A
montagem explora a palhaçaria moderna para falar de um tempo onde a arte se
tornou um vírus e a pessoas infectadas - de nariz vermelho, nos casos mais
graves - são isoladas em um depósito. Para deter a
infestação, um estado desarticulado é instituído com medidas severas para
aniquilar a existência artística: os donos do poder constroem depósitos para
isolar os infectado, chamados de “artistas”.
Com
criação coletiva, dramaturgia de Matheus Barreto e direção de Rani
Guerra, o espetáculo investiga uma vertente, denominada pelo grupo de
“palhaçaria periférica”, que cria diálogos com a cidade, suas periferias e seus
artistas com suas excelências artísticas, subversivas e resistentes. O texto de
Depósito surgiu de um processo de
pesquisa: os integrantes foram às ruas do Itaim Paulista e São Miguel Paulista em
busca de uma narrativa, imersos em improvisos, jogos e entrevistas com
habitantes em feiras, mercados e praças, questionando-os sobre como seria para
eles se a arte fosse uma expressão proibida.
FICHA TÉCNICA - Espetáculo: Depósito. Criação: A Companhia. Texto: Matheus Barreto. Direção: Rani Guerra. Elenco: Jhuann Scharrye, Matheus
Barreto, Priscyla Kariny e Rogério Nascimento. Direção
musical: Joel Carozzi. Figurino:
Eliana Carvalho, Paola Carvalho e Diego Felipe. Cenografia: A Companhia. Arte
gráfica: Renan Preto. Fotografia e filmagem:
Recicla Filmes. Assessoria de imprensa:
Eliane Verbena. Produção executiva:
Pião Produções Artísticas. Assistência
de produção: Priscyla Kariny e Rogério Nascimento. Idealização: Cia. Palhadiaço. Duração: 60 minutos. Gênero: Tragicomédia.
Classificação: Livre. Projeto
contemplado pela 16ª edição do VAI - Programa para a Valorização de Iniciativas
Culturais 2019, da Prefeitura Municipal de São Paulo.
Programação online / Depósito
Grátis. Classificação: Livre
Oficina: Malabares com Bolinha
23 de junho. Terça, às 11h
Facebook da Casa de Cultura Itaim Paulista: @casadeculturaitaimpaulista
Descrição
- Oficina online, abordando os aspectos técnicos da criação do malabares e da
manipulação de objetos. Conduzida pelo malabarista e integrante da Cia.
Palhadiaço Matheus Barreto, a aula segue as seguintes etapas, visamos uma base
para os treinos, o aprimoramento e a criação de performances malabarística:
Iniciação a prática (introdução ao malabares para quem está no início da
prática); desenvolvimento de técnica (numerologia, exercícios e primeiros
truques); aspectos avançados do malabarismos (truques avançados, maior
quantidade de objetos e contemporaneidade na vertente).
Oficina:
Malabares Bambolê
30 de junho. Terça,
às 15h
Facebook
da Casa de Cultura São Rafael: @ccsaorafael
Descrição
- Conduzida pela bambolista e integrante da Cia. Palhadiaço Priscyla Kariny, a
oficina online apresenta a história do bambolê com seus movimentos básicos: girá-lo
pelo corpo (joelho, quadril, peito e pescoço), manipulação e pequenas
transições. A aula inclui alongamento utilizando o bambolê, para evitar lesões
e criar intimidade com o objeto; técnicas de impulso, utilizando qualquer parte
do corpo; manipulação e variações de isolamentos, além de algumas transições. “É
uma oficina de introdução ao bambolê como ferramenta de auto-conhecimento e
descoberta do corpo. Além do aprendizado, a prática busca também o espaço
emocional/metafísico de expansão”, comenta a artista.
Exibição
do espetáculo Depósito
7 de julho. Terça, às
15h
Facebook
da Cia. Palhadiaço: @ciapalhadiaco
Sinopse
- O enredo fala de um tempo onde a arte se tornou um vírus, uma doença com
muitos sintomas e, nos quadros mais graves, o paciente fica com o nariz
vermelho. Pra deter essa infestação artística, institui-se um estado totalmente
desarticulado. Tomando medidas severas para aniquilar a existência artística,
os poderosos criam depósitos para isolar as pessoas infectadas, chamadas de
“artistas”.
