terça-feira, 6 de novembro de 2018

O Buraco d’Oráculo realiza a XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista


Grupo Ritornelo - foto de Diogo Zanatta
Teatro de rua ocupa o bairro de São Miguel Paulista com 14 espetáculos e intervenções poéticas na 11ª edição da Mostra realizada pelo Buraco d’Oráculo. Cultura, arte e diversão ao ar livre!

Nos dias 23, 24 e 25 de novembro e 1º e 2 de dezembro, acontece na zona leste de São Paulo a XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista com apresentações na Praça Fortunato da Silveira (popularmente conhecida como Praça do Morumbizinho, na Vila Jacuí) e Praça Guanambi (Parque Cruzeiro do Sul), ambas localizadas bairro que dá nome à mostra.

A programação (grátis) é diversificada, compondo um painel do teatro de rua nacional ao reunir grupos do nordeste, sul e sudeste, incluindo companhias da capital, região metropolitana e interior paulista. A programação traz ainda participação de artistas populares da região - Andrio Cândido e Rafael Carnevalli - que, entre um espetáculo e outro, fazem intervenções poéticas, seja declamando ou lançando livros. O ator e palhaço J.E. Tico faz as mediações durante os eventos.

Na Praça Fortunato da Silveira, localizada na Vila Jacuí, região próxima ao centro do bairro de São Miguel, apresentam-se os grupos paulistanos Teatro de Rocokóz (Lovistore às Avessas), Arte Negus (Ambulante), Cia. Paulicéia & Cia. do Miolo (Relampião), Nativos Terra Rasgada (O Grande Pequeno Circo do Berinjela), Núcleo Teatral Opereta (Almas Peregrinas) e Cia. Novos Atores (Lisístrata-S). Completando a programação, Cia1Péde2 (Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda), de Campinas (SP); Arte e Riso (Meu Nome é Zé), de Umarizal (RN); e Grupo Teatro de Caretas (Final de Tarde) de Fortaleza (CE).

A Praça Guanambi recebe o segundo final de semana da programação com os grupos: Exercito Contra Nada (El General), Brava Companhia (Show do Pimpão) e Teatro Contadores de Mentira (Rito Anti-carnificina), de São Paulo, além do grupo gaúcho Ritornelo (Faixa de Graça), do capixaba Circo Teatro Capixaba (Palhaços: Patifes ou Herois?) e, fechando a Mostra, o pernambucano Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Polo Marginal – Opereta de Rua).

Idealizada e realizada pelo grupo O Buraco d’Oráculo, desde 2002, a Mostra chega à sua décima primeira edição como uma atividade do projeto Buraco 20 Anos: da (r)existência na rua à poesia em cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O projeto celebra duas décadas de atuação do grupo com a realização de diversas atividades, entre circulação, pesquisa, atividades formativas e a XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista.

                                 Teatro de Caretas (de Sol Coelho)  /  Cia1Péde2 (de Fábio Zambon)

SERVIÇO / PROGRAMAÇÃO

Local 1: Praça Fortunato da Silveira (ou Morumbizinho)
Vila Jacuí. São Miguel Paulista. SP/SP (em frente à Universidade Cruzeiro do Sul).
De 23 a 25 de novembro
Sexta e sábado (16h, 17h30 e 19h) e domingo (15h, 17h e 18h).
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre.

Local 2: Praça Guanambi
Parque Cruzeiro do Sul. São Miguel Paulista. SP/SP (altura do nº 7500 da Av. São Miguel, próximo ao hospital Independência).
Dias 1º e 2 de dezembro
Sábado (às 15h, 17h e 18h) e domingo (às 15h, 16h30 e 18h)
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre

INFORMAÇÕES – XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista
Tel: (11) 98152-4483 / (11) 99565-2507.  buracodoraculo@gmail.com

          Arte Negus (de Jr. Silgueiro)    /    Cia. Arte e Riso (de JM Fotografia)

