sexta-feira, 29 de setembro de 2017

D’arc - Dark, criação de Dinah Perry e Jorge Garcia, estreia em novembro

Concebido pelos coreógrafos Dinah Perry e Jorge Garcia, o espetáculo D’Arc - Dark estreia no dia 5 de novembro (domingo, às 19h), no Espaço Capital 35, em Perdizes. A temporada segue até o dia 26 de novembro com sessões sempre aos domingos, às 19h.

D'arc - Dark é dividido em dois atos sequenciais com 30 minutos de duração cada um. São coreografias distintas que mostram o diferente olhar dos coreógrafos para o mesmo tema, mas que se complementam ao contemplar a mulher de todos os tempos.

Tanto D’arc de Dinah Perry quanto Dark de Jorge Garcia tem Joana d’Arc como inspiração: heroína francesa, santa da igreja católica e padroeira da França, ela foi chefe militar na Guerra dos Cem Anos e condenada à execução na fogueira sob a acusação de bruxaria. Dinah traz a Joana D’arc inserida nas questões da mulher contemporânea; já Garcia explora o lirismo e as dores desse arquétipo de mulher. Embora o período medieval seja pano de fundo, o espetáculo tem contexto atemporal.

A coreografia de Perry reúne elementos da dança, do teatro e da expressão corporal, amarrados por textos autorais. Em foco o corpo dinâmico em combate, propondo imagens intensas às cenas. Em D’arc, a mulher aparece inserida nas mazelas do mundo atual, questionando as relações humanas ceifadas pelo poder, pela inveja e pela solidão.

A criação de Garcia aborda Joana d’Arc como símbolo do sofrimento das mulheres acusadas de bruxaria na Idade Média. O nome ‘dark’, de escuro, é uma metáfora ao nome da heroína para trazer luz ao escuro da cena e refletir sobre uma cultura que ainda se faz presente. A sensação de ser queimado e a imagem sensorial desta ação trazem para a coreografia Dark o discurso ao qual se propõe. Manipulam-se corpos em cena enquanto o sofrimento e o aprisionamento também são manipulados.

Enquanto a música lírica pontua a encenação de Dinah, musicais de Björk aparecem em coro, em forma de lamento, na criação de Garcia. As duas coreografias trazem um mesmo elenco de quatro bailarinas: Ana Carolina Barreto, Carine Shimoura, Larissa Leão e Paula Miessa, além de Julia Cavalcante (que atua somente em D’arc).

Ficha técnica

Criadores/coreógrafos: Dinah Perry e Jorge Garcia
Elenco: Ana Carolina Barreto, Carine Shimoura, Julia Cavalcante, Larissa Leão e Paula Miessa.
Iluminação: Ari Buccioni
Produção executiva: William Mazzar
Fotos: Silvia Machado

Serviço

Espetáculo/dança: D’arc - Dark
Dias 5, 12, 19 e 26 de novembro. Domingos, às 19h
Local: Espaço Capital 35
Rua Capital Federal, 35, Perdizes. SP/SP (Metrô Sumaré).
Ingressos: R$ 25,00 (preço único). Bilheteria 1h antes. Aceita dinheiro.
Duração: 60 min. Lotação: 30 lugares. Classificação: livre.
Não possui acessibilidade.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Companhia de Danças de Diadema dança A Mão do Meio no Centro Cultural Taboão

No dia 6 de outubro (sexta-feira, às 16h), a Companhia de Danças de Diadema apresenta o espetáculo A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica no Centro Cultural Taboão, em Diadema, com entrada franca.

A Mão do Meio tem concepção e coreografia assinadas por Michael Bugdahn e Denise Namura. A direção geral é de Ana Bottosso. O enredo retrata a experiência da descoberta do próprio corpo, das mãos e dos pés. É uma história de gestos contada por meio da dança. Bailarinos e público embarcam na fabulosa aventura de uma “mão”, fascinada por todo tipo de movimento, que parte em busca da descoberta do corpo, tornando-se uma verdadeira colecionadora de gestos.

Segundo os coreógrafos, o espetáculo é uma sinfonia lúdica composta por movimentos, sons e luzes que faz o público mergulhar em um mundo feito poesia, onde situações do cotidiano se transformam em mágica num piscar de olhos, onde gestos simples provocam imagens surpreendentes e sensações inéditas. Michael Bugdahn explica que A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica conta uma história que envolve o nascimento, a descoberta do corpo e da vida. Também fala sobre as diferenças físicas entre as pessoas, que nem sempre são relevantes. “Todos vão compreender que não é preciso ser um super-herói para viver experiências incríveis e enriquecedoras”, comenta.

