segunda-feira, 25 de novembro de 2013

NUO apresenta A Ópera do Mendigo, de John Gay, dias 12 e 13 de dezembro, na Sala Crisantempo

O NUO (Núcleo Universitário de Ópera) estréia em dezembro mais uma produção, sob direção do maestro Paulo Maron. Trata-se da ópera-balada The Beggar’s Opera, A Ópera do Mendigo, obra concebida pelo dramaturgo inglês John Gay, em 1724. As récitas acontecem nos dias 12 e 13 de dezembro, quinta e sexta-feira, na Sala Crisantempo, às 21 horas.
 
O texto de A Ópera do Mendigo sempre foi uma obra muito atual. Inspirou, inclusive, uma famosa adaptação de Bertolt Brecht com o título de Ópera dos Três Vinténs. 
 
A ideia de John Gay foi escrever uma peça teatral intercalada por canções bem populares da época, incluindo Arias de Purcell e canções folclóricas, escocesas, Irlandesas e inglesas. Essa ideia deu um charme todo especial a obra, que desde então teve várias versões e adaptações.
 
Com esta obra Gay desejava fazer uma dura crítica à maneira de encenar ópera, tanto nos libretos quanto na musicalização dos mesmos, sobretudo as árias “Da Capo”. Isso (vale lembrar) em pleno início do século XVIII. Por isso, ele pediu ao amigo compositor Johann Pepush para selecionar uma série de canções que fossem bem famosas na época. Gay escreveu novos poemas para essas canções e tirou todas as repetições, fazendo assim com que os diálogos se intercalassem às músicas de maneira a não comprometer o ritmo cênico. O sucesso foi estrondoso para a época com centenas de récitas, fazendo com que John Gay ficasse muito rico e seu nome fosse perpetuado por toda a Inglaterra.
 
Na versão do NUO, tanto os atores-cantores como os instrumentistas fazem parte da cena. A orquestra de câmara, formada por 12 instrumentistas, toca a obra “décor” e, constantemente, entram na cena. As canções, em inglês, são legendadas. E os diálogos, em português.
 
Sinopse
 
A história de A Ópera do Mendigo tem início na casa do Sr. Peachum, homem corrupto que ganha a vida tirando uma porcentagem de tudo que é roubado pela maior parte dos ladrões da cidade de Londres. Em troca promete proteção caso eles sejam presos. Mas ele descobre que pode lucrar ainda mais se manipular o sistema jurídico para que alguns sejam executados, contando com a ajuda de seu sócio, o Tenente Lockit.

Peachum e sua esposa Célia ficam preocupados ao descobrir que a filha Polly se casou com um jogador profissional - e ladrão -, conhecido como Capitão Macheath. Com receio de que ele roube a fortuna da família, tramam um jeito de prendê-lo e levá-lo à forca. Esse é o ponto de partida para uma história que faz uma profunda crítica social, política e cultural, e que permanece extremamente atual.
 
Personagens / intérpretes
 
Sr. Peachum – Pedro Ometto (barítono); Sra. Peachum – Gabrielle Agura (soprano); Polly – Marcela Panizza (soprano); Lockit – André Estevez (tenor); Lucy – Isabel Nobre (soprano); Capitão Macheath – Luis Fidelis (barítono); Jenny – Angélica Menezes (mezzosoprano); Molly – Natália Capucim (soprano); Suky – Rafaela Martinelli (soprano); Filch – Wesley Fernandez (tenor); Matt – Murilo Vilas Boas (tenor); Mendigo – Paulo Maron (ator).
 
John Gay – autor
 
Dramaturgo e poeta britânico, John Gay (1685-1732) fundou a revista The British Apollo e escreveu inúmeras poesias e peças teatrais. Ele é mais conhecido, porém, pela criação da ópera balada The Beggar’s Opera (1728) que teve 62 apresentações consecutivas (um recorde para a época). A peça, com música selecionada por John C. Pepusch (1667-1752), é um conto cínico de ladrões, salteadores e prostitutas que pretendem espelhar a degradação moral da sociedade. Seu sucesso foi um marco na história do teatro musicado. Esta obra foi adaptada por Bertolt Brecht e Kurt Weill como A Ópera dos Três Vinténs (1928). Gay foi enterrado na Abadia de Westminster.

Pioneiro no trabalho operístico com jovens, oriundos das mais diversas faculdades de música, o NUO é reconhecido pela interpretação e pelo forte trabalho corporal. O trabalho de formação artística vai além da música. Os jovens estudam interpretação e passam por preparação corporal para formar um grupo atuante com performance totalmente particular. Anualmente, duas montagens são realizadas com sucesso pela companhia.

Espetáculo: A Ópera do Mendigo
Autor: John Gay
Direção geral: Paulo Maron
Com: NUO – Núcleo Universitário de Ópera
Cenário, iluminação e produção: Paulo Maron
Preparação corporal: Marília Velardi
Coreografia: Wesley Fernandez
Membros da Orquestra Sinfônica do NUO
Solistas e coro do NUO
Dias 12 e 13 de dezembro – quinta e sexta - às 21 horas
Sala Crisantempo
Rua Fidalga, 521 - Vila Madalena/SP. Tel.: (11) 3819-2287
Ingresso promocional / preço único: R$ 20,00. Bilheteria: 1h antes das récitas
90 min. Classificação: 12 anos. 100 lugares. Acesso universal. Ar condicionado.

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