Praça Fortunato da Silveira - Morumbizinho
·        
          23 de novembro - Sexta-feira
16h - Teatro de Rocokóz (São Paulo/SP) – Lovistore às Avessas (50 min)
17h30 - Arte Negus (São Paulo/SP) - Ambulante (50 min)
19hCia1Péde2 (Campinas/SP) – Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda (40 min)

·         24 de novembro - Sábado
16hCia. Paulicéia e Cia. do Miolo (São Paulo/SP) – Relampião (60 min)
17h30 - Nativos Terra Rasgada (Sorocaba/SP) – O Grande Pequeno Circo do Berinjela (40 min)
19h - Cia. Arte e Riso (Umarizal/RN) – Meu Nome é Zé (70 min)

·         25 de novembro - Domingo
15h – Cia. Novos Atores (Pindamonhangaba/SP) – Lisístrata-S (60 min)
17h – Grupo Teatro de Caretas (Fortaleza/CE) – Final de Tarde (50 min)
18h - Núcleo Teatral Opereta (Poá/SP) – Almas Peregrinas (40 min)

Praça Guanambi

·         1º de dezembro - Sábado
15h - Circo Teatro Capixaba (Divino de São Lourenço/ES): Palhaços: Patifes ou Heróis? (50 min)
17h - Exercito Contra Nada (São Paulo/SP): El General (50 min)
18h - Contadores de Mentira (Suzano/SP): Rito Anti-carnificina (40 min)

·         2 de dezembro - Domingo
15h - Grupo Ritornelo (Passo Fundo/RS): Faixa de Graça (50 min)
16h30 - Brava Cia. (São Paulo/SP): Show do Pimpão (50 min)
18h - Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Recife /PE): Polo Marginal – Opereta de Rua (50 min)

SOBRE OS ESPETÁCULOS

Lovistore às Avessas - com Teatro de Rocokóz (23/11, às 16h) - Um casal de brincantes abre a roda e convidam o público a se divertir com novos pontos de vista sobre os mitos "Adão e Eva" e "Eros e Psiquê". Ficha técnica - Roteiro e direção: Carlos e Cileia Biaggioli. Elenco: Carlos e Cileia Biaggioli. Produção e realização: Teatro de Rocokóz.

Ambulante - com Arte Negus (23/11, às 17h30) - Duas pessoas diante da desafiadora rotina no universo do ‘ganha e perde’, onde só o mais esperto sobrevive. Para isso é preciso sonhar, ser criativo, portar-se como um sujeito matreiro, como um cowboy, um monge e encantar cobras e dragões. Figura e Ououou são vendedores ambulantes que perderam muito na vida e não querem perder a possibilidade de sonhar. Um é ex-paraquedista militar, o outro é herdeiro de uma longa e distinta linhagem de mascates. São opostos que se complementam, e vendem as histórias dos produtos de sua barraca ambulante, pedindo apenas alguns poucos minutos da vida dos fregueses para que possam sobreviver em suas próprias. Ficha técnica - Texto: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Direção: Abel Saavedra. Elenco: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Figurino: Raquel Saldívia e Magê Blanques. Cenário e adereços: Abel Saavedra, Raquel Saldívia, Elaine Guarani e Augusto Figliaggi. Cenotécnica e sonoplastia: Rafael Barros e Umberto Lima. Preparação musical: Estela Ceregatti. Trilha de abertura (Venham Ver): Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Fotógrafo: Rosan Chaves. Música (Segundo Quarto): Estela Ceregatti.

Ao Devagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda - Com Cia1Péde2 (24/11, às 19h) - Em busca de um lugar perfeito ao encontro de um amor nem tão perfeito assim, entre malas, malabarismos e o público, Camomila e Quindim descobrem tudo o que sempre esteve ali, bem debaixo de seus narizes vermelhos... Eles se amam e adoram andar de bicicleta. Ficha técnica - Idealização, atuação e produção: Cia1Péde2.

