segunda-feira, 24 de junho de 2019

Blue Note SP recebe Zé Guilherme com show em homenagem ao Cantor das Multidões

Foto por Alessandra Fratus
No dia 25 de julho (quinta, às 20h), o cantor e compositor Zé Guilherme é atração no Blue Note São Paulo. O cearense, radicado em São Paulo, apresenta músicas de seu terceiro disco, Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, que foi lançado em 2015.

O álbum é uma homenagem a um dos mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que completaria 100 anos na época do lançamento. O trabalho é norteado por uma releitura delicada e pessoal de 18 canções gravadas pelo Cantor das Multidões, selecionadas por Zé Guilherme em um longo processo de pesquisa sobre sua trajetória.

O repertório de Abre a Janela é formado por: “A Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto), “Dama do Cabaré” (Noel Rosa), “A Primeira Vez” (Armando Marçal e Bide), “Abre a Janela” (Marques Júnior e Roberto Roberti), “Aos Pés da Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), “Faixa de Cetim” (Ary Barroso), “Lábios Que Beijei” (J. Cascata e Leonel Azevedo), “Lealdade” (Wilson Batista e Jorge de Castro), “Malmequer” (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar), “O Homem Sem Mulher Não Vale Nada” (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti), “Pela Primeira Vez” (Noel Rosa e Cristovão de Alencar), “Preconceito” (Marino Pinto e Wilson Batista) e “Alegria” (Assis Valente e Durval Maia), entre outras.

A banda que acompanha Zé Guilherme no Blue Note SP é formada por Adriano Busko (percussão), Cezinha Oliveira (direção musical, violão e vocal), Luque Barros (baixo), Maik Oliveira (cavaquinho) e Pratinha Saraiva (flauta).

Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva

A trajetória de Orlando Silva foi marcada por apurado critério na escolha das canções. Ele só cantava o que lhe tocava a alma. O colorido, o swing e a brasilidade da sua obra foi o mote principal das escolhas de Zé Guilherme. A seleção levou em consideração, além da afinidade artística, a época de seu apogeu - de 1935, quando gravou o primeiro disco, até 1942. O roteiro contempla um perfil mais leve e alegre do cantor como na maioria dos sambas que trazem sempre um toque de humor nas letras.

A produção musical é assinada por Cezinha Oliveira que utilizou elementos clássicos nos arranjos como piano, baixo acústico, acordeon, trombone e violão de sete cordas, entre outros, valorizando a sonoridade do disco sem cair no mero saudosismo. Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva foi concebido com base na interpretação, nos arranjos e nas composições, mostrando que a chamada “música antiga” do Brasil pode se manter clássica em sua origem, popular em sua apresentação e sofisticada em sua concepção.

Sobre a concepção dos arranjos, Cezinha explica que, para todos os sambas, inspirou-se nos conjuntos regionais e nas orquestras que acompanhavam os artistas nas rádios. O instrumental era, geralmente, formado por acordeom, violão, percussão e instrumento solo de sopro. Apenas as marchinhas “A Jardineira” e “Malmequer” seguem outro caminho. A primeira tem introdução influenciada pela música barroca e a segunda ganhou um andamento mais jazzístico.

Serviço

Show: Zé Guilherme
Em: Abre a Janela - Zé Guilherme Canta Orlando Silva
Dia 25 de julho. Quinta, às 20 horas
Ingressos: R$ 80,00 (meia-entrada: R$ 40,00)
Abertura da casa: 19h. Bilheteria: terça a sábado (11h às 20h)
Não recomendado para menores de 18. Duração: 1h30.

Blue Note São Paulo
Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073, 2º andar - Consolação. SP/SP.
Tel: (11) 3179-0050

Facebook: @oficialzeguilherme. Twitter: @zeguilhermeofic. Instagram: @zeguilhermeoficial. Youtube: Zé Guilherme Oficial.

Zé Guilherme

Cearense de Juazeiro do Norte, Zé Guilherme cresceu ouvindo grandes nomes do cenário brasileiro como Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, entre outros, além de cantadores, repentistas, violeiros, banda cabaçal, maracatu, frevo e boi-bumbá, influências fundamentais para a realização do sonho de ser cantor. Em São Paulo, desde 1982, cantou no circuito de casas noturnas, participando de shows ao lado de nomes musicais como Maurício Pereira, Cris Aflalo, Madan, Cezinha Oliveira, Marcelo Quintanilha, Péri e outros.

Em 1998, estreou o show Clandestino, no Anexo Domus, com direção musical de Swami Jr. e direção geral de Luiz Furlanetto. Mais tarde, apresentou o show Zé Guilherme e Convidados no Teatro Crowne Plaza com a participação especial de Carlos Careqa, Maurício Pereira, Vânia Abreu, Zé Terra e René de França. Cantou nos projetos Arte nas Ruas, Clima do Som no Parque da Aclimação e MPB nas Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura; Quinta Mariana, do SESC Vila Mariana; e Quatro Vozes, do Centro Experimental de Música do Sesc Consolação.

Em 2000, Zé Guilherme lançou o primeiro CD Recipiente (Lua Discos), com produção musical e arranjos de Swami Jr., que foi apresentado no Teatro Crowne Plaza, Sesc’s Ipiranga, Vila Mariana e Pompeia (Prata da Casa), Supremo Musical, Centro Cultural São Paulo e outros. Em 2002, sua interpretação para Mosquito Elétrico, de Carlos Careqa, foi incluída na coletânea Brazil Lounge: New Electro-ambient Rhythms from Brazil, lançada pela gravadora portuguesa Música Alternativa. Em 2003 participou do CD homônimo do mineiro Cezinha Oliveira (faixa “Seca”).

Em 2004, estreou o show Canto Geral com canções de seu CD de estreia e músicas inéditas de Marcelo Quintanilha, Carlos Careqa, Péri e Alexandre Leão. Lançou, em 2006, o segundo CD, Tempo ao Tempo, com produção e arranjos de Serginho R., direção artística do próprio Zé Guilherme, que assina também a coprodução em parceria com Marcelo Quintanilha. Em 2007, cantou no CD ao vivo Com os Dentes - Poesias Musicadas, de Reynaldo Bessa. Em 2015, lançou Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva - releitura da obra do Cantor das Multidões em comemoração ao centenário de seu nascimento. Em 2018, o artista lançou Alumia, que mostra também seu lado autoral na maioria das canções.

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