escura da alma por meio de poemas de Horácio Costa e escritos
de Teresa d’Ávila.
Estreia no dia
1º de novembro, sexta-feira, o solo de Helder
Mariani, A Paixão do Vazio,
na Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, às 20 horas. O texto do espetáculo teatral, dirigido por Dagoberto Feliz, traz poemas de
Horácio Costa, em sua maioria do livro Satori,
e escritos autobiográficos da mística espanhola Teresa
d’Ávila, alinhados com canções populares.
Helder Mariani. Foto de Leonardo Macedonio Ferreira |
Ambientado
em um cabaré, o monólogo traça um itinerário poético-espiritual do homem
moderno, que vive dilacerado entre a fé e a razão. “Ele é um solitário vivendo
a noite escura da alma”, comenta o ator. A trajetória da personagem passa pelos
tormentos da alma até o êxtase ou “satori”. Os poemas e textos que compõem a
dramaturgia ora são apresentados de forma poética, ora diretamente à plateia. E
os momentos musicais trazem mais lirismo à encenação.
O ator e
dramaturgo – assim como em outros projetos poéticos, realizados na Casa das
Rosas, a qual integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de
Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciada pela
Poiesis, entre eles a série de espetáculos Poeta
em Cena (de 2008 a 2010) - trabalha com o teatro épico, transformando a
poesia em dramaturgia. Uma passagem
representativa desse discurso em A Paixão do Vazio é a cena do poema
que dá nome ao espetáculo, escrito por Horácio Costa em memória de Ana Cristina
César, poeta marginal que se suicidou em 1983, aos 31 anos, com quem ele se
correspondia, mas não houve tempo de se conhecerem. Na encenação, essa história
é narrada para o público.
A Paixão do Vazio dá continuidade à linha de pesquisa
que Helder Mariani vem desenvolvendo nos últimos anos, iniciada com Theresinha (2004), a partir dos textos
autobiográficos e poéticos de Theresa de
Lisieux, que foi canonizada pela igreja católica. A segunda montagem
foi João da Cruz (2018), inspirada
nos escritos de São João da Cruz, poeta e místico espanhol do século XVI, assim
como Teresa d’Ávila, sua contemporânea. Os três foram carmelitas descalços, que
viveram essa ‘noite escura’ nos questionamentos de suas existências. Segundo
Helder, “esse termo se refere ao conflito pessoal, à busca pelo sentido da vida
que sempre atormentou o homem e que, de forma mais intensa, ainda ocorre em
tempos atuais, levando à depressão e aos altos índices de suicídio, principalmente
entre os jovens”.
Em junho deste ano, A Paixão do Vazio foi apresentado no formato de leitura dramática
no Chico Discos, um casarão-bar frequentado por poetas e intelectuais, em São
Luiz (MA). E o livro Satori, de
Horácio Costa, que teve sua primeira edição em 1989, foi relançado recentemente
pela editora Sexo da Palavra, de Uberlândia, MG.
Helder Mariani
Ator e educador com formação em Direito, Filosofia, Pedagogia,
Psicodrama e Teatro. Mestre e doutor em Filosofia pela PUC-SP, com os trabalhos: A
Mentira-Verdade do Ator e Um ator paradoxal, um ator das Luzes, respectivamente.
Bolsista CAPES nas duas pesquisas
acadêmicas. É professor de filosofia e teatro, com trabalhos em várias instituições
de ensino e do meio organizacional.
No teatro, é ator, encenador e dramaturgo. Atua profissionalmente,
desde 2003, tendo como primeiro espetáculo Malkhut, dirigido pela atriz Denise Weinberg, na Capela Centenária do Colégio
Santa Inês, Bom Retiro, São Paulo. A partir de 2005, cria, encena e atua em
vários projetos poético-teatrais na Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos
de Poesia e Literatura, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, sendo
os últimos espetáculos apresentados naquela Casa: A Casa é sua! Caos de
poesias; Cabaré Falocrático; Theresinha; e João da
Cruz.
Como ator integrou o Grupo Folias, onde participou dos espetáculos Folias
Galileu e Folias D’Arc, dirigidos por Dagoberto Feliz. Também atuou
na Cia. As Graças (Noite de Reis, direção de Marco Antonio Rodrigues),
no Teatro Imprensa - Centro Cultural Silvio Santos (A Flauta Mágica, direção
de Roberto Lage), Teatro-Fábrica (Os Pequenos Burgueses, direção de
Roberto Rosa). E ainda nos espetáculos: Cartas ao Futuro, direção de
Eduardo Coutinho; Os Cafundó e Flores Sertanejas, direções de
Francisco Bretas; A Casa da Mariquinhas, Single Singers Bar (produção de
Nossa Senhora da Produção) e Vinícius, de Vida Amor & Morte (Cia.
Coisas Nossas), com direções de Dagoberto Feliz. Foi assistente de direção e Hamlet
ao Molho PicanteI; encenador e dramaturgo de Theresinha e A Lucidez
Alucina, poemas de Orides Fontela. Como dramaturgo escreveu: Devaneios
do Bárbaro Solitário (ProAC de dramaturgia inédita, 2011), sobre os
filósofos franceses Rousseau e Voltaire; Theresinha, a partir dos
escritos de Thérèse de Lisieux; João da Cruz, e ainda assina os roteiros
dramatúrgicos de Os Jecas (da Cia. da Palavra, premiado como melhor
espetáculo pelo júri popular do 43º Fenata, Festival Nacional de Ponta
Grossa-PR), Cabaré Falocrático, Mãe Aparecida e A Casa da
Mariquinhas.
Ficha técnica / Serviço
Concepção, dramaturgia e atuação: Helder Mariani
Direção geral: Dagoberto
Feliz
Textos: Horácio Costa e Teresa d’Ávila
Músicos: Wellington Tibério (percussão) e William
Vasconcelos (violão).
Espetáculo: A
Paixão do Vazio
Estreia: 1º de novembro. Sexta, às 20h
Temporada: 1º a 29 de novembro/2019. Sextas, às 20h
Dia
15/11 (feriado) não haverá apresentação.
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00)
Bilheteria:
1h antes das sessões. Aceita dinheiro e cartões de débito.
Duração: 60 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos.
Casa das Rosas -
Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av.
Paulista, 37 – Bela Vista. São Paulo/SP (Metrô Brigadeiro)
Tel.:
(11) 3285-6986 | 3288-9447. Lotação:
40 lugares
Funcionamento:
de terça a sábado (10h às 22h) e aos domingos e feriados (10h às 18h).
Estacionamento conveniado: Parkimetro – Al. Santos, 74 (exceto domingos e feriados).
www.casadasrosas.org.br
Estacionamento conveniado: Parkimetro – Al. Santos, 74 (exceto domingos e feriados).
www.casadasrosas.org.br
Assessoria de imprensa - VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
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