Relampião - com Cia Paulicéia & Cia. Do Miolo (24/11, às 16h) - A Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéia revisitam as historias de Lampião - O Mito do Cangaço para aproximá-las das questões cotidianas atuais. Para mostrar o que há de comum entre a luta do cangaço e as lutas pela vida na contemporaneidade, os grupos apostam em uma caatinga de concreto, em múltiplos ‘Lampiões e Marias Bonitas’, revelados pela dramaturgia do espetáculo. Ficha técnica - Direção: Alexandre Kavanji. Direção de atores: Renata Lemes. Dramaturgia: Solange Dias. Direção musical: Charles Raszl. Atores: Aysha Nascimento, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Harley Nóbrega, Val Ribeiro e Marcos di Ferreira. Músicos: Fabrício Cardial e Glauber Coimbra. Figurino, adereços e ambientação: Luiz Augusto dos Santos. Preparação corporal: Alício Amaral e Juliana Pardo (Cia. Mundu Rodá). Maquiagem: Guto Togniazzolo. Oficina de interpretação: Ednaldo Freire. Artesão: Luiz Paulino da Cunha. Fotos: Rhadamés Camponato Sant’Anna. Sonorização e técnico de áudio: Gabriel Kavanji. Produção executiva: Rafael Procópio. Produção geral: Iarlei Rangel.

O Grande Pequeno Circo do Berinjela - com Nativos Terra Rasgada (24/11, às 17h30) - O palhaço Berinjela resolve criar seu próprio circo, mas, como se encontra sozinho, ele percebe que não precisa de uma grande lona ou picadeiro. E então, com uma pequenina estrutura, Berinjela representa todos os números de seu grande pequeno espetáculo, mostrando que mesmo com poucos artifícios é possível alimentar a magia do circo. Ficha técnica - Direção e atuação: Samir Jaime. Produção: Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada. Figurino: Natalia Campos (Natywynx). Design gráfico: Samir Jaime. Caricaturas: Carva Studios.

Meu Nome é Zé - com Cia. Arte e Riso (24/11, às 19h) - A história se passa em pleno pleito eleitoral quando políticos lutam para chegar ao poder, utilizando diversas artimanhas - como conchavo político, promessas enganosas, compra de votos, perseguições e assassinatos - na busca pela vitória. De forma cômica, satírica e escrachada, a companhia faz das histórias de ‘politicagem’ das cidades do interior um recorte do mundo. Neste trabalho, dão voz às figuras marginalizadas da sociedade, por meio de um bêbado que vive nas ruas junto aos cachorros. Ele analisa os fatos expostos a partir de sua vida de embriaguez, fazendo o público refletir sobre quem realmente vive embriagado e na cegueira. A montagem tem como referências estéticas o teatro épico de Bertolt de Brecht e elementos da cultura popular nordestina e da arte circense. Ficha técnica - Texto: Joelson de Souto. Direção: Emanuel Coringa. Atores: Emanuel Coringa, Jardeu Amorim, Leonardo Alves, Victor Miranda, Widenny Duarte, Deyvid Augusto e Diego Moura. Musicalização: Joelson de Souto. Canções: Joelson de Souto, Junio Santos e Ray Lima. Figurino: Cleydson Catarina. Maquiagem: Cia. Arte e Riso. Iluminação: Thaennia Ferreira. Concepção cenográfica: Cia. Arte e Riso e Cleydson Catarina. Arte cenográfica: Noel Filho e Andrade. Design gráfico: Jalison Design. Apoio visual: Rodrigo Fernandes. Fotos: Ricardo Pereira.

Lisístrata-S - com Cia Novos Atores (25/11, às 15h) – A peça questiona o lugar da mulher: casa cuidando de seus filhos? Nos prazeres da cama? A Grécia está em guerra e Lisístrata reúne as mulheres e propõe uma greve de sexo até que os homens assinem o acordo de paz. A Cia. Novos Atores toma para si esse enredo de Aristófanes e cria Lisístrata-S, uma mulher em muitas mulheres. Lisístrata e suas companheiras mostram que a luta feminina é bem maior e que lugar de mulher, é onde ela desejar. Ficha técnica - Direção: Victor Narezi. Dramaturgia: Ana Roxo e Victor Narezi. Cenário, figurino e adereços: A Cia. Sonoplastia: Sérgio Camacho Júnior. Operação de som: Maurício Folter. Maquiagem: Victor Narezi e Tumaki Aruanã. Elenco: Nilza Mayer, Tumaki Aruanã, Rafael Gomes de Andrade, Rafaella Alencar, Ciça de Oliveira, Victor Narezi e Sérgio Camacho Júnior. Elenco de apoio: Suzana Esper.

Final de Tarde - com Grupo Teatro de Caretas (25/11, às 17h) - O espetáculo traz uma experiência diferente de teatro de rua, tanto na relação entre ator e público como na relação com a cidade. Esta é, além de cenário, a própria dramaturgia de Final da Tarde, cuja atuação cênica é baseada no detalhe da interpretação, onde proximidade e intimidade entre transeuntes e atores são os elementos centrais. Um aspecto importante é que os transeuntes não são previamente informados da peça, não há palco nem formalidades do início ao fim. A história de uma mãe, seu filho e seu marido no dia a dia da cidade invade a praça, e o enredo se desenrola no instante real do cotidiano. Ficha técnica - Direção e dramaturgia: André Carreira. Assistente de direção: Lara Matos. Oficina de voz: Ernani Maletta (UFMG). Oficina de atuação: Miguel Rubio (Yuyachkani Peru). Elenco: Vanéssia Gomes (Whildislane), Non Sobrinho (Manuel e Ofélia), Vera Araújo (Dalila e Policial) e Rafael Lopes (fotógrafo). Assistência de cena: Rebeka Lúcio, Juliana Santana e Isabele Teixeira. Figurino: Jacqueline Brito. Projeto cenográfico: Diego Brito. Cenografia (cadeira): Cleomir Alencar.

Almas Peregrinas - com Núcleo Teatral Opereta (25/11, às 18h) - Partindo do livro Pedro Páramo, do mexicano Juan Rulfo, acrescido de várias referências, em especial do Discurso sobre a Servidão Voluntária, de Étienne de La Boétie, o Núcleo Teatral Opereta apresenta a livre adaptação, Almas Peregrinas que conta as várias histórias de uma cidade-fantasma, que são despertadas com a chegada de Juan, o único filho legítimo de Rubão Barros, um forasteiro que se revela um filho da terra. O espetáculo propõe uma reflexão sobre a relação do opressor com o oprimido, partindo do ponto de vista do segundo. O contexto é uma realidade fantástica, na qual a inércia e culpabilidade faz o povo sofrer e revolver seus pecados em um círculo vicioso sem possibilidade de perdão. Ficha técnica - Dramaturgia: Camila Rafael. Direção: Ailton Ferreira. Elenco: Anderson Borges, Camila Rafael, Dora Nunes, Edson Guilherme, Jhony Uriel, Marco Senna, Patty Nascimento e Priscila Klesse. Assistência de direção: Priscila Klesse. Cenografia: Marco Senna e grupo. Figurino: Pâmella Carmo e grupo. Direção musical: Fílipi Lima. Músicos: Fílipi Lima e Kelvin Lucas. Músicas: Camila Rafael, Fílipi Lima e Silas Xavier. Maquiagem: Priscila Klesse e grupo. Fotografia e projeto gráfico: Giulia Martins. Iluminação e op. de luz e som: Taciano Holanda. Coreografias: Isabela Lanute. Vídeo: Giulia Martins e Taciano Holanda.

