sexta-feira, 15 de abril de 2016

Dani Black apresenta seu segundo CD, Dilúvio, no Sesc Campo Limpo

O cantor, compositor e guitarrista Dani Black apresenta-se no Sesc Campo Limpo, no dia 23 de abril (sábado, às 20h) com show que integra a turnê nacional de lançamento do seu segundo CD, Dilúvio (selo Lua Azul), formado por canções autorais. Os ingressos são grátis.

Acompanhado pelos músicos Zé Godoy (piano e teclados) e Sandro Moreno (bateria), o artista interpreta “Linha Tênue”, “Bem Mais”, "Areia", "Maior" e “Só Sorriso”, além de canções de seu primeiro álbum como “Miragem” e “Deixar o Barco Ir”, "U" e “Aurora”.

Dani Black, 27 anos, é filho dos músicos Arnaldo Black e Tetê Espíndola. Conhecido pelo seu trabalho na banda 5 a Seco, lançou seu primeiro disco solo, homônimo, em 2011, pela Som Livre. Sua canção "Aurora" foi gravada por Maria Gadú em DVD ao vivo. 

Em 2015, compôs a canção "Trono de Estudar", em apoio aos estudantes que se articularam contra o projeto de reorganização escolar do governo de São Paulo, que teve a participação de 18 artistas brasileiros, entre eles Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Dado Villa-Lobos, Paulo Miklos (Titãs), Zélia Duncan, Pedro Luís e Tetê Espíndola.

OUTROS SHOWS – A programação musical do Sesc Campo Limpo traz ainda Jannu Bastos (24/04, domingo, às 18h) com o show Samba... Santo Remédio, uma mostra de seu primeiro CD que será lançado em breve; e Mangue B - Salve O Cientista da Música (01/05, domingo, às 18h), com Bruno Ferrari que revive a música pernambucana dos anos 90, exaltando ritmos como maracatu, ciranda, coco e caboclinho. Também acontece a oficina Degustasson (23/04, sábado, das 18h às 19h) com Valdir Maia e seus xilofones e metalofones, degustação musical prática sem a necessidade de conhecimentos musicais. 


Dani Black - Dilúvio
Release por Lauro Lisboa Garcia

(...) Dani Black é compositor bem pensante, guitarrista de impacto e cantor de intensa beleza e potência vocal, tem também o dom do carisma, do bom humor e outras qualidades de um bicho do palco, desde quando integrava o grupo 5 a Seco. No segundo disco de estúdio, “Dilúvio”, Dani chega com os pares essenciais pra mergulhar numa abundância de ideias, timbres e traçados líricos de um criador inquieto.

Há variações, entre sutilezas e sobressaltos, a cada faixa, como a abertura do disco com orquestra, que logo dá lugar a uma potente fusão de funk e rock com a banda em “Areia”, a combinação de cordas e programações eletrônicas de Conrado Goys em “Dilúvio”, os trompetes de Sidmar Vieira e a guitarra solo de Dani em “Seu Gosto”, o piano do compositor, a sanfona de Zé Godoy e o quarteto de cordas na linda balada “Bem Mais”. Sem perder a unidade, há também a alternância de reggae e rock na dançante “Fora de Mim”, o despojamento de “Ú”, só com voz e guitarra, e a grande e imprevisível cartada no fim: o dueto com Milton Nascimento na canção mais pungente e reflexiva do álbum, “Maior”.

Parceiro de Zélia Duncan e Chico César, com músicas gravadas por Ney Matogrosso, Maria Gadú e Elba Ramalho, entre outros, o compositor e músico lançou o primeiro álbum solo (“Dani Black”) em 2011, com maioria de canções próprias e uma regravação de “Comer na Mão”, de Chico César, um dos insuspeitos entusiastas de seu trabalho. Em 2013 disponibilizou na web o “EP SP” com seis versões ao vivo de canções do primeiro álbum e duas novas, “Encontros Carnais” e “Só Sorriso”, esta recriada em estúdio para o segundo, em que assina todas as composições. “Não Não Não” é outra que foi testada em shows. A sensual “Seu Gosto” também criou expectativa ao ser revelada em vídeo em versão de voz e guitarras dele e de Conrado Goys, em dezembro de 2014.

Profissional conceituado como guitarrista, violonista, produtor, compositor e arranjador, Conrado produziu “Dilúvio” (com coprodução do compositor), definindo sua sonoridade, durante meses em estúdio até chegar à combinação ideal “da fúria do som misturada com a densidade e a delicadeza da poesia”. Diferentemente do primeiro, que é um disco basicamente de canções de amor, este é “um dilúvio de ideias, de mensagens, de sensualidade muitas vezes”, como diz Dani. “É um disco espontâneo. Por mais que tenha sido feito minuciosamente, a parte orgânica, que sou eu, é muito espontânea.”

A alternância de climas e cores sonoras dialoga com o “leque de assuntos”, incluindo “Ganhar Dinheiro”. Dani tem notáveis qualidades como músico e intérprete, mas o que vem à frente é o (compulsivo) compositor. Várias canções foram registradas no disco apenas com a voz-guia, sem retoques. Outras foram refeitas inteiras até atingir o ponto certo “da expressão da ideia”. O dueto com Milton Nascimento foi gravado ao vivo em poucos minutos depois de vários dias de convivência com o cantor e compositor no Rio. Apesar das diferenças estéticas, eles se afinaram no aspecto humano e poético.

Depois da participação de Milton nesse disco, Dani foi convidado a integrar os projetos “Mar Azul” (em que interpretou "Travessia”) e “Mil Tom” (cantando “Paisagem na Janela”) e agora o Teatro Mágico o chamou pra participar de seu álbum dedicado ao Clube da Esquina. “Milton começou a circundar minha vida.”

Renato Neto, tecladista com mais de dez anos de experiência com o ídolo americano Prince, é outra presença de luxo no disco. Minucioso, passou mais de cinco horas com Dani em estúdio, apenas para escolher dois ou três timbres que fazem a diferença em “Linha Tênue”. É uma pancada pop, com a guitarra de Dani “ardendo pra furar mesmo”, como se vê em sua atuação marcante ao vivo.

A referência mitológica do dilúvio – da tempestade seguida da reconstrução – reflete um estímulo criativo. “O dilúvio não quer ser bonito, é uma força da natureza. Então, é espontâneo, como só a natureza sabe ser, implacável e generosa ao mesmo tempo”, diz Dani. Entre seus achados líricos do disco, há esses versos da canção-título: “E quando acender a minha chama / Todos os sins vendo os nãos em apuros / Eu quero é morrer num beijo puro / De línguas e sais”. Em “Não Não Não”, diz: “Não vou, não vou ficar não / Aqui esperando que você me faça em pedaços e depois se sirva”. Existencial, “Maior” revela que esse “filho do mistério e do silêncio”, atento à voz do tempo, quer e pode ir bem mais longe. (...)

SERVIÇO

Show: Dani Black
Data: 23 de abril. Sábado, às 20h
Grátis. Classificação livre. Capacidade indeterminada. Área externa.

Sesc Campo Limpo
Horário/Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
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