terça-feira, 16 de abril de 2013

Fórum de Cultura e Educação realiza II Seminário cm participação de Juca Ferreira




O Fórum de Cultura e Educação realiza o II Seminário do coletivo, criado para discutir as políticas públicas destinadas às artes cênicas, musicais e visuais: CEUs e Casas de Cultura - A Reinvenção de uma Cidade Educadora”. O evento acontece no dia 29 de abril de 2013, segunda-feira, às 18 horas, no Sindicato dos Jornalistas, à Rua Rego Freitas, 530 – S/L, em São Paulo, com entrada franca.
 
A Mesa será constituída por: Cesar Callegari – Secretário Municipal de Educação; Juca Ferreira – Secretário Municipal de Cultura; Luiza Erundina – Deputada Federal, Ex-Prefeita de São Paulo; Paulo Batista dos Reis – Presidente da Comissão de Cultura, Educação e Esporte da Câmara dos Vereadores de São Paulo; Celina Simões – ex-Coordenadora do Centro de Defesa da Mulher “Casa Sofia” (Jardim Ângela), membro da Comissão Executiva da Escola de Cidadania da Zona Sul e da Coordenadoria das Mulheres de São José dos Campos; Carlos Meceni – ator; Valéria di Pietro – Arte Educadora. Coordenação da Mesa: Esther Góes – atriz.
 
O Fórum de Cultura e Educação se apresenta como um coletivo disposto a desempenhar a tarefa de estimular a discussão das políticas públicas para as artes, sobretudo as artes cênicas, musicais e visuais, e atuar na interlocução com a sociedade e os poderes públicos, em caráter suprapartidário. Somos um grupo de cidadãos atores, músicos, arte educadores e produtores culturais de pequeno porte, e não identificamos, no momento presente, a discussão ampla e transparente do espaço público cultural. Estamos convencidos de que reduzir a ação do Estado à mera multiplicação de produtos, através das leis de Incentivo, não basta, mantendo-se a exigência de que o Estado e as categorias envolvidas atuem na investigação, no questionamento e no desenvolvimento do papel da cultura no município, no estado e no País.

Integram a Comissão de Coordenação: os atores Esther Góes, Denise Weinberg, Renato Modesto, Cacá Toledo, Ariel Borghi, Clovys Torres; a cantora Socorro Lira; as arte educadoras Valeria di Pietro e Magda Crudelli; os produtores culturais Samantha Albuquerque e Daniel Gomes Gouveia.

“CEUs e Casas de Cultura - A Reinvenção de uma Cidade Educadora”

Neste Seminário, o Fórum, representando artistas, pequenos e médios produtores culturais e arte educadores, buscando proteger, preservar e estimular a pequena e média produção e sua interação com ações educacionais, pergunta:

1 – Após o advento das Leis de Incentivo, que mecanismos de apoio à pequena e média produção artística e à sua interação com ações educacionais sobreviveram? Em que dimensão? O que ocorre com artistas e pequenos e médios produtores que não se identificam com o escopo eminentemente comercial e ligado ao conceito de celebridade midiática introduzido pelas leis de incentivo através dos Departamentos de Marketing das empresas? 
(Exemplificando: os Prêmios Miriam Muniz e Klaus Viana, as campanhas de intercâmbio e itinerância nacional, as campanhas de popularização conhecidas como Mês Teatral e Campanha da Kombi, os programas que deveriam orientar a utilização dos CEUS, os programas de formação arte educacional nas escolas e sua interação com a produção artística, promovidos pelo FDE, que expressão têm ou tiveram no estímulo à produção artística? O que os substitui?)

2 – Qual o impacto das leis de Incentivo sobre o valor do ingresso, e a possibilidade de as pequenas e médias produções sobreviverem da troca direta com o espectador?

3 – O fenômeno de fechamento de muitas casas de espetáculo, e o funcionamento precário de outras, que caracteriza o momento presente, como se explica e o que prenuncia? (Exemplos: Teatro Aliança Francesa, TBC, TAIB, Teatro Imprensa, Teatro Hilton e outros).

4 – Como avaliar o efeito democratizante do acesso do Vale Cultura?

5 – Sobre o Substitutivo do Deputado Pedro Eugênio ao Projeto de Lei número 1 139 de 2007, instituindo o PROCULTURA, ou seja, sobre a nova “Lei Rouanet”, em vias de aprovação no Congresso Nacional, sem discussão no plenário da Câmara, perguntamos:

- O PROCULTURA assume outorgar aos Departamentos de Marketing das empresas a definição do real projeto cultural brasileiro, influindo sobre as escolhas da produção quanto ao que será realizado, na dependência da oferta de dinheiro?

- O PROCULTURA ignora o fenômeno de comercialização, em que o interesse comercial de um Departamento de Marketing seleciona “celebridades” do horário nobre de emissoras de televisão, e alguns gêneros de espetáculo, e imprime um caráter meramente comercial à produção cultural, em sua imensa maioria? 

- O PROCULTURA assume o efeito desses fenômenos sobre a produção não incentivada, que não aceita submeter-se a tais critérios? 

- As ações de interação cultura–educação, incentivadas através do PROCULTURA, cumprem os mesmos propósitos do que as realizadas diretamente por programas governamentais ou não governamentais, não incentivados?

- Qual o efeito das contrapartidas de ingressos gratuitos, maciçamente oferecidas como forma de compensar os apoios financeiros oferecidos pelas Leis de Incentivo?  

- Com relação à política do Fundo de Cultura, no intuito de democratizar o acesso ao benefício, perguntamos: qual o significado do Prêmio de Teatro? Por que este Prêmio não contempla, além do Teatro e da Dança, também a Música, as Artes Plásticas e outras formas de expressão artística? Especificamente quanto ao Prêmio de Teatro, como se definem os “núcleos de trabalho continuado” que receberão benefícios de apoio? O que caracteriza “trabalho continuado”? Como serão escolhidos esses núcleos? Por quanto tempo? Qual o valor do apoio? Poderá o benefício repetir-se para os mesmos núcleos continuadamente? Não ocorrerá, através da regulamentação desses itens pouco claros, mais um mecanismo de reserva de mercado e exclusão, privilegiando alguns? 

- A que órgão governamental compete avaliar a utilização dos benefícios financeiros concedidos pelo PROCULTURA quanto a sua transformação em benefícios culturais e educacionais para a população brasileira? O SUBSTITUTIVO indica a quem compete? A avaliação, se houver, será apenas quantitativa (através do número de ingressos, vendidos ou gratuitos, facilitando o caráter comercial das escolhas) ou qualitativa? Qual a função do Conselho Nacional de Políticas Culturais quanto à fiscalização e avaliação da utilização desses recursos?

- Por qual motivo o PROCULTURA está em vias de ser aprovado em caráter conclusivo, ou seja, SEM DISCUSSÃO NO PLENÁRIO do Congresso Nacional?

O convite para o Seminário é assinado pela Comissão de Coordenação do Forum de Cultura e Educação: Esther Góes - atriz, diretora e produtora cultural; Denise Weinberg – atriz, diretora e produtora cultural; Renato Modesto – ator e dramaturgo; Valeria di Pietro – atriz e arte educadora; Magda Crudelli – atriz e arte educadora; Ariel Borghi – ator, diretor e produtor cultural; Cacá Toledo – ator; Clovys Torres – ator; Samantha Albuquerque, produtora musical; Daniel Gomes Gouveia - Produtor cultural e a cantora Socorro Lira.
 
Contatos e informações pelo telefone (11) 2598-7398, com Daniela.

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