Palhaços: Patifes ou Heróis? - com Circo Teatro Capixaba (1/12, às 15h) - Três paspalhos se revezam em números e truques em uma alusão clara aos shows de variedades e cabarés. A cada número, vão revelando, por meio de erros toscos, o segredo de cada truque, até que, pressionados pelo público, buscam realizar um número realmente arriscado. Resta saber qual dos três será o escolhido. Ficha técnica - Dramaturgia coletiva. Atuação: Flávio Gomes (Xipoca), Thiago Araújo (pindaíba) e William Rodrigues (Xenxen). Figurino: Flávio Gomes, Thiago Araújo e William Rodrigues. Coordenação e produção: William Rodrigues. Canções: o grupo.

El General – com Exercito Contra Nada (1/12, às 17h) - O enredo mostra um palhaço que entra em apuros quando percebe que é hora do show. Até que dentro, diante da fantasia, se diante da vida que finda, ele mergulha na própria imaginação e descobre a possibilidade de transformar-se no que quiser. Quem surge é El General, um soldado perdido, talvez dos tempos de Philip Astley, quando esse capitão transformou seu exército em circo. Assim, surge o Exército Contra Nada, em homenagem as pessoas que defenderam a liberdade e àquelas que transformaram seu potencial de guerra em potência de vida. O palhaço transforma. Transforma o problema em diversão. Junta o poder de encontrar ânimo nas adversidades com a capacidade de reagir a elas e viver com prazer. A peça mostra que, com muito pouco, somos capazes de celebrar as diferenças e fazer com que cada momento seja único e imprevisível. Ficha técnica - Direção e atuação: Rafael de Barros. Operação de som: Augusto Figliaggi. Filmagens: Hélio Pisca, Kauê Beltrame Neves e Renan Perobelli.  Direção de imagem: Renan Perobelli. Produção: Rafael de Barros.

Rito Anti-carnificina - com Teatro Contadores de Mentira (1/12, às 18h) – O espetáculo é um rito onde se reúnem brincantes de diversas origens. Eles trazem a diversidade e celebram este encontro onde todos têm a missão de festejar em comunhão, de mãos dadas para bailar em comemoração à pluralidade. Ficha técnica - Criação coletiva. Direção: Cleiton Pereira. Elenco: Alessandro Silva, Cleiton Pereira, Daniele Santana, Kaique Costa, Matheus Borges, Narany Mireya, Pamella Carmo, Samuel Vital, Silas Xavier e Vanessa Oliveira.

Faixa de Graça - com Grupo Ritornelo (2/12, às 15h) - O espetáculo Faixa de Graça leva para a rua os palhaços Canela e Eustáquio que, desgarrados no mundo, partem na busca de uma nova terra. Caminhando e tombando, tornando a tombar, decidem fundar um novo país. Por meio do olhar ingênuo e transgressor do palhaço, a dupla procura por uma nova realidade onde alegria, brincadeira e felicidade sejam elementos fundamentais na construção desse novo território. Ficha técnica - Palhaços: Miraldi Junior (Canela) e Guto Pasini (Eustáquio). Dramaturgia e encenação: Richard Riguetti. Figurinos e adereços: Bethinha Mânica e Glória Fauth. Criação de texto: Miraldi Junior. Comunicação: Ana Paula Martini. Assistência de produção: Guto Pasini e Miraldi Junior. Parceria: Grupo Off-Sina. Realização: Grupo Ritornelo de Teatro. Música: Desgarrados (de Mario Barbará). Violão: Giancarlo Rota.

Show do Pimpão - com Brava Companhia (2/12, às 16h30) - Show do Pimpão é uma intervenção cênica (ou cínica) situada em uma localidade qualquer da periferia do capitalismo, onde três miseráveis artistas se juntam para tentar arrecadar algum numerário que lhes garanta a refeição do dia. Em tempos de crise, fazer graça com a própria desgraça foi a alternativa que lhes restou como forma de sobrevivência. E se o show não lhes rende o suficiente para comer, ao menos o barulho das risadas do público ajuda a abafar o ronco dos seus estômagos vazios, enquanto tentam esquecer a própria desnutrição. Seria trágico, se não fosse cômico. Ficha técnica - Criação: Brava Companhia. Direção e Dramaturgia Ademir de Almeida.Direção Musical Joel Carozzi. Atores: Fábio Resende, Max Raimundo e Márcio Rodrigues. Figurino: Cris Lima, Márcio Rodrigues e Rafaela Carneiro. Cenário: Joel Carozzi, Márcio Rodrigues e Sérgio Carozzi. Design gráfico: Ademir de Almeida. Fotos: Fábio Hirata e Fernando Solidade. Produção: Kátia Alves.

