Temporada adiada!
A
Cia. Palhadiaço estreia o espetáculo
Depósito
no dia 14 de março (sábado, às
15h30) na Praça
do Forró, em São Miguel Paulista. Explorando a linguagem
da palhaçaria moderna, a montagem fala de um tempo no qual a arte se tornou um
vírus e a pessoas infectadas, de nariz vermelho, são isoladas em um depósito de
artistas.
Com
criação coletiva, dramaturgia de Matheus Barreto e direção de Rani
Guerra, o espetáculo investiga uma vertente, denominada pelo grupo de
“palhaçaria periférica”, que cria diálogos com a cidade, suas periferias, seus
artistas marginalizados e suas excelências artísticas, subversivas e
resistentes. O artifício do trabalho é a comicidade. O texto de Depósito surgiu de um processo de
pesquisa, no qual os integrantes foram para as ruas do Itaim Paulista em busca
de uma narrativa, imersos em improvisos, jogos e entrevistas com habitantes em
feiras, mercados e praças, questionando-os sobre como seria para eles se a arte
fosse uma expressão proibida.
No enredo, o vírus da arte causa uma doença com muitos
sintomas e, em quadros mais graves, o paciente fica com o nariz vermelho. Para
deter essa infestação um estado totalmente desarticulado é instituído com
medidas severas em busca de aniquilar a existência artística: os donos do poder
constroem depósitos para isolar as pessoas infectadas, chamadas de “artistas”. A
montagem da Cia. Palhadiaço reflete sobre essa ‘epidemia’: haverá cura?
Os palhaços Terrô (Matheus Barreto), Disgraça
(Jhuann Scharrye), Miséria (Priscyla Klepscke) e Catástrofe (Rogério
Nascimento) são os quatro últimos artistas restantes no Itaim Paulista e são
confinados. “Na cena, somos os que restaram, somos todos iguais, sem um líder,
mas organizados”, explicam os atores. O nascimento de uma criança com o principal
sintoma da doença, o nariz vermelho, acelera a necessidade de erradicar a
síndrome. Ativistas protestam contra a ação. E a poção de cura é então sabotada
pela criança que adultera o líquido com sua própria fralda. Quando ingerido por
Miséria, Terrô e Disgraça, o efeito é invertido, provocando uma epifania
artística.
O
grupo, cujos integrantes são oriundos de escola de palhaços em busca de uma
identidade periférica, explora os trejeitos do corpo em relação ao espaço
valendo-se de uma dramaturgia circense onde gags, malabares, equilibrismo e
acrobacias estão a favor da cena. Depósito é um espetáculo
lúdico-musical-reflexivo, no qual a diversão é artifício para refletir sobre
identidade cultural, arte e relações de autoridade. A música também desempenha
papel fundamental com paródias, releituras e composições originais, entre as
quais um rap, que traz uma hilária batalha de palhaços.
A
partir da visão dos moradores sobre o artista e o papel da arte na sociedade, o
enredo traz um fábula, uma distopia desarticulada, onde o artista e suas
manifestações culturais se tornaram obsoletos. “Toda a forma de expressão
desorganizada é perigosa e nada funcional. É neste contexto que se insere o
palhaço, o ser sem órgãos, que não se organiza, não tem nenhuma valia ao
desenvolvimento social, não só olha para o seu desacerto, ao contrário, coloca
uma lupa sobre ele”, explicam os atores. Depósito mostra esse palhaço que evidencia
o desfuncionamento e gargalha do mesmo. “Assim como o palhaço, muitas formas
artísticas à margem, na beira, na periferia, podem ser tão profundas, ou até
mais que aquelas realizadas em pontos mais centrais da cidade”, finalizam.
FICHA TÉCNICA - Espetáculo: Depósito. Criação: A Companhia. Texto: Matheus Barreto. Direção: Rani Guerra. Elenco: Jhuann Scharrye, Matheus
Barreto, Priscyla Klepscke e Rogério Nascimento. Direção musical: Joel Carozzi. Figurino:
Eliana Carvalho, Paola Carvalho e Diego Felipe. Cenografia: A Companhia. Arte
gráfica: Renan Preto. Fotografia e filmagem:
Recicla Filmes. Assessoria de imprensa:
Eliane Verbena. Produção executiva:
Pião Produções Artísticas. Assistência
de produção: Priscyla Klepscke e Rogério Nascimento. Idealização: Cia.
