fã-clubes no Instagram; aficionada por atores, youtubers e cantores; viciada em fanfics, novelinhas e webseries. Não tem a menor idéia de que profissão seguir. Com a separação dos pais, entrou ainda mais no mundo de amigos virtuais. Seu estilo de se vestir traz a identidade de seu ídolo.

Duda (Dorgival Júnior) – Duda, 15 anos, é o irmão mais novo de Helena. Com os hormônios em ebulição, só pensa em namorar. É conquistador, mas ainda está aprendendo a lidar com as garotas. Não gosta de ser visto ao lado da irmã. O pai, divorciado da mãe, mulherengo e machista, exerce grande influência sobre Duda. Nunca pensou em ser cantor e desconhecia seu talento. Inscreveu-se no concurso para ficar perto de Angel, por quem se apaixonou.

Tuco (Gabriel Moura) – Tuco, 17 anos, vem de família de músicos de classe média. Seus pais são ‘alternativos’, veganos, adeptos de fitoterápica e reciclagem. Sempre vê o lado positivo de tudo e odeia brigas. Tranquilão, meio aliendao e sempre atrasado, parece estar sob o efeito de maconha. É a favor da liberdade sexual e da legalização da maconha, usa roupas alternativas e em seus bolsos sempre tem coisas como uma banana ou uma pequena imagem de Buda.

JP (Luckas Moura) - JP tem 18 anos e, portanto, o único maior de idade, além de sensato e inteligente. É calado, tem um ar de mistério: guarda um segredo. Seus pais são milionários e sempre conseguiram tudo para os filhos usando a influência. JP resolve, pela primeira vez, conquistar algo pelo seu próprio mérito. Todos pensam que ele é um rapaz humilde, que vive com a avó na periferia. Apesar da diferença social, JP tem conexão imediata com Bia.

Ficha técnica

Dramaturgia: Alexandra Garnier
Direção: Hudson Glauber
Direção musical, composições e preparação Vocal: Thiago Gimenes
Direção de movimento: André Capuano
Elenco: Luckas Moura, Gabriel Moura, Dorgival Júnior, Giulia Ayumi, Vicky Valentim, Carolina Amaral e Madu Araújo.
Cenografia: Chico Spinoza
Desenho de luz: Rodrigo Alves
Trilha sonora: Tomé Souza
Figurino: Liliane Ávilla
Assistência de cenografia: Kimiko Kobayashi
Assistência de direção: Rodrigo Trevisan e Felipe Caiafa
Cenotecnia e adereços: Marcos Santos
Operação de som: Felipe Moraes
Operação de luz: Jarbas Sardinha
Contrarregragem: Felipe Caiafa e Martins Silva 
Técnica de palco e camarins: Luana Pessi
Idealização: DGM Produções Artísticas
Produção e realização: Nosso Cultural, DGM Produções Artísticas e Ministério da Cidadania.
Direção de produção: Ricardo Grasson
Produção executiva: Heitor Garcia, Felipe Aidar
Gestão de projeto: Lumus Entretenimento
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Comunicação visual e redes sociais: Teto Cultura
Book de apresentação: Felipe Barros
Fotos design cenário: Woodstock Produtora
Fotos: Caio de Biasi

Serviço

Espetáculo: CONECTADOS o Musical
Estreia: 6 de julho, sábado, às 18 horas
Temporada: 6 de julho a 31 de agosto. Sábados, às 18h
Gênero: Musical. Duração: 60 min. Indicação de idade: 12 anos.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). https://www.ingressorapido.com.br/

Teatro das Artes - Shopping Eldorado
Av. Rebouças, 3970 – 3º Piso – Pinheiros. São Paulo/SP
Telefone: (11) 3034-0075. Capacidade: 769 lugares.


Assessoria de imprensa - VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

Núcleo Filhas da Dita apresenta no Sesc Ipiranga peça que cruza a força ancestral de Orixás femininas com a construção de Cidade Tiradentes por mulheres negras


Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes integra a
programação da mostra OUNJE - Alimento dos Orixás (programação aqui) que
acontece no Sesc Ipiranga, no período de 19 de junho a 25 de agosto. A exposição
faz uma imersão artística na culinária e na cultura das religiões afro-brasileiras.

Foto de Luciana Ponce
O Núcleo Teatral Filhas da Dita estreia o espetáculo Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes no dia 12 de julho (sexta, às 21h), no Sesc Ipiranga, em São Paulo. Com direção e dramaturgia de Antonia Mattos, a montagem faz somente três apresentações, seguindo até o dia 14, no Teatro da unidade.

Para refletir sobre como a África se manifesta no dia a dia das moradoras de Cidade Tiradentes, o grupo encarou o desafio de ‘afrografar’ o bairro - referência ao termo ‘afrografias’ da poetisa e ensaísta Dra. Leda Maria Martins, que coloca em evidência e consciência a nossa herança africana. O trabalho do Núcleo Filhas da Dita mapeou esse legado ancestral por vários ângulos: ao próprio redor, junto a parentes, pessoas próximas e até desconhecidas que caminham pelo bairro.

A partir da investigação proposta, Canto das Ditas coloca em cena histórias de mulheres negras de Cidade Tiradentes que se entrecruzam com histórias de Yabás (orixás femininas). A montagem busca o reflexo das histórias do cotidiano em um espelho ‘mítico’ das personagens sagradas.

A diretora Antonia Mattos explica que os depoimentos colhidos pelo grupo aparecem no texto e na dramaturgia de forma não linear, fragmentada “A narrativa é espiralada, pois procura se relacionar com um tempo mítico, da memória e da ancestralidade. As personagens reais correspondem, de forma arquetípica, às personagens míticas. Recorremos ao ‘espírito ancestral feminino’, às ‘grandes mães da humanidade’, às yabás para contar e cantar as histórias dessas mulheres, as Ditas, que fundaram Cidade Tiradentes”.

As atrizes que interpretam as quatro mulheres - Bendita/Nanã, Marta/Iemanjá Maria/Iansã, e Joana Nega Su/Obá - são Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches e Thábata Letícia, respectivamente. Segundo Antonia, a poética cênica é atravessada por elementos e saberes ancestrais, num tempo/espaço espiralado que aponta para um movimento rumo às reminiscências de um passado sagrado, para fortalecer o presente e deslumbrar o futuro. A origem da humanidade na África e a fundação de Cidade Tiradentes são contadas simultaneamente: o passado sagrado se revela no presente e passado recente.

A origem do bairro passa pela força dessas mulheres negras que alí chegaram, se instalaram e fizeram a história local. E são delas as histórias contadas na encenação Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, onde a música tem papel fundamental, trazendo a voz e o canto dessas mulheres em um cenário lúdico que se estabelece entre o ritual e o urbano contemporâneo. “Tempos e lugares diferentes mostram que, apesar de toda a repressão sofrida, as mulheres sempre se reuniram em grupos para buscar alternativas, para desafiar o sistema patriarcal e mudar sua condição, seja na sociedade secreta africana de Eleko, seja na Casa Anastácia (Centro de Defesa e Convivência da Mulher) em Cidade Tiradentes”, reflete Antonia Mattos.

"São evocadas as mães, as avós, as netas e filhas que ainda nem nasceram para exaltar essa ancestralidade sagrada: o poder feminino da mulher negra. Pedimos licença às ‘Grandes Mães Pássaros’ e saudamos nossa ancestralidade africana e afro-brasileira, por meio de gestos, música, canto, narrativas e oralituras que trazem milênios de existência e dão pistas para o futuro". Depoimento das atrizes do Núcleo Teatral Filhas da Dita.

“Só quando ‘chegou’ aqui foi que a gente percebeu que tinham construído só os prédios mesmo, ‘né’?! Não tinha mais nada ‘pra’ gente aqui.  Foi quando eu percebi que se a gente quisesse alguma coisa, tinha que pôr a mão na massa. Foi isso que a comunidade fez."
Depoimento de Dona Geralda Marfisa, moradora de Cidade Tiradentes, há 34 anos.

O grupo - O Núcleo Teatral Filhas da Dita nasceu no Centro Cultural Arte em Construção, em 2007, e vem mantendo um processo contínuo de criação artística.  Em seu repertório estão os espetáculos: Sonho de Tatiane - uma Poética sobre Juventudes (2017), A Guerra (2013) e Os Tronconenses (2007). Em 2015, brotou a faísca de um desejo: a construção do fazer artístico novo, mas que mantivesse a memória progenitora. “Afinal, se somos Filhas, nossas mães têm cara, voz e corpo nos nossos processos. Dessa constatação desemboca um estudo aprofundado sobre a feminilidade e suas subjetividades com recorte de raça/etnia”, relatam os integrantes do grupo. Atualmente, com a realização de Fragmetos Afrografados de Cidade Tiradentes, buscam visibilizar narrativas que constantemente foram, e ainda são negligenciadas. Nesses anos de trabalho é evidente o aprofundamento de uma prática artística com e no território e a articulação em rede com outros coletivos periféricos.

FICHA TÉCNICA

Direção e Dramaturgia: Antonia Mattos. Elenco: Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches, Thábata Letícia, Cláudio Pavão e Rafael Pantoja. Direção musical: Jonathan Silva. Concepção de luz: Antonia Mattos e Fernando Alves. Cenário e figurino: Eliseu Weide. Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Núcleo Teatral Filhas da Dita. Realização: Sesc.

SERVIÇO

Espetáculo: Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes
Com: Núcleo Teatral Filhas da Dita
Mostra: OUNJE - Alimento dos Orixás
Dias 12, 13 e 14 de julho
Sexta e sábado (às 21h) e domingo (às 18h)
Local: Teatro (200 lugares)
Gênero: Teatro Adulto. Duração: 90 min. Classificação: 14 anos.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira). R$ 10,50 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). R$ 6,00 (credencial plena do Sesc: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).

Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga – SP/SP
Tel: 3340-2000
Twitter e Facebook: @sescipiranga


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