Polo Marginal - Opereta de Rua - com Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (2/12, às 18h) - Opereta de rua, o espetáculo Polo Marginal conta a história de um grupo de saltimbancos que decidem aportar no centro da cidade, trazendo a força da poesia e da música como forma de provocar as pessoas com relação à sensibilidade e a emoção presente em cada um. Com poemas fortes e lancinantes, o espetáculo propõe uma radiografia dos problemas observados nos grandes centros urbanos. No início, os personagens falam da relação do homem com o mar, os rios, a atmosfera do cotidiano, o cheiro do mangue, de vida. No segundo momento, usando versos ora livres ora rimados, eles declaram sua paixão pela poesia, dramatizando em espaços abertos, em monólogos que falam das temáticas da poesia como solidão, tristeza, fugacidade. Fechando a história, mostram o homem contemporâneo com suas angústias, seus medos, por meio de uma procissão. Ficha técnica - Da obra do poeta Marco Polo Guimarães. Roteiro e encenação: Carlos Salles (in memoriam). Direção artística e assistência de direção: Rodrigo Torres. Direção musical: Walgrene Agra. Elenco: Anderson Porcino, Chico Vieira, Erico Barreto, Franklin Moura (Buda), Roberta Lúcia, Rodrigo Torres, Sandro Sant’na e Walgrene Agra. Designer gráfico: Java Araújo. Figurino e adereços: Gê Domingues (in memoriam). Maquiagem: o grupo. Contrarregra: Josi Rodrigues. Assistência de produção: Josi Rodrigues. Produção executiva: Walgrene Agra. Coordenação de produção: Rodrigo Torres. Produção: Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel.

J. E. Tico (mestre de cerônia) - O ator, bonequeiro e palhaço. Teve sua estreia durante a 2ª Edição da Mostra de Teatro de São Miguel Paulista, em 2004. Sempre esteve presente na programação fazendo breves intervenções inspiradas nos brinquedos populares.

Andrio Cândido (intervenção) - Ator, poeta, escritor e produtor. Formado em Historia (Universidade Guarulhos) e Técnicas em Artes do Palco (Senac), Andrio Cândido é artista da periferia de São Paulo que dialoga com múltiplas linguagens. Fundou o projeto Filhos de Ururaí, com o qual realiza intervenções poéticas nos vagões de trens da CPTM e Metrô. Atualmente, circula pela cidade exibindo o filme Um Salve Doutor, além de realizar formações, palestras e rodas de conversa sobre produção cultural periférica, literatura & cultura negra e divulgar seu primeiro livro de poesias, Dente de Leão.

Rafael Carnevalli (intervenção) - Escritor, poeta, professor e oficineiro. Nascido e criado em São Miguel Paulista, atua nos movimentos culturais, desde 2012, mesmo ano em que fundou o grupo de intervenções poéticas Hospício Cultural que, hoje, é um grupo literário no Facebook com mais de 12 mil membros. Em março de 2013, junto com outros artistas da região, iniciou o Movimento Aliança da Praça (MAP) que realiza mensalmente o tradicional Sarau da Praça, na histórica Praça do Forró.  Ministra a oficina Ensino Di Verso, que dialoga com a literatura e expressão corporal. Autor dos livros Amador, Amadorzine e Maloca, publicados de forma independente.



Buraco d’Oráculo
O Buraco d’Oráculo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos cruciais: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu nove espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.

Um comentário:

  1. O Grupo Ritornelo conheço e gosto muito! Sou suspeito de dizer.... Sempre alegram os idosos no Abrigo onde trabalho!

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