Segundo Ana Bottoso, “eles trazem uma estética primorosa que explora a mímica, os detalhes minimalistas, os gestos, os movimentos do cotidiano: características ideais para um espetáculo infantil”.

A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica, que estreou em 2015, é a segunda montagem da Companhia de Danças de Diadema criada para o público infantil. Em 2010, produziu Meio em Jogo (de Ivan Bernardelli e Francisco Júnior).

Ficha técnica / Serviço

Direção geral: Ana Bottosso. Elenco: Carolini Piovani, Daniele Santos, Danielle Rodrigues, Keila Akemi, Elton de Souza/Fernando Gomes, Rafael Abreu/Leonardo Carvajal, Thaís Lima, Ton Carbones, Zezinho Alves. Concepção e coreografia: Michael Bugdahn e Denise Namura. Ideia original, texto e dramaturgia: Michael Bugdahn. Assistente de direção e produção administrativa: Ton Carbones. Assistente de coreografia: Carolini Piovani. Desenho de luz, trilha e pesquisa musical: Michael Bugdahn. Vozes/off: Roberto Mainieri e Denise Namura.  Concepção de cenário, adereços e figurino: Michael Bugdahn e Denise Namura. Confecção de cenário e adereços: Fábio Marques. Confecção de figurino: Cleide Aniwa. Sonoplastia e assistência de produção: Renato Alves e Daniela Garcia. Prof. dança clássica: Eduardo Bonnis e Márcio Rongetti. Condicionamento físico: Carolini Piovani.



Serviço

Espetáculo: A Mão do Meio – Sinfonia lúdica
Dia 6 de outubro. Sexta, às 16h
Local: Centro Cultural Taboão
Av. Don João VI, 1393, Taboão. Diadema/SP. Tel: (11) 4077-1643
Ingressos: Grátis. Classificação: Livre. Duração: 40 min.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Luana Piovani e Kátia Boulos participam de bate-papo em sessão de O Orgulho a Rua Parnell

No dia 25 de setembro (segunda), acontece o último bate-papo sobre violência contra a mulher após sessão do espetáculo O Orgulho da Rua Parnell, na SP Escola de Teatro, com participação de Luana Piovani (atriz) e Kátia Boulos (advogada e Presidente da Comissão da Mulher Advogada e da OAB).

O encontro tem mediação do diretor da peça, Darson Ribeiro, e da advogada Carla Boin. A peça narra a história de amor de um casal que tem desfecho dramático mediante um ato medonho de violência por parte do marido. A temporada de O Orgulho da Rua Parnell - sábados (21h), domingos (19h) e segundas (20h) - e os bate-papos fazem parte residência artística que Darson vem realizando na SP Escola de Teatro, no mês de setembro.

Os encontros, para discutir o tema da peça, tiveram início no dia 4, sempre às segundas-feiras, e já contou com participação do chef Henrique Fogaça, do jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri, do ator e diretor Paulo Betti, da atriz Eloisa Vitz, do dramaturgo e diretor Aimar Labaki e do ginecologista Malcolm Montgomery.

O Orgulho da Rua Parnell

Depois da primeira temporada, em janeiro, quando foi encenada dentro do Antiquário Verniz, O Orgulho da Rua Parnell, de Sebastian Barry, segue em temporada na SP Escola de Teatro, até o dia 25 de setembro. Esta primeira montagem brasileira tem tradução e direção assinadas por Darson Ribeiro.

A peça é uma compilação de monólogos interconectados – interpretados por Alexandre Tigano e Claudiane Carvalho - onde um casal relata minuciosamente o resultado caótico de uma relação de amor que foi ceifada por um ato medonho de violência por parte do marido. A encenação tem ainda participação especial do garoto Enrico Bezerra - de 10 anos – que abre a peça interpretando uma canção.

O Orgulho da Rua Parnell narra 10 anos dessa complicada e também bela história de amor. Em movimentos delicados – quase paralisados – as personagens descrevem entre lágrimas, risos, tesão e orgulho tudo o que os levou à situação atual. São lembranças pesadas e até insanas, mas permeadas de um amor sem igual. A peça revela o grau de perigo, quase sempre perniciosamente velado, que existe na paixão e o estrago que isso pode provocar, caso esse sentimento seja sublimado ou potencializado em substituição às vontades próprias, fazendo do egoísmo uma arma fatal.

Na obra de Barry as limitações e o controle das emoções vêm no formato de prosa, ao mesmo tempo áspera e macia. Joe Brady é um ladrãozinho insignificante que tem o apelido de “homem-meio-dia”. Ele e sua esposa Janet vivem na periferia de Dublin, na Irlanda, e apesar da vida marginalizada mantêm orgulho de seu lifestyle, como ocorre com a maioria das personagens de Sebastian Barry.

No enredo, a derrota que marcou a desmoralizante desclassificação da Irlanda na Copa do Mundo de 1990, na Itália, cobrou seu preço. E parece que para o casal Joe e Janet a cobrança veio com juros altíssimos. O déficit desses dois foi maior do que o da seleção naquela noite. Alguns anos se passaram e agora eles revelam a intimidade de um amor eterno, mas também a ruptura desastrosa do casamento.

É um início de relação pobre, mas feliz. Ela, mãe aos 16 anos, sofre para criar os três filhos. Ele, apelidado de “midday man”, vive à sombra e água fresca, roubando carros. Eles vão se aturando até que o primogênito Billy morre atropelado por um caminhão de cerveja. Este é talvez o início do fim, não só da relação, mas até mesmo do amor pela Irlanda. Será? Ao voltar para casa, após a quarta de final dos jogos, Joe quase mata a esposa, espancando-a. Desfacelada, ela foge para um abrigo de mulheres, levando as crianças. Apesar da ausência do marido - e pai - ela vai reconstruindo sua vida, enquanto ele se afunda na heroína, nas prisões e sofre com a AIDS.

Segundo o diretor Darson Ribeiro, O Orgulho Da Rua Parnell a peça de Barry traz a simplicidade como aliada, respeitando o não naturalismo indicado pelo autor, principalmente na relação interpretativa dos atores. E a direção se apropria da precisão para contar essa trágica história de amor, brincando com o imagético e criando camadas no arquétipo das personagens. “A história é narrada como se ‘esfregássemos’ as situações na cara do espectador”, comenta.

“Vivemos numa época em que cada vez mais o homem, ainda que inconscientemente, vem tentando contar com seus sentidos. É nesse estado que ele, paradoxalmente, provoca em si atitudes que ultrapassam limites da consciência. Só depois, já com o ato consumado, é que busca a qualquer custo se livrar das armadilhas de seu próprio desejo. Assim, empenha-se desmedidamente em valorizar o que era simples, belo e eficaz: o viver... Quase numa espécie de sublimação”, finaliza o diretor.

Ficha técnica

Texto: Sebastian Barry. Direção, tradução, Trilha, cenografia e figurino: Darson Ribeiro. Elenco: Alexandre Tigano (Joe) e Claudiane Carvalho como (Janet) e participação especial de Enrico Bezerra. Iluminação: Rodrigo Souza. Assistência de direção: Arnaldo D’Avila. Iluminotécnica: LPL Lighting Designer. Edição/trilha: Lalá Moreira DJ. Fotografia: Eliana Souza. Design gráfico: Iago Sartini. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Produção: DR Produções - Ribeiro Produções.

Serviço

Espetáculo: O Orgulho da Rua Parnell
Local: SP Escola de Teatro | Sala R8 - http://spescoladeteatro.org.br
Endereço: Praça Franklin Roosevelt, 210. Consolação. SP/SP – Tel: (11) 3775-8600
Temporada: de 2 a 25 de setembro
25/9 – Bate-papo com Kátia Boulos e Luana Piovani
Horários: sábados (21h), domingos (às 19h) e segundas (20h)
Ingressos: R$ 40,00 (meia: 20,00).
Bilheteria: 1h antes das sessões (aceita somente dinheiro).
Venda online: Sampa Ingressos - www.sampaingressos.com.br.
Classificação: 12 anos. Duração: 75 minutos. Gênero: drama. Capacidade: 60 lugares.
Reservas: 3775-8600 ramal 19 (c/ Paulo) e 98921-4158 (c/ Giovana).

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Festival Cine Inclusão tem sessão de encerramento dia 23/9 na Unibes Cultural

Antônio Petrin no filme Walter do 402
Visando a inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva, o evento conta com audiodescrição e tradução em Libras.

No dia 23 de setembro (sábado, às 15h) acontece na Unibes Cultural o encerramento do 2º Festival Cine Inclusão, cuja edição tem a terceira idade como tema. A entrada é franca e os interessados devem confirmar presença pelo cineinclusao@muk.nu.

O evento inclui exibição de filmes convidados - Epílogo, de Daniel Seidl Moreira, Tomou Café e Esperou, de Emiliano Cunha, e Walter do 402, de Breno Ferreira – e de dois curtas-metragens que foram produzidos nas oficinas de capacitação para idosos desta edição.

Após a sessão de cinema, tem o debate A Atuação da Terceira Idade no Audiovisual, mediado por Victor Fisch (cineasta e curador do festival) com participação de realizadores convidados, entre eles Cervantes Souto Sobrinho (fundador do Cineclube Araucária, de Campos do Jordão) e Daniel Seidl Moreira (cineasta e jornalista). Na ocasião serão entregues os troféus aos filmes vencedores, escolhidos por votação popular. Haverá também prêmio de melhor ator e melhor atriz, eleitos pela comissão do Festival.

No 2º Festival Cine Inclusão – iniciado no dia 2 de setembro – os filmes foram realizados e/ou protagonizados por pessoas com mais de 60 anos; e as oficinas sobre o fazer cinematográfico foram destinadas aos idosos, moradores de regiões periféricas. O projeto – realizado com o apoio do ProAC – criou um espaço de exibição e de debate sobre a importância da sétima arte na inclusão sociocultural de uma camada crescente da população.

A curadoria desta edição foi feita pelo cineasta Victor Fisch e pela pesquisadora e curadora Luciana Rossi, com participação da produtora portuguesa Elsa Barão. Foram selecionados 24 obras de diversos estados brasileiros, que foram divididas em Mostra Competitiva (filmes cuja temática e/ou seus protagonista são idosos) e Mostra Idosos em Ação (filmes realizados para pessoas com mais de 60 anos).

As exibições ocorreram no CEU Heliópolis, no CEU Paraisópolis e na Unibes Cultural (espaço também dos eventos de abertura e encerramento). As oficinas de capacitação cinematográfica para idosos foram ministradas pela cineasta Bruna Lessa e pela pedagoga Tati Rehder.

Segundo o criador do Festival Cine Inclusão, Daniel Gaggini, os objetivos desta segunda edição é  “dar espaço a filmes que dificilmente seriam exibidos em outros festivais, cujos protagonistas ou realizadores sejam idosos; propor, por meio da arte, a interação e o intercâmbio de experiências e conhecimento; capacitar 60 moradores de Heliópolis e Paraisópolis no fazer cinematográfico; produzir obras audiovisuais e debater a importância da arte para a inclusão sociocultural do idoso”.

O Cine Inclusão

A iniciativa do projeto Cine Inclusão é de Daniel Gaggini, artista e produtor que vem se destacando na realização de projetos dedicados à difusão de iniciativas culturais produzidas em regiões periféricas do Brasil. Em seu currículo, consta a realização da Mostra de Teatro de Heliópolis, o projeto/espetáculo Vira-Latas de Aluguel, o Festival Popular de Cinema de Itapeva, o projeto de capacitação cinematográfica Cine Inclusão, e a direção, por quatro anos, do Festival Cine Favela de Cinema.

A primeira edição do Festival Cine Inclusão foi realizada em 2015 e contemplou as comunidades de Capão Redondo e Cidade Tiradentes, além do Memorial da América Latina. O evento - que reuniu mais de 400 espectadores, exibiu 26 filmes em 14 sessões gratuitas - capacitou 46 jovens em oficinas de cinema e produziu duas obras audiovisuais. Promoveu ainda um debate com participação dos institutos Criar e Querô e dos projetos É Nóis na Fita e Kaminu Filmes (Colômbia).

Filmes do encerramento

Filme: Epílogo (16’28”. Doc. 2012. São Paulo/SP)
Direção: Daniel Seidl Moreira. Roteiro: Daniel Seidl Moreira. Empresa / Produtora: Bellatrix Produções. Elenco: José Mirage Justo, Clotilde Ferreira, Severino da Silva, Geralda Bodog, Nemésio Alvarez, Yonne Martins.
Sinopse: A população brasileira envelhece em ritmo acelerado. A maioria dos idosos recebe cuidados e atenção de seus familiares, mas muitos são abandonados e acabam dependendo do Estado.

Filme: Tomou Café e Esperou (12’33”. Drama. 2013. Porto Alegre/RS)
Direção: Emiliano Cunha. Roteiro: Emiliano Cunha. Empresa / Produtora: Tokyo Filmes, Gogó Conteúdo Sonoro, Avante Filmes, Sofá Verde Filmes. Elenco: Milton Mattos, Vilma Loner, Marcos Verza e Ana Maria Mainieri
Sinopse: Carlos vai até a cozinha e prepara um café. O tempo que separa o ontem do agora. 

Filme: Walter do 402 (16’33”. Comédia-Drama. 2016. Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Breno Ferreira. Roteiro: Breno Ferreira e Bruno Saboia. Empresa / Produtora: Dom 21 Filmes. Elenco: Antônio Petrin, Alcione Mazzeo, Gustavo Arthiddoro, Aracy Cardoso, Daniela Fontan, Cinara Leal, Pritty Borges.
Sinopse: Walter é um idoso rabugento que sofre com sua solidão e vê no suicídio a única saída. Já sua vizinha, a solitária Vera, tem esperança que Walter seja a companhia que precisa. Ela tenta conquistar Walter usando o talento que tem na cozinha. Entre os dois, há o porteiro Zezinho, jovem Don Juan que não enxerga problema algum em viver sozinho.

Serviço

2º Festival Cine Inclusão
De 2 a 9 de setembro de 2017
Idealização e direção geral: Daniel Gaggini
Direção de produção: Luh Moreira
Realização e produção: MUK
Apoio: ProAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de SP
Informações: http://cineinclusao.com.br/ / cineinclusao@muk.nu / (11) 2649-8508

Encerramento: 23 de setembro. Sábado, às 15h
Local: Unibes Cultural
Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré. SP/SP. Tel: (11) 3065-4333.
Teatro (350 lugares). Classificação: livre. Duração: 90 min.
Ingressos: Grátis. Confirmar presença pelo e-mail cineinclusao@muk.nu.
Sessão com audiodescrição e tradução em Libras.


Exposição de Fábio Magalhães na CAIXA Cultural São Paulo termina no dia 24 de setembro

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, até o dia 24 de setembro, a exposição Além do Visível, Aquém do Intangível, que reúne a produção mais significativa de Fábio Magalhães, desenvolvida entre 2007 e 2017. A mostra, que tem curadoria de Alejandra Muñoz, é patrocinada pela Caixa Econômica Federal e tem entrada franca.

Além do Visível, Aquém do Intangível apresenta 25 trabalhos de óleo sobre tela em grandes formatos, distribuídos em cinco séries: O Grande Corpo, Retratos Íntimos, Superfícies do Intangível, Latências Atrozes e Limites do Introspecto.

As obras de Fábio Magalhães surgem de metáforas criadas a partir de pulsões, das condições psíquicas e substratos de um imaginário pessoal, até chegar a um estado de imagem/corpo. Os resultados são obtidos por meio de artifícios que nascem de um modus operandi que parte de um ato fotográfico e materializa-se em pintura. O artista apresenta encenações meticulosamente planejadas, capazes de borrar os limites da percepção, configuradas em distorções da realidade e contornos perturbadores.

A produção artística contemporânea vem enfrentando desafios numa época em que o excesso de imagens nos faz pensar: para que mais uma? Contudo, Magalhães questiona aquilo que se encontra na superfície da tela, a imagem. Para ele, trata-se de uma superfície permeável, onde poderíamos atravessar e encontrar outros lugares, outras imagens que só existem em nossa imaginação, podendo ser entendidas como portais que nos conduzem a outras realidades e nos faz pensar a condição de alteridade. Assim, o artista convida o espectador a “ver” o que está além das imagens produzidas por ele, nas quais figuram cenas realistas que colocam em xeque a própria realidade. Um convite para “além do visível”.

A escolha da pintura é uma atitude afirmativa e política que Magalhães defende em sua obra, pois se trata de uma produção que questiona o Ser e a condição do humano. Para tanto, escolhe construir metáforas visuais que buscam discutir o Eu e o Outro. Com isso, a alteridade é uma das premissas que se instaura em seu modo de fazer arte. Vivências e memórias funcionam como ativadores criativos, reunindo imaginário, fabulações e subjetividades. Usando a técnica de óleo sobre tela, ele estabelece relações e interações entre a tradição e a contemporaneidade, presentes no seu modo de fazer e pensar a arte hoje. “A pintura de Fábio Magalhães se constitui nesse lugar inquietante entre o visível, reconhecível e familiar e o inefável e intangível”, comenta a curadora Alejandra Muñoz.