Palhadiaço.
Depósito
/ Apresentações
Todas as sessões ocorrem na zona leste de São
Paulo.
Espetáculo: Depósito
Com Cia. Palhadiaço – Nas
redes @ciapalhadiaco
Classificação: Livre.
Duração: 60 minutos. Gênero: Tragicomédia.
Ingressos: Entrada franca. Informações: (11)
97983-4902
14 de março. Sábado, às 15h30 – Estreia!
Local: Praça do Forró
Praça Padre Aleixo, S/N -
São Miguel Paulista
15 de março. Domingo, às 11h30
Local: Praça Coroinhas
Rua Jandira dos Santos - Parque Residencial
D’Abril
19 de março. Quinta, às 10h
Local: Casa de Cultura São Rafael
Rua Quaresma Delgado, 354 - Jardim
Vera Cruz. Tel:
(11) 3793-1071
20 de março. Sexta, às 10h
Local: Casa de Cultura Itaim
Paulista
Rua Monte Camberela, 490 - Vila
Silva Teles. Tel: (11)
2963-2742
22 de março. Domingo, às 11h30
Local:
Parque Ecológico Chico Mendes
Rua
Cembira, 1201 - Vila Curuçá. Tel: (11) 2035-3130
Oficina
Oficina de Comicidade - Tema: A lógica do Ilógico
18 de abril. Sábado, das 9h30 às 12h30
Local: Casa de Cultura Itaim
Paulista
Rua Monte Camberela, 490 - Vila
Silva Teles. Tel: (11)
2963-2742
Grátis. Classificação: 12 anos.
Descrição: A Companhia Palhadiaço ministra oficina que
aborda o jogo cômico, a investigação sobre as possibilidades do corpo e as lógicas
do palhaço com seu olhar sobre a periferia.
A Cia. Palhadiaço
A Companhia Palhadiaço começou, em
2013, sua pesquisa sobre fazer teatro a partir de estudos e pesquisas na arte
do ator, realizando experimentos sobre um processo pré-expressivo no qual o
corpo é o ponto de partida, a fim de introduzir o trabalho da personagem, que
flui durante o processo de experimentação corporal e de estética de cena. Em
2014, apresentou seu primeiro experimento no Festival de Cenas Curtas - O Retrato Oval, de Edgar Allan Poe. No
mesmo ano produziu Que Isso Fique Entre
Nós, texto autoral, e no segundo semestre começou o estudo do palhaço. O Espetáculo Espetacular estreou, em
outubro de 2014, com apresentações na Praça da Matriz, em Iracemápolis, SP, e
na Biblioteca Municipal de Limeira, também interior paulista. Em 2015, o
projeto continuou a investigação no estudo do palhaço em eventos como o Sarau
Pé de Cana, em Iracemápolis, e no Sarau MERAKI, em Cosmópolis, SP. No mesmo ano
apresentou o espetáculo no espaço CEAC (Centro de Educação de Arte e Cultura)
em Iracemápolis, Piracicaba e Limeira (Parque da Criança). Em 2016, dois
integrantes foram selecionados para o Programa de Formação para Jovens do
Doutores da Alegria a fim de intensificar o estudo do palhaço, passando por
todas as máscaras até chegar à menor delas. Em 2017, ocorreu a reestreia de Espetáculo Espetacular no Sarau do Povo,
em São Miguel Paulista, com novos integrantes e novos números. No mesmo ano, a
companhia realizou seu primeiro Cabaré
Palhadiaço, no Parque São Rafael, zona leste, na sede do Grupo Rosas Periféricas,
e iniciou o projeto Banda Palhadiaço, cuja pesquisa desenvolveu um repertório
com músicas circenses, ritmos brasileiros e
composições próprias. Em 2018, a Cia. estreou Presepadas, que conta com habilidades circenses e pesquisa junto ao
público infantil, e, em 2019, Podia ser
Pior, que investiga a palhaçaria periférica, visando a descentralização da
linguagem circense junto ao debate sobre marginalização social e sua cultura
proveniente. No mesmo ano iniciou pesquisa com o projeto Palhaço Marginal - A
lógica do ilógico, contemplado pelo Programa Vai I – Edição 2019.
Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-38409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário