sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Língua de Gato: nasce um grupo que canta histórias e encanta as crianças

Ruthe, Ricardo e Virgínia (foto de Gal Oppido)
Grupo formado por Ricardo Côrte Real, Ruthe London e Virgínia Rietmann estreia o espetáculo musical infantil Língua de Gato - Miau por Aí no dia 1º de outubro (sábado, às 12h), no Espaço Promon. Com direção artística de Leonardo Cortez, o show tem ainda participação dos músicos Caito Marcondes (percussão) e Sergio Bello (violão).

Produzir espetáculos para crianças é trabalho de grande responsabilidade, considerando que os pequenos estão cada vez mais exigentes e bem informados. O desafio é ainda maior quando esses fatores estão somados à inocência e ao encanto da pouca idade. Partindo desta premissa, três aristas blueseiros criaram o grupo musical Língua de Gato: Ricardo Côrte Real (ator, cantor, músico e compositor), Ruthe London (cantora, violonista e compositora) e Virgínia Rietmann (cantora e educadora).

De forma lúdica e bem humorada, o trio encarna personagens – Gato de Gravata (Ricardo), Gata Cor de Rosa (Virgínia) e Gata Esperta (Ruthe) – e interage com as crianças. As músicas são intercaladas por esquetes de textos breves e informais que despertam a curiosidade das crianças sobre o enredo das canções.

O Língua de Gato faz música de gente grande para gente pequena. “Nosso trabalho é fazer um show que provoque encantamento, principalmente, nas crianças”, comenta Ruthe, que é também compositora e ao lado de Fran Papaterra (autor convidado) compôs as canções para o grupo.

As músicas são criativas e elaboradas. O Língua de Gato brinca com as letras, com os vocais e com os estilos variados do repertório (reggae, marcha, balada, rock). A marchinha “Tema dos Gatos” apresenta o grupo e diz que os gatos se divertem porque gostam de cantar. A balada “Eu Não Tenho Medo Não” é uma lúdica brincadeira com os medos comuns na infância como bruxa, palhaço e fantasma. “O Sapo” fala de transformação: explica que o sapo era girino quando “criança”. “Lobo Mau” questiona em clima de rock se o lobo é realmente um bicho malvado, e o reggae “Miau por Aí” canta a delicadeza dos felinos: artistas, equilibristas, dorminhocos. Muitas outras canções compõem o repertório do trio.

Ruthe teve a ideia de montar o grupo quando morava em Nova York e ministrava oficinas musicais para crianças. De volta ao Brasil convidou os amigos Ricardo e Virgínia para se juntarem a ela. Apaixonaram-se pelo projeto que ganhou forma em meio a encontros regados a jazz e blues. O nome nasceu da paixão dos três músicos pelos felinos que, segundo eles, encantam pela doçura, leveza e mistério. O visual estilizado do trio, assinado pela figurinista Telumi Hellen, sugere que os gatos cantores estão vestidos de gente. Nada de fantasia de gato no palco.

Os gatos

Ricardo Côrte Real, filho do humorista Renato Côrte Real, começou a carreira artística aos nove anos no programa Papai Sabe Nada, na TV Record. Participou de vários programas como Família Trapo, Faça Humor Não Faça Guerra, TV MIX, Rá-Tim-Bum, SuperMarket, Via Satélite, Rádio FX e Escolinha Muito Louca. Produziu e apresentou o programa House of Blues na Kiss FM por quatro anos. No ramo da música, integra o quarteto Blues 4 Fun, o grupo vocal Juke, ambos há mais de 18 anos, e o trio infantil Língua de Gato, além de fazer dupla com Virgínia Rietmann com repertório eclético de MPB, jazz, blues, rock e jingles. Conduz jam sessions há 10 anos, apresenta e faz curadoria de eventos de jazz e blues, produz e apresenta o Jazz Caravan na Rádio USP FM, há oito anos, ganhador do Prêmio APCA 2013 de melhor programa musical.

Ruthe London, influenciada pela jovem guarda, mais especificamente por Roberto Carlos, e pela irreverência musical de Rita Lee, a cantora e compositora compôs sua primeira música aos 15. Nascida em Avaré, SP, Ruthe participou de vários festivais de música e apresentou-se em diversos espaços culturais e SESCs da capital e interior. Estudou violão com Mozart Mello e canto com Nancy Miranda. Tem dois CDs lançados: Bossa in Blues (2003) e Nosso Blues (2007) que registram clássicos do blues e composições próprias. Em 2010, mudou-se pra Nova York, onde se apresentou em eventos e casas de jazz, e, desde então, vem se dedicando também ao publico infantil, ministrando oficinas musicais para crianças. Em 2016, de volta ao Brasil, fundou o Língua de Gato com Ricardo Côrte Real e Virgínia Rietmann.

Virgínia Rietmann estudou canto com Nancy Miranda, Fernanda Gianesella, Irajá Menezes, Regina Machado e Mônica Thiele Waghabi, participou de oficinas com Madalena Bernardes e Clarisse Abujamra. Começou a carreira cantando em um grupo de contadores de histórias da tradição oral. Fez parte do grupo vocal Sophisticated Ladies, participando de shows com a orquestra Shining Brass Band de Luís Torres. Como cantora gravou o coro da trilha sonora de Cacilda, de José Celso Martinez Corrêa; participou do CD do cantor Noite Ilustrada (gravadora Trama) e do disco Um Jeito de Fazer Samba, de Eduardo Gudin, no vocal da música “Sempre se Pode Sonhar“ (E. Gudin e P. da Viola). É cantora do grupo vocal Juke, que trabalha com jingles e seriados de televisão no seu repertório; faz dupla com Ricardo Côrte Real e integra o grupo vocal Arirê, desde o lançamento do primeiro CD.  É educadora de musicalização infantil no Espaço Musical.

Fran Papaterra é autor de cerca de 500 composições (letras e músicas). Suas músicas já foram gravadas por intérpretes do naipe de Eles Regina e Tom Zé. Entres seus trabalhos, destaque para criação de músicas para a coleção Taba (Abril Cultural), com histórias infantis, e trilhas para campanhas publicitárias de televisão e rádio. Fran participou como compositor do Festival MPB Shell e Festival dos Festivais (este também como intérprete), ambos realizados pela Rede Globo. Gravou três CDs de operetas: O Príncipe Sapo, sobre a metamorfose; Ambíguo, ambientado em Gotham City; e Só Pode Ser Coisa do Coisa Ruim, baseada em Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa. 

Serviço

Show: Língua de Gato – Miau por Aí
Integrantes: Ricardo Côrte Real (voz e violão), Ruthe London (voz e violão) e Virgínia Rietmann (voz).
Direção artística: Leonardo Cortez
Músicos convidados: Caito Marcondes (percussão) e Sergio Bello (violão).
Composições: Fran Papaterra e Ruthe London
Figurino: Telumi Hellen
Animação gráfica: Fernando Rietmann
Fotos: Gal Oppido

Estreia/grupo: 1º de outubro. Sábado, às 12h (única apresentação)
Local: Espaço Promon
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830. Itaim Bibi. Tel: (11) 3071-4236
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00). Bilheteria 2h antes do show.
Aceita todos os cartões. Ar condicionado. Acesso universal. 349 lugares.
Censura: Livre. Duração: 60 min. Estacionamento: R$ 20,00
Internet: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212).

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