quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Três Homens Baixos mostra as facetas do universo masculino sob direção de Jonas Bloch

A comédia Três Homens Baixos, do dramaturgo carioca Rodrigo Murat, estreia dia 5 de novembro, sábado, no Teatro Jaraguá, às 21 horas. Os atores Francisco Cuoco, Anselmo Vasconcelos e Orlando Vieira são os protagonistas desta nova montagem que leva a assinatura de Jonas Bloch na direção. Bloch tem uma relação especial com esse texto: ele foi um dos atores na primeira versão da peça, em 2001.

Três Homens Baixos é uma comédia de costumes sobre as facetas do universo masculino, revelada a partir do ponto de vista dos personagens Ciro (professor universitário em caracterização impagável de Francisco Cuoco), Samuca (banqueiro de jogo do bicho, interpretado pelo ator Anselmo Vasconcellos) e Titi (publicitário clichê vivido por Orlando Vieira). Eles são três amigos de infância, estereótipos masculinos, que se encontram periodicamente para colocar o papo em dia.

Cada personagem vive seu próprio drama existencial. Um deles é casado, o outro é divorciado e também tem o infiel. Os amigos se enredam nas teias de uma hilária trama melodramática que revela suas intimidades, fraquezas e baixezas. Segredos vêm à tona para deleite da plateia. Numa espécie de desabafo coletivo as máscaras caem: um é homossexual; o outro, impotente; e, num chulo linguajar, o terceiro (todo garanhão) descobre que é o “corno” da história. Segundo Jonas Bloch, Três Homens Baixos brinca com esses temores do “macho brasileiro”: “Tudo é apresentado com muito humor, de uma forma bem brasileira de encarar a vida”.

Francisco Cuoco, que integrou a montagem, em 2004, na época interpretando o publicitário Titi, fala com emoção sobre esse trabalho e sobre o teatro. “Quando fiz a peça tive muitos momentos de alegria e de prazer. Isto vai acontecer novamente. Teatro é tudo. Peça ‘cabeça’ ou não, estaremos sempre refletindo o ser humano. Os históricos e grandes autores sempre fizeram peças para o povo, para buscar o ser humano, o ser humano no seu esplendor e na sua ‘baixeza’. O bom e o mau de cada um. O Deus e o Diabo. A noite e o dia. De preferência, essa contradição que habita nossa alma. A minoria e a maioria são feitas de inúmeras camadas. Teatro, entre tantas coisas, é um enorme espelho das contradições que vivem em cada um de nós. O teatro é a grande tribuna das ideias e da verdadeira democracia. A maioria do público vai rir muito e adorar. Alguns, poucos, vão torcer o nariz. Esquecem que verdades e profundidades, preferencialmente, podem e devem ser expressadas com humor. Três Homens Baixos possui verdades absolutas e muito humor e alegria.”

O ator (e produtor da peça) Orlando Vieira também é velho conhecido deste espetáculo. “Quando participei da primeira montagem, substituindo Herson Capri, lembro-me como se fosse hoje que não conseguíamos dizer todo o texto. Tínhamos que esperar o público parar de rir para continuar a cena. Era uma delícia!” Orlando comemora esse retorno, 10 anos depois, e garante que o clima de total descontração permanece. “Durante os ensaios, gargalhamos com as gags que foram surgindo”. E finaliza: “esta peça é como um retrato ‘risonho’ de problemas ‘sérios’ do homem contemporâneo”.

Anselmo Vasconcelos também tem memórias da peça. “Quando vi, há muitos anos, um anúncio de Três Homens Baixos, fui assistir à peça. Diverti-me sobremaneira com o saudoso Rogério Cardoso e com Jonas Bloch e Flávio Galvão. Quando terminou o espetáculo fiquei com um grande desejo de atuar nele. Hoje estou aqui, muito feliz por realizar este sonho”.

Comédia: Três Homens Baixos
Texto: Rodrigo Murat
Direção: Jonas Bloch
Elenco: Francisco Cuoco, Anselmo Vasconcellos e Orlando Vieira
Cenário: Renato Scripilliti
Figurino: Ellen Cristine
Iluminação: Berilo Nosella
Voz em off (professora): Georgia Gomyde
Apresentação em off: David Brasil
Trilha sonora: Delfim Moreira
Produção executiva - Daniel Palmeira
Produção: Orlando Vieira
Apoio institucional: ProAC – Governo de São Paulo
Patrocínio: Schincariol, Cristália, Porto Seguro, Sonda e Fortlev
Estreia: 5 de novembro – sábado – às 21 horas
Teatro Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista/SP – Telefone: (11) 3255-4380
Temporada: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas) – Até 18/12
Ingressos: R$ 50,00 (sex. e dom.) e R$ 60,00 (sáb.). Duração: 80 min.
Class. etária: 16 anos. Bilheteria: 3ª a 5ª (14h-19h), 6ª (14h-21h30), sab. (14h-21h) e dom. (14h-19h). Aceita cartões. http://www.ingressorapido.com.br/ (tel: 4003-1212). Estacionamento c/ manobrista: R$ 18,00.

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