Além do Visível, Aquém do Intangível traz uma proposta de desterritorialização das diretrizes que definiam a produção artística do passado e coloca a pintura em outro lugar de potência, onde o artista estabelece suas próprias regras, construídas para dar visibilidade aos substratos de um imaginário pessoal, atravessados por procedimentos fotográficos, simulações de cenas e o próprio ato de pintar. O deslocamento aqui é entendido em múltiplos aspectos, seja pela presença da pintura na atualidade, seja pela escolha de temas que se encontram transitando ente condições psíquicas, devaneios e relações humanas possíveis.

Segundo a curadora, a importância dessa mostra é dar visibilidade à produção de um jovem artista baiano, que vem se destacando no cenário nacional com uma pintura contemporânea. O projeto tem valor significativo na carreira de Fábio Magalhães, pois, em 2017, ele completa 10 anos de intensa atividade, tendo a pintura como principal plataforma de atuação artística.


Sobre o artista

Fábio Magalhães (Tanque Novo, BA, 1982) vive e trabalha em Salvador. Ao longo da carreira, realizou exposições individuais, a primeira em 2008, na Galeria de Arte da Aliança Francesa, em Salvador. Na sequência, Jogos de Significados (2009), na Galeria do Conselho, O Grande Corpo (2011), Prêmio Matilde Mattos/FUNCEB, na Galeria do Conselho, ambas em Salvador; e Retratos Íntimos (2013), na Galeria Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro. Foi selecionado para o projeto Rumos Itaú Cultural 2011/2013. Entre as mostras coletivas estão: Convite à Viagem - Rumos Artes Visuais, com curadoria do Agnaldo Farias, no Itaú Cultural, em São Paulo; O Fio do Abismo – Rumos Artes Visuais, com curadoria de Gabriela Motta, em Belém/PA; Territórios, com curadoria do Bitu Cassundé, na Sala Funarte, em Recife/PE; Espelho Refletido, com curadoria do Marcus Lontra, no Centro Cultural Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro/RJ; Paraconsistente, com curadoria de Alejandra Muñoz, no ICBA, em Salvador/BA; 60º Salão de Abril, em Fortaleza/CE; 63º Salão Paranaense, em Curitiba/PR; XV Salão da Bahia, em Salvador; e I Bienal do Triângulo, em Uberlândia/MG, entre outras. Entre os prêmios que recebeu destaque para Prêmio FUNARTE Arte Contemporânea - Sala Nordeste; Prêmio Aquisição e Prêmio Júri Popular no I Salão Semear de Arte Contemporânea em Aracaju/SE; Prêmio Fundação Cultural do Estado, em Vitória da Conquista/BA, e Menção Especial em Jequié/BA.

Sobre a curadora

Alejandra Hernández Muñoz (Montevideu/Uruguai, 1966), reside em Salvador, desde 1992. É arquiteta, mestre em Desenho Urbano e doutora em Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAU/UFBA). Professora permanente de História da Arte da Escola de Belas Artes (EBA/UFBA), ela desenvolve trabalhos de crítica das Artes e Arquitetura e participa de júris e comitês de seleção artística. Foi curadora de diversas mostras como Saccharum-BA (ICBA e MAM-BA, Salvador), Genaro de Carvalho (MAB, Salvador), Mestres da Tapeçaria Moderna (Galeria Passado Composto Século XX, São Paulo), Circuito das Artes (quatro edições, Salvador), Triangulações (três edições, Salvador, Recife, Brasília, Maceió e Belém) e Boju-Boju (Galeria Cañizares, Salvador). Integrou as equipes curatoriais do Programa Rumos Artes Visuais 2011-2013 do Instituto Itaú Cultural (São Paulo) e da 3ª Bienal da Bahia 2014 (Salvador).

Serviço

Exposição: Além do Visível, Aquém do Intangível
Artista: Fábio Magalhães
Curadoria: Alejandra Muñoz
Período: de 29 de julho a 24 de setembro
Visitação: terça a domingo, das 9h às 19h

CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro. SP/SP. Metrô Sé.
Telefone: (11) 3321-4400
Ingressos: Grátis. Classificação: 14 anos
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Aimar Labaki e Malcolm Montgomery participam de bate-papo em sessão de O Orgulho a Rua Parnell

 
      Aimar Labaki                                                                  Malcolm Montgomery

No dia 18 de setembro (segunda), o dramaturgo e diretor Aimar Labaki e o ginecologista Malcolm Montgomery participam de bate-papo sobre violência contra a mulher após sessão do espetáculo O Orgulho da Rua Parnell, na SP Escola de Teatro. O encontro tem mediação do diretor da peça, Darson Ribeiro, e da advogada Carla Boin. A peça narra a história de amor de um casal que tem desfecho dramático mediante um ato medonho de violência por parte do marido.

A temporada de O Orgulho da Rua Parnell - sábados (21h), domingos (19h) e segundas (20h) - e os bate-papos fazem parte residência artística que Darson Ribeiro realiza na SP Escola de Teatro, até o dia 25 de setembro.

Os encontros, para discutir o tema da peça, vêm acontecendo desde o dia 4, sempre às segundas-feiras, e já contou com participação do chef Henrique Fogaça, do jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri, do ator e diretor Paulo Betti e da atriz Eloisa Vitz. E, encerrando a programação, no dia 25/9, participam do evento a advogada Kátia Boulos e a atriz Luana Piovani.

O Orgulho da Rua Parnell

Depois da primeira temporada, em janeiro, quando foi encenada dentro do Antiquário Verniz, O Orgulho da Rua Parnell, de Sebastian Barry, segue em temporada na SP Escola de Teatro, até o dia 25 de setembro. Esta primeira montagem brasileira tem tradução e direção assinadas por Darson Ribeiro.

A peça é uma compilação de monólogos interconectados – interpretados por Alexandre Tigano e Claudiane Carvalho - onde um casal relata minuciosamente o resultado caótico de uma relação de amor que foi ceifada por um ato medonho de violência por parte do marido. A encenação tem ainda participação especial do garoto Enrico Bezerra - de 10 anos – que abre a peça interpretando uma canção.

O Orgulho da Rua Parnell narra 10 anos dessa complicada e também bela história de amor. Em movimentos delicados – quase paralisados – as personagens descrevem entre lágrimas, risos, tesão e orgulho tudo o que os levou à situação atual. São lembranças pesadas e até insanas, mas permeadas de um amor sem igual. A peça revela o grau de perigo, quase sempre perniciosamente velado, que existe na paixão e o estrago que isso pode provocar, caso esse sentimento seja sublimado ou potencializado em substituição às vontades próprias, fazendo do egoísmo uma arma fatal.

Na obra de Barry as limitações e o controle das emoções vêm no formato de prosa, ao mesmo tempo áspera e macia. Joe Brady é um ladrãozinho insignificante que tem o apelido de “homem-meio-dia”. Ele e sua esposa Janet vivem na periferia de Dublin, na Irlanda, e apesar da vida marginalizada mantêm orgulho de seu lifestyle, como ocorre com a maioria das personagens de Sebastian Barry.

No enredo, a derrota que marcou a desmoralizante desclassificação da Irlanda na Copa do Mundo de 1990, na Itália, cobrou seu preço. E parece que para o casal Joe e Janet a cobrança veio com juros altíssimos. O déficit desses dois foi maior do que o da seleção naquela noite. Alguns anos se passaram e agora eles revelam a intimidade de um amor eterno, mas também a ruptura desastrosa do casamento.

É um início de relação pobre, mas feliz. Ela, mãe aos 16 anos, sofre para criar os três filhos. Ele, apelidado de “midday man”, vive à sombra e água fresca, roubando carros. Eles vão se aturando até que o primogênito Billy morre atropelado por um caminhão de cerveja. Este é talvez o início do fim, não só da relação, mas até mesmo do amor pela Irlanda. Será? Ao voltar para casa, após a quarta de final dos jogos, Joe quase mata a esposa, espancando-a. Desfacelada, ela foge para um abrigo de mulheres, levando as crianças. Apesar da ausência do marido - e pai - ela vai reconstruindo sua vida, enquanto ele se afunda na heroína, nas prisões e sofre com a AIDS.

Segundo o diretor Darson Ribeiro, O Orgulho Da Rua Parnell a peça de Barry traz a simplicidade como aliada, respeitando o não naturalismo indicado pelo autor, principalmente na relação interpretativa dos atores. E a direção se apropria da precisão para contar essa trágica história de amor, brincando com o imagético e criando camadas no arquétipo das personagens. “A história é narrada como se ‘esfregássemos’ as situações na cara do espectador”, comenta.

“Vivemos numa época em que cada vez mais o homem, ainda que inconscientemente, vem tentando contar com seus sentidos. É nesse estado que ele, paradoxalmente, provoca em si atitudes que ultrapassam limites da consciência. Só depois, já com o ato consumado, é que busca a qualquer custo se livrar das armadilhas de seu próprio desejo. Assim, empenha-se desmedidamente em valorizar o que era simples, belo e eficaz: o viver... Quase numa espécie de sublimação”, finaliza o diretor.

Ficha técnica

Texto: Sebastian Barry. Direção, tradução, Trilha, cenografia e figurino: Darson Ribeiro. Elenco: Alexandre Tigano (Joe) e Claudiane Carvalho como (Janet) e participação especial de Enrico Bezerra. Iluminação: Rodrigo Souza. Assistência de direção: Arnaldo D’Avila. Iluminotécnica: LPL Lighting Designer. Edição/trilha: Lalá Moreira DJ. Fotografia: Eliana Souza. Design gráfico: Iago Sartini. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Produção: DR Produções - Ribeiro Produções

Serviço

Espetáculo: O Orgulho da Rua Parnell
Local: SP Escola de Teatro | Sala R8 - http://spescoladeteatro.org.br
Praça Franklin Roosevelt, 210. Consolação/SP – Tel: (11) 3775-8600
Temporada: de 2 a 25 de setembro
Horários: sábados (21h), domingos (às 19h) e segundas (20h)
Ingressos: R$ 40,00 (meia: 20,00).
Bilheteria: 1h antes das sessões (aceita somente dinheiro).
Venda online: Sampa Ingressos - www.sampaingressos.com.br.
Classificação: 12 anos. Duração: 75 min. Gênero: drama. 60 lugares.
Reservas: 3775-8600 ramal 19 (c/ Paulo) e 98921-4158 (c/ Giovana).

Encontros:
18/9 – Aimar Labaki e Malcolm Montgomery
25/9 – Kátia Boulos e Luana Piovani


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Esculturas de Paulo Otávio são reunidas em mostra na Galeria Andrea Rehder

No dia 20 de setembro (quarta, às 19h) acontece a abertura da exposição Movimento Constante, na Galeria Andrea Rehder, que reúne 20 obras de Paulo Otávio, sendo seis delas esculturas inéditas.

Esta é uma nova montagem da exposição que esteve em cartaz no Museu Afro Brasil, nos primeiros meses de 2017. As obras de Paulo Otávio podem ser apreciadas até o dia 21 de outubro na galeria que fica na Avenida Brasil, nº 2079, no Jardim Paulista, em São Paulo.

Obras de aço carbono que exploram as formas geométricas primordiais, como círculo e triângulo. Elaboradas com volumes fortes e expansivos nas primeiras, sutis e precisos nas mais recentes. São esculturas que, mesmo estáticas, transmitem a sensação de movimento e geração de energia. A seleção das peças para esta montagem ficou por conta da própria galerista Andrea Rehder.
  
Paulo Otávio iniciou suas experiências com chapas de ferro há 10 anos. Foi a possibilidade de transportar a linguagem geométrica do design gráfico para o tridimensional. Prática influenciada pelo construtivismo russo, de stijl e neoconcreto, movimentos artísticos que também têm estreita relação com o design gráfico. Outras referências são as teorias geométricas, a exemplo das majestosas contribuições de Euclides, Pacioli e Fibonacci.

No decorrer desse percurso, a busca sempre foi por uma poética própria. Nas peças atuais, a essência da forma pura se apresenta em suaves e precisos volumes. É geometria combinada, construída, harmônica.

Formas geométricas são também representativas da relação entre o humano e o divino. Um ponto central se expande, torna-se círculo, que tem a propriedade simbólica da homogeneidade, da perfeição, do todo. O círculo é também análogo ao tempo; o que gira; o cíclico. O triângulo, por sua vez, simboliza equilíbrio e a tríade básica de diversas religiões. Ao girar um triângulo pelo vértice, forma-se o cone. É círculo e triângulo. É curva e reta na dualidade de opostos complementares.

Objetos em movimento circular geram energia. Uma obra que, mesmo em repouso, sugere movimento, está impregnada de energia. Existe algo nessas obras prestes a ser emitido. Está ali, contida, e se expande ao olhar do espectador.

Galeria Andrea Rehder – Av. Brasil, 2079. Jardim Paulista. SP/SP.
Telefone: (11) 3081-0083