Bate-papo:
Processo de Pesquisa e Dramaturgia do espetáculo Depósito
14 de julho. Terça,
às 15h
Instagram
da Cia. Palhadiaço: @ciapalhadiaco
Descrição
- Abordardagem sobre o processo criativo
e a construção da dramaturgia do espetáculo Depósito
com o ator e dramaturgo Matheus Barreto e com o diretor Rani Guerra. No
bate-papo eles falam sobre a pesquisa da Cia. Palhadiaço em ruas e feiras livres
dos bairros Itaim Paulista e São Miguel Paulista, dentro do projeto Palhaço Marginal - A Lógica do Ilógico,
contemplado pelo Programa para Valorização de Iniciativas Culturais - VAI, Modalidade
1.
Bate-papo:
Palhace - A relação das Quebradas
21 de julho. Terça,
às 15h
Instagram
da Cia. Palhadiaço: @ciapalhadiaco
Descrição
- Conduzido pela atriz e palhaça Priscyla Kariny, o encontro coloca como pauta
a construção artística da Cia. Palhadiaço no bairro do Itaim Paulista. E, para
somar à discussão, Priscyla convida Joel Carozzi para dialogar sobre o trabalho
como diretor musical, junto à a Cia. Palhadiaço no espetáculo Depósito, e sobre sua atuação na Trupe
Lona Preta, no bairro Guaraú (sua quebrada).
Bate-papo:
Produção Periférica
28 de julho. Terça,
às 15h
Instagram
da Cia. Palhadiaço: @ciapalhadiaco
Descrição
- Conduzido por Rogério Nascimento, palhaço e assistente de produção do
espetáculo Depósito, o bate-papo
virtual convida Everton Santos e Michele Araujo, da Pião Produções Artísticas. O
encontro trarta das particularidades e do desenvolvimento da produção artísitca
na periferia e da relação dos grupos com a produção de espetáculos.
A Cia. Palhadiaço
A Companhia Palhadiaço começou, em
2013, sua pesquisa sobre fazer teatro a partir de estudos e pesquisas na arte
do ator, realizando experimentos sobre um processo pré-expressivo no qual o
corpo é o ponto de partida, a fim de introduzir o trabalho da personagem, que
flui durante o processo de experimentação corporal e de estética de cena. Em
2014, apresentou seu primeiro experimento no Festival de Cenas Curtas - O Retrato Oval, de Edgar Allan Poe. No
mesmo ano produziu Que Isso Fique Entre
Nós, texto autoral, e no segundo semestre começou o estudo do palhaço. O Espetáculo Espetacular estreou, em
outubro de 2014, com apresentações na Praça da Matriz, em Iracemápolis, SP, e
na Biblioteca Municipal de Limeira, também interior paulista. Em 2015, o
projeto continuou a investigação no estudo do palhaço em eventos como o Sarau
Pé de Cana, em Iracemápolis, e no Sarau MERAKI, em Cosmópolis, SP. No mesmo ano
apresentou o espetáculo no espaço CEAC (Centro de Educação de Arte e Cultura)
em Iracemápolis, Piracicaba e Limeira (Parque da Criança). Em 2016, dois
integrantes foram selecionados para o Programa de Formação para Jovens do
Doutores da Alegria a fim de intensificar o estudo do palhaço, passando por
todas as máscaras até chegar à menor delas. Em 2017, ocorreu a reestreia de Espetáculo Espetacular no Sarau do Povo,
em São Miguel Paulista, com novos integrantes e novos números. No mesmo ano, a
companhia realizou seu primeiro Cabaré
Palhadiaço, no Parque São Rafael, zona leste, na sede do Grupo Rosas
Periféricas, e iniciou o projeto Banda Palhadiaço, cuja pesquisa desenvolveu um
repertório com músicas circenses, ritmos brasileiros e
composições próprias. Em 2018, a Cia. estreou Presepadas, que conta com habilidades circenses e pesquisa junto ao
público infantil, e, em 2019, Podia ser
Pior, que investiga a palhaçaria periférica, visando a descentralização da
linguagem circense junto ao debate sobre marginalização social e sua cultura
proveniente. No mesmo ano iniciou pesquisa com o projeto Palhaço Marginal - A
lógica do ilógico, contemplado pelo Programa Vai I – Edição 2019.
Cia.
Palhadiaço nas redes: @ciapalhadiaco | Informações: (11) 97